Passeata contra discriminação em shoppings, bancos e supermercados
Tempo de leitura: 2 minIndignação e passeata
do Afropress
São Paulo – Uma passeata, que pretende reunir pessoas solidárias à luta contra a discriminação em shoppings, bancos e supermercados, marcará os seis meses do ato de racismo sofrido pelo músico cubano, Pedro Bandera, alvo de maus tratos por parte de seguranças do Shopping Cidade Jardim.
A passeata, convocada por iniciativa do próprio músico está marcada para sábado, dia 19/02, às 12h, e terá como ponto de encontro a frente do Shopping, que fica na Av. Magalhães de Castro, próxima à Marginal Pinheiros, Morumbi, bairro da Zona Sul de S. Paulo.
Bandera é formado em Pedagogia, em Cuba, e tem formação como percussionista e professor de música. No Brasil, há seis anos, e atualmente vivendo em S. Paulo, ele já trabalhou com artistas de renome no cenário musical brasileiro, como Pepeu Gomes, André Jung, Edgar Scandurra (ex-Ira), Luiza Maitá, Karina Buhr, Marina de La Riva e João Gordo, entre outros.
Barrado
No dia 28 de agosto do ano passado, quando se dirigia a Livraria da Vila, como integrante da banda que acompanharia o show de apresentação do DVD da cantora Marina de La Riva, foi barrado por seguranças.
“Dois vieram ao meu encontro de maneira hostil, agressiva. Um deles falou que eu não poderia entrar sem me explicar o motivo de tal restrição. Expliquei o motivo da minha presença no local e mesmo assim ele questionou e, apontando para mim, ainda que tentando ser discreto, comentou com o outro: “Estão suspeitando desse indivíduo porque ele está falando que veio fazer um show, mas anda de táxi e ninguém viu seus instrumentos!”, relembra.
O músico pediu, então, a presença do responsável pela segurança do Shopping, ouvindo de quem o barrou a seguinte resposta: “Você é estrangeiro e não sabe que este shopping foi assaltado duas vezes? Quem te mandou entrar, quem te autorizou a entrar?”
Em seguida, ele fez contato com os membros da banda, que desceram em seu socorro. “No momento da chegada de um membro da banda, já tínhamos saído do interior do prédio e nos encontrávamos no estacionamento diante do táxi, onde eu, indignado, disse: “Olha vocês que falaram que ninguém viu meus instrumentos, eles estão aqui!, tirando-os do táxi”, relatou.
Apoie o VIOMUNDO
Mesmo assim, os seguranças continuaram tentando evitar a sua entrada no Shopping, o que só aconteceu depois da intervenção da produtora da banda, do pessoal da livraria e dos músicos. Bandera disse que relatou o ocorrido à administração dois dias depois, porém, nunca teve resposta.
O músico cubano procurou a Delegacia de Crimes Raciais (DECRADI) onde registrou Boletim de Ocorrência e também procurou o Centro de Estudos das Relações Raciais e do Trabalho (CEERT), onde o caso está sendo acompanhado pelo advogado, Daniel Teixeira.
Comentários
Martins, Ben-Perrusi
Grite conosco no Facebook:
“ABAIXO O RACISMO NA AMÉRICA LATINA!” — http://www.causes.com/causes/576003-abaixo-o-raci…
@leumasocsalev
Apesar de não ser negro, entendo e já presenciei situações parecidas com a que Pedro Bandera passou. Ano passado, no Starbucks do Cambuí, próximo à Emílio Ribas, estava eu a tomar um cafézinho quando vi um catador de lixo, negro, entrando na cafeteria. Só isso já causou alvoroço nos clientes. Ele se aproximou do balcão e pediu um pão de queijo, com 10 reais na mão. A balconista relutava em atender ao pedido do rapaz. Aí ele falou "solta o refém moça, tô com dinheiro aqui"… Finalmente, ao mostrar a nota de 10 reais, a moça entregou o pão de queijo. No caminho para fora ele me cumprimentou e me chamou de "Barba" (e Barba virei, sempre que o vejo, me trata assim) e pôs-se a reclamar da balconista "ela não queria soltar o refém", e num tom bem humorado reclamou do preço (2.70), como quem lidasse com aquele tratamento corriqueiramente.
