23/03/2011 – 2:46 –
por Leonardo Sakamoto, no seu blog
Conversei com jornalistas que foram cobrir a situação causada pelos protestos no canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. Quase todos foram com uma pauta sobre vandalismo, mas voltaram com um número maior de matérias tratando de graves problemas trabalhistas e de sério desrespeito aos direitos fundamentais. Isso foi percebido pelos leitores/ouvintes/telespectadores que acompanharam o caso com atenção nos últimos dias, a ponto de refletir nas cartas e e-mail recebidos em redações. As primeiras notícias trataram de quebra-quebra, depois começou a aparecer o pano de fundo.
Não estou querendo justificar a destruição da farmácia que atendia os trabalhadores, por exemplo. Mas é impossível entender todo o contexto se não for explicado que a dita atuava praticamente em um esquema de “barracão”, fazendo com que trabalhadores contraíssem dívidas ilegais. Jornalismo tem que tratar de causas e consequências.
Mesmo passando o necessário filtro nos rumores e boatos que correm de um lado para o outro nessas horas quentes, ainda assim o que sobra já dá para arrepiar o cabelo. Denúncias de maus tratos, condições degradantes, violência física. Coisas que acionistas de grandes empresas não gostam de ver exposto por aí e, por isso, são repetidas vezes negadas pelos serviços de relações públicas ao longo de anos.
O que aconteceu em Jirau tem um mérito: escancarou a caixa preta das grandes obras ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), trazendo à tona o que vem sendo alardeado há tempos por movimentos sociais e organizações da sociedade civil: que esses canteiros se tornaram máquinas de moer gente – noves fora os impactos ambientais e nas populações locais.
E olha que não estou nem recorrendo à minha cantilena e falando do caso de trabalho escravo em Jirau em 2009, quando 38 pessoas aliciadas no Maranhão foram resgatados enquanto trabalhavam para a Construtora BS, que prestava serviço ao consórcio responsável pela construção da usina. Mas sim de um processo estrutural causado pela pressa em terminar e gerar energia, pelos cortes de gastos e pela necessidade de manter a lucratividade do empreendimento. Tudo com o apoio de dinheiro público, ou seja, eu, tu, nós.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou que vai manter os repasses do empréstimo à obra. A descoberta dos problemas questiona os critérios de financiamento da instituição. Pois o começo de tudo não foi uma briga entre operários e motoristas ou problemas com comida e alojamentos. Aquilo era uma complexa bomba-relógio de insatisfação pronta para detonar, com mais pessoas trabalhando que recursos físicos e humanos para mantê-las. O banco não é fiscal, mas também não pode ficar em uma posição de só caixa registradora.
Além dos problemas encontrados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ao longo do tempo, os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia impetraram uma ação civil pública contra o estado, o município de Porto Velho, a União, o Ibama, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR, empresa responsável pelas obras), por descumprimento de condicionantes nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança. Ou seja, o que não faltava era informação à disposição (por isso mesmo assusta ver algumas matérias que foram ao ar na TV com um grau incrível de desconhecimento da realidade, mostrando que tem gente em redações não sabendo usar nem o Google na pesquisa).
O BNDES deveria ter tido mais cuidado e monitorado isso, lembrando que a bomba soltou vários avisos de fumaça, nos últimos anos, antes de explodir. Se tivesse feito isso, provavelmente estaria suspendendo agora os repasses ou aplicando novos condicionantes. As usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, têm R$ 13,3 bilhões de financiamento do BNDES.
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Agora, os responsáveis pelas obras falam na adoção patamares mínimos. O mais engraçado é que esses patamares já existem e se chamam legislação trabalhista. É só seguir o que está lá, sem tirar nem por. Mas, aí, a obra ficaria cara e inviável, não é mesmo?
E tem mais um probleminha aí no meio: a terceirização tresloucada. A quantidade relativa de empregados das empresas diretamente responsáveis por uma grande obra é pequena em comparação aos empregados das subcontratadas. Um consórcio contrata o Tio Patinhas para tocar um serviço, que subcontrata o Mickey, que subcontrata o Pateta, que deixa tudo na mão de três pequenas empreiteiras do Zezinho, do Huguinho e do Luizinho. Às vezes, o Zezinho não tem as mínimas condições de assumir turmas de trabalhadores, mas toca o barco mesmo assim. Aí, sob pressão de prazo e custos, aparecem as bizarrices. Depois, quando tudo acontece, Pateta, Mickey, Tio Patinhas e o consórcio dizem que o problema não é com eles. Ninguém quer pagar o pato – literalmente.
Enquanto isso, muita gente que assiste ao que está acontecendo pela TV fica achando que os trabalhadores que tocaram o terror fizeram isso por prazer. Terror é a situação em que estava um mundaréu de gente, provisoriamente alojada no Sesi de Porto Velho, sob um calor do cão, e com a “escolta” da polícia para que não saíssem e criassem tumulto na cidade. Não é campo de concentração porque não estava a céu aberto.
