Órgão municipal de BH é acusado de proibir servidores de criticar Aécio Neves
Na semana passada, a emissora a cabo Globo News veiculou a primeira entrevista de uma série com os principais candidatos a presidente da República. O senador pelo PSDB mineiro, Aécio Neves, foi entrevistado pela jornalista Renata Lo Prete no programa “GloboNews Eleições”.
A entrevista ganhou repercussão menos pelo que disse o entrevistado e mais pelo que perguntou a entrevistadora. Sabidamente favorável ao PSDB e amplamente desfavorável ao PT, a emissora das Organizações Globo surpreendeu: Lo Prete questionou duramente o tucano. Fez um questionamento praticamente inacreditável, em se tratando dessa emissora.
O que perguntou a jornalista global guarda relação com denúncia que este Blog recebeu há alguns dias e que reforça percepções sobre a postura antidemocrática de Aécio Neves, a qual vem ficando cada vez mais clara nas ações que o PSDB tem conseguido arrancar do Ministério Público, da Justiça e até da Polícia contra adversários políticos, que incluem invasão de domicílios de pessoas “acusadas” de criticar alguém que pretende governar o Brasil.
No último dia 16, o Blog recebeu, de um seu leitor antigo, o e-mail abaixo reproduzido.
De : IOIOIOIOIOIO
Data:16/06/2014 13h45
Para: Eduardo Guimarães
Assunto: Censura em Minas
Eduardo,
Vergonhoso. Trabalho como funcionário concursado na Prefeitura de Belo Horizonte. Atualmente, estou na Fundação Municipal de Cultura, órgão da administração direta da Prefeitura.
Como sabemos, atualmente a administração municipal está nas mãos do prefeito Márcio Lacerda, do PSB de Eduardo Campos.
Pois bem, eu não tenho cargo em comissão, porém todos os perfis no Facebook dos funcionários que possuem cargo de Comissão foram vasculhados.
Muitos funcionários foram advertidos e expressamente proibidos pelo presidente da fundação [Leônidas José de Oliveira] de publicar qualquer tipo de postagem com críticas a Aécio Neves, caso queiram manter seus cargos em comissão.
Mas o PSB não é o partido de Eduardo Campos? Pois é…
Até aí, o presidente da Fundação Municipal de Cultura de BH poderia estar se referindo ao uso de equipamentos daquele órgão para alimentar os perfis dos funcionários com críticas políticas, o que é proibido. Desse modo, não haveria o que objetar. Só que, segundo o denunciante, não foi bem assim.
Para que fosse assim, Oliveira teria que ter exigido desses funcionários com cargos de comissão (gerência) que não fizessem críticas ou elogios a candidato algum durante o horário de trabalho, mas só críticas a Aécio foram proibidas. E, segundo o denunciante, nada foi dito sobre a proibição valer só no horário de trabalho e em computadores daquele órgão público.
Abaixo, o questionamento do Blog ao denunciante.
De: Eduardo Guimarães
Data:16/06/2014 13h59
Para: IOIOIOIOIOIO
Assunto: Re: Censura em Minas
Mas essa exigência também vale fora do ambiente de trabalho?
Segue resposta do denunciante.
De : IOIOIOIOIOIO
Data:16/06/2014 23h38
Para: Eduardo Guimarães
Assunto: Re: Re: Censura em Minas
Eduardo,
No ambiente de trabalho é, evidentemente, correta a exigência de não acessar o Facebook. Mas a questão não é essa. A questão é a de impedir que se publique críticas ao candidato tucano mesmo que o acesso seja feito fora do local e do horário de trabalho.
Acho inaceitável. Isso não me atingiu pessoalmente, pois, como disse, não tenho cargo em comissão, mas atingiu colega com cargo em comissão que disse que foi advertido pelo presidente da fundação a não mais curtir ou postar nada contra Aécio Neves.
Esse funcionário me disse, ainda, que nos últimos dias uma pessoa de confiança do governo foi escalada para analisar todos os perfis no Facebook dos funcionários que ocupam cargos em confiança.
No caso, esse funcionário parou de fazer campanha para Dilma e de postar e curtir notícias políticas no Facebook, pois a perda do cargo em comissão traria redução drástica do seu salário.
Abraços,
A primeira providência tomada foi ligar para Belo Horizonte, para o denunciante, para obter mais informações e confirmar a denúncia, que foi reafirmada em cada letra, inclusive com informações adicionais que não podem ser veiculadas para não pôr em risco essa pessoa.
O mais estranho nisso tudo é que, por ser órgão de uma prefeitura controlada pelo PSB, seria compreensível, ainda que igualmente inaceitável, que houvesse essa proibição abusiva em favor do candidato do partido que controla a prefeitura de BH e, portanto, a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Contudo, a denúncia induz a crer que o PSB mineiro não deverá trabalhar pelo candidato a presidente desse partido, Eduardo Campos, e sim pelo candidato do PSDB, até pela notória e estreita relação do prefeito Marcio Lacerda com Aécio Neves.
Infelizmente, os servidores desse órgão não querem se expor a retaliações e, desse modo, não aceitam ser identificados. Contudo, o que este post contém é mais do que suficiente para que pelo menos a Justiça Eleitoral procure esclarecer esse uso da máquina pública de Belo Horizonte para fins políticos e escandalosamente antidemocráticos.
O Blog enviou e-mail na terça-feira (17) à presidência da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte perguntando sobre os fatos supracitados, mas, até o momento, não recebeu resposta. Ao longo da semana que entra continuará tentando ouvir o senhor Leônidas de Oliveira ou alguém por ele destacado para se manifestar sobre o assunto.
anderson
AMIGOS DO AOCIO EM APUROS:
Exclusivo: MP decide processar Perrellas por uso de dinheiro público no Helicoca
por : Joaquim de Carvalho
A família Perrella tem negócios em Minas Gerais que vão da produção de carne e cultivo de sementes de feijão, arroz e milho a negociação no mercado de futebol profissional.
