Pedro Augusto Pinho: Receita para demolir um país

Tempo de leitura: 2 min

RECEITA PARA DEMOLIR UM PAÍS

Por Pedro Augusto Pinho*

O Brasil, como várias colônias do império estadunidense, passou, na última década do século XX, para colônia de um sistema, não mais de um país.

É o sistema financeiro internacional que assumiu o poder, comprando, corrompendo e amestrando políticos, lideranças empresariais, trabalhistas e militares.

No tempo da colônia de países, a administração local das colônias era mantida pelas elites nacionais aliadas.

Havia diversas vantagens, além da redução de custo de manutenção da repressão interna, como o voto garantido em organizações internacionais e a propagação da pedagogia colonial.

O sistema financeiro quer o mundo globalmente homogeneizado, sem quaisquer fronteiras que impeçam o capital de circular livremente, sem encargos nem custos nacionais, locais.

Três ingredientes compõem a receita para extinguir um país.

Primeiro, crie e divulgue a mentira que impeça de o país crescer e, até mesmo, de atender às demandas mais corriqueiras de seus habitantes, tais como emprego, saúde e educação.

Diga que o mais importante para a administração do país é o equilíbrio fiscal, mas deixe o sistema financeiro emitindo títulos de dívida que recolham, em juros, metade dos orçamentos federal, estaduais e dos maiores municípios.

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Se tiver muita falta de vergonha pode colocar na constituição um teto para os gastos públicos, evitando com isso conceder aumentos de salários, fazer manutenção de bens públicos, principalmente hospitais, e melhorar o transporte urbano.

Segundo ingrediente. Avaliar depreciativamente tudo que constituiu conquista do povo, ou decisão de governantes desenvolvimentistas e trabalhistas que trouxe benefício para o país.

Como exemplo, tem-se a energia nuclear, a EMBRAPA e a Central de Medicamentos (CEME), obras da “ditadura militar”, a legislação trabalhista e o imposto sindical, da “ditadura Vargas”, ou a construção de Brasília, que não ouviu o povo e hipotecou a Nação.

Por fim, terceiro ingrediente, importe tudo, de igrejas e pastores a soluções de problemas e ideologias, em especial as inaplicáveis no país pelas características culturais e econômicas.

Por exemplo, se você produz petróleo e derivados, nada de colocá-los à venda pelo preço de produção nas refinarias.

Estabeleça um preço paritário ao de países ricos, paridade internacional (!), cujo salário mínimo seja até dez vezes o nacional.

Com este PPI, você estará impedindo a família de usar gás de cozinha, o motorista de táxi de poder viver de seu trabalho, e todos os produtos ficarão caríssimos pelo diesel usado nos caminhões transportadores.

Dificilmente um país conseguirá resistir a tal ataque sem naufragar. Assim se está destruído o País.

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.

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Comentários

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Beto Lau

No futuro todo mundo vai ser trabalhador de aplicativo. Ou seja, todo mundo na mesma profissão não vai ganhar nada. Um monte de gente fazendo a mesma coisa.
Foi o PSDB que arrumou esse PPI.
Foi o PSDB do Aécio e do Serra que deu nosso petróleo para os EUA e petroleiras da Europa.
Como o povo não vota mais no PSDB, os tucanos resolveram se vingar do povo que não vota mais neles para presidente.
O óleo diesel tá praticamente o mesmo preço da gasolina.
Aqui privilegiou-se o automóvel, o caminhão. E num país cortado por estradas é o caminhão diesel o faz-tudo.
Os alimentos são transportados por caminhão, então, preparem o bolso pq não vai parar de subir os preços enquanto houver esse PPI.
ISSO aí foi é vingança do PSDB pq o povo não vota mais neles para a presidência da República.
Alguém consegue explicar como depois de descobrir uma mega reserva de petróleo no Brasil a gasolina, diesel e gás de cozinha estão tão caros. Não era para acontecer o contrário, está bem menos caro.

Zé Maria

Notícias da Pastagem

Prenda Bageense chuta Carluxo às Vésperas do Casório.

Filha de Latifundiário do Agro-negócio-Tóxico de Bagé e Neta de ex-Prefeito da “Rainha da Fronteira”, indicado pela Ditadura Militar, desistiu do Casamento com o Filho 02 de Jair Bolsonaro, que estava marcado para Amanhã, Sábado (26).