Eu, por minha vez, cultivei cabelo comprido por 7 anos e me vi em situações constrangedoras no Shopping Dom Pedro e no Shopping Estação. Comprei em julho do ano passado uma Caloi Aspen na Centauro do Shopping Dom Pedro, numa quarta-feira. A montagem não poderia ser feita de imediato pois não havia funcionário disponível, me disseram pra buscar a bike dali a 48 horas. Falei então que voltaria no sábado, pois trabalhava e estudava durante a semana. No sábado, retirei a bicicleta da loja e ao chegar no estacionamento, eu, que não tenho carro, pensei em como levar a bicicleta embora à noite, sendo obrigado a pegar um trecho de rodovia de quase 5 km para chegar a Barão Geraldo… Resolvi então pedir um táxi (pois a EMDEC não admite bicicletas no ônibus) para uma segurança que olhava atentamente pra mim, parada próxima a porta do shopping. Ao me dirigir a ela, com a bike em mãos, ela veio em minha direção já dizendo "onde você pensa que vai com essa bicicleta?". Eu disse que havia acabado de comprar a bicicleta e que ninguém havia me impedido de sair com ela do shopping, e que somente iria pedir pra ela chamar um táxi para eu levar o produto pra casa. Então ela pediu que eu apresentasse a nota fiscal do produto e disse que eu não deveria estar com a bicicleta "na calçada" do shopping, pois ali era lugar apenas para pedestres… Eu apontei pra um segurança andando de E-scooter (aqueles patinetes elétricos) em meio aos pedestres e ela falou que "staff podia". Eu disse então que não estava montado na bicicleta, o que me qualificava na condição de pedestre… Enfim, rolou um bate-boca de gente que tem tempo e tá disposta a gastar saliva até a segurança resolver chamar um táxi, "com um bom porta-malas", como pedi.
Em Curitiba, no Shopping Estação, após 4 dias seguidos de vestibular, estava desgastado, cansado, suado e com os óculos sujos. Me sentei com os óculos sujos na escadaria do shopping, de maneira a conseguir postar minha mochila e os apetrechos da prova no chão, para conseguir limpar as lentes na camiseta… Em 5 segundos fui abordado por um segurança que disse que eu não poderia me sentar na escadaria do shopping! Expliquei que era apenas para ter um lugar pra pôr minhas coisas enquanto limpava o óculos e indaguei o porquê daquilo… o segurança então falou que era pra evitar "vagabundo congestionando a entrada do shopping". Enquanto andava em direção ao shopping ainda fui hostilizado com "Some cabeludo rapa daqui…". De imediato procurei o SAC do Shopping e protocolei uma reclamação, a resposta foi:
"Prezado Cliente,
Informamos que a fachada externa do Shopping é um patrimônio tombado o qual não nos permite fixar placas de comunicação visual.
Orientamos nossos seguranças em relação a abordagem e agradecemos o seu contato junto ao Shopping.
Atenciosamente,
Shopping Estação."
Acredito!
Luci
O racismo em São Paulo está revelando pessoas doentes por maldade aguda, que afeta mente e o coração dos racistas inconsequentes. Estas ações de racismo consentidas por poderosos economicamente, mas falidos moralmente e como seres humanos. No mundo moderno não cabe mais acreditar que só alguns tem direito à ter respeitados os seus direitos humanos. O racismo que foi vítima o cidadão cubano é uma mostra de que governantes não tem empreendido esforços necessários para enfrentar o racismo e suas consequências.
Klaus
Os seguranças são brancos ou pretos? Quase brancos ou quase pretos?
Marduk
Imagine se fosse um funkeiro, 100% nacional, com sua refinadíssima educação a passear pelo local, grunhindo sua musiquinha de marginal e provocando os outros sem motivo algum, sendo abordado pela segurança. Oh mas que comoção nacional aconteceria. Pediriam o fechamento do shopping kkkkkkkkkkkkkkk
Paulo Roberto Costa
Isso é vitimização desse músico para aparecer na mídia. Quero ver, ele fazer passeata no país dele, que é uma ditadura.
ivomar
Pelo que saiba o fato ocorreu no Brasil. Se gosta tanto de citar Cuba vai para lá, para frança ou para…… onde você quizer. Idiotice tem limite.