Donos de avião e de helicóptero, mantêm amizades com famosos e são conhecidos pelas festas que oferecem na Fazenda Guará, propriedade cinematográfica no município de Morada de Minas.
A família tem poder e dinheiro, mas, analisada a declaração de bens do senador Zezé Perrella, disponível na Justiça eleitoral, o que se vê é um cidadão de patrimônio relativamente pequeno: R$ 490 mil.
Ele tem cotas de empresas, conta em bancos e um Mereces Benz, seu maior patrimônio declarado, no valor de R$ 180 mil reais. Zezé não declara nem casa para morar.
Mas promotores de Minas Gerais descobriram que o senador mora num imóvel registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda., empresa que é uma das chaves para entender os segredos das finanças da família Perrella.
A Limeira Agropecuária é também titular do contrato de leasing do helicóptero Robinson 66, apreendido pela Polícia Federal no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, em novembro do ano passado, com 445 quilos de pasta base de cocaína.
A empresa Limeira, fundada pelo senador Perrella e hoje sob controle acionário de dois filhos, é proprietária da Fazenda Guará, que, além das festas, proporcionou à família um contrato milionário com o governo de Minas Gerais, através de uma empresa de pesquisa agropecuária, a Epamig.
A Epamig deu à Limeira sementes de feijão, arroz, milho e sorgo, com garantia de compra de toda a produção para o Programa Minas Sem Fome, uma versão local do Fome Zero.
Zero era o risco da Limeira nesse contrato. Não houve licitação e, em quatro anos, a empresa recebeu mais de R$ 14 milhões do governo do Estado.
Segundo o Ministério Público, não se sabe quanto da produção foi efetivamente entregue ao Programa Minas Sem Fome. Na única vez em que houve fiscalização, descobriu-se que, numa safra em que se esperavam quase 200 toneladas de grãos, a fazenda entregou efetivamente 27 toneladas.
O caso resultou numa ação por improbidade administrativa movida contra o senador Perrella, o filho Gustavo e os ex-presidentes da Epamig.
Na ação, o Ministério Público afirma: “Suspeita-se que o preço da produção tenha sido superestimado. É desconhecida, ainda, a forma de controle da distribuição dos produtos agrícolas adquiridos e destinados ao programa Minas sem Fome.”
Outra grave irregularidade desse contrato é o fato de que a Limeira não poderia ter contratos com o governo do Estado, por ter, primeiro, o senador Zezé e, depois, Gustavo entre seus acionistas.
A Constituição do Estado de Minais Gerais proíbe contratos entre o governo do Estado e empresas que tenham deputados estaduais entre seus controladores, como é o caso da Limeira.
Em Minas Gerais, o sobrenome Perrella aparece em outros negócios suspeitos com o governo.
Dois dos restaurantes que servem à Cidade Administrativa, vitrine do governo Aécio Neves, foram concedidos sem licitação ao senador Zezé Perrella.
Ao investigar a denúncia, o Ministério Público descobriu que, na área de alimentação, as irregularidades eram bem mais graves.
Alvimar de Oliveira Costa, que sucedeu o irmão Zezé na presidência do Cruzeiro, é um dos proprietários da Stillus Alimentação, a principal fornecedora de refeições para os presídios.
processo perrellas
Em dois desses presídios, a empresa cobrava pelo transporte do marmitex, mas a comida era feita na própria cadeia, em cozinhas clandestinas.
O caso resultou em duas ações na Justiça, uma na área civil, em que o Ministério Público pede a devolução de mais de R$ 80 milhões, e outra na esfera criminal, em que Alvimar é um dos denunciados por corrupção e fraude em licitação.
Em Minas Gerais, até os gandulas do Cruzeiro sabem que Alvimar agiu sempre à sombra do irmão. Por conta dessas ações, os bens da família foram bloqueados, em decisões recentes da Justiça, tomadas depois da apreensão do helicóptero com cocaína. Coincidência?
No rastro da apreensão de cocaína em Afonso Cláudio, o Ministério Público confirmou, numa inquérito civil público, que o combustível da aeronave foi pago pela Assembleia Legislativa, através de reembolsos solicitados pelo deputado Gustavo Perrella.
Em um ano, a conta ficou em R$ 15 mil. Seria uma despesa legal, não fosse o fato de que o helicóptero era usado para serviços extraoficiais, como viagem para festas na fazenda e passeios em Vitória e Rio de Janeiro.
“Transportei muitos amigos e artistas”, contou o piloto Rogério Almeida Antunes, num depoimento prestado em Minas Gerais, depois que ele foi solto da prisão no Espírito Santo por tráfico de drogas.
Na conversa com os promotores, ele contou que uma das passageiras mais frequentes é a atriz Deborah Secco, que foi namorada do jogador Roger, ambos amigos do senador Perrella.
O inquérito civil público, em fase final, deve resultar em uma denúncia contra o deputado Gustavo Perrella.
“Ele pode pedir reembolso pelo combustível, desde que o helicóptero seja usado em viagens exclusivamente a serviço do mandato. Está evidente que este não era é o caso”, diz o promotor Eduardo Nepomuceno.
A Assembleia legislativa também pagou por outros voos particulares do senador Zezé Perrella. Quando ele era deputado estadual, entre 2007 e 2011, recebeu mais de R$ 100 mil como reembolso de despesas com combustível de seu avião.