São bons esses momentos em que a sociedade regurjita sua entranhas, serve para pessoas perceberem que não estão sozinhas, leva ao reconhecimento da própria condição e pode gerar um efeito dominó. O UOL mostrou que protestos ocorreram em outros lugares (Além de Jirau, revolta de operários afeta outras duas grandes obras do PAC). Trouxe aqui que em Estreito (MA), as críticas também subiram o tom.
Imagina se todos esses protestos iniciais levassem a pipocar outros pelo país, em um fenômenos semelhante ao que está acontecendo no mundo árabe?
Vamos levantar os podres que estão por trás do “milagre do crescimento” e ver se ele se sustenta após ter sido colocado ordem na casa. Isso se não jogarem tudo para baixo do tapete em nome da ordem pública e dos financiamentos de campanha. De novo.
Comentários
Repórter Brasil: Trabalho escravo na cadeia produtiva da Pernambucanas | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Leia aqui o artigo do Leonardo Sakamoto, do blog do Sakamoto, sobre o desrespeito aos direitos fundamentais na usina de Jirau. […]
fernandoeudonatelo
Eu que trabalho nesse banco, posso dizer que apesar de todo seu pioneirismo no financiamento de longo-prazo ao setor produtivo, cobrindo espaços desse crédito especializado e pouco atrativo pelos bancos privados, o BNDES desembolsa a maior parte dos seus recursos para grandes corporações.
E são na sua maioria, projetos de construção e expansão de infra-estrutura ligadas à obras por empreiteiras que devem passar previamente por liberação de licença ambiental pelo IBAMA e orgãos regionais e obrigatoriedade de contrapartidas sociais em revitalização de praças, melhorias de bibliotecas municipais, etc.
Ainda assim , o volume engole a proporção que a meu ver deveria ser mais destinada a capital de giro nas micro e pequenas empresas. A principio isso não seria problema se não fosse o BNDES quase a unica entidade de fomento, ou o mercado de ações e debentures fosse mais capitalizado para essas empresas.
fernandoeudonatelo
Mas, até onde me consta, dificilmente, houve bloqueio de verbas do banco por desrespeito à legislação trabalhista, pois já se pressupõe que a tomadora, no momento do empréstimo já apresente à agência privada parceira do BNDES, seu compromisso com o fisco, e a devida aprovação do MTE além do INSS (contribuição sobre a folha).
Nesse ponto, acredito que a fiscalização na liberação de verbas públicas à essas construções ou a projetos específicos de grandes empreiteiras e corporações extrativistas (como a OGX), deveria ser feita sobre a organizadora matriz, através de sua cadeia logística ou algo do tipo, com equipes de pelo menos dez integrantes técnicos a visitarem instalações próprias e de parceiras, evitando subornos.
ricardo silveira
Boa reflexão, e tais problemas têm que ser denunciados e, de forma direta, na expectativa de se ter algum resultado, deve ser questionada a própria Secretaria de Direitos Humanos. Mas, creio que as críticas podem perder um pouco sua razão quando associa esse desrespeito aos direitos humanos ao PAC, como se o PAC fosse o responsável por essas barbaridades. Penso que seria mais correto dizer: as empreiteiras (as mesmas que sustentam os meios de comunicação) que trabalham nas obras do PAC, assim como nas do metrô e em tantas outras obras que mobilizam milhares de trabalhadores confinados em canteiros de obras , também, cometem barbaridades com os trabalhadores e o Estado tem que intervir para processar os criminosos.
ed.lima
É bem melhor a calmidão do desemprêgo,da fome e da marginalidade.Tem peixe pôdre debaixo dete angú quente.
Jairo Fernando
Fico de acordo com os trabalhadores e suas reivindicações.
Mas, não posso concordar com o final do texto. Quer dizer que, por causa destes problemas em alguns canteiros do PAC, o crescimento do país é balela? Que o crescimento econômico não se sustenta?
O crescimento brasileiro não é devido somente a obras do PAC.
Orellano Paz
Valeu Sakamoto, parabéns por seu trabalho incansável.
A "Justiça", quando for inventada no Brasil, e se tornar um dos três poderes da República, tem que IMPOR o entendimento de que a responsabilidade do contratado (no caso novamente uma grande empreiteira) não é terceirizável.
Até lá o BNDES, que financia com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), pode dar uma enorme contribuição condicionando a liberação de R$ à fiscalização do ministério do trabalho.