Ramalho
Cuba é muito mais democrática do que o Brasil, quando se consideram os direitos sociais. Em Cuba, a mortalidade infantil e o analfabetismo são baixos. A Ilha tem sistema universal de saúde. Além disto, não há racismo em Cuba, dentre outras razões, porque não há paulista por lá – notou quantos casos de racismo têm acontecido ultimamente em São Paulo?.
Quanto a aparecer na mídia por causa da "vitimização" – ué, mas ele é vítima realmente, se o relato for fidedigno -, tem-se de reconher que é boa para o Brasil: a evidenciação de crime de racismo ajuda a extirpar esta prática vergonhosa de nosso cotidiano. Além disto, não vejo como o músico possa se beneficiar profissionalmente da passeata.
Por falar em passeata, vá tentar fazer passeata em Washington, no "democrático" EUA que tem a maior população carcerária proporcionalmente do mundo, para ver o que é bom pra tosse.
Rodrigo Leme
Vai estudar um pouco sobre a situação de homossexuais em Cuba, Ramalho.
E adoro quando falam que Cuba é uma democracia…só não é mais velha que a do papagaio.
Ramalho
Estude um pouco mais sobre democracia e suas diversas manifestações. Quando tiver feito isto, volte a manter contato.
Antônio
Ramalho não estou muito familiarizado com este sitio, por isso não sei se a resposta acima foi para mim ou para o Rodrigo. A resposta que postei acima foi para vc. Essa sua última postagem mandando estudar um pouco mais é típica de quem não tem argumento e é arrogante. Meu pai nunca estudou, não sabia ler nem escrever, mas suas lições de vida foram exemplos de democracia e de ética. Sou pós graduado nos estudos nem por isso acho que quem é iletrado não entende desses assuntos. Não confunda suas convicções políticas com democracia.
Ramalho
Você não a sacrifica sua liberdade por nada? Tem certeza? Meu caro, se você vive em sociedade, sacrifica sua liberdade. Sacrifica-a para viver em sociedade, pois, em sociedade, ninguém é absolutamente livre, inclusive você.
A maioria das pessoas prefere perder um pouco de liberdade a ser completamente livre e, ao mesmo tempo, também ignorante, doente, sem renda e, mesmo, sem vida, como você recomenda (certamente para os outros). Se você estudou, como afirma orgulhosamente adiante, sacrificou sua liberdade na escola: cumpriu horários, estudou o que lhe mandaram, submeteu-se a avaliações etc., não fez nela o que quis. Nada há demais em sacrificar-se um pouco de liberdade em troca de segurança física, afetiva, social, econômica, política – não vou entrar em questões sobre quanto é “um pouco”.
Democracia tem diversas acepções. Igualdade de direitos e de oportunidades são valores democráticos e compõem o conceito. De que adianta escolher o mandante – e, assim, delegar a ele a liberdade que você teria de decidir, inclusive sobre a sua própria vida – se tal mandante negar-lhe o direito de ter atenção em saúde, por exemplo? De que adianta poder votar e não poder estudar? De que adianta falar o que quiser e não ter emprego? Democracia é também todos terem direito a renda (de acordo com seus méritos e garantida a sobrevivência de todos), trabalho, saúde, educação, segurança. Claro, liberdade de expressão é bem ético a ser cultuado, mas não é o único, e, em certas circunstâncias, nem é o mais importante, para caracterizar uma democracia. Igualmente o direito universal de eleger e eleger-se (este último uma quimera em quase todas, se não todas, as chamadas democracias). Democracia tem, sim, especializações, e a social e a política, são exemplos delas.
Antônio
Ramalho vc está se referindo a liberdade natural, anterior ao Estado moderno. Eu estou me referindo a liberdade relativa. Em O Contrato Social, Rousseau trata do assunto. Acho que a liberdade natural não é possível, assim como o anarquismo também não é possível, embora seja o ideal.
Acredito que quanto mais responsabilidades delegarmos ao Estado, menos liberdades teremos.