Na prestação de contas de Zezé, o Ministério Público encontrou até uma nota do aeroporto de Salvador, num dia em que a capital baiana realizava o seu Carnaval fora de época.
Zezé Perrella deixou a Assembleia em 2011, depois que se elegeu primeiro suplente na chapa ao Senado encabeçada pelo ex-presidente Itamar Franco.
Itamar estava no PMDB e Perrella, no PDT, mas ambos eram aliados de Aécio Neves. Amigos de Itamar contam que ele tentou resistir à inclusão de Perrella na sua chapa, mas cedeu à vontade de Aécio Neves, também candidato ao Senado e, como ex-governador, o principal chefe político do Estado.
Octogenário ao se eleger, Itamar morreu pouco tempo depois de eleito, abrindo espaço para o suplente Perrella.
O promotor Eduardo Nepomuceno diz que não pedirá apenas o reembolso das despesas de combustível tanto de Gustavo quanto de Perrella, mas a condenação de ambos por improbidade administrativa.
Em Belo Horizonte, eu procurei o gabinete do deputado Gustavo e pedi para falar tanto com ele quanto com o senador. Apresentei a lista de assuntos, incluindo o caso da cocaína encontrada no helicóptero da família.
O assessor de imprensa, Davi Teodoro, me recebeu na recepção e, em pé, disse que o deputado não tinha tempo para dar entrevista.
Deixei o telefone para que ele agendasse uma reunião. Não tive retorno. Insisti no tema do helicóptero e a resposta de Davi: “Esse caso está encerrado. A Polícia Federal inocentou o deputado”.
No dia em que procurei Gustavo, ele tinha participado da convenção do seu partido, o Solidariedade. Quando estourou o caso do helicóptero, o pai de Gustavo, o senador Perrella, chegou a dizer que a família pensava abandonar a política, com frases como “não precisamos disso para viver”.
Passados sete meses da apreensão do helicóptero e com os traficantes soltos e o processo na Justiça Federal do Espírito Santo caminhando para o arquivo, a família decidiu não só permanecer na política como buscar cargos mais elevados
Na convenção do Solidariedade, decidiu-se fechar aliança com o grupo político de Aécio Neves e reservar para Gustavo a legenda de candidato a deputado federal. Ele pretende deixar a Assembleia Legislativa de Minas para ir a Brasília. Por enquanto, sem o helicóptero.
A aeronave continuará no Espírito Santo até que o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro julgue o pedido de devolução da máquina aos Perrella.
O candidato a governador de Aécio Neves em Minas Gerais é o tucano Pimenta da Veiga, numa coligação de vinte partidos, entre os quais o Solidariedade de Gustavo e o PDT de Zezé.
anderson
Os tucanos e o suborno em Minas Gerais
Por Altamiro Borges
É impressionante a capacidade da mídia privada em fazer sumir com qualquer denúncia que envolva tucanos de alta plumagem. Na sua seletividade, o tal jornalismo investigativo vira piada. Ele só serve para investigar os adversários políticos dos barões da imprensa. Aos amigos, o silêncio cumplice. Em meados de maio, dirigentes do PMDB de Minas Gerais acusaram a direção do PSDB de oferecer R$ 20 milhões em troca de apoio político na disputa para o governo estadual. De imediato, os tucanos garantiram que a oferta era uma “mentira brutal”, e a mídia amiga simplesmente arquivou a denúncia.
Segundo Antônio Andrade, dirigente do PMDB-MG, a tentativa de suborno foi feita diretamente pelo presidente do PSDB no estado, o deputado federal Marcus Pestana, um dos principais auxiliares do cambaleante Aécio Neves. “Eu disse pra eles que tenho que ajudar nossa bancada, que estou atrás de R$ 20 milhões. Eles disseram: Não, isso não é problema, nós conseguimos os R$ 20 milhões pra você ajudar a bancada dos pré-candidatos a deputado estadual e federal”, afirmou o peemedebista aos jornais mineiros “O Tempo” e “Hoje em Dia”. Na sequência, diante do risco de ser processado por não ter provas concretas, Antônio Andrade abrandou o tom da denúncia.
Ele evitou falar em “compra” de apoio, mas confirmou a conversa em torno da cifra de R$ 20 milhões. Ele também não citou o tucano Marcus Pestana, mas garantiu que um ‘porta-voz’ do PSDB participou da reunião com os peemedebistas e ficou de conseguir a ajuda financeira. Outros líderes do PMDB mineiro, como os deputados Sávio Souza Cruz e Zaire Rezende, confirmaram que Antônio Andrade havia mencionado a oferta milionária. De imediato, a chamada grande imprensa – que geralmente não ouve o “outro lado” e costuma fazer acusações levianas – procurou o presidente do PSDB de Minas Gerais.
Segundo a Folha tucana, “Pestana chamou de ‘mentira brutal’ e ‘delírio’ a suposta oferta de dinheiro. ‘Nunca houve esse diálogo. Eu não sei como alguém joga uma calúnia desta no ar’, afirmou. Segundo Pestana, a sua única reunião com o PMDB de Minas ocorreu há três meses, quando ele pediu que o partido passasse a dialogar com a aliança que dá sustentação aos tucanos no Estado”. O jornal ainda aproveitou para lembrar que Antônio Andrade foi ministro da Agricultura de Dilma Rousseff e “hoje é cotado para ser vice-governador na chapa do petista Fernando Pimentel, com quem seu partido negocia uma aliança no Estado”.
