Dilma acusa Folha de produzir “pérolas de desonestidade intelectual e impostura histórica”
Tempo de leitura: 2 minEDITORIAL DA FOLHA FALSIFICA A HISTÓRIA
Por Dilma Rousseff, em seu blog
Ansiosa para tentar manter de pé algo que possa servir à sua obsessão antipetista, mesmo diante do extenso rol de crimes cometidos por Sérgio Moro e pela Lava Jato, hoje em processo de identificação e condenação pelo Supremo, a Folha produz mais um de seus editoriais falsificadores da história – uma especialidade que cultua e preserva com afinco.
A certa altura, expôe uma de suas típicas pérolas de desonestidade intelectual e de impostura histórica, comparável à famosa e infame ficha falsa do Dops, ao afirmar:
“Os casos em que juízes e procuradores tenham agido contra a lei devem obviamente ser anulados, uma exigência básica do Estado de Direito. Mas é preciso cuidado para não transformar os reparos necessários no célebre plano do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) —’estancar essa sangria, com o Supremo, com tudo’”.
É um argumento fraudulento, para dizer o mínimo.
A Folha sabe, e tinha o dever de lembrar seus leitores, que a frase do então senador Jucá, gravada com autorização judicial, fazia parte de um diálogo no qual defendiam a destituição de uma presidenta da República eleita democraticamente e avessa à corrupção, justamente para que, uma vez que me tivessem destituído, pudessem conter as investigações sobre os malfeitos por meio dos quais eles e seus parceiros continuariam enriquecendo indevidamente.
Essa frase é a senha do impeachment sem crime de responsabilidade, que resultará, ao final, na prisão de Lula e na eleição de Bolsonaro.
A Folha tentou até se antecipar ao processo de impeachment, cobrando minha renúncia, antes mesmo da votação ser pautada.
Não pode, hoje, esconder que sabia que seriam “os estancadores de sangria” que me sucederiam, com o governo Temer.
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A Folha confia na suposta falta de memória de seus leitores.
Por isto, acredita que pode publicar, mais uma vez, um editorial que tenta reler a história e reescrevê-la ao seu bel prazer e segundo seus interesses – mesmo uma história tão recente.
Fabrica, no editorial de hoje, uma inversão da verdade.
Não há absolutamente nenhuma similaridade entre a frase de março de 2016, que propôs “estancar a sangria” para proteger os corruptos que, para isto, conspiravam para derrubar uma presidente honesta, e os julgamentos deste momento, que são rigorosamente legítimos e constitucionais e pelos quais o STF submete ao escrutínio de seus ministros as ilegalidades, os abusos e os crimes cometidos pela Lava Jato.
O que o STF julga hoje, na prática, é o conluio firmado entre um juiz e um grupo de procuradores para fraudar o estado democrático de direito, manipular investigações e condenar um inocente sem provas, causando a destruição da normalidade institucional e a degradação da democracia.
O que está para ser contido, na verdade, é um dos maiores escândalos judiciais da história brasileira.
Não se trata de meros “reparos necessários”, trata-se de restaurar a imparcialidade da justiça, de preservar o devido processo legal, de proibir o uso do sistema judiciário para condenar e prender um líder político para viabilizar a eleição de um genocida.
Enfim, está em questão o Estado Democrático de Direito.
A Folha prova, e não é a primeira vez que o faz, assim como uma parte poderosa da imprensa brasileira, que falsas simetrias podem ser usadas para falsificar a história, esconder a verdade e enganar a opinião pública.
Felizmente, a verdade acaba prevalecendo e os falsificadores da história não passarão.
Comentários
Zé Maria
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“Minha alegria não é só pela redenção de Lula,
mas pela desmoralização de todos que participaram
desse complô para destruir não o Lula, o PT, a Petrobras,
a indústria da construção, mas destruir o Brasil.
E nesse elenco perverso o que mais me causa repulsa
são os nomes da mídia.”
Jornalista Hildegard Angel
https://twitter.com/hilde_angel/status/1369667540163702794
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Zé Maria
“Desonestidade Intelectual e Impostura Histórica” estão no DNA dos Frias Oliveira.
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