Segundo @s C@lunistas ÇoSSiais da Impren$a do Estado Gaúcho, a Milícia já havia até reservado um Avião da FAB em Brasília para o Clã prestigiar a Cerimônia na Pampa Charrua.

Ainda, conforme fontes ligadas à família da Noiva, os Pais ficaram surpresos com a repentina desistência da Filha.

Mais Detalhes em:

https://www.apostagem.com.br/2022/03/24/carlos-bolsonaro-e-abandonado-pela-noiva-na-beira-do-altar/

https://dol.com.br/noticias/politica/704145/gaucha-desfaz-noivado-com-carlos-bolsonaro-e-surpreende

abelardo

Uma avaliação muito interessante e bastante explícita. É um forte aperto dos dedos na inflamada ferida desta disfarçada e subserviente colônia america. Colônia que não se cansa de permitir o uso dos jogos sujos e rasteiro contra a população. Colônia de suditos acomodados ao vira-latismo de suas
não-reações e conformismo covardes.
O Brasil precisa ressuscitar os verdadeiros líderes sindicais, para colocar a elite burguesa contra a parede. O exército de traidores não descansará enquanto tornar todo o Brasil em um imenso sertão de fome e seca.

Zé Maria

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O Brasil foi Enredado pelo Neoliberalismo Econômico Global,
Emaranhado pela Libertinagem da Imprensa Capitalista
Ocidental Burguesa no Mercado Financeiro Apátrida,
onde “o Abuso é Regra”, a Usura é Norma e o Lucro é Lei.
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“Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam
de que o abuso é sempre a regra.”
Bertolt Brecht
“A Exceção e a Regra”
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“A imprensa informa e forma; privilegia, dispõe e relaciona
as notícias, elegendo os acontecimentos que merecem
destaque e os que serão relegados ao esquecimento.
Não registrando apenas o fato, ela o cria, na medida em que
seleciona o que é e o que não é notícia, seja por critérios
jornalísticos, ou por interesses econômicos e políticos”.
“A seleção estratégica de informações constrói uma
determinada realidade, firma idéias, não podendo a
censura, portanto, ser lida somente no que foi proibido,
mas também no que foi reforçado, sistematicamente
vinculado”.
“O texto jornalístico é uma narrativa intencional,
uma produção de sentido, não um conjunto
de verdades”.
“O jornalista [- não o Papagaio da OTAN (EUA/RUGB/UE -]
procede de uma interpretação, na qual a subjetividade
está sempre presente, por isso é preciso enxergar nos
textos a sua carga de temporalidade.
Por outro lado, opera a seleção do relevante, colaborando
com a transformação do imediato em perene.
É preciso ler os textos na sua complexidade,
distinguindo entre o fato (o real acontecido)
e a notícia (o real reconstruído)”.
Alexandre Ayub Stephanou
“Censura no Regime Militar
e Militarização das Artes”
(Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001)
(https://books.google.com.br/books?redir_esc=y&hl=pt-BR&id=YuI8AAAAYAAJ&focus=searchwithinvolume&q=imprensa+e+realidade)
(https://books.google.com.br/books/about/Censura_no_regime_militar_e_militariza%C3%A7.html?id=YuI8AAAAYAAJ)
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13815/000651661.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0771-1.pdf
.
.
“Diante disso, de acordo com o autor, o historiador
que se dispõe a utilizar a imprensa como fonte
deve compreender os métodos utilizados na
atividade jornalística, no processo de construção
de tais acontecimentos.
É preciso que o pesquisador veja as matérias
que cercam aquela que está sendo pesquisada,
analise a publicação como um todo,
inclusive na disposição gráfica das notícias.
Assim, o historiador, ao interpretar o conteúdo discursivo,
tem de considerar contingências sociais e políticas [e
econômicas] do momento específico da sua produção
e a interpretação individual de quem o escreve” [ou a
linha editorial de quem o publica].
Rodrigo Santos de Oliveira
“A Relação entre a História e a Imprensa,
Breve História da Imprensa e as Origens
da Imprensa no Brasil (1808-1930)”
https://www.seer.furg.br/hist/article/view/2614
http://www.repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/6828/2614-7224-1-PB.pdf
.
.
“A imprensa, enquanto subproduto da mídia – entendida
como meio, canal, para a comunicação – apresenta-se
em condições de ser um dos elementos a interferir na
