Freixo: Operação da PF nos ajuda a entender a relação entre o crime, a política e a polícia e o tamanho do buraco que está o Rio
Tempo de leitura: 3 minO ex-deputado estadual e federal, Marcelo Freixo, fala sobre as prisões dos acusados de mandar matar Marielle Franco. #RepórterBrasil pic.twitter.com/pmuBeyMrfh
— TV Brasil (@TVBrasil) March 24, 2024
Operação ajuda a entender relação entre crime e política, diz Freixo
Freixo deu as declarações por meio das redes sociais
Por Vinicius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
O presidente da Embratur e ex-deputado federal, Marcelo Freixo, amigo e aliado político da vereadora Marielle Franco, usou as redes sociais na manhã deste domingo (24) para apontar as ligações entre crime, política e polícia reveladas pelas novas prisões relacionadas ao assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase. Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle”, escreveu Freixo.
“Hoje a prisão dos irmãos Brazão e do Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, deixa claro quem matou, quem mandou matar e quem não deixou investigar. Esse é um ponto importante para explicar porque ficamos seis anos de angústia”.
Na manhã deste domingo (24), a Operação Murder Inc. cumpriu três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com fontes ligadas à investigação, foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.
A operação inclui o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA), a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.
“A família Brazão é um projeto político no Rio de Janeiro. Tem vereador, deputado estadual, deputado federal, membro do Tribunal de Contas. E indica cargos nos governos. A operação da Polícia Federal hoje vai nos ajudar a entender a relação de crime e política desse projeto, é uma investigação fundamental para entendermos o tamanho do buraco que está o Rio”, diz Freixo.
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“Por que escolheram a Marielle? Sem dúvida porque é uma mulher negra, eles tinham certeza de impunidade. No dia seguinte, no velório, já tinha uma multidão. A resposta que a sociedade deu teve a ver com a grandeza do que Marielle representava, coisa que eles nunca foram capazes de enxergar”.
DELEGADO ENVOLVIDO
Freixo lembra que Rivaldo Barbosa foi uma das pessoas para quem ligou assim que soube do assassinato e ainda se dirigia ao local do crime.
“Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”.
O ex-deputado federal lembra ainda que um dos alvos da operação, o delegado Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios e afastado das funções pelo STF por envolvimento na obstrução das investigações do assassinato de Marielle, escreveu um livro sobre ela. “O nível de barbárie e deboche é inacreditável”.
“Foram cinco delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar. Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso. Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”.
Edição: Lílian Beraldo
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Comentários
Zé Maria
Só Pra Lembrar
Eleições 2018
Daniel Silveira (PSL), Cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ)
e Rodrigo Amorim (PSL), respectivamente, Candidatos a Deputado
Federal e Estadual pelo Estado do RJ, foram eleitos neste domingo (07/10).
Ambos são do Partido de Jair Bolsonaro, que passou ao Segundo Turno
da Eleição Presidencial contra Fernando Haddad (PT), e ganharam ‘Notoriedade’ nesta semana após “quebrarem ao meio uma Placa em Homenagem à Vereadora Carioca Marielle Franco (PSOL), Assassinada
em 14 de Março no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. [UOL,07/10/2018].
“Placa de Marielle foi quebrada para restaurar a ordem”, diz Flávio Bolsonaro
Filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL),
o Deputado Estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
afirmou, nesta quinta-feira (4), que os dois
candidatos do PSL que retiraram e quebraram
uma placa em memória da vereadora Marielle
Franco (PSOL), assassinada em março, estavam
“restaurando a ordem”.
A depredação envolveu os candidatos a deputado estadual
no RJ Rodrigo Amorim (PSL) e a deputado federal Daniel
Silveira (PSL).
[A Placa foi] Considerada Depredação ao Patrimônio Público pela Dupla
e por Flávio, que é Candidato ao Senado no Estado do Rio.
A homenagem estava colocada sobre a placa oficial indicando a Praça Floriano, nome oficial da região da Cinelândia.
A Depredação foi registrada em foto e divulgada por Amorim em vídeo publicado em sua página no Facebook no domingo (30/9).
Na segunda (1º/10), Amorim, que foi Candidato a Vice de Flávio [01 do Jair]
na Campanha à Prefeitura Municipal do RJ em 2016, publicou uma Foto sua
ao lado do Cabo Silveira em que ambos, sorridentes, seguram a Placa com
o nome de Marielle Quebrada –a imagem circulou pelas redes sociais nesta
quarta-feira. [UOL,04/10/2018]
OBS:
Os Partidos Poíticos PSL e DEM, que apoiaram a Eleição do Capitão
Jair Bolsonaro à Presidência do braZil, em 2018, fundiram-se em 2022,
para criar o União braZil, Partido ao qual, até esta data, é Filiado o
Deputado Federal e ex-Vereador Chiquinho Brazão, Preso pela Polícia Federal, em 25/3/2024, por ser um dos Mandantes da Execução Sumária
de Marielle Franco, conforme Confissão do Executor do Crime, o Policial
Militar Ronnie Lessa, por meio de Depoimento em Colaboração à Justiça devidamente Homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
https://twitter.com/DaniBacedo/status/1771996189774201018
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2022-02/tse-aprova-criacao-da-uniao-brasil-fusao-entre-dem-e-psl
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Zé Maria
https://www.camara.leg.br/deputados/204476/biografia
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Pergunta que não quer calar:
“Quantos ‘Chiquinhos Brazões’ existem nos Partidos
que apoiaram o Capitão Golpista Jair Bolsonaro?”
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O Deputado Federal Criminoso Chiquinho Brazão
saiu do Avante e foi para o União braZil-dos Cônjes-
quando o Partido do Janones resolveu apoiar a
Candidatura de Lula a Presidente Contra a Reeleição
do Capitão do Exército Jair Bolsonaro com quem
os Irmãos Brazão fizeram Campanha Casada no RJ.
https://pbs.twimg.com/media/GJdlI-tXwAAao1c?format=jpg
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https://twitter.com/i/status/1772302823985651994
https://twitter.com/bruxaOD/status/1772328121586356681
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https://pbs.twimg.com/media/GJdlI-tXwAAao1c?format=jpg
“Isso não é Milícia;
É Estrutura de Poder.”
MARCELO FREIXO
ex-Deputado, Estadual e Federal, RJ.
ex-Presidente da CPI das Milícias
na Assembléia Legislativa do Rio.
https://twitter.com/i/status/1771922696361697473
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