Antônio
"mais democrática quando se considera os direitos sociais" Quer dizer que para vc a democracia se classifica por ramos do direito ou da sociologia. Eu não sacrifico minha liberdade por nada, nem por saúde, nem por educação, nem sequer pela minha vida. E também respeito meu semelhante se ele praticar o racismo em relação a minha pessoa, desde que eu também possa me defender.
Yes we créu !!!
Paulo, vai com Deus. Mas, por favor, vá.
Lu Busis
Que horror, gente! Não é o caso de se ter liberdade ou não no Brasil, em Cuba, na França ou qq outro lugar. O problema é o preconceito, o desrespeito ao ser humano. Já imaginaram como deve ser frustrante não conseguir entrar em um lugar onde todos entram só por causa do cor da pele?
Pedro
Thomaz,
Ora, barraram o cara sem motivo nenhum, acusando-o de inventar uma história pra entrar. Ponha o nome do cara na internet pra ver se não encontra um foto. Observe a cor de sua pele e entenderá porque dessa forma o trataram.
Antônio
Nossa sociedade tem confundido racismo com ações isoladas que ocorrem no cotidiano onde são vítimas pessoas com comportamentos determinados, mas principalmente pessoas pobres. Acho que nós brasileiros temos que ter um pouco mais de seletividade para sair atacando ou nos solidarizando com esses fatos. Vejo que em qualquer sociedade humana os mais humildes (sem recursos) são os que sofrem todo tipo de humilhação e isso não tem lei que impeça. Esse sujeito aí tá muito bem posto e sabe se defender, deveria compreender o problema de segurança existente no local, ou pelo menos ficar na sua, já que era um estrangeiro e poderia colaborar e ser mais propositivo.
Yes we créu !!!
Antônio, meu anjinho… ah, esquece. Tenho mais o que fazer.
Eduardo
Açoes isoaldas onde? Brasil é um dos paises mais racistas do mundo. Impossível alguém que tenha amigos negros de verdade achar que racismo é caso isolado. Se atores negros GLOBAIS, conhecidos relatam abertamente serem vitima de racismo até hoje, que dirá do coitado sem nome? Desculpa mas como um branco, privilegiado cheio de amigos negros (muitos de classe alta) posso lhe garantir que racismo é tudo menos caso isolado.
Luci
"Puteiros de consumo, amei". Boa.
rodrigo.aft
pessoal, desculpem-me pelo off topic, mas acho importante:
vamos votar na Natália Viana (do CartaCapital)? último dia!!! http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/
(ow, veja isso: capricho em 1o. lugar?)
votação parcial:
Andressa Fernandes – Capricho : 32,20 %
Natalia Viana – repórter independente : 30,06 %
Fernanda Aranda – iG : 14,07 %
Lívia Marra – Folha : 12,17 %
Elisa Campos – Época Negócios : 11,50 %
ela por ela:
"Pra quem acompanhou a divulgação dos documentos pelo WikiLeaks e acredita no trabalho da organização: estou concorrendo ao Troféu Mulher Imprensa 2011. O voto é do publico. Clique aqui para votar.
A indicação foi graças às matérias que tenho feito para o site do WikiLeaks e para este blog na Carta capital. Ou seja: reconhecimento que jornalismo, mesmo fora dos veículos tradicionais, pode sim ser reconhecido.
Sou a única jornalista independente do prêmio – e quero mostrar que é possível fazer jornalismo independente de qualidade.
Algumas das reportagens que fiz recentemente:
Com a minha própria grana, fui para a Bolívia em dezembro de 2009 cobrir as eleições. Por lá eu fiz essa reportagem sobre as Cholitas lutadoras de boxe na Bolívia.
Pra contar a saga do aquecimento global na Bolívia, decidimos tentar uma coisa diferente: uma reportagem em HQ: “O salar está café“. Taí uma das vantagens de ser independente…
Passei todo o ano de 2010 escrevendo dois livro: um, sobre o jornal Movimento, que resistiu á ditadura militar e o outro, Habeas Corpus – Apresente-se o Corpo, sobre os desaparecidos da ditadura.
Para fazer matéria sobre a ficha de Serra no Dops, nada de motorista: dois ônibus e um metrô – mas o Arquivo do Estado de São Paulo é logo ali. Engraçado é que nenhum outro repórter foi lá.