Quando a "Justiça" for inventada, também será bom enquadrar corrupção nos governos como crime hediondo, inafiançável e passível de prisão perpétua.
mello
O empresariado brasileiro..`´E por isso que a folha dos governos tem que ser grande…Haja fiscal de tudo que é jeito, do trabalho, de impostos…E mesmo assim…
No tempo de Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, que contratavam e fiscalizavam essas obras, não se tem notícia desses problemas..Mas foram afastadas…
E as tarifas resultavam bem mais baratas…
Bonifa
É inacreditável que o governo, por evidente ausência do mais do que necessário acompanhamento pari passu de uma obra tão grande e polêmica por natureza, tenha permitido acontecer descalabro como esse. É absurdo e anadmissível. É a Madeira-Mamoré em edição século XXI? Quando todos pensam que estão diante do desenrolar de uma obra moderna, com rigoroso padrão trabalhista, que transporte para aquela região os paradigmas do mais avançado desenvolvimento, o que vemos é o interesse do lucro a curvar-se às condições medievais de exploração do trabalho presentes nas profundezas da selva, onde o que vale é mesmo a lei da selva. Como foi tal coisa acontecer? Será desdobramento da ausência da senhora Dilma Rousseff à frente da gerência das obras do PAC?
Paulo Athaydes
Parabéns Saka
Conseguiu culpar o BNDES, o governo Lula e o governo Dilma por promoverem grandes obras, gerarem empregos em massa e colocar dinheiro no bolso do trabalhador.
Então está combinado: Vamos restabelecer a democracia tucana, sem grandes obras, sem emprego,sem exploração do trabalhador. Ora, quem precisa de salário, né mesmo ?
Paramos tudo e conversamos até o inferno congelar, pois sem boas condições de trabalho as grandes obras não podem ser iniciadas, certo ?
Falando sério,vamos responsabilizar quem é responsável:
O BNDES é uma caixa registradora sim, assim como qualquer banco.
O Ministério do Trabalho cadê ?
E a oab ?
E o Ministério Público ?
A construção do novo estádio do Grêmio em Porto Alegre, uma capital, foi parcialmente paralisada pois os trabalhadores não estavam vivendo em boas condições. O que dirá no meio da floresta amazônica ?
Desde que o mundo é capitalista existem conflitos de interesses entre patrões e empregados.
Esses conflitos muitas vezes são resolvidos na base da força e da violência, pois a pressão é grande de todos os lados.
No Brasil quando há algum conflito, todos são contra, porque é obra de baderneiros, maconheiros, interesseiros e tudo mais que a mídia amiga criar para proteger seus interesses ( e dos seus anunciantes ).
Não acredito que seja possível juntar 20 mil trabalhadores e não haver conflitos, mas as condições de trabalho somente serão resolvidas quando for mais lucrativo para essas empreiteiras tratar bem seus trabalhadores do que o contrário.
Na falta de responsáveis, esses milhares de trabalhadores do Norte estão tomando as rédeas da situação e forçando as mudanças.
É vergonhos que o Saka se aliste nas fileiras dessa mídia golpista que está promovendo a desconstrução do governo Lula, apenas com o intuito de quebrar a sequencia de governos do PT e restabelecer a democracia e a paz tucana (pelo menos nas folhas sujas dos jornais).
Luiz Carlos Azenha
A velha ladainha que justifica tudo. abs
Carmem Leporace
Quer vergonha pra esse partido que está no poder, chamado de "trabalhador"..
Salário mínimo corrigido abaixo da inflação e agora esses desrespeitos nuncadantes visto.
Vergonha, mas o que esperar dessa gente que se arvorou do poder e só visa o poder pelo poder e o enriquecimento pessoal??? é daí pra pior.
Fabio_Passos
Aí petista disfarçado… sua técnica de intimidar críticas sérias ao governo não vai prosperar mais.
Tenha vergonha na cara… já que seu avatar não tem nenhuma.
Osvaldo
Em Agua Clara (MS) está ocorrendo o mesmo problema em obra de barragem para Usina Hidrelétrica. Financiada pelo mesmo BNDES com os "vencedores" da licitação utilizando-se das mesmas estratégias de redução de custo via terceirização,das empresas vencedoras em licitações claramente dirigidas e que privilegiam concorrentes por tamanho de capital social e número de obras no "curriculo"..
O_Brasileiro
Humor:
Desse jeito o PT vai mudar o nome da sigla para PET, Partido dos Ex-Trabalhadores.
Hahahahaha… Podem vir, radicais… Já estou no "bunker"… Hahahahahaha
P.S.: Sempre votei e ainda voto no PT… Pra ver como temos opções… Mas, como o ser humano se consola com a desgraça dos outros (ou vocês acham que o pessoal assiste Márcia e Datena pela qualidade do programa???), pior do que nós estão os americanos entre os muito radicais de direita (R) e os pouco radicais de direita (D).
O_Brasileiro
Quero saber o que a "famiglia" Sarney tem a dizer sobre o Maranhão ser exportador de mão-de-obra semi-escrava…
Por que amazonenses, acreanos e paraenses, que estão mais próximos, não são os mais citados entre os trabalhadores de Jirau???
Augusto Soares
O BNDES financia a execução da obra por ter promovido uma licitação onde o consórcio vencedor compromete-se a executá-la de acordo com as leis trabalhistas brasileiras. O MTE tem que ir para cima do consórcio: se a obra fosse tocada por uma estatal, governo responsável e tome processo e tome imprensa pedindo eficiência e privatização; quero ver se essa turma de (pseudo)empreiteiros estará presente nas licitações dos aeroportos.