Dadas estas explicações, o assunto simplesmente sumiu da pauta da velha mídia. Ninguém fala mais sobre o assunto. Não foi acionada nenhuma equipe de “jornalistas investigativos” para apurar o estranho caso. Quase um mês após a denúncia, a “suposta tentativa de suborno” desapareceu das páginas dos jornais e nem sequer foi mencionada nos telejornais. Acabou! Simples assim! O mesmo já havia ocorrido nas denúncias sobre a compra de votos para a reeleição de FHC, no processo da privataria e, mais recentemente, no escândalo do “trensalão tucano”. Haja imparcialidade!
Hélio Jacinto Pereira
Aécio agora vai,mas nem ele sabe pra onde !
FrancoAtirador
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TORCIDA VTNC PETROBRAX
CANTANDO O HINO À CAPELA
Nada de estranho! Quem conhece não se surpreende! É um PSDBesta!
ANDRE
O “submundo” de Aécio Neves
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O submundo a que gosta de se referir Aécio Neves – responsável, segundo ele, pela disseminação de boatos acerca de sua pessoa – é uma resposta padrão a tudo o que ele não controla.
Não que Aécio não esteja acostumado a operar num submundo. O fogo cruzado entre ele e Serra, através de dossiês, tráfico de influência e outras práticas, gerou alguns dos capítulos mais sujos da vida pública nacional.
O hoje clássico artigo “Pó pará, governador”, publicado no Estadão por um jornalista ligado a Serra, e uma coluna do próprio José Serra na Folha, no dia em que Aécio anunciou sua pré-candidatura, são lembretes eloquentes desse tipo de operação. O texto foi citado por Fernando Barros e Silva no Roda Vida. “O debate sobre o consumo de cocaína no Brasil pode e deve ser uma pauta em 2014”, escreveu JS, o Profeta da Mooca.
A inabilidade e o desconforto de Aécio em lidar com questões incômodas fez com que adotasse essa tática de 1) atribuir os “ataques” a uma entidade fantasiosa, mas com apelo populista; e 2) desqualificar e intimidar quem ouse tocar em assuntos fora da pauta combinada.
Funcionou por um tempo. Aécio sempre teve a imprensa mineira na mão e não achou, provavelmente, que teria maiores problemas.
Há um interessante documentário de Marcelo Baeta sobre as pressões e acordos de seu governo com a mídia local. Uma das histórias é a de Marco Nascimento, ex-diretor da Globo em MG, que produziu uma reportagem sobre o crack no bairro de Lagoinha, em Belo Horizonte. A matéria passou no Jornal Nacional.
A repercussão foi enorme. Nascimento conta que passou a receber telefonemas de Andrea Neves, uma espécie de Golbery do irmão, braços direito e esquerdo, aliada e eminência parda. Para resumir: Nascimento foi demitido pouco depois, evidentemente que sob uma alegação técnica.
(Há vários outros casos – alguns, eventualmente, pândegos. Um jornalista mineiro me contou que Aécio, depois de uma briga com a namorada, mandou avisar o jornal O Estado de Minas que preparasse um “flagrante” da reconciliação numa praça. A foto do pseudopaparazzo foi feita e saiu na primeira página. Houve uma crise porque o retrato deveria ter sido publicado na coluna social, o que daria menos bandeira de que foi encomenda).
O vídeo de Baeta foi acusado pelo pessoal de Aécio de – surpresa – “coisa difundida pelo PT na internet”. Desde 2006, portanto, é basicamente o mesmo subterfúgio. Quando você tem tudo sob controle, num estado em que sua família manda e desmanda há décadas, fica mais fácil.
Mas a fila andou. Não é apenas em suas propostas que Aécio não viu o tempo passar. É um erro de cálculo brutal achar que o Brasil é uma extensão de sua fazenda. É muita arrogância, inépcia – ou a mistura de ambos – pensar que questões como a das drogas ficariam restritas a uma noite no Mineirão com o estádio fazendo coro (infelizmente, pegaria mal dar sumiço naquele povo todo).
A noção de submundo de Aécio Neves terá de passar a incluir, obrigatoriamente, seus “amigos”, colegas de partido e, principalmente, ele mesmo e sua turma.
Bruno Guimaraes
Amigo,você tem a URL desse texto?
El Cid
Fora de Pauta:
ah se fosse do PT… mas como era do PSDB, deixa pra lá:
É esse o sonho dourado da pior elite do mundo. E povo, nesse caso, não nos enganemos, são os do Norte, usamerikanus.
Eita! Ma que democracia, meu.
___________________________________
Bobagem. O que esses caras, pseudo-políticos, querem mesmo é o radicalismo neoliberal para assim e só assim consolidarem em definitivo a grande pátria oligarca, cleptocrática e plutocrática. Democracia, mesmo, nem essa que aí está. Democracia de verdade, então, nem pensar; é pesadelo dos mais terríveis.
Mário SF Alves
Afinal, por que é tão difícil e mesmo impossível a consolidação da Democracia no Brasil?
Antes eu acreditava que fosse só um conjunto de dilemas, mas hoje entendo que para pior elite do mundo Democracia só pode ser praticada se e enquanto sinônimo de retórica, simulação e/ou jogo de simulacros e simulações.
1)Dilemas:
2) Simulacros e simulações:
Hélio Jacinto Pereira
El Cid,nada mais natural,um Deputado do PSDB andar armado,afinal ele é de um Partido que anda de braços dados com o lider do PCC Ney Santos,que vive envolvido com os Grupos Alstom/Siemens,que tem aliados,donos de helicópteros usados no transporte de cocáina,que anda na companhia do Paulinho da Força Sindical,tem que se previnir,ou sera que é medo do Povo ?
