Olho no caldeirão

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Por Marco Aurélio Mello

por Marco Aurélio Mello

Outro dia fiz uma pergunta no Facebook: E se lançássemos Caetano Veloso presidente em 2018?

Por incrível que pareça muita gente levou a ideia a sério.

Parafraseando o próprio Caetano em Sonhos, do Peninha, “tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo…”

É o que está acontecendo agora.

Comento há tempos que o Luciano Huck será o candidato da direita, com o aval do próprio Caetano e da companheira dele, a Paula Lavigne, que demonstram entusiasmo com a ideia.

O pessoal acha que é brincadeira.

Mas parece que o cenário está ficando mais claro agora.

Vejo que o Huck já estaria até montando ministério.

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Para mim faz todo o sentido.

As Organizações Globo e seus patrocinadores, as transnacionais, não confiariam jamais num candidato fascista, como o Bolsonaro.

Assim como os fanáticos, fascistas não são confiáveis.

Portanto, eles precisam urgentemente construir uma candidatura “apolítica”.

Alguém que faça o meio de campo entre o povão e os endinheirados.

Que faça filantropia, que incentive o microempreendedorismo.

Que acalme e se possível adormeça as massas.

Huck é fugurino sob medida.

Figurino aliás que experimentamos nos anos 1990, com Collor.

Deu no que deu.

O desafio da esquerda portanto é desconstruir esta falácia que está sendo construída cuidadosamente.

Esqueçam o Bolsonaro!

Não se iludam, Huck já está em campanha.

Foco nele.

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Marco Aurélio Mello

Jornalista, radialista e escritor.


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Comentários

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Edgar Rocha

Eu não afasto o Bolsonaro, não. O índice de ódio no sangue da classe média está muito alto. Além disso, ainda temos o “fator S.A.”. Refiro-me à S.A. nazista, grupo paramilitar inicial do partido nazista, destinado unicamente a aterrorizar a sociedade alemã e aprofundar o caos social. Juntamente com a juventude hitlerista, foram capazes de abrir caminho no espaço político e institucional através da coação pura e simples de toda a sociedade, como verdadeiros cachorros loucos atacando cidadãos nas ruas e disseminando o ódio. O paralelo que estabeleço com o Brasil se baseia na cooptação das PM’s estaduais para a candidatura de Bolsonaro e a consequente instrumentalização do crime organizado – claramente simbiótico com as forças policiais em geral, não só as PM’s.
Eu não subestimo esta estratégia. Nem eu, nem o candidato Alckmin. Ele, que nunca entrou em litígio com a corporação, pela primeira vez, apoiou uma CPI contra coronéis (9, se não me engano). Pediu a CPI e depois recolheu-se, deixando a espada sobre cabeça de sua milícia, como recado, pra ser usada quando bem entender.
No Rio e em outros estados as milícias estaduais têm sofrido inúmeros ataques à sua imagem, incluindo as recentes declarações do Ministro da Justiça de Temer.
Pra mim, a direita já sacou o mesmo que eu. E se não for possível conter as milícias bolsonaristas e impedir a estratégia de disseminar o caos, Bolsonaro estará no páreo. O último recurso seria uma ditadura militar. Mas, aí é quase seis por meia dúzia. Ou, como na Segunda Guerra, trocariam as S.A. pela S.S.

Márcio Martins

Há um enorme ponto fraco em huck: a amizade com Aécio. Se for mostrada a todos aquela foto no apto. do dia da derrota do Aécio…se ele for eleito é porque o povo merece!

João Lourenço

Engraçado,mas antigamente se dizia que comunistas comiam criancinhas e botavam um medo danado na população pouco esclarecida.Agora são os comunistas que querem botar medo em tudo que surge e amedronta eles .Entram em parafuso rapidamente !!!kkkkkk

    Aurélio Soma

    Engraçado como são ignorantes os ignorantes de hoje em dia. O PT é um partido trabalhista, nunca teve a ver com comunistas. Mas para os ignorantes isso não importa. Pois são ignorantes graduados. Mesmo com o Google a mão, não distinguem o que são comunistas, socialistas, trabalhistas, progressistas, liberais etc. São apenas os “novos ignorantes”.

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