Samuel Gomes: Com MP 795, governo Temer entregará nosso bilhete da sorte às petroleiras internacionais
Tempo de leitura: 2 minCom a MP 795 o governo deixará de arrecadar 1 trilhão em isenções de impostos para entregar o pré-sal, a nossa Arábia Saudita, o nosso bilhete da sorte, à festa “competitiva” das petroleiras internacionais (públicas e privadas) nos leilões que se aproximam, além de quebrar a indústria nacional e arrebentar ainda mais a indústria nacional de máquinas e equipamentos.
Isso está sendo feito através de uma única medida provisória, a MP 795, empurrada goela abaixo de um Brasil ocupado demais com gente pelada em museus para prestar atenção na caravana que passa.
Não foi suficiente a resistência heróica da bancada nacionalista na Comissão, os senadores Lindbergh e Requião e os deputados Henrique Fontana e Décio Lima, que lutaram como leões anteontem e ontem na Comissão Mista da MP 795. Heróis da nossa resistência! Valeu!
O governo também abriu mais de arrecadar 400 bilhões das grandes empresas com o Refis.
Mas o que quebra o país é o salário mínimo, o bolsa família e a aposentadoria da classe trabalhadora. E, claro, os milionários gastos com o combate ao trabalho escravo.
Tudo isso é obra e maldição de um prisioneiro de seus próprios erros que uma orquestração do capeta que nos impôs como Presidente da República. Um morto-vivo amoral que é prisioneiro de sua folha corrida de maus-feitos. Um homem sem honra, sem amor, sem pátria.
Este inferno há de ter um sentido.
Se é verdade que tudo tem um propósito, que ele seja o de unir definitivamente os brasileiros que sobraram, os que ainda têm forca física e moral, consciência, esperança e coragem de seguir lutando por dias melhores para este nosso povo, para este nosso Brasil.
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União em torno de um sonho, de uma certa ideia de Brasil, a sempiterna imagem da mãe acolhedora, da Nação próspera, pacífica e justa, esteio e guia do continente latino-americano, uma estrela que brilhe forte e ilumine a consciência e o caminho da humanidade.
Brasília, 19 de outubro de 2017
Samuel Gomes é advogado e professor de Filosofia do Direito
Comentários
leonardo-pe
“ponte para o futuro” idolatrada pela imunda imprensa brasileira. mas a sociedade aplaude essa gente de pé. nosso destino é mesmo a falência! não só falência mas, humilhação generalizada!
Nelson
Se conseguirem privatizar tudo, e, para “fechar o caixão”, assinarem os tais TLCs, amigo, talvez nunca mais consigamos retomar um projeto nacional. Para retomá-lo, possivelmente, teremos que fazer uma revolução, uma guerra.
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Se conseguirem implantar o “Ponte para o Futuro” por inteiro, eles poderão se dar o luxo de, na eleição de 2022, oferecer a cadeira presidencial ao Lula, ao Zé Maria [PSTU], ao Pimenta [PCO], ao Mauro Iasi [PCB].
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Eles nada terão a fazer, pois não disporão de instrumento algum para implementar seus projetos em favor do país e do povo. E ainda terão uma dívida pública asfixiante a impedí-los de retomarem a construção do país, entre outras amarras, como a LRF, por exemplo.
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Então, amigos, ou começamos a reação ou nos tornaremos colônia total dos EUA e das mega corporações capitalistas.
Nelson
Eu tenho críticas severas ao PT e a seus governos, mas, ouso afirmar que, se o nosso país fosse deixado seguir adiante com esta soberania parca aplicada a partir do governo Lula, estaria logo, logo, “incomodando” os países ricos.
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Com isso, eu quero dizer que, mesmo com a corrupção e com os erros do PT, em 30 ou 40 nos mais, o Brasil estaria chegando perto deles em termos de pesquisa e tecnologia e, gravíssimo, no entender deles, estaria disputando mercado.
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Então, não dava para deixar um país riquíssimo desses seguir um caminho de soberania, ainda que tímida, parcial ou parca. Era preciso intervir e desmanchar tudo.
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Não à toa, o “Ponte para o Futuro” prevê a privatização de tudo, mas tudo mesmo. É sabido, de há muito, de séculos já, que, sem um Estado forte não há país que trilhe caminho exitoso em direção ao que se chama desenvolvimento.
Nelson
O golpe foi desferido contra o povo brasileiro, amigo. Contra o nosso futuro e o dos nossos filhos e netos e, talvez, bisnetos, trinetos… A turma do PT tinha que ser afastada porque, e é questão de justiça reconhecer, não concordava com a aplicação do “Ponte para o Futuro”.
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Ainda que tímida, a meu juízo – Leonel Brizola seria muito mais incisivo -, soberania que o projeto do PT reservava ao Brasil era demasiada, na visão dos Estados Unidos e da Europa.
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Um país com tamanha riqueza a ser explorada, para lucros das grandes corporações estadunidenses e europeias, não poderia seguir um caminho de soberania. Mesmo que esta fosse apenas parcial ou tímida.
Bovino
É só esperar, a FUP e a CUT irão organizar a greve…
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