compreensão dos cidadãos sobre as instituições políticas,
bem como influenciar o comportamento, de maneira
específica, dos partidos políticos, visto que ela se tornou
uma das principais instituições sociais a ter ascendência
no processo de socialização do indivíduo.
Por isso, há necessidade de contextualizar e pesquisar as
intercorrências dessa relação, cujas causas e efeitos
parecem atingir sobremaneira a operacionalização do
sistema político com um todo, dado o protagonismo
exercido pelos partidos sobre a representação política
na democracia.
Em outros termos, o modo com o qual a imprensa
age seria capaz de repercutir e influenciar o ‘modus
operandi’ dos partidos.
Dessa forma, buscamos entender parcela da relação entre
imprensa e partidos de forma a enumerar alguns pontos
capazes de influenciar e alterar procedimentos, sobretudo
aqueles oriundos da imprensa sobre os partidos políticos
e não o contrário.
Tal perspectiva se desenvolve a partir de uma leitura
da imprensa ancorada no modo capitalista de produção.
Neste caso específico, vamos nos deter e estabelecer
como parâmetro e substrato analíticos a condição da notícia
e/ou informação – obtida por intermédio dos meios
de comunicação de massa e de seus porta-vozes
da imprensa – como mercadoria.
Neste ponto, publicizamos (repercutimos) uma relação
cada vez mais sobressalente na contemporaneidade,
a da imprensa com os partidos e a política em geral,
a qual, para alguns autores, ganha status de centralidade
nas discussões de âmbito institucional.
Não obstante, inserido no bojo desse debate emerge,
de forma paralela, a possibilidade de se levantar algumas
interpretações relativas à suposta crise da representação
política conferida em larga medida aos partidos.
“Quando elencamos alguns pressupostos que subsidiam
a forma de atuação da imprensa burguesa tomamos
contato com um cenário contraditório e paradoxal, no qual
ao invés de informar e facultar a ampliação do debate
público em torno dos fatos sociais mais relevantes e
impactantes para o ordenamento e organização da
sociedade, observamos a notícia arquitetada de modo
a restringir e parcelar a realidade, conforme os interesses
da classe dominante.
Subliminarmente, o propagado discurso liberal, adepto
contumaz de uma imprensa livre e plural, deixa de cumprir
suas promessas.
Assim a retórica supera os fatos, gerando efeitos ‘concretos’
na esfera política.
Desde a formação nas universidades, os alunos
do curso de jornalismo são contemplados com um
repertório teórico e prático, traduzido e sistematizado
em técnicas, normas e procedimentos com o fim de
moldar e padronizar a conduta dos profissionais da área,
de modo a circunscrevê-los (domesticá-los) segundo
preceitos pétreos vinculados aos interesses da classe
dominante, a burguesia.
Portanto, a amarra burguesa, obviamente concernente
ao modo capitalista de produção, é estabelecida antes
mesmo da confecção da notícia (para além de uma
perspectiva centrada na condição classista).
Ao chegar às redações dos jornais, os jornalistas já estão
aptos a repercutir o ideário burguês com a maior naturalidade,
sem sobressaltos.”
Levy Lisboa Neto
“Resultados e Efeitos da Atuação da
Imprensa Burguesa sobre os Partidos
Políticos no Brasil”
https://brazilianjournals.com/index.php/BASR/article/view/357/310
.
.
“Qual de nós, no momento presente, não preferiria,
a todos os jornais de 1938 ou 1939 [e das Décadas
seguintes até os dias de hoje], ter nas mãos alguns
documentos secretos de chancelaria, alguns relatórios
confidenciais de chefes militares?”
Marc Bloch
“Introdução à História”.
(Tradução: Maria Manuel e Rui Gracio.
3ª ed. Lisboa: Europa-América, 1976. 181 p. 58)
(https://ihgb.org.br/pesquisa/biblioteca/item/8573-introdu%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-hist%C3%B3ria-marc-bloch-tradu%C3%A7%C3%A3o-de-maria-manuel-miguel-e-rui-gr%C3%A1cio.html)
https://www.amazon.com.br/Introdu%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-Hist%C3%B3ria-Marc-Bloch/dp/B01LTHNBQ2
(https://cliohistoriaeliteratura.com/2020/07/06/nasce-marc-bloch-hoje-na-historia)

https://operamundi.uol.com.br/hoje-na-historia/33516/hoje-na-historia-1983-klaus-barbie-chefe-da-gestapo-e-preso-na-bolivia

Christian Fernandes

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