Quanto ao sr. Sakamoto, escreveu o artigo para dizer que a culpa é do Lula. Nem teria citado a Dilma porque deve compartilhar com aquela história antiga do "poste".
Thiago_Leal
O governo Lula e sua aparente continuidade com Dilma é algo muito melhor (ou seja, algo bem menos injusto) do que o governo FHC e tucano. No entanto, amigos, um mundo menos injusto ainda é fundamentalmente injusto. Quem se contenta com a metade da justiça não percebe que só faz atestar a injustiça.
O projeto neoliberal do PSDB não encontrou todo o esteio que desejava, e isso é certamente de se comemorar. Mas mesmo as tímidas, muito tímidas tentativas de social democracia ensaiadas pelo PT não solucionam o grande problema de nossa sociedade. O PT, Lula e Dilma nunca foram solução. É fácil esquecermos disso depois da virulenta campanha eleitoral do ano passado, que felizmente terminou da melhor maneira. Contudo, agora, passadas aquelas turbulências dolorosas e irritantes, podemos ver as coisas com mais frieza.
PAC é aceleração do crescimento, mas em que contexto? No contexto capitalista. No contexto em que as pessoas são coisas, mercadorias chamadas força de trabalho. Acelerar o crescimento então significa acelerar não apenas a devastação ambiental, mas também a exploração humana. Alguns da esquerda dizem que o capitalismo irá acabar no colapso, outros da direita dizem que quantos colapsos vierem, tantos o sistema irá superar. Na verdade ambos estão certos: a verdade é que o capitalismo entra em colapso todos os dias. E também supera a si mesmo todos os dias. Mas a que custo? A esse custo humano de trabalhadores reificados em Jirau, no Bom Retiro, na China…
E não pensemos que isso é coisa de outros países, do confins do Brasil ou das catacumbas das metrópoles. Esses escravos e subempregados são apenas os mais explorados e desumanizados dentre todos nós. Dentre todos nós: a exploração e desumanização acontece com todo o ser humano que neste planeta pertence à sociedade global. Está em todos os lugares. Imitando a pena genial do Sakamoto, a exploração está em mim, ti, nós.
Os trabalhadores de Jirau mostram isso de maneira gritante. Foram, estão sendo e muito provavelmente continuarão a ser explorados, desumanizados, coisificados da forma mais degradante… em nome do desenvolvimento que se traduz, por exemplo, no celular que vamos trocar ano que vem só para poder jogar Angry Birds e esquecer da exploração light que nos faz acordar cedo todos os dias como numa ficção de terror futurista dos anos 30.
Não digo isso para servir ao discurso dos tucanos e outros neoliberais, que são sim piores. Mas os trabalhadores de Jirau gritam os limites do modelo Lula de governo. Gritam os limites da cultivação de humanidade dentro do capitalismo.
SILOÉ
É a prática disfarçada escravagista exposta sob os holofotes da mídia que e o governo pode agora sanar, punindo com rigor todos os envolvidos. e criando leis realmente protetoras
Uma dívida histórica de longa data da classe empresarial dominante com seus trabalhadores.
Prática essa que só veio à tona, porque há outros interesses muito mais escusos por baixo dessas lonas.
Bruno
Opa, opa.
É com uma mistura de consternação e orgulho que contemplo os trabalhadores de Jirau a protestarem por condições minimamente dignas. Concordo inicialmente com o Sakamoto ao dar-me conta que não podemos ficar calados; que devemos protestar. Devemos cobrar e monitorar os consórcios vencedores. Devemos usar a pressão do BNDES, os mecanismos jurídicos disponíveis e fazer o que estiver ao nosso alcance para que esse e outros casos semelhantes ganhem o destaque que merecem.
Mas, algo parece distorcido no texto de Sakamoto. Ao final de seu texto ele deixa claro que quer colocar uma nuvem de desconfiança sobre as recentes melhoras nas condições sociais e econômicas do Brasil. Opa, não podemos confundir as coisas e deixar que se menospreze a melhora promovida na vida de muitos milhões de brasileiros que passaram a ter uma existência menos sofrível nos últimos anos. É por brasileiros que ainda precisam ser resgatados que devemos nos levantar contra esse tipo de distorção. Não podemos aceitar que nos vendam essa ideia de que tudo não passa de um milagre, de uma falácia mal contada por Dilma e Lula (os grandes artífices dessa nova empresa brasileira).
É claro que as declarações do BNDES sobre o caso deixam muito a desejar. Mas, considerando a enorme responsabilidade nas mãos de Coutinho, fico feliz quando ele se diz preocupado com a crise e também quando ameaça cortar o financiamento se a crise se prolongar.
Não paremos de protestar contra as injustiças no rio Madeira e em outras regiões. Mas, sempre é bom fazer a tradicional pergunta: a quem interessa menosprezar os recentes avanços sociais e econômicos?
