Ronald Reagan sobre Gaddafi:
“O cachorro-louco do Oriente Médio”
22/2/2011, Sami Moubayed (ed.-chefe da revista Forward, Síria),
“The mad dog of the Middle East”
DAMASCO. O Coronel Muammar Gaddafi era recém chegado ao palco mundial, quando compareceu à reunião da Cúpula Árabe no Cairo em setembro de 1970, exatamente um anos depois de ter chegado ao poder na Líbia, à frente de golpe bem-sucedido – jovem de apenas 27 anos –, que derrubara o rei Idriss, 80.
Em uniforme militar, com revólver à cinta, o fulgurante jovem militar queria ser visto como um “Che Guevara Árabe”. Os árabes reunidos no Egito tinham a tarefa de encontrar solução para o sangrento confronto que varria Amman entre o rei Hussein e os palestinos, conhecido como o “Setembro Negro”.
Gaddafi, protegido do presidente egípcio Gamal Abdul Nasser, ostensivamente pró nacionalismo árabe, estava furioso com Hussein. Com palavras estranhamente adequadas para hoje, Gaddafi latiu que “Estamos enfrentando um louco, Hussein, que quer matar o próprio povo. Temos de mandar alguém lá prendê-lo, algemá-lo, obrigá-lo a parar com o que está fazendo e metê-lo num hospício!”
O rei Faisal da Arábia Saudita, velho e sábio, disse, calmo: “Acho que você não pode dizer que um rei árabe é louco e deve ser metido num hospício”. Gaddafi insistiu: “Mas ele é louco! Toda a família dele é louca!” — Gaddafi falava do pai de Hussein, o rei Talal, que abdicara em 1951, por estar mentalmente doente e incapaz de governar a Jordânia.
O sábio Faisal retrucou: “Ora, talvez todos nós sejamos loucos”. Nasser intrometeu-se: “Às vezes, quando se vê o que acontece no mundo árabe, Majestade, acho que é mesmo bem provável. Sugiro que se nomeie um psiquiatra para nos examinar periodicamente e descobrir qual de nós está louco.”
Nasser morreu dias depois – e a ideia do psiquiatra perdeu-se no ar. Psiquiatra que examinasse Gaddafi em 1970, provavelmente o declararia incapaz de governar a Líbia. Jovem e ainda muito inseguro, Gaddafi recorreu a comportamento extravagante e a golpes de publicidade, provavelmente para encobrir suas complexidades e fraquezas pessoais, sobretudo na comparação com outros líderes árabes mais sábios e mais bem estabelecidos.
Gaddafi não tinha o carisma de Nasser, nem as credenciais nacionalistas de the Habib Bourgeiba da Tunísia, nem os miolos de Hafez al-Assad da Síria, ou a sabedoria do rei Faisal da Arábia Saudita. Ansioso para mostrar que estava em pés de igualdade com os demais, inventou uma malfadada associação com Egito e Síria em 1972, que jamais se concretizou; em seguida tentou uma união com a Tunísia em 1974, que rapidamente se converteu em animosidade.
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Quando essas duas tentativas falharam, Gaddafi tirou o uniforme militar e passou a vestir trajes coloridíssimos, na certeza de que, se suas políticas não atraíam as atenções da mídia, as roupas coloridas e o corpo de 40 mulheres guarda-costas (ditas todas virgens), certamente atrairiam.
Em seguida, abriu seu país a todos os movimentos de resistência pelo planeta, desde que se comprometessem seriamente a “combater o imperialismo ocidental”. Em 1975, publicou trabalho de aspiração filosófica, O Livro Verde, copiado do livro de Nasser The Philosophy of Revolution e de outros livros revolucionários, como Pequeno Livro Vermelho de Mao Tse Tung. O livro do timoneiro Mao veio à luz ao longo dos anos 1964-1976; o de Gaddafi foi publicado em três volumes, entre 1975 e 1979.
Quando ficou claro que os líbios não estavam levando a sério o Pequeno Livro Verde, criticado como compilação de bobagens, Gadaffi tornou obrigatória a leitura de seu livro nas escolas, universidades, livrarias, TVs, rádios e, para que fosse acessível a todos os estrangeiros que o visitassem em Trípoli, mandou traduzir o livro para vários idiomas. Não parou nisso: o verde foi convertido em cor oficial da Líbia.