Também é logo ali – mas ninguém conhece – a saga e as privações dos ciganos brasileiros.
E nas últimas enchentes, valeu o esforço pra convencer o Guardian que o que falta, mesmo, é mais planejamento urbano e menos vale-tudo comercial nas nossas cidades".
Gustavito
eu acho falta de cérebro e falta de preparo dos "inseguranças", o musico deve ter sotaque espanhol alem de ser negro. Eu já fui chamado de "latino" como se vocês brasucas fossem "norte-americanos" e para rir ou para chorar essa mentalidade de inferioridade.
renato
Não entendi nada, home de Deus…
Anderson
Bem feito a todos que sofrem discriminação nestes estabelecimentos!! Sou " branco", mas por filosofia de vida não entro nestes "puteiros de consumo", viva o bom e velho comércio de bairro e de rua. Outra coisa, com Internet, não piso mais em banco, nem shopping.
Façam igual os negros dos EUA, não frequentem shoppings e tirem toda a grana do banco, só por um mês, e vejam se eles não mudam as atitudes e começam a respeitar , os negros, os pobres e os nordestinos.
Pra mim Rua Garcia Dávila é lixo, viva o SAARA.
ivomar
O rapaz foi trabalhar.
rpa
os outros falou e não disse nada ,falou tudo em poucas palavras.
edv
E mais: Além da passeata (que faz barulho sobre o tema), processo neles!
Para que cada evento destes custe dinheiro aos cretinos…
waleria
Pau neles moçada!
Mesmo em nossa pre-democracia, é bom termos alguma democracia!
edv
Este shopping (que a assessoria de imprensa noticiou, à época da inauguração, que seria um Bal Harbour (velho shopping de … Miami, hehe) paulistano, gosta muito de bem receber os ladrões bem vestidos para assaltar e dar elegantes tiros, talvez de armas mais "chics", com cabo de madrepérola e folheadas a ouro.
Há por ex., placas nas entradas que declaram (dentre mais de 1 dúzia de itens) que a segurança tem "direito" a dispersar grupos com mais de 5 pessoas. Pode?!
Já o ar condicionado nestes mesmos locais sequer existe.
O "chic" do Porsche Panamera tem que aguentar o calor e a fumaça da garagem mesmo.
Pífio!…
MA_Jorge
Como já disse outras vezes, aqui no Brasil do Ali Kamel – Não Somos Racistas mas classistas, infelizmente pobre, qualquer seja ele, branco ou negro, acaba por ser um excluído e acabam sendo chamados de "pardos" apenas pelo fato de não possuirem olhos claros.
Triste deve ter sido a experiência do amigo músico, de se ver incluído ainda no triste mote do provérbio popular da elite branca e que diz "Negro parado é suspeito, correndo é ladrão".
Este é o nosso triste Brasil, país de tantas discussões sobre segurança, mas que reserva em suas leis muito pouco respeito com negros e minorias e que perpetuam as injustiças com sua lenta atuação jurídica.
Wanderson Aguilar
Bem, eu conheço bem essa situação, pra se ter uma idéia quando eu tinha conta num certo Banco espanhol de badeira vermelha – antes verde amarela – chegava ao ridiculo de traverm a porta da agência em que era cliente toda vez que ia até lá e isso se repetia com todos os jovens negros que lá iam, fechei conta e abrim uma no BB onde a porta só trava quando tem vigia novo…
macmonteiro
Sei bem o que é ser "monitorado" de forma acintosa no Cidade Jardim…
(Ainda existe espaço público em São Paulo?)
tito bahiense
Aqui em Salvador-Bahia acontecem absurdos que só quem tem, PELE NEGRA DE REALEZA, como nosso amigo Pedro pode descrever…eu sou mestiçode preto com índio portanto não estou na linha da discriminação habitual de Salvador onde imperam outras tantas discriminações, porém, na cidade de SP, fui barrado inúmeras vezes por policiais, quando estava ao lado da minha mulher que é paulistana…estava eu com meu boné, minha cara, e meu chinelo no pé e minha fala NORDESTINA!! FAÇO VOTOS AQUI PRO NOSSO AMIGO PEDRÃO IR A FUNDO NISSO TUDO AÍ QUE FIZERAM COM ELE…AFINAL, UM ARTISTA QUE ENRRIQUECE NOSSO MEIO MUSICAL COM A SUA CULTURA NÃO MERECE TAMANHO DESTRATO, OU MELHOR, NINGUÉM MERECE!! – SENTA A PÚA MY BROTHER!!!