Comentários
anderson
Órgão municipal de BH é acusado de proibir servidores de criticar Aécio Neves
Na semana passada, a emissora a cabo Globo News veiculou a primeira entrevista de uma série com os principais candidatos a presidente da República. O senador pelo PSDB mineiro, Aécio Neves, foi entrevistado pela jornalista Renata Lo Prete no programa “GloboNews Eleições”.
A entrevista ganhou repercussão menos pelo que disse o entrevistado e mais pelo que perguntou a entrevistadora. Sabidamente favorável ao PSDB e amplamente desfavorável ao PT, a emissora das Organizações Globo surpreendeu: Lo Prete questionou duramente o tucano. Fez um questionamento praticamente inacreditável, em se tratando dessa emissora.
O que perguntou a jornalista global guarda relação com denúncia que este Blog recebeu há alguns dias e que reforça percepções sobre a postura antidemocrática de Aécio Neves, a qual vem ficando cada vez mais clara nas ações que o PSDB tem conseguido arrancar do Ministério Público, da Justiça e até da Polícia contra adversários políticos, que incluem invasão de domicílios de pessoas “acusadas” de criticar alguém que pretende governar o Brasil.
No último dia 16, o Blog recebeu, de um seu leitor antigo, o e-mail abaixo reproduzido.
De : IOIOIOIOIOIO
Data:16/06/2014 13h45
Para: Eduardo Guimarães
Assunto: Censura em Minas
Eduardo,
Vergonhoso. Trabalho como funcionário concursado na Prefeitura de Belo Horizonte. Atualmente, estou na Fundação Municipal de Cultura, órgão da administração direta da Prefeitura.
Como sabemos, atualmente a administração municipal está nas mãos do prefeito Márcio Lacerda, do PSB de Eduardo Campos.
Pois bem, eu não tenho cargo em comissão, porém todos os perfis no Facebook dos funcionários que possuem cargo de Comissão foram vasculhados.
Muitos funcionários foram advertidos e expressamente proibidos pelo presidente da fundação [Leônidas José de Oliveira] de publicar qualquer tipo de postagem com críticas a Aécio Neves, caso queiram manter seus cargos em comissão.
Mas o PSB não é o partido de Eduardo Campos? Pois é…
Até aí, o presidente da Fundação Municipal de Cultura de BH poderia estar se referindo ao uso de equipamentos daquele órgão para alimentar os perfis dos funcionários com críticas políticas, o que é proibido. Desse modo, não haveria o que objetar. Só que, segundo o denunciante, não foi bem assim.
Para que fosse assim, Oliveira teria que ter exigido desses funcionários com cargos de comissão (gerência) que não fizessem críticas ou elogios a candidato algum durante o horário de trabalho, mas só críticas a Aécio foram proibidas. E, segundo o denunciante, nada foi dito sobre a proibição valer só no horário de trabalho e em computadores daquele órgão público.
Abaixo, o questionamento do Blog ao denunciante.
De: Eduardo Guimarães
Data:16/06/2014 13h59
Para: IOIOIOIOIOIO
Assunto: Re: Censura em Minas
Mas essa exigência também vale fora do ambiente de trabalho?
Segue resposta do denunciante.
De : IOIOIOIOIOIO
Data:16/06/2014 23h38
Para: Eduardo Guimarães
Assunto: Re: Re: Censura em Minas
Eduardo,
No ambiente de trabalho é, evidentemente, correta a exigência de não acessar o Facebook. Mas a questão não é essa. A questão é a de impedir que se publique críticas ao candidato tucano mesmo que o acesso seja feito fora do local e do horário de trabalho.
Acho inaceitável. Isso não me atingiu pessoalmente, pois, como disse, não tenho cargo em comissão, mas atingiu colega com cargo em comissão que disse que foi advertido pelo presidente da fundação a não mais curtir ou postar nada contra Aécio Neves.
Esse funcionário me disse, ainda, que nos últimos dias uma pessoa de confiança do governo foi escalada para analisar todos os perfis no Facebook dos funcionários que ocupam cargos em confiança.
No caso, esse funcionário parou de fazer campanha para Dilma e de postar e curtir notícias políticas no Facebook, pois a perda do cargo em comissão traria redução drástica do seu salário.
Abraços,
A primeira providência tomada foi ligar para Belo Horizonte, para o denunciante, para obter mais informações e confirmar a denúncia, que foi reafirmada em cada letra, inclusive com informações adicionais que não podem ser veiculadas para não pôr em risco essa pessoa.
O mais estranho nisso tudo é que, por ser órgão de uma prefeitura controlada pelo PSB, seria compreensível, ainda que igualmente inaceitável, que houvesse essa proibição abusiva em favor do candidato do partido que controla a prefeitura de BH e, portanto, a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. Contudo, a denúncia induz a crer que o PSB mineiro não deverá trabalhar pelo candidato a presidente desse partido, Eduardo Campos, e sim pelo candidato do PSDB, até pela notória e estreita relação do prefeito Marcio Lacerda com Aécio Neves.
Infelizmente, os servidores desse órgão não querem se expor a retaliações e, desse modo, não aceitam ser identificados. Contudo, o que este post contém é mais do que suficiente para que pelo menos a Justiça Eleitoral procure esclarecer esse uso da máquina pública de Belo Horizonte para fins políticos e escandalosamente antidemocráticos.
O Blog enviou e-mail na terça-feira (17) à presidência da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte perguntando sobre os fatos supracitados, mas, até o momento, não recebeu resposta. Ao longo da semana que entra continuará tentando ouvir o senhor Leônidas de Oliveira ou alguém por ele destacado para se manifestar sobre o assunto.
anderson
AMIGOS DO AOCIO EM APUROS:
Exclusivo: MP decide processar Perrellas por uso de dinheiro público no Helicoca
por : Joaquim de Carvalho
A família Perrella tem negócios em Minas Gerais que vão da produção de carne e cultivo de sementes de feijão, arroz e milho a negociação no mercado de futebol profissional.