Gaddafi então decidiu “abraçar” a causa palestina, e abriu as burras de dinheiro, pródigo, para Yasser Arafat, então líder dos palestinos. Quando Arafat recusou-se a perseguir e assassinar opositores de Gaddafi fora da Líbia, Gaddafi imediatamente se tornou seu inimigo, expulsou os palestinos que viviam na Líbia, fechou todos os consulados e escritórios de representação de palestinos e cortou os subsídios.
Em 1995, outro êxodo forçado de palestinos, quando ameaçou extraditar “um milhão de palestinos”, sem se preocupar com o que lhes acontecesse, para castigar Arafat por ter assinado os acordos de Oslo com os israelenses. O fato de estar perseguindo palestinos – a vaca sagrada intocável do nacionalismo árabe – não perturbava Gaddafi; tampouco o perturbava a evidência de que estava repetindo o que o rei Hussein fizera aos mesmos palestinos em 1970. Continuava a insistir que seu estado do bem-estar estava comprometido, de corpo e alma, com os palestinos.
Ao longo dos últimos 41 anos, Gaddafi tenta ocupar o espaço grande demais para ele, de Nasser, que morreu um ano depois de o coronel líbio tomar o poder. Gaddafi viu a paz de Anwar al-Sadat em 1979 com Israel como oportunidade caída do céu para convertê-lo em padrinho do nacionalismo árabe, mas foi derrotado nessa empreitada por Assad da Síria, que assumiu aquele cetro, depois de Nasser.
Dando-se conta de que os arredores árabes pareciam inexpugnáveis para ele, Gaddafi começou a apoiar movimentos de libertação e rebeldes na África Ocidental, principalmente em Sierra Leone e na Libéria. Declarou que a Líbia seria mais africana que árabe. Nos anos 1980s, Gaddafi surgiu para o mundo como firme opositor do presidente Ronald Reagan dos EUA; e Reagan rotulou-o de “o cachorro louco do Oriente Médio”.
Em março de 1982, os EUA declararam proibida a importação de petróleo da Líbia e a exportação de tecnologia dos EUA para a Líbia. Em abril de 1986, os EUA interceptaram mensagens da Embaixada da Líbia em Berlim Oriental, sugerindo envolvimento dos líbios na explosão da discoteca La Belle, tristemente famosa depois da explosão.
Reagan ordenou bombardeio massivo de cidades líbias, como retaliação, que levou à morte de milhares de civis, inclusive de uma filha adotiva de Gaddafi, Hanna. Gaddafi disparou dois mísseis Scud contra barcos da Guarda Costeira dos EUA atracados perto de uma ilha italiana, que caíram no mar e não causaram nem danos nem vítimas.
Suas relações com a Grã-Bretanha também sofreram, quando uma policial britânica foi morta na calçada em frente da Embaixada da Líbia em Londres, quando monitorava manifestações anti-Gaddafi. Resultado disso, as relações entre Gaddafi e Londres passaram uma década rompidas e só foram restabelecidas depois que Tony Blair visitou-o em Trípoli, em 2004.
O ato provavelmente mais infame de Gaddafi foi a explosão em Lockerbie em 1988, que derrubou um avião da Pan Am (voo 103) sobre a Escócia, matando 270 passageiros inocentes. Impuseram-se sanções internacionais à Líbia durante os anos 1990s, que só foram levantadas quando Gaddafi resolveu limpar seu nome, pouco depois da derrubada de seu amigo e camarada Saddam Hussein.
Em agosto de 2003, Gaddafi escreveu à ONU aceitando formalmente a responsabilidade pelo atentado de Lockerbie, e pagou indenização de cerca de 2,7 bilhões de dólares às famílias das vítimas. Como recompensa, bandos de líderes internacionais visitaram a Líbia. O presidente Nicolas Sarkozy visitou-o em julho de 2007, seguido imediatamente depois pelo primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi em agosto de 2008; no mês seguinte, foi a vez da secretária de estado dos EUA, Condoleezza Rice.
