Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Fala-se muito sobre traição, traidor e traído.
Como se tudo fosse assim tão simples.
Como se de um lado estivesse o algoz e, do outro, a vítima.
Como se fossemos maniqueístas e não dialéticos.
Pouco se diz sobre o quê leva a isso.
Falar sobre traição é tabu, é mito.
Trair vem depois da quebra de um contrato.
Todo contrato exige, no mínimo, duas partes.
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O que dá garantia e validade a um contrato é confiança.
Portanto, contratados são, na verdade, parceiros, cúmplices.
E entre eles há um pacto: de lealdade.
Como reconstruir fidúcia (confiança) depois que uma das partes…
Decide unilateralmente romper tal contrato?
O quê ou, quê condições, levaram o sujeito a isso?
Todo fim não é um feito, é um processo.
Entender esta dinâmica permite perdoar-se primeiro.
E perdoar a si mesmo é o primeiro passo para perdoar o outro e seguir em frente.
E seguir em frente é a melhor maneira de se libertar depois.
Porque só quem é livre está pronto para amar de novo.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
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