Raiundo Wilson
Por favor sr. Sakamato, nem todo mundo neste país é idiota ao ponto de engolir essa sua cantilena pseudoambientalista. Este país chamado Brasil só tem solução se crescer. Todo ano milhões de jovens são jogados no mercado de trabalho. Como absorvê-los se o país não crescer? Como é que este país vai crescer sem energia? Quem vai investir num país que não tem segurança energética? Tenho um irmão que trabalha nesta obra de Jirau, e o que ele me contou sobre os últimos acontecimentos lá, não tem nada a ver com o que vc diz em seu artigo.
O dinheiro público investido ali é a melhor coisa q/ este país tem a fazer no momento caso queira resolver parte dos seus problemas. As obras do PAC são mais do que necessárias, elas são urgentes. Precisamos urgente de infraestrutura para o BRASIL crescer . girar milhões de empregos e tirar milhões de brasileiros da pobreza.
Raimundo Wilson (Rio de Janeiro)
Carlos Rebello
Pois é, seu Raimundo Wilson, é seu o velho discurso, no qual o PT caiu de ponta cabeça, que o simples desenvolvimento capitalista e a criação de empregos, por si só "resolvem" problemas sociais, já que através deles "todos" ganham. O problema é que numa sociedade capitalista, o emprego traz embutido em si a busca do lucro e a exploração concomitante, o que agrava as tensões que ele deveria resolver… fora os custos ambientais e sociais reais destas grandes obras, que são como um elefante defecando numa sala: você pode adorar elefantes, mas alguém vai ter de limpar o estrume no tapete, por mais que você insista que ele cheira a loção de rosas….
Raiundo Wilson
O sr. Carlos Rebello deve dentender muito de elefantes e seus dejetos, eu não. Danos ambientais causamos até quando contruímos um jardim. A pergunta é, quanto o país perderia caso não se decidisse pela realização destas obras, que repito, mais do que urgentes? Quem vai ganhar alguma coisa com apagão energético? Claro que não sou estúpido o bastante para não perceber que por trás deste discursozinho peseudoambientalista estão sublinarmete os interesses de ONGs estrangeiras. Os almofadinhas que as representam em nosso solo precisam justificar de algum modo as suascontribuições.
Na Coréia do Norte e em Cuba não há desenvolvimento capitalista desenfreado, logo concluímos que lá vive-se o melhor dos mundos.
Caro Carlos Rebello, por favor me poupe da sua visão de mundo, tipo um "talebã ambiental", em que nada pode. Hidrelétrica não pode. Estrada asfaltada não pode. Refinaria não pode. Plantar não pode, criar também não. Que tal transformar o Brasil numa grande reserva ambiental? Ora, faça-me o favor.
Raimundo Wilson
Carlos Rebello
A minha (última) resposta é o silêncio.
armindo
Onde esta o Sr Lupi, e os pelegos da Força Sindical e Cut. Certamente estão preocupados em garantir mamatas na administração pública.
Presidenta Dilma, expulsa esses pelegos e moraliza o trabalho, imagina se acontece isso nas obras com dinheiro público, o que não acontece no setor privado??????
Fabio_Passos
"Imagina se todos esses protestos iniciais levassem a pipocar outros pelo país, em um fenômenos semelhante ao que está acontecendo no mundo árabe?"
Seria a nossa Intifada contra esta maldita "elite" branquicela do olho azul.
A massa fubecada tem mesmo que mostrar que não tá bom.
Passividade? Bons modos? Regras de etiqueta?
É o cacete.
Os rico nos roubando, os pobre se ferrando… e tudo na santa paz do senhor?
Ordem e Progresso? Os pobre mantendo a ordem e os rico gozando o "progresso"?
Por mim… a grande rebelião começa ontem!
Andrez
Os SESI onde os trabalhadores de Jirau ficaram é em frente de meu apartamento.
Realmente, eles estavam em péssimas condições e muiiiito revoltados, mas não promoveram que eu saiba , nenhuma confusão. Eram centenas de fora do SESI, pois não cabia mais ninguém lá dentro ,já que estava lotado. Os que estavam fora, tiveram que passar a noite ao relento. Pra piorar, é época de chuva e muitos tiveram tudo ( roupas, colchões) molhados. Jirau fica a 120 KM de Porto Velho, milhares tiveram que se virar pra chegar na capital. Estamos na Amazônia, tudo é muito longe e difícil.
Gostei de ver o comportamento do trabalhadores. Ficamos muito apreensivos, mas eles foram corretos.
Silvio I
Azenha:
Isto não e nada novo no Brasil. A terceirização o tem agravado. Mais o problema e o dinheiro, que corre por baixo do pano. Este não e problema de quem libera o dinheiro, o Banco, sino da Justiça do Trabalho, que não enxerga, porque não quer enxergar, ou porque não convém enxergar. O que interessa as construtoras e o maior lucro possível. Esse pessoal não tem sindicato, nem sindicato forte que os represente. Pessoal todo conseguido por gatos, em diferentes regiões do Brasil, sendo preferência, o norte e o noroeste. Não sendo necessário de explicar aqui, porque isso ocorre.
:
assalariado.