Ao longo de 40 anos, os árabes comuns lidaram com Gaddafi como se lida com uma triste realidade da qual ninguém conseguiu livrar-se e que ninguém conseguiu mudar. Gaddafi passou por quatro reis sauditas, três presidentes sírios e três presidentes egípcios, além de cinco secretários-gerais da Liga Árabe. Sobreviveu a oito presidentes dos EUA, em vários casos, a dois mandatos, e a cinco presidentes da França.
Muitas vezes vangloriou-se de ser o “rei dos reis do Norte da África” e “o mais antigo dos reis e presidentes árabes”. Os líderes árabes jamais se orgulharam muito dele, por causa do comportamento excêntrico, mas tampouco o desafiaram, por ter sido protegido de Nasser.
Gaddafi aprendeu, à tenra idade de 27 anos, que podia fazer praticamente o que bem entendesse no mundo árabe – e nada lhe aconteceria. Nada jamais o perturbou: nenhum escândalo, nenhuma culpa por assassinatos ou crimes, qualquer embaraço por fracassos na liderança.
Tudo isso explica por que o “rei dos reis” nem piscou ao mandar atirar contra manifestantes em Benghazi e Trípoli nas duas últimas semanas, acrescentando mais quase 300 à sua lista de cidadãos líbios mortos. Contratou tribos africanas para atacar líbios, atirou de aviões contra manifestantes desarmados, contaminou a água em Benghazi e cortou todo o fornecimento de combustível, para impedir que seus opositores viajassem entre cidades líbias. Foi Gaddafi sendo Gaddafi, até algum talvez próximo ou aparente fim.
O terrível Gaddafi, que gosta de ser chamado de “Irmão Muammar”, disse claramente, através do filho Seif al-Islam, que não renunciará porque, se o fizer, “o imperialismo ocidental” voltará à Líbia. Lutará até o último homem, até a última mulher, e ficará no poder até que desça a cortina do último ato.
O discurso de Seif al-Islam foi montado com palavras do dicionário do pai, rescendendo à violência, força bruta, autoridade ditatorial. Tendo aprendido as lições da Tunísia e do Egito, Gaddafi não fugirá como Zine el-Abidine Ben Ali da Tunísia, nem renunciará como Hosni Mubarak do Egito.
O “Grande Irmão Muammar” tampouco se deixará depor, quando ou se multidões líbias invadirem seu palácio em Trípoli, ou aparecer general para prendê-lo. Preferirá o suicídio, à rendição.
[Clique aqui para ler sobre os cinco mitos da cobertura do Oriente Médio]
Comentários
raca de cachorros
tramenda cahchorrada mesmo! afff
Moacir Moreira
Tá todo mundo louco, oba!
Sebastião Silva
Esta rebelião na Líbia esta com cara de estar sendo manipulada pelos EEUU e pelos SIONISTAS.
Saulo Pires
Com que objetivo? Kadafi é aliado dos EUA, apóia a "guerra ao terror" e não se opôs á invasão do Iraque. Exporta o seu petróleo religiosamente através de multinacionais como a British Petroleum. É amigo de Silvio Berlusconi, que há menos de 10 dias o estava elogiando publicamente.
Óbvio que, como Kadafi é um esquizofrênico, começou a delirar e a berrar na televisão que "os americanos estão invadindo a Lìbia". A ameaça de perder o poder piorou os seus sintomas psiquiátricos.
augusto
O noticiario sobre a virada Libia está bem confuso. Creio que meio deliberadamente até.
Será preciso ler sobre a Libia blogs e noticias italianas e francesas, nao as americanas e israelenses.
O cara é louco meio varrido mas tem Método…
Ali é pais grande, populaçao pequena, muito oleo e porta da europa. O que se nota é que os europeus tem que agir com prudencia… muita e estao fazendo isso inclusive nas noticias.
22% do petroleo para a Italia – ajuda aos europeus bloqueando a imigraçao – centenas de empresas italianas e francesas no pais –
E depois dois fatores cruciais: Gadhafi é imprevisivel e ousado. Segundo o fator tribal.
As regioes sao de cultura e poder tribal faz tempo. Nao se sabe ate aonde uma tribu pode em seguida
ir pra cima da outra..Ai guerra civil é facil.
os ocidentais (e cristaos) estao pisando em ovos, ao qu parece.