Donos de avião e de helicóptero, mantêm amizades com famosos e são conhecidos pelas festas que oferecem na Fazenda Guará, propriedade cinematográfica no município de Morada de Minas.
A família tem poder e dinheiro, mas, analisada a declaração de bens do senador Zezé Perrella, disponível na Justiça eleitoral, o que se vê é um cidadão de patrimônio relativamente pequeno: R$ 490 mil.
Ele tem cotas de empresas, conta em bancos e um Mereces Benz, seu maior patrimônio declarado, no valor de R$ 180 mil reais. Zezé não declara nem casa para morar.
Mas promotores de Minas Gerais descobriram que o senador mora num imóvel registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda., empresa que é uma das chaves para entender os segredos das finanças da família Perrella.
A Limeira Agropecuária é também titular do contrato de leasing do helicóptero Robinson 66, apreendido pela Polícia Federal no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, em novembro do ano passado, com 445 quilos de pasta base de cocaína.
A empresa Limeira, fundada pelo senador Perrella e hoje sob controle acionário de dois filhos, é proprietária da Fazenda Guará, que, além das festas, proporcionou à família um contrato milionário com o governo de Minas Gerais, através de uma empresa de pesquisa agropecuária, a Epamig.
A Epamig deu à Limeira sementes de feijão, arroz, milho e sorgo, com garantia de compra de toda a produção para o Programa Minas Sem Fome, uma versão local do Fome Zero.
Zero era o risco da Limeira nesse contrato. Não houve licitação e, em quatro anos, a empresa recebeu mais de R$ 14 milhões do governo do Estado.
Segundo o Ministério Público, não se sabe quanto da produção foi efetivamente entregue ao Programa Minas Sem Fome. Na única vez em que houve fiscalização, descobriu-se que, numa safra em que se esperavam quase 200 toneladas de grãos, a fazenda entregou efetivamente 27 toneladas.
O caso resultou numa ação por improbidade administrativa movida contra o senador Perrella, o filho Gustavo e os ex-presidentes da Epamig.
Na ação, o Ministério Público afirma: “Suspeita-se que o preço da produção tenha sido superestimado. É desconhecida, ainda, a forma de controle da distribuição dos produtos agrícolas adquiridos e destinados ao programa Minas sem Fome.”
Outra grave irregularidade desse contrato é o fato de que a Limeira não poderia ter contratos com o governo do Estado, por ter, primeiro, o senador Zezé e, depois, Gustavo entre seus acionistas.
A Constituição do Estado de Minais Gerais proíbe contratos entre o governo do Estado e empresas que tenham deputados estaduais entre seus controladores, como é o caso da Limeira.
Em Minas Gerais, o sobrenome Perrella aparece em outros negócios suspeitos com o governo.
Dois dos restaurantes que servem à Cidade Administrativa, vitrine do governo Aécio Neves, foram concedidos sem licitação ao senador Zezé Perrella.
Ao investigar a denúncia, o Ministério Público descobriu que, na área de alimentação, as irregularidades eram bem mais graves.
Alvimar de Oliveira Costa, que sucedeu o irmão Zezé na presidência do Cruzeiro, é um dos proprietários da Stillus Alimentação, a principal fornecedora de refeições para os presídios.
processo perrellas
Em dois desses presídios, a empresa cobrava pelo transporte do marmitex, mas a comida era feita na própria cadeia, em cozinhas clandestinas.
O caso resultou em duas ações na Justiça, uma na área civil, em que o Ministério Público pede a devolução de mais de R$ 80 milhões, e outra na esfera criminal, em que Alvimar é um dos denunciados por corrupção e fraude em licitação.
Em Minas Gerais, até os gandulas do Cruzeiro sabem que Alvimar agiu sempre à sombra do irmão. Por conta dessas ações, os bens da família foram bloqueados, em decisões recentes da Justiça, tomadas depois da apreensão do helicóptero com cocaína. Coincidência?
No rastro da apreensão de cocaína em Afonso Cláudio, o Ministério Público confirmou, numa inquérito civil público, que o combustível da aeronave foi pago pela Assembleia Legislativa, através de reembolsos solicitados pelo deputado Gustavo Perrella.
Em um ano, a conta ficou em R$ 15 mil. Seria uma despesa legal, não fosse o fato de que o helicóptero era usado para serviços extraoficiais, como viagem para festas na fazenda e passeios em Vitória e Rio de Janeiro.
“Transportei muitos amigos e artistas”, contou o piloto Rogério Almeida Antunes, num depoimento prestado em Minas Gerais, depois que ele foi solto da prisão no Espírito Santo por tráfico de drogas.
Na conversa com os promotores, ele contou que uma das passageiras mais frequentes é a atriz Deborah Secco, que foi namorada do jogador Roger, ambos amigos do senador Perrella.
O inquérito civil público, em fase final, deve resultar em uma denúncia contra o deputado Gustavo Perrella.
“Ele pode pedir reembolso pelo combustível, desde que o helicóptero seja usado em viagens exclusivamente a serviço do mandato. Está evidente que este não era é o caso”, diz o promotor Eduardo Nepomuceno.
A Assembleia legislativa também pagou por outros voos particulares do senador Zezé Perrella. Quando ele era deputado estadual, entre 2007 e 2011, recebeu mais de R$ 100 mil como reembolso de despesas com combustível de seu avião.
Na prestação de contas de Zezé, o Ministério Público encontrou até uma nota do aeroporto de Salvador, num dia em que a capital baiana realizava o seu Carnaval fora de época.
