Pedro Celestino: Um ano depois do golpe, a soberania e o futuro do Brasil em liquidação
Tempo de leitura: 3 minBrasil em liquidação
por Pedro Celestino, no portal do Clube de Engenharia
O governo Temer, desde que assumiu, sob a justificativa de resolver pretensa crise fiscal, dedica-se a propor e implementar o desmonte sistemático das conquistas econômicas e sociais das últimas oito décadas, que levaram nosso país a passar da condição de mero exportador de produtos primários à de uma das maiores economias do mundo.
A arrecadação federal está em queda livre, é verdade, mas por conta da depressão da economia e conseqüente colapso da demanda, fruto da política econômica conduzida por banqueiros, tanto no Ministério da Fazenda como no Banco Central, dedicados a atender única e exclusivamente aos interesses do setor financeiro, privilegiado com generosas taxas de juro, as mais elevadas do planeta, o que faz com que quase metade da arrecadação federal se destine ao pagamento de juros, ao mesmo tempo em que são congelados todos os demais gastos da União.
A mesma lógica leva o país a manter mais de 380 bilhões de dólares em reservas internacionais, muito mais do que o necessário para o pagamento das nossas contas externas.
Alardeia-se, mais e mais, a crise fiscal, para impor como única saída a venda, a toque de caixa, de ativos estratégicos indispensáveis ao nosso desenvolvimento.
Compromete-se o futuro do país nas próximas décadas.
Assim, propõe-se desfigurar o BNDES, como se fosse um banco privado qualquer, e não o principal indutor do nosso desenvolvimento industrial.
Acelera-se o desmonte da Petrobras, fatiada para que passe apenas a ser produtora de óleo, e amplia-se a venda a petroleiras estrangeiras das reservas do Pré-Sal, a maior descoberta de óleo dos últimos 30 anos no mundo; nesse ritmo, dentro de 5 anos seremos grandes exportadores de óleo e importadores de derivados e petroquímicos, tal como os países do Oriente Médio.
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Propõe-se agora privatizar as hidrelétricas da Eletrobrás e entregar ao “mercado” a responsabilidade de organizar o sistema elétrico. Energia passará a ser tratada como mercadoria, negociada em bolsa; as tarifas, que já são as mais altas do mundo, fruto de sucessivos erros cometidos desde 1995, subirão ainda mais, inviabilizando o desenvolvimento industrial.
Na mineração, três recentes Medidas Provisórias reformulam o marco regulatório do setor (Código de Minas), extinguem o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) e reorganizam a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), tudo com o propósito explícito de desnacionalizar o aproveitamento dos nossos recursos naturais.
Ciência, tecnologia e educação são desorganizadas, e encaradas como negócio a atrair crescente apetite estrangeiro.
O Sistema Único de Saúde (SUS), único meio de acesso popular à saúde e a medicamentos, é esvaziado para que seguradoras estrangeiras passem a “cuidar” da área.
Por fim, várias medidas anunciadas e em vias de implementação atingem a soberania brasileira, entre as quais se destacam a privatização do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC); a emenda constitucional que elimina o monopólio da União nas atividades de exploração, pesquisa e produção de energia nuclear; e o corte de verbas no âmbito do Ministério da Defesa prejudicando o andamento de projetos estratégicos, como o submarino a propulsão nuclear, o projeto SISFRON e aquisição dos caças para a Força Aérea.
Como se vê o tratamento proposto para o equacionamento da crise fiscal consiste apenas na liquidação, como xepa de fim de feira, de ativos pertencentes ao nosso povo, comprometendo o futuro da nação.
A persistir este rumo continuaremos em crise, apenas mais pobres, pelo que impõe-se à sociedade, pelas suas entidades representativas, empresariais, de trabalhadores, dos intelectuais e acadêmicos, resistir para impedir a continuidade do desmonte.
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Comentários
Messias Franca de Macedo
O Juiz que não vai ver o filme do Moro
Se essa Justiça dá alegria… que horror!