José Manoel
Azenha: o Khadafi é tão maluco que já está espumando que nem cachorro com raiva!!!!! Vai pro ralo ligeirinho, como todos os ditadores daquela área irão! Não vai sobrar um rato no tombadilho!!!!!
Saulo Pires
É ridículo ver gente aqui defendendo Kadafi. Kadafi não passa de um menino mimado, um louco perigoso, que sempre precisou de tratamento psiquiátrico, embora nunca o tenha admitido.
Éle se sente um sheik, um sheik árabe mergulhado na grana alta do petróleo. Só que ele tem um complexo: como não é de família nobre, e sim plebeu, não pode ser um rei ou um emir, como o da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes. Ele tem o petróleo, mas não tem o "sangue azul". Esse complexo o deixa mais louco e mais perigoso ainda.
Totalmente inconstante, sem coerência, totalmente louco. Nos últimos dez anos, se tornou aliado americano, e não condenou as invasões do Afeganistão e nem do Iraque. Não é a toa que recebeu rasgados elogios do pedófilo Silvio Berlusconi.
Como todo emir ou sheik autocrático, não tem o menor respeito pelo povo. Tortura e mata qualquer tipo de voz dissidente. Ai de quem ousar contrariar o menino mimado.
É lamentável que setores de esquerda se deixem levar pelos delírios do menino mimado nesse momento. Quando ele brada na televisão que "os americanos estão tentando invadir a Líbia", qualquer pessoa com bom senso percebe que não passa de paranóia típica de qualquer esquizofrênico como ele. Os americanos não estão invadindo a Líbia, pois não tem nenhuma necessidade de invadir, já que Kadafi eporta seu petróleo regularmente através da British Petroleum (a mesma que comprometeu seriamente o meio ambiente no Golfo do México), e atualmente colabora com a "guerra ao terror".
Não, os americanos não tem nada a ver com o que está acontecendo na Lìbia. Trata-se de uma genuína rebelião popular, de um povo que não aguenta mais os caprichos e o terror do menino mimado, um povo inspirado pelas lutas democráticas nos dois países vizinhos, a Tunísia e o Egito.
É patético ver o ex-sandinista Daniel Ortega telefonar para Kadafi para "prestar solidariedade". Será que Ortega não lembra que o ditador Somoza, nos seus últimos dias no poder, também mandou bombardear os bairros populares de Manágua para tentar sufocar a revolução?
augusto
Americanos nao tem nada a ver com o q esta acontecendo mesmo. Apenas queriam que nao acontecesse mas 40 anos é muito tempo.
Quem é o “cachorro-louco do Oriente Médio” « CartaCapital
[…] *Matéria publicada originalmente no Viomundo […]
mila
Primeira vez que escuto um chefe de Estado ameaçar sua população de execução e banho de sangue. Busca casa a casa. Incrível. Alguém aí prá defender o coronel?
Felipe
Sempre tem alguém nesse blog pra defender ditadores.
Mário
Arrisco dizer que se trata de estratégia que visa a realocação de poder e de território no mundo árabe, visto que a revolução do povo egípcio desestabilizou a plataforma norte-americana naquela região. A escolha da Líbia leva em conta a sua localização geográfica (ao lado do Egito e limítrofe a Israel, o que quase neutraliza a perda do território egípcio) e ideológica (pois Kadafi poderia influenciar na sucessão do governo egípcio, instaurando um poder com vertentes socialistas e, assim, arrefecendo a força dos fundamentalistas islâmicos e árabes ocidentalizados, esses eternos aliados dos EUA, que veriam seu poder ruir naquela região). Quem contratou hordas de mercenários não foi Kadafi, mas a OTAN. Basta ver que o nível de violência e de depredação nas ruas de Trípoli é assustadoramente maior do que no Cairo. Será que o povo Líbio é mais violento do que o egípcio?
Bonifa
Mário, a Líbia não é limítrofe a Israel. Entre os dois há justamente o Egito. Não confundir com o Líbano. Kadafi não tem a mínima possibilidade de influir na sucessão egípcia, porque todos por alí conhecem de sobra o Kadafi. A OTAN não contratou pequenas empresas de mercenários. A OTAN só trabalha com multinacionais, tipo Blackwater. O Kadafi não é de esquerda. Tampouco é de direita. Sua ideologia é o kadafismo, do qual é fanático radical.