Zezé Perrella deixou a Assembleia em 2011, depois que se elegeu primeiro suplente na chapa ao Senado encabeçada pelo ex-presidente Itamar Franco.
Itamar estava no PMDB e Perrella, no PDT, mas ambos eram aliados de Aécio Neves. Amigos de Itamar contam que ele tentou resistir à inclusão de Perrella na sua chapa, mas cedeu à vontade de Aécio Neves, também candidato ao Senado e, como ex-governador, o principal chefe político do Estado.
Octogenário ao se eleger, Itamar morreu pouco tempo depois de eleito, abrindo espaço para o suplente Perrella.
O promotor Eduardo Nepomuceno diz que não pedirá apenas o reembolso das despesas de combustível tanto de Gustavo quanto de Perrella, mas a condenação de ambos por improbidade administrativa.
Em Belo Horizonte, eu procurei o gabinete do deputado Gustavo e pedi para falar tanto com ele quanto com o senador. Apresentei a lista de assuntos, incluindo o caso da cocaína encontrada no helicóptero da família.
O assessor de imprensa, Davi Teodoro, me recebeu na recepção e, em pé, disse que o deputado não tinha tempo para dar entrevista.
Deixei o telefone para que ele agendasse uma reunião. Não tive retorno. Insisti no tema do helicóptero e a resposta de Davi: “Esse caso está encerrado. A Polícia Federal inocentou o deputado”.
No dia em que procurei Gustavo, ele tinha participado da convenção do seu partido, o Solidariedade. Quando estourou o caso do helicóptero, o pai de Gustavo, o senador Perrella, chegou a dizer que a família pensava abandonar a política, com frases como “não precisamos disso para viver”.
Passados sete meses da apreensão do helicóptero e com os traficantes soltos e o processo na Justiça Federal do Espírito Santo caminhando para o arquivo, a família decidiu não só permanecer na política como buscar cargos mais elevados
Na convenção do Solidariedade, decidiu-se fechar aliança com o grupo político de Aécio Neves e reservar para Gustavo a legenda de candidato a deputado federal. Ele pretende deixar a Assembleia Legislativa de Minas para ir a Brasília. Por enquanto, sem o helicóptero.
A aeronave continuará no Espírito Santo até que o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro julgue o pedido de devolução da máquina aos Perrella.
O candidato a governador de Aécio Neves em Minas Gerais é o tucano Pimenta da Veiga, numa coligação de vinte partidos, entre os quais o Solidariedade de Gustavo e o PDT de Zezé.
anderson
Os tucanos e o suborno em Minas Gerais
Por Altamiro Borges
É impressionante a capacidade da mídia privada em fazer sumir com qualquer denúncia que envolva tucanos de alta plumagem. Na sua seletividade, o tal jornalismo investigativo vira piada. Ele só serve para investigar os adversários políticos dos barões da imprensa. Aos amigos, o silêncio cumplice. Em meados de maio, dirigentes do PMDB de Minas Gerais acusaram a direção do PSDB de oferecer R$ 20 milhões em troca de apoio político na disputa para o governo estadual. De imediato, os tucanos garantiram que a oferta era uma “mentira brutal”, e a mídia amiga simplesmente arquivou a denúncia.
Segundo Antônio Andrade, dirigente do PMDB-MG, a tentativa de suborno foi feita diretamente pelo presidente do PSDB no estado, o deputado federal Marcus Pestana, um dos principais auxiliares do cambaleante Aécio Neves. “Eu disse pra eles que tenho que ajudar nossa bancada, que estou atrás de R$ 20 milhões. Eles disseram: Não, isso não é problema, nós conseguimos os R$ 20 milhões pra você ajudar a bancada dos pré-candidatos a deputado estadual e federal”, afirmou o peemedebista aos jornais mineiros “O Tempo” e “Hoje em Dia”. Na sequência, diante do risco de ser processado por não ter provas concretas, Antônio Andrade abrandou o tom da denúncia.
Ele evitou falar em “compra” de apoio, mas confirmou a conversa em torno da cifra de R$ 20 milhões. Ele também não citou o tucano Marcus Pestana, mas garantiu que um ‘porta-voz’ do PSDB participou da reunião com os peemedebistas e ficou de conseguir a ajuda financeira. Outros líderes do PMDB mineiro, como os deputados Sávio Souza Cruz e Zaire Rezende, confirmaram que Antônio Andrade havia mencionado a oferta milionária. De imediato, a chamada grande imprensa – que geralmente não ouve o “outro lado” e costuma fazer acusações levianas – procurou o presidente do PSDB de Minas Gerais.
Segundo a Folha tucana, “Pestana chamou de ‘mentira brutal’ e ‘delírio’ a suposta oferta de dinheiro. ‘Nunca houve esse diálogo. Eu não sei como alguém joga uma calúnia desta no ar’, afirmou. Segundo Pestana, a sua única reunião com o PMDB de Minas ocorreu há três meses, quando ele pediu que o partido passasse a dialogar com a aliança que dá sustentação aos tucanos no Estado”. O jornal ainda aproveitou para lembrar que Antônio Andrade foi ministro da Agricultura de Dilma Rousseff e “hoje é cotado para ser vice-governador na chapa do petista Fernando Pimentel, com quem seu partido negocia uma aliança no Estado”.
Dadas estas explicações, o assunto simplesmente sumiu da pauta da velha mídia. Ninguém fala mais sobre o assunto. Não foi acionada nenhuma equipe de “jornalistas investigativos” para apurar o estranho caso. Quase um mês após a denúncia, a “suposta tentativa de suborno” desapareceu das páginas dos jornais e nem sequer foi mencionada nos telejornais. Acabou! Simples assim! O mesmo já havia ocorrido nas denúncias sobre a compra de votos para a reeleição de FHC, no processo da privataria e, mais recentemente, no escândalo do “trensalão tucano”. Haja imparcialidade!