Rodrigo Leme
Valeria saber a posição do shopping. Afinal, duvido que seja o único negro a ter entrado lá.
edv
Valeria vc ir visitá-lo e perceber o clima do pretenso shopping imitação de luxo Miamense (Bal Harbour?).
Aí vc vai perceber que nem vale a pena saber a posição so shopping. Ela é evidente.
Há por ex., placas nas entradas que declara que a segurança tem (dentre mais de 1 dúzia de itens) "direito" a dispersar grupos com mais de 5 pessoas. Pode?
Já o ar condicionado nestes mesmos locais nem existe. O "chic" tem que aguentar o calor e a fumaça da garagem mesmo.
Pífio!…
francisco p. neto
Ele deve ser negro.
Mas acho que não foi só por isso que não deixaram ele entrar.
Depois que souberam que era cubano, ai então que piorou a situação.
Nesse shopping só entra quem tem carteirinha dos que são adeptos do neoliberalismo.
Gustavo Pamplona
Deem uma olhada… e eles mencionam o "Amigos do Presidente Lula"
http://rd1audiencia.virgula.uol.com.br/televisao/…
Já sabia que a Record tinha comprado o documentário, mas nunca o passou na íntegra e até chegou a passar partes dele num Domingo Espetacular. Vocês se lembram?
Henderson Sousa
Em represália ao que a Globo informa sobre a Universal.
Pelo que sei, vem mais acusações por aí.
Jair Vasconcelos
Mas o que é isso, minha gente? Vocês estão delirando! Afinal, Demétrio Magnólia e Ali Camelo sempre nos ensinaram que não existe racismo no Brasil.
Marco Santo
Os assaltantes desse Shopping eram brancos, cabelos pretos, cheirosos e bem vestidos (Armani, CK e outros). Então, o que poderemos dizer a respeito dessa iniciativa "preventiva" da segurança local. É proibido ter seguranças pretos?.
diogojfaraujo
Deve ter uma explicação melhor, afinal li no livro do Kamel que não somos racistas!!!!
Perd'ao pela piada, mas… Falar o que diante desse post??
thomaz
O relato do reclamante não revela ato racista.
Bruno
Desenvolva, por gentileza.
És o único a pensar assim.
teresa b
Maldade mandar desenvolver…
Vai fundir o tico ou o teco ou os dois de uma vez…
Scan
Ora, ora, não precisa desenvolver.
A gente já sabe como essa classe de "gente" funciona.
Aline C Pavia
Coitado de vc Thomaz.
Mônica Rangel
Thomaz, me desculpe, mas o que precisa ser revelado aqui é que, o Brasil É SIM UM PAÍS PRECONCEITUOSO. Vamos parar de "camuflar" essas situações que acontecem a qualquer hora e em qualquer lugar. Chega de: "não foi bem assim", "não era essa a intenção", "estava só brincando". Vamos assumir o problema e encará-lo de frente. Vamos parar, refletir e sobretudo assumir onde escondemos o nosso preconceito. Se a gente conseguir pelo menos fazer esse exercício, já é um bom começo.
SILOÉ
Um ABSURDO!!! Preconceito puro.
Marat
Ladrão mesmo, de verdade, entra e rouba, agora, pessoas sérias e honestas são barradas. Isso é o que dá se deixar levar apenas pelas aparências…
Jairo_Beraldo
Por isso eu sempre digo…são seguranças, por que falta capacidade intelectual, senão teriam uma profissão que exige massa encefálica.
carlao
atacar preconceito com preconceito, não sei se é a solução…..
Jairo_Beraldo
carlão, onde está o preconceito? são, como os puliça anacéfalos!
Marat
Mas a falta de capacidade intelectual já vem daqueles que empregam os seguranças, já que nem treinamento adequado lhes oferecem. Vide os "seguranças" do nefando banco Itaú…
Deixe seu comentário