Andre
"Durante seu mandato, Lula se reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador da Líbia, Muamar Kadafi, que governa o país com mãos de ferro há 41 anos. Só em 2009 foram duas vezes. Na foto, clicada pela assessoria de imprensa do Planalto, os dois se encontraram na Cúpula América do Sul- África, que aconteceu na Isla Margarita, Venezuela, dia 26 de setembro de 2009. Poucos meses antes, em visita a Sirte, na Líbia, Lula chamou Kadafi de “meu amigo, meu irmão, líder”.
Na época, houve muitas críticas à aproximação de Lula com o ditador líbio. Aconselhado por seus assessores mais próximos (o ex-ministro Celso Amorim e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia), Lula dizia que o Brasil não tinha preconceitos e que se tratava de uma diplomacia pragmática. Nada como um dia atrás do outro. Lula hoje é “irmão” de um maluco que manda atirar de helicóptero em seu próprio povo para se manter no poder.
Quais eram as reais motivações do ex-presidente? Uma delas pode ter sido o interesse das construtoras brasileiras, doadoras importantíssimas para as campanhas eleitorais. Rica em petróleo, a Líbia investiu bilhões de dólares em infraestrutura nos últimos anos. A Odebrecht foi a primeira construtora brasileira a se instalar no País em 2007, com obras no valor de US$ 1,4 bilhão. Foi seguida pela Andrade Gutierrez e pela Queiroz Galvão.
Talvez o presidente brasileiro tenha sido influenciado pelo colega venezuelano Hugo Chávez, que possui relações muito próximas com Kadafi. Os contatos entre Chávez e Kadafi começaram porque os dois países possuem reservas significativas de petróleo, mas evoluíram. São tão próximos hoje que o chanceler do Reino Unido, William Hague, chegou a afirmar que Kadafi teria fugido para Caracas."
Kadafi, Lula, Chavez… "amigaços", parceiros.
Felipe
Perfeito! Direto ao ponto. O poder das grandes construtoras no Brasil é assombroso.
Mariana
Ah, mas amigos não lhe faltaram. Dê uma espiadinha nesses links e seja menos parcial.
http://www.anba.com.br/noticia_diplomacia.kmf?cod…
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20110222-impren…
http://www.gazetanews.com/local_noticia.php?cd_no…
http://articles.latimes.com/2005/sep/04/world/fg-…
Bonifa
Kadafi também já chacoalhou os ossos com o Obama, o Blair, o Sarkozy e alguns outros que hoje, por isso, amargam constrangimento. Esta mancadinha do Lula não teve maiores consequencias. Consideramos que, no geral, valeu a pena a coragem do Lula de meter as caras, arriscando-se a cometer algumas mancadinhas.
Andre
Conselho da ONU condena uso de violência na Líbia, com voto do Brasil
A iniciativa teve o copatrocínio do Brasil, no que seria o primeiro sinal de que o governo da presidente Dilma Rousseff está de fato disposto a abertamente condenar ditaduras acusadas de graves violações dos direitos humanos.
Mudança. A diplomacia brasileira apoiou a iniciativa dos britânicos, confirmando uma mudança importante em relação à posição do governo Luiz Inácio Lula da Silva no tratamento de direitos humanos na esfera internacional. Cuba, Venezuela não apoiaram a reunião. Na ONU, a posição brasileira havia sido alvo de polêmica e a presidente Dilma havia prometido que mudaria de posição. O Brasil havia apoiado os governos do Irã, Coreia do Norte, Sudão e outras ditaduras, provocando uma reação negativa por parte da opinião pública mundial
Fonte: Estadao
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Claramente o tratamento dado às ditaduras é outro.
Bom começo o da Dilma…
Mariana
Não tem nada a ver com a Dilma.
Todos os países que agoram condenam Kadaffi comerciavam com a Líbia e agora se fazem de santos.
Entre eles Itália, Inglaterra e Bélgica, que lhe vendiam simplesmente armas…
E os Estados Unidos fizeram com Kadaffi um acordo que prevê devolver a ele opositores seus eventualmente encontrados entre os presos em Guantánamo.