Hélio Jacinto Pereira
Aécio agora vai,mas nem ele sabe pra onde !
FrancoAtirador
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TORCIDA VTNC PETROBRAX
CANTANDO O HINO À CAPELA
FrancoAtirador
http://papeldecandidato.tumblr.com
Eduardo
Nada de estranho! Quem conhece não se surpreende! É um PSDBesta!
ANDRE
O “submundo” de Aécio Neves
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O submundo a que gosta de se referir Aécio Neves – responsável, segundo ele, pela disseminação de boatos acerca de sua pessoa – é uma resposta padrão a tudo o que ele não controla.
Não que Aécio não esteja acostumado a operar num submundo. O fogo cruzado entre ele e Serra, através de dossiês, tráfico de influência e outras práticas, gerou alguns dos capítulos mais sujos da vida pública nacional.
O hoje clássico artigo “Pó pará, governador”, publicado no Estadão por um jornalista ligado a Serra, e uma coluna do próprio José Serra na Folha, no dia em que Aécio anunciou sua pré-candidatura, são lembretes eloquentes desse tipo de operação. O texto foi citado por Fernando Barros e Silva no Roda Vida. “O debate sobre o consumo de cocaína no Brasil pode e deve ser uma pauta em 2014”, escreveu JS, o Profeta da Mooca.
A inabilidade e o desconforto de Aécio em lidar com questões incômodas fez com que adotasse essa tática de 1) atribuir os “ataques” a uma entidade fantasiosa, mas com apelo populista; e 2) desqualificar e intimidar quem ouse tocar em assuntos fora da pauta combinada.
Funcionou por um tempo. Aécio sempre teve a imprensa mineira na mão e não achou, provavelmente, que teria maiores problemas.
Há um interessante documentário de Marcelo Baeta sobre as pressões e acordos de seu governo com a mídia local. Uma das histórias é a de Marco Nascimento, ex-diretor da Globo em MG, que produziu uma reportagem sobre o crack no bairro de Lagoinha, em Belo Horizonte. A matéria passou no Jornal Nacional.
A repercussão foi enorme. Nascimento conta que passou a receber telefonemas de Andrea Neves, uma espécie de Golbery do irmão, braços direito e esquerdo, aliada e eminência parda. Para resumir: Nascimento foi demitido pouco depois, evidentemente que sob uma alegação técnica.
(Há vários outros casos – alguns, eventualmente, pândegos. Um jornalista mineiro me contou que Aécio, depois de uma briga com a namorada, mandou avisar o jornal O Estado de Minas que preparasse um “flagrante” da reconciliação numa praça. A foto do pseudopaparazzo foi feita e saiu na primeira página. Houve uma crise porque o retrato deveria ter sido publicado na coluna social, o que daria menos bandeira de que foi encomenda).
O vídeo de Baeta foi acusado pelo pessoal de Aécio de – surpresa – “coisa difundida pelo PT na internet”. Desde 2006, portanto, é basicamente o mesmo subterfúgio. Quando você tem tudo sob controle, num estado em que sua família manda e desmanda há décadas, fica mais fácil.
Mas a fila andou. Não é apenas em suas propostas que Aécio não viu o tempo passar. É um erro de cálculo brutal achar que o Brasil é uma extensão de sua fazenda. É muita arrogância, inépcia – ou a mistura de ambos – pensar que questões como a das drogas ficariam restritas a uma noite no Mineirão com o estádio fazendo coro (infelizmente, pegaria mal dar sumiço naquele povo todo).
A noção de submundo de Aécio Neves terá de passar a incluir, obrigatoriamente, seus “amigos”, colegas de partido e, principalmente, ele mesmo e sua turma.
Bruno Guimaraes
Amigo,você tem a URL desse texto?
El Cid
Fora de Pauta:
ah se fosse do PT… mas como era do PSDB, deixa pra lá:
http://www.itatiaia.com.br/noticia/deputado-federal-mineiro-e-detido-em-confins-com-revolver-sem-documento
?w=800&h
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FrancoAtirador
Mário SF Alves
Agora, sim.
É esse o sonho dourado da pior elite do mundo. E povo, nesse caso, não nos enganemos, são os do Norte, usamerikanus.
Eita! Ma que democracia, meu.
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Bobagem. O que esses caras, pseudo-políticos, querem mesmo é o radicalismo neoliberal para assim e só assim consolidarem em definitivo a grande pátria oligarca, cleptocrática e plutocrática. Democracia, mesmo, nem essa que aí está. Democracia de verdade, então, nem pensar; é pesadelo dos mais terríveis.
Mário SF Alves
Afinal, por que é tão difícil e mesmo impossível a consolidação da Democracia no Brasil?
Antes eu acreditava que fosse só um conjunto de dilemas, mas hoje entendo que para pior elite do mundo Democracia só pode ser praticada se e enquanto sinônimo de retórica, simulação e/ou jogo de simulacros e simulações.
1)Dilemas:
2) Simulacros e simulações:
Hélio Jacinto Pereira
El Cid,nada mais natural,um Deputado do PSDB andar armado,afinal ele é de um Partido que anda de braços dados com o lider do PCC Ney Santos,que vive envolvido com os Grupos Alstom/Siemens,que tem aliados,donos de helicópteros usados no transporte de cocáina,que anda na companhia do Paulinho da Força Sindical,tem que se previnir,ou sera que é medo do Povo ?
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