Quanto mais longe dos olofotes e distante das organizações sindicais "dos trabalhadores" ,a burguesia capitalista mostra sua verdadeira face social,ou seja,estão pouco se lixando com a (CLT ;= Consolidação das Leis do Trabalho) e,de quebra,maximizam os seus lucros. Afinal de contas este ministro do trabalho e seus fiscais,servem (a quem) mesmo? Se for para pensar num capitalismo mais "civilizado",os patrões, seja onde for,nunca estão dispostos a cumprir nem o minimo acordado em convenção sindical coletiva do trabalho,qto mais cumprir a CLT,que alias,foi criada pela burguesia à época de Getúlio Vargas. No restante, digo que,tudo isso é mais do mesmo na relação capital x trabalho.Por isso,acho Karl Marx sempre atual: "A burguesia só pode existir e se desenvolver com a existencia e desenvolvimento do proletariado,que movimenta o capital dela e lhe proporciona lucros.Mas ao mesmo tempo em que o proletariado surge e se desenvolve,também aparece as contradições entre estas duas classes e, consequentemente,a luta de classes." "…a burguesia produz seus prórprios coveiros…"
Saudações Socialistas.
Gerson
Terceirização é o "pulo do Gato" no campo ou nas cidades.
Falta fiscalização, lista negra, e organização sindical..
Até jornalistas aceitam ser contratado como "assistente administrativo".
Cadê a CUT ???
Marcelo de Matos
O blog do Zé Dirceu foi ouvir, sobre esse episódio, a deputada estadual do PT de Rondônia Epifânia Barbosa. Segundo o Zé: “Mesmo que as obras retomem o ritmo normal, e até por isto, continuo achando válido o poder público promover uma mesa tripartite constituída por governo-empreiteiras-representantes dos trabalhadores e fechar um pacto que elimine, de vez, a possibilidade de voltar a ocorrer casos de condições de trabalho degradante nos canteiros de obras de infraestrutura no Brasil”. Interessante o nome da deputada: se tirarmos o acento vira epifania, que quer dizer aparição ou manifestação divina. De qualquer forma, é mais que desejável que apareça alguém daquela região para lançar algumas luzes sobre o problema. Parece que as obras serão retomadas depois da reconstrução, ou reposição, dos alojamentos, farmácia, ônibus, terminais bancários, etc, queimados na revolta.
Leo V
Muito bom o texto.
Esse é o governo do Partido dos Trabalhadores.
Está na hora de protestarmos na frente do BNDES contra esses absurdos. O dinheiro é nosso, e é dado pra esses exploradores.
Fabio_Passos
O Leonardo Sakamoto tem um blog sensacional.
A denúncia é seríssima.
As empreiteiras ganhando somas monumentais com o PAC… e os trabalhadores sendo explorados de forma aviltante.
Quem está governando o Brasil? É o Partido dos Trabalhadores?
Ou será o Partido das Empreiteiras?
Quem financiou a eleição da Dilma foram as empreiteiras e a banca.
São eles os donos do governo? Ou é uma tremenda "coincidência" os favorecimentos explícitos que o governo oferece para seus financiadores enquanto maltrata seus eleitores.
Afinal, que "democracia" é essa?
Ganha quem financia e se ferra quem vota?
Moacir Moreira
A Dilma não deve estar sabendo disso ainda.
Tenha paciência.
Fabio_Passos
Imagine, Moacir.
Se nós estamos sabendo, pode ter certeza que a Dilma sabe também.
Muito importante será o valor das multas nas autuações destas empreiteiras.
E também a evidente necessidade de se fiscalizar as obras do PAC para eviter novos casos aviltantes de exploração dos trabalhadores.
Gerson Carneiro
Jirau, dentre outros significados, é uma armação, de madeira e arame, aonde se estende a roupa para secar após a lavação da roupa suja.
Já li que até falta de bife contribuiu para acirrar os ânimos da peãozada.
Marcelo de Matos
Meu amigo: é mais que isso. Se você pegar o primeiro número da revista Globo Rural verá uma sensacional reportagem sobre um verdureiro de Mogi das Cruzes que levava alface para um restaurante de Tucurui, onde almoçavam engenheiros e pessoal administrativo da Camargo Correa. O repórter da revista acompanhou a viagem. Ele levantava de madrugada e o caminhão era carregado com um tipo de alface mais resistente ao calor. A verdura era embrulhada em jornal molhado. Ele dirigia no início da madrugada até uma cidade do Vale do Paraíba, se não me engano. Aí um motorista contratado por ele ia até Tucurui: dois dias e duas noites de viagem, tomando "rebite" e até trocando tiro com bandidos.