Quem não pode comerciar com países autoritários são só os países pobres ou emergentes, os ricos que levam "direitos humanos" mundo afora sempre o fizeram.
Luis Henrique
É isso aí, Mariana.
"Amigos, amigos, negócios à parte" – essa é a máxima da política internacional.
Bonifa
A orientação do PIG é a de despertar um orgulho infantil na Dilma por estar a corrigir mancadas que o Lula teria cometido. É uma (para alguns sutil) manobra de cohecido espalhamento de cizânia.
monge scéptico
É uma história sempre repetida, em a opinião de qualquer comentarista pró USA,
usa argumentos as vezes de fundamento duvidoso, para demonizar, quem não se
alinha com o sistema.
É possível, que seja chegada a hora do Gadafi deixar o poder, desde que isto seja
bom para os líbios e, não para os ianques. O consenso aí, está nas mãos do povo
líbio. Não se pode duvidar muito, de que esses movimentos que estamos assistindo
na região, não tenha o dedo criminoso da USA. Mubarak, assim como qualquer ou-
-tro sátrapa do mundo pode ser destituido, ao sabor dos "humores" do pentágono,
e por motivos que nos fogem. O reagan não foi um cachorro louco ao atacar a líbia
matando inocentes? Porque quem não se alinha é logo tachado? Somos desinteli-
-gentes a ponto de aceitar o que a USA expõe como a verdade deles?
O articulista não é americano; mas com certeza puxa o s….. ianque.
Isafan
Porque o0 senhor não se identifica?
Jair Almansur
Com loucura ou sem. A Líbia tem IDH elevado (20 posições adiante do Brasil). É um importante entreposto comercial para todo o norte da África, e, desde que rompido o boloqueio econômico pelo Presidente Lula, seguido das demais nações europeias e EUA o pais vem construindo importantes obras infra-estruturais de produção de energia, reflorestamento e captação de água. A Líbia, é preciso que se repita, é um grande poço de petróleo quase a ceu aberto (baratíssimo). Os Clintonsbush (pessoas sãs) diziam já que o Sadan é louco podemos ir lá roubar o seu petróleo. A história se repete (como comédia) e artigos como este facilitam.
Bonifa
Pois é. Talvez seja uma fatalidade histórica. Quando Kadafi resolve desenvolver o país o país todo vem abaixo. Mesma coisa aconteceu quando o rei Hussein do Iraque começou a construir estradas e foi derrubado pelos ingleses.
Paty Floripa
Estão vibrando com a queda de mais um ditador islâmico pensando que haverá democracia nestes países ao estilo puteiro das tradicionais controladas pelo Xerife americano. Os pedófilos do Vaticano podem tirar a besta fera da tempestade porque o Islã jamais aceitará interferência cristã nestes países. O Islã hoje é o maior grupo religioso do mundo e em ascenção. Só mudará o Chefe de Estado, as leis (a Constituição) sempre terá como base, o Alcorão. O tráfico de drogas, álcool, Big Brother, chifre, prostituição, etc, sempre será castigado com pena de morte ou na melhor das hipóteses, prisão perpétua.
Outra maravilha deles é que não têm OAB, Estatutos inúteis, disso e daquilo outro. As leis islâmicas também não podem ser negociadas em balcões de negócios gerenciado por algum Gilmar Mendes e o maior banqueiro sempre será do grupo do Islã.
Pode enfiar o rabo no oríficio que está entre as pernas, porque essa democracia dos donos do mundo jamais será vivida nestes países.
Pelo menos, nos próximos 1000 anos.
leo
Paty e voce como Mulher não teria essa liberdade toda com o isã, rssss.
Bonifa
A natureza humana é insondável… Tempo houve em que aconteceram as civilizaões mais libertinas do planeta, embora islâmicas. Por outro lado, como diz Omar Shariff, uma troca de olhares pode carregar um milhão de megatons eróticos a mais do que a nudez escrachada.
Líbia à beira da perdição – ou seria Kadafi…? | A Tal Mineira – Blog da Sulamita
[…] – ou seria cólera, no sentido animal, mesmo? – como sugere artigo publicado em Vi o Mundo. Ou não teria mandado metralhar seu próprio povo, e bombardear prédios-símbolo na capital do […]
Humberto
Ronald Reagan? O que esperar de um comentarista que se inspira nas definições de Ronald Regan?
