Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Ouço falar de um tipo especial de memória: a da pele.
A pele é o maior órgão do corpo humano e o mais pesado.
As terminações nervosas todas elas habitam a pele.
É pela pele que as medicinas orientais alcançam a cura.
Tocar, dar banhos, massagear com óleos, aplicar cremes…
Estimular vibrações com música, luzes, incensos e infusões.
Uso a razão para compreender se a sinestesia…
Esta reunião de sensações é questão de pele ou de estímulo.
Apoie o VIOMUNDO
Busco sentido e não encontro referências, nem paralelos.
Alcançar certo estado de graça não é para todos, eu sei.
O efeito acaba, mas a ressaca custa a passar depois.
Memória da pele é letra de música, salvo engano, de João Bosco e Waly Salomão.
Quero saber por que você deixa meu maior tecido impregnado de memória.
Estou que nem o Bob Marley: quero entender se é amor o que eu sinto.
Ainda bem que supomos haver correspondência, não é?
Imagina amar e não ser correspondido?
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
Comentários
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!
Deixe seu comentário