Marcelo de Matos
Não é preciso penetrar tanto nesse “Brasil profundo” para encontrar trabalho escravo. Existe aqui mesmo, em Sampa, no Bom Retiro: milhares de bolivianos trabalham 14 a 16 horas por dia em porões para confeccionarem roupas. O objetivo do blogueiro, porém, não parece ser o de combater o trabalho escravo e as terceirizações, hoje aceitas como regra, mas que precarizam as condições de trabalho e a remuneração. Seu objetivo é atacar o PAC e, de quebra (ou de inhapa), o governo federal. É claro que o MT tem de fiscalizar o trabalho, já que o escravismo impera tanto na cidade, como no campo. Há pouco tempo fiscais do trabalho foram mortos em uma fazenda de Minas Gerais. Pelo que me consta, nenhum fazendeiro foi preso até agora. Precisamos ter em conta, por outro lado, que os trabalhadores do Brasil profundo, muitas vezes, têm condições precárias de educação. Já houve confrontos de garimpeiros com o Exército e com a polícia. Ninguém pense que nesses ambientes a regra é a cordialidade. As desavenças são resolvidas, de regra, na ponta da faca.
Rodrigo Santos
Quem Faz o PAC? o Lula? A Dilma? A Camargo Correa? ou o peão, o operário, com o dinheiro do contribuinte?
Se tá tudo certo… Palmas! Se tá tudo errado… Pedras! Eu não votei na Dilma para fazer a Odebrecht ou a Camargo Correa ficar ainda mais rica! Eu votei porque queria alguem preocupado sobretudo com programas sociais e manutenção e ampliação dos direitos arduamente conseguidos (com sangue mesmo, igual no canteiro da obra camarada). Votei para que o pequeno possa ter chance, inclusive o boliviano do Bom Retiro. Trabalho escravo, ou maus tratos ao trabalhador: deveria desapropriar a Camargo Correia Porra! Perder o contrato! Alguma coisa para aprender e servir de exemplo! Como que o dinheiro dava para fazer no orçamento e depois precisa diminuir, diminui o salário do executivo!
Obrigado por levantar essa preu cortar! E Palmas Pro Sakamoto pela Matéria!!!
Silvio I
Rodrigo Santos:
A Camargo Correia já tem um probleminha com a Justiça. Mais ele está parado por ordem do STF. E todo foi investigado por o delegado hoje deputado federal, Protógenes Queiros e o Juiz Fausto Martin de Santis.
Rodrigo Santos
Valeu Silvio, Não sabia da informação,
mas me parece apenas ajudar a situação a ser ainda mais séria.
Rodrigo Santos
Com todo o respeito, mas acho que era uma boa idéia vc ler mais textos do Sakamoto antes de rotulá-lo disso ou daquilo.
aldoluiz
Será que o HAARP acabou com os cérebros de uma vez por todas?
Estas tragédias são o maldito fruto do totalitário midiocrático sistema escravagista brasileiro travestido de republicana democracia onde o brazileiro vota com o mesmo estupidificado miserável entusiasmo com que vota no BBB. Façam leis… Muitas leis e caveirões… Tsunamis de leis e prisões…. Isso dá uma sensação agradável de justiça e tranquilidade e teremos muito conversa para jogar fora enquanto a lama radioativa do Japão não chega às nossas portas. Os agrotóxicos já estão aí nas tetas do impune agronegócio e nas mamas de nossas mães… Morreremos como moscas.
No "Brazil" de oba oba obama, onde a história "do ajoelhado povo brasileiro" sempre escrita pela elite escravista está resumida numa "BOLINHA DE PAPEL", não há improvisos. Não há, tudo é minuciosamente calculado e organizado pelos patrões dos POLÍTICOS que ESTÃO AÍ PARA NOS DAR A ILUSÃO QUE TEMOS ESCOLHAS neste escravismo travestido de democracia onde 3 em cada 5 brasileiros não tem o que comer todos os dias há 511 anos. Darcy Ribeiro deve estar se contorcendo no túmulo. “Este ano a Funai ainda não entregou cesta básica. São quase três meses de fome e espera”.
É preciso sermos ingênuos às raias da demência seguimos as doutrinadas regras na velha cartilha do inumano inimigo neste labirinto do nada em que nos aprisionaram. Os tempos são outros, os cegos e os senzalados agora são aos milhões, descartáveis, ainda que os escravistas sejam os mesmos genocidas… A Líbia é o novo Iraque, Obama veio aqui preparar o terreno para a vez da Venezuela e deixar claro que o pré-sal e o Brazil nunca foram nossos. Nada nunca foi nem será por acaso.
Sou um louco teórico conspiracionista?
Sinto muito, sou grato.
Werner_Piana
Pra mim vc é dos comentaristas mais lúcidos deste blog…
A coisa é feia!
:/
Marcelo de Matos
(parte 2) que a construtora pagava a passagem de avião até PVH, e após a entrevista de contratação, determinava pelo gerente/capataz que fosse morar numa determinada casa com 7 leitos, em que moraria com desconhecidos de vários procedências do país; a noite teria que dormir com pertences debaixo do colchão para evitar roubos dos companheiros de quarto; o roubo era uma constante, e a justiça feita por eles mesmos, se alguem roubava um celular, era apunhalado e jogado debaixo da cama, sem a menor cerimônia; ali quase todos andavam armados, o consumo de drogas era habitual, onde campeava o medo, a angústia, a violência nos padrões das penitenciárias brasileiras, tal qual vemos nos filmes… Esse jovem estava retornando para o Maranhão, depois de 3 meses, para não mais voltar. Olhar triste, desiludido… Hoje contam-se 25 mil homens, jovens na maioria, de baixa instrução, longe de casa, esquecidos pelo mundo, sem perspectiva, espremidos num acampamento de trabalho quase escravo, um caldeirão humano, sem laser nem recursos para isso”.