Achei péssimo o artigo. Sábio rei da Arábia Saudita? A sabedoria dos reis sauditas é entregar seu país aos interesses do imperialismo (sem aspas).
Andre
Ronald Reagan? Aquele que entubou os comunistas da falecida e destroçada URSS?
Entendo a raivinha…
U.Diego
O jornalista do AT apenas citou o Reagan para contextualizar e aproveitar a expressão 'cachorro-louco', não que ele não deixe de ter sido um também… Um cachorro enraivecido à procura de sangue.
Sergio
Os estadunidenses tem feito pelo mundo muito mais estragos que qualquer ditador possa ter feito, invadiu países matando civís aos milhares e se acham acima da lei. Assim como Kadafi e outros ditadores esses americanos palhaços , criminosos e mentirosos tambem cairão.
UDiego
Será, então, o fim do capitalismo.
Heitor
O idiota do Serra, em seu Twitter, comentou que o Kadafi é responsabilidade da política externa do Lula. Vejam bem, a Líbia é o 4º maior produtor de petróleo da África. Nem os EUA mexem com eles. Figem que sempre esteve tudo bem. O Serra está supervalorizando o Lula, para fritá-lo junto à opinião pública. Esquece-se que os seus seguidores são alienados paulistanos golpistas que ejaculam com tais besteiras. Não muda nada as suas observações, a não ser para mostrar que está vivo.
ckoliver
Quem se importa com o que o $erra diz?
FrancoAtirador
.
A OTAN VAI INVADIR.
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Marat
Se invadir, aumentam mais uma frente e perderá muitos pobretões que se alistam por pratos de comida, enquanto os barões estão no centro do IV Reich comendo e bebendo do melhor…
FrancoAtirador
.
Não sei por que 2 ou 3 cachorros-loucos me negativaram.
Quem acompanhou os preparativos políticos-midiáticos ocidentais para derrubar o Sadan e invadir o Iraque
sabe muito bem do que eu estou falando quando digo que
A OTAN VAI INVADIR.
.
Marat
Enquanto os árabes não se unirem, serão devorados pelo verdadeiro cachorro louco: o Cérbero EEUU, Israel, Inglaterra!!!
ZePovinho
E o cachorro louco do Uribe- o narcotraficante a assassino que presidiu a Colômbia???Até a Igreja estava envolvida com paramilitares assassinos.Khadaffi é mais um ditador que caiu em desgraça,após fazer uma negociata com a Inglaterra e EUA em 2004.
http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php…
Ex-paramilitar revela relação de Uribe e atual vice com grupo
O ex-comandante de um dos blocos das forças paramilitares da Colômbia, Pablo Hernán Sierra, também conhecido como Alberto Guerrero, que já esteve à frente da Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), disse em entrevista recente, a partir da prisão de segurança máxima de Combita, que sua organização arrecadava fundos para o agora ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010). Ele relata reuniões que envolveram também o atual vice-presidente Angelino Garzón.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (21), Sierra disse que nas eleições presidenciais de 2002 a AUC, organização hoje dissolvida, realizou um leilão de gado para arrecadar fundos para beneficiar Uribe. Segundo o ex-paramilitar, o então candidato presidencial estava presente nesse evento, que reuniu centenas de milhões de pesos colombianos (moeda local) para a sua campanha. Ele acrescentou ainda que seu bloco das AUC foi responsável por fornecer as medidas de segurança necessárias para Uribe…………………………………………………………………………………………………
Morte encomendada por Uribe
O ex-comandante da AUC revela que presenciou conversas a respeito da morte de Vicente Castaño, que teria sido assassinado como “um favor que Don Berna fez ao senhor Presidente Álvaro Uribe Vélez"………………
[youtube TFw7fDMGjPE http://www.youtube.com/watch?v=TFw7fDMGjPE youtube]
rubem
que "abacaxi"!!!!
quem vai descascar?
alexei
Seria tão bom se nossa mídia oferecesse uma contextualização histórica aos acontecimentos noticiados, como ocorre nesse texto.
Obrigado, Azenha.
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