31/08/2017
O Juiz Luís Carlos Valois, Juiz da Vara de Execuções Penais do Amazonas, se notabilizou com a corajosa atitude que tomou no episódio da degola na Penitenciária Anísio Jobim, em Manaus.
De novo, ele mostra coragem diante do deslumbramento hollywoodiano que envolveu as estrelas lavajateiras, especialmente as que foram à soirée do filme “A Lei é para todos, menos para tucanos” de camisa social do Mussolini e gravata vermelha do PT.
Do Facebook do Juiz Valois:
Se o filme fosse sobre algum processo que eu já tive em minhas mãos, ninguém iria sorrir, nem eu, nem ninguém. Talvez fosse um filme de drama, talvez um de suspense, podia até ser um de terror, mas nenhum com a capacidade de se fazer sorrir comendo pipoca. Poderia fazer chorar, fazer virar a cara, dar nojo e até dar vontade de sair do cinema, mas nunca fazer sorrir. A justiça penal verdadeira não devia ser local, motivo, de alegria, mas de tristeza sempre, porque, quando age, age demonstrando o quanto falhamos como sociedade. Não importa se a atuação da justiça penal pode ser transformada em algo plasticamente belo, o que já é uma deturpação da verdade, a justiça penal é triste, deve ser triste, para o bem da sociedade e da possibilidade de se manter são. Eu não vi esse filme, mas se ele é sobre justiça penal, polícia e prisão, e causa essa alegria toda, eu não vou ver…
FONTE [LÍMPIDA!]: https://www.conversaafiada.com.br/brasil/o-juiz-que-nao-vai-ver-o-filme-do-moro
Messias Franca de Macedo
UM DOS MAIORES ESCÂNDALOS DA HISTÓRIA MUNDIAL
Um rábula ‘psicoPATO’, um caipirão arrivista colonizado… Um Bronco juizeco de piso de quinta de uma província agrícola… O juizeco protofascista DEMoTucano ‘mor(T)o’ perpetrou, entre vários, um crime hediondo que atentou contra a Lei de Segurança Nacional, favorecendo sobremaneira o golpe vagabundíssimo que está destruindo o Brasil e o honesto povo trabalhador brasileiro…
Entenda
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Risada do Moro é bofetada no STF
Morais: a lei não é para todos
01/09/2017
“As risadas proferidas por Moro na estreia do filme, quando este retrata o seu próprio crime de vazar conversas pessoais para uso político, é uma bofetada na cara do STF e joga exatamente contra o título do filme. A lei tanto não é para todos, que o juiz que dolosamente a inflige pode sentar-se num cinema público e rir-se – livremente – enquanto seu crime é recontado e mantido para a posteridade. Cada juiz sério neste país é diminuído e espezinhado toda vez que Moro ri de seus crimes, e ainda se acha no direito de pautar os debates sobre ‘crime e castigo”.”‘
Por emérito e intrépido jornalista e ecritor Fernando Morais
FONTE [LÍMPIDA!]: https://www.conversaafiada.com.br/brasil/risada-do-moro-bofetada-no-stf
Messias Franca de Macedo
MPF pede absolvição de Lula em caso de Cerveró
Procurador pede que Delcídio e Bumlai sejam condenados. Para MP, ex-senador deve perder benefícios
01 de setembro de 2017
Procuradoria da República do Distrito Federal pediu nesta sexta-feira (01/09) pediu à Justiça Federal do Distrito Federal a absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (…)
(…)
FONTE: https://jota.info/justica/mpf-pede-absolvicao-de-lula-e-esteves-em-caso-de-cervero-01092017
RONALD
Tem que avisar, para os arrematantes do patrimônio público brasileiro, que essa transferência será somente enquanto durar este governo ilegítimo e que será retomado quando de um governo democraticamente eleito estatizar tudo que foi dado de presente para estes parasitas financeiros – abutres infernais.
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