por Emilio Carlos Rodriguez Lopez, via e-mail
Caros amigos e amigas,
Há muito tempo venho chamando a atenção para o ressurgimento do fascismo e de práticas nazistas. O silêncio dos democratas e liberais é assustador. Agora querem dizer que o monstro da Noruega é louco. E o pior: apóiam o discurso contra os imigrantes e os pobres. Querem no fundo dizer que a crise é fruto do estrangeiro e da migração e não uma quebra do sistema capitalista. Na Alemanha de Hitler, o discurso era o mesmo, a culpa era dos judeus.
Na verdade, esta direita apóia o discurso contra o estrangeiro e o diferente como forma de usar a violência contra os que aparentemente ameaçam o seu status social. A crise na Europa e nos Estados Unidos se aprofunda e cada vez mais estes grupos ganham força.O pior é que, neste países, caminhamos para a “década perdida”, ou seja, anos de baixo crescimento, desemprego alto e desagragação do Estado de Bem Estar Social.Quadro perfeito para o avanço das teses fascistas.
Cada vez me indago, como ficar em silêncio quando a barbárie avança? Será que uma geração não aprenderá com a história e permitirá novos Mussolini e Hitler? Não devemos nós calar e cabe avisar que é necessário ir contra o discurso da exclusão e da eliminação do diferente para salvar a democracia.
Além do mais, o que está em questão atrás do discurso da xenofobia e do uso da violência é que os ricos e os banqueiros não querem pagar o custo da crise que eles mesmos criaram. Ou será que a chamada “globalização”, como muito bem definiu Antonio Ermírio que a batizou como a nova face do imperialismo e a nova partilha da África e da Ásia, não foi criação desta elite internacional. A verdadeira questão é que chegou a hora de cobrar dos bancos e “grandes” teóricos, muito incrustados na mídia, o preço da conta desta crise econômica que só se aprofunda.
Acho que os liberais e a direita deveriam ler mais Hannah Arendt, liberal que se colocou contra a ascensão do nazismo. Creio que o tempo agora é de agir para não permitir que a tragédia se abata sobre nós.
PS do Viomundo: Emilio Carlos Rodriguez Lopez é formado em História pela USP.
Aqui, o jornalista e escritor Urariano Mota alerta: Nunca sorria de preconceitos.
Comentários
Sérgio Barbosa
"Deixe nos então combater em conjunto com Israel,com nossos irmãos Sionistas contra todos os Anti-Sionistas,contra todos os Marxistas Culturais/Multiculturalista"
Anders Behring Breivik Terrorista Norueguês.
Negar que a extrema direita Européia anda de mãos dadas com o Sionismo,hoje em dia,é uma cegueira política Monumental.
Sérgio Barbosa
O Sujeito que cometou este atentado na Noruega,além de ser de extrema-direita e Cristão é Maçom,eu gostaria de saber a opinião de membros da Maçonaria Brasileira sobre o ato terrorista ocorrido na Escandinavia.
Luiz
Não tem aquele ditado, com os romanos, vivam como os romanos?
Qualquer prática xenofobia é fraqueza da alma. Deve ser combatida pela informação e educação, sempre.
Quanto ao ditado, se é válido, fica uma pergunta. O que fazem os imigrantes que deixam os "romanos" tão irritados? Será que é porque eles não vivem como romanos? Com suas culturas diferentes, que devem ser um diferencial no seu País, não deveriam ter um pouco de jogo de cintura e imitar os romanos quando mora no País deles, até por respeito com quem os recebeu e aceitou o convívio deles junto de seus familiares? Muitos desses imigrantes e a maioria, dependendo da região que se originam, tendem a viverem nos países que imigraram como se fossem extensão da sua pátria. Não é mesmo!
Luiz
Não tem aquele ditado, com os romanos, vivam como os romanos?
Qualquer prática xenofobia é fraqueza da alma. Deve ser combatida pela informação e educação, sempre.
Quanto ao ditado, se é válido, fica uma pergunta. O que fazem os imigrantes que deixam os "romanos" tão irritados? Será que é porque eles não vivem como romanos? Com suas culturas diferentes, que devem ser um diferencial no seu País, não deveriam ter um pouco de jogo de cintura e imitar os romanos quando mora no País deles, até por respeito com quem os recebeu e aceitou o convívio deles junto de seus familiares? Muitos desses imigrantes e a maioria, dependendo da região que se originam, tendem a viverem nos países que imigraram como se fossem extensão da sua pátria. Mas não é mesmo!
Fabio_Passos
A situação é muito mais grave.
Agora que um fascista assassinou europeus brancos há mais repercussão, mas o fato é que a ascenção fascista já ocorreu há muito tempo e de forma institucional. No Iraque o ocidente, sob comando ianque, promoveu um genocídio. E não houve apenas silêncio… mas apoio de "democratas e liberais".
Os fascistas estão no poder e governam o ocidente.
Quem ainda acredita em "democracia ocidental" é, no mínimo, muito mal informado.
Maurício Reis
Há muito tempo que convivo pela internet com uma comunidade internacional que reúne vários tipos de jovens, com diferentes formações e alinhamentos políticos. Devo dizer que fiquei assustado quando vi, através dessa comunidade, a força e o tamanho do movimento neo-nazista na Europa, mesmo em países onde eu jamais imaginei que isso pudesse ocorrer, como França e Inglaterra.
Jorge Nunes
Vide o filme A ONDA.
Tomudjin
Eis ai um tênue limite entre a liberdade de expressão e a liberdade de atuação.
Donizeti – SP
O problema é que agora os Estados Unidos podem também estar ao lado dos países facistas, ao contrário da década de 30/40. Existem mais de 800 grupos paramilitares de direita nos EUA.
Já imaginaram regimes de extrema-direita nos Estados Unidos e na Europa, perseguindo imigrantes e implantando políticas racistas e excludentes ?
Além de deter o poder economico e midiático no mundo de hoje, esses países também tem os maiores arsenais nucleares, o genocídio nazista pode ficar parecendo insignificante frente ao extermínio que países como os EUA e a Europa podem fazer contra os "diferentes" se as políticas do ódio ao imigrantes e pobres prosperar nesses países.
Quem poderá salvar a humanidade num quadro desses: a Rússia, a China, a India? Estes também são grandes países que possuem armas nucleares e podem atuar como elementos de dissuassão contra os EUA e uma Europa facista.
Desde que saiu das cavernas, a única evolução do ser humano parece ter sido a forma como requintou a forma de matar seus semelhantes, da porretada para o holocausto nuclear.
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