Por Marco Aurélio Mello
por Marco Aurélio Mello
Converso com os filhos na estrada.
Quando o meu mais velho nasceu eu tinha 30 anos.
Quando veio o mais novo eu já tinha passado dos 40.
Posso dizer que sou da geração máquina de escrever elétrica, enquanto que o mais velho é do laptop e o caçula do smartphone.
Hoje estamos na mesma máquina, em velocidades diferentes, é claro.
Mas, enquanto eu gosto de ler em livros, o primeiro não se importa em ler no Laptop e o caçula não quer mais ler.
Para ele é um sacrifício.
Ele é da turma que lê o mundo por imagens no Youtube e não mais por letras.
Qual será o impacto disso na vida dele eu não sei.
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Se fico assustado?
Claro!
Vivo de escrever.
Ele não me lê.
Sigo como ativista da reflexão, em meios virtuais.
Outros, são ativistas da ação e eu os admiro.
Tenho uma amiga, a Alê, que não só escreve (é autora das bias de livros infantis), como faz leituras, canta, toca violão, toca flauta, e há quatro anos dedica-se a um projeto itinerante, o Uniduniler Todas as Letras.
O projeto incentiva a ler idosos, pessoas hospitalizadas, com necessidades especiais, em vulnerabilidade social e até bebês.
Já atendeu a mais de seis mil pessoas em mais de 60 ações e eventos.
Até o ano passado tinha o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, mas este ano o apoio não veio.
Em nome da seriedade do projeto e da minha amizade com a Alê, de mais de 20 anos, venho pedir o apoio de vocês.
A campanha está no Benfeitoria.
E mais detalhes do projeto você encontra aqui.
A colaboração é pequena, mas a causa é grande. Conto com o apoio de todos.
Marco Aurélio Mello
Jornalista, radialista e escritor.
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