Marcelo de Matos
(parte 1) Trabalhei 14 anos no grupo Camargo Correa, mas, nunca estive nas obras lá do norte, como Tucuruí. Uma colega minha, advogada, contava como era. Certa vez ela estava perto de Marabá e circulou o boato que os trabalhadores de Serra Pelada estavam vindo para a cidade. Os habitantes fugiram como fazem os refugiados da Líbia ou Afeganistão, porque os tais “trabalhadores” eram capazes de roubar, estuprar, bater e até matar. Ela fugiu de carona em um jipe do governo, mas, muita gente fugiu a pé mesmo. O ambiente nesses lugares não é muito cordial, não tem engravatados nem ar condicionado. O comentarista Antônio, neste blog, já contou o que ouviu por lá: “Conversando com ele (uma pessoa do local que encontrou), me falou que nos canteiros da obra tinha 17 mil trabalhadores, mas que até março estaria com 25 mil, porque o consórcio estaria adiantando a obra em alguns anos, para vender logo a energia. Me contou sua experiência no canteiro de obras:
Moacir Moreira
Certamente os defensores do lulismo irão dizer que escravização, tortura e humilhação de trabalhadores são comportamentos normais e necessários para o projeto de aceleração da economia.
Primeiro fazer crescer o bolo para depois dividir como pretendia o sábio economista da "ditabranda" Delfim Neto, neo-lulista, por sinal,
Lembrem-se que Hitler pertencia ao Partido dos Trabalhadores da Alemanha, seus cabeças ocas.
E por falar em "ditabranda", fiquei emocionado ao saber que no Brasil a ditadura transformou-se em democracia como por mágica, segundo o discurso do Imperador Obama.
No Brasil, a ditadura não foi substituída pela democracia, mas transformou-se em democracia.
Kilinduuuu
Antonio
O Governo Federal tem que ter pelo menos um fiscal honesto, fiscalizando tudo para não passar um carão desses. Não acredito que essas distorções terríveis venham do Governo Federal e que fossem do conhecimento de Lula e Dilma. A relação entre empresas e governo, ao longo do tempo foram ficando viciadas e as empresas que fazem as obras acham que podem fazer o que quiser ali. Cabe ao Governo Federal – digo pessoas intimamente ligadas ao Palácio do Planalto ficalizarem esse forrobodó e os próprios órgãos governamentais colocarem os pingos nos is quando estiverem fora.
Rogério Nunes
Parabéns pela matéria!
monge scéptico
Um dos questionamentos que me fazia, ao ver o nosso querido LULA Anunciar obras do
PAC, era se no BRASIL de um governo querendo fazer justiça social, os trabalhadores,
sairiam beneficiados. Como? com por exemplo,lá no final das obras, uma boa poupança,
orientados por assistentes sociais e CEF.
Não fico muito surpreso, pois venho dizendo há muito, que dos milhôes de emprêgos
criados, grande parte são arapucas para exploração, de pessoas em completo deses-
-pero, como ocorre na praga dos tele-marketing, etc, etc,,,
Ou o ministério do trabalho é cego, ou corrupto até o cerne, com os "velhos" e viciados
fiscais do trabalho, fazendo vista grossa para irregularidades, que acabam adoecen-
-do os mais covardes, ou provocando explosôes como as citadas. Não dar o tratamen-
-to devido aos trabalhadores, é assédio moral. Porque não colocar tropas das FA's p/
fiscalizar os canteiros, com relatórios semanais? E os religiosos que dizem cuidar da
alma humana não se manifestam porque?…………………..
O governo não tem culpa. Mas os orgãos fiscalizadores, devem relatórios ao povo
brasileiro, pois o que lá se passa afeta a todos nós moralmente. Não?
Obs. Tropas rotativas p/ ñ se corromper também por cooptação.
As emprêsas não serão punidas? HÁ!
Pall Kunkanen
Já contei aqui a situação de como é nestes canteiros de obras. Começa na comida, que até os porcos tem melhor e vai para as condições degradantes de segurança do trabalho, contratações, pagamentos e condições desumanas de descanso e vivência. Tudo o quer está acontecendo em Rondônia, não é em nada diferente dos anos 70, ou seja, o Brasil mudou pouco. E, ainda tem gente dizendo que temos legislação trabalhista arcaica, vê-se que a exploração continua do mesmo jeito ao longo dos séculos.
FrancoAtirador
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Não pode se chamar de desenvolvido
um país onde o trabalhador é escravizado.
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