Maria Lúcia Fatorelli, Aquilas Mendes e Ocké-Reis debatem fontes para financiar a saúde pública
Tempo de leitura: 3 minNesta quarta, primeiro dia do seminário CEE-Fiocruz/Ceensp, ‘Saúde sem dívida e sem mercado’
Evento vai discutir nos dias 21 e 28/6 alternativas e estratégias para o financiamento do setor e uma nova ‘cara’ para o SUS
do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz), via e-mail
Quais as possibilidades de se contar com um orçamento generoso para o setor Saúde, de modo que o SUS cumpra seus objetivos constitucionais? Que fontes alternativas de financiamento de políticas públicas podem ser utilizadas? Que estratégias podem ser adotadas para que esses recursos se viabilizem? E que cara deveria ter esse SUS mais bem financiado?
Essas perguntas, nem sempre trazidas à tona, estarão em debate no seminário Saúde Sem Dívida e Sem Mercado, que o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz e o Centro de Estudos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Ensp/Fiocruz), realizam nos dias 21 e 28 de junho de 2017, às 13h30, no Salão Internacional da Ensp.
O orçamento destinado ao setor Saúde tem sido historicamente insuficiente e o cenário tende a se agravar com a Emenda Constitucional 95/2016 que estabelece o congelamento dos gastos públicos por vinte anos. Além disso, o SUS vem sendo objeto de estratégias privatizantes.
Há, no entanto, longe do modelo neoliberal, alternativas para que se amplie o orçamento do setor. O seminário irá explorar propostas como a auditoria da dívida pública, a taxação progressiva da propriedade, da renda e do lucro e a revisão das desonerações, além da mudança do modelo econômico.
No primeiro dia, 21/6, estarão reunidos na mesa Saúde: fontes de financiamento em disputa os especialistas Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Carlos Ocké-Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Aquilas Mendes, professor da Universidade de São Paulo. Eles deverão abordar:
– o processo de crise atual do capitalismo e analisar, nesse contexto, o processo de privatização e subfinanciamento do SUS;
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– as fontes alternativas de recursos e as estimativas do volume de recursos que poderia advir de cada fonte alternativa e
– as forças de oposição à efetivação dessas alternativas.
No segundo dia do seminário, 28/6, a mesa Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado contará com o analista político Wladimir Pomar, a pesquisadora Eleonor Conill, da UFSC e do Observatório Ibero-Americano de Políticas e Sistemas de Saúde e o economista Francisco Funcia, assessor do Conselho Nacional de Saúde para orçamento do SUS, consultor da FGV e professor da USCS.Estarão em pauta:
– a conjuntura política atual e estratégias para a obtenção de mais recursos para as áreas sociais e a saúde a partir das alternativas apontadas;
– as mudanças na legislação e as prioridades a serem contempladas com os novos recursos para a concretização do SUS sem dívida e sem mercado e o correspondente orçamento.
Os palestrantes deverão dialogar, em suas apresentações, com o plano emergencial de governo lançado pelas Frentes durante o mês de maio.
O seminário deverá resultar na produção de um documento a ser divulgado para especialistas do setor, gestores e, especialmente, para partidos políticos e organizações sociais, como subsídio para a elaboração de programas de governo para a área da Saúde.
CEE-Fiocruz
Ceensp/Ensp/Fiocruz
Saúde sem dívida e sem mercado
Data: 21 e 28 de junho de 2017
Hora: 13h30
Local: Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública (Rua Leopoldo Bulhões, 1.480, Bonsucesso, Rio de Janeiro – 4º andar)
PS do Viomundo: Nos dois dias, o seminário será transmitido ao vivo pelo blog da CEE-Fiocruz. O Viomundo retransmitirá.
Maria Lucia Fattorelli, Aquilas Mendes,Carlos Ocké-Reis participam do primeiro dia do seminário, nesta quarta, 21 de junho. Wladimir Pomar, Eleonor Conill e Francisco Funcia, do segundo, em 28 de junho
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