Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, pelos rios, água e vida
Tempo de leitura: 2 minCarta Convocatória do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB Brasil) para a Jornada Nacional, via e-mail de Thiago Alves
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) convoca todas as entidades, organizações, pastorais, redes, ativistas e movimentos sociais a inserirem-se e nos ajudarem a realizar as mobilizações que marcarão o Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, pelos rios, pela água e pela vida, na jornada do 14 de março. Nesta data, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que, historicamente, tem causado graves conseqüências sociais, econômicas, culturais e ambientais. Segundo o relatório da Comissão Mundial de Barragens (órgão ligado à ONU), no mundo, cerca de 80 milhões de pessoas foram atingidas direta ou indiretamente pela construção de usinas hidrelétricas.
Os últimos anos foram marcados pelo avanço das grandes empresas nacionais e estrangeiras no controle das riquezas naturais e minerais, da água, das sementes, dos alimentos, do petróleo e da energia elétrica. Todos estes bens tornam-se mercadorias e são explorados pelos setores da indústria que se abastecem com o alto consumo de energia. A atual crise do capitalismo mostra o quanto este modelo de produção e consumo é insustentável e insano, centrado apenas no lucro de poucos. Para o MAB é necessário construir um novo modelo de desenvolvimento, centrado na busca de condições dignas de vida para a classe trabalhadora.
Movimentos de resistência contra este modelo se fortalecem e agora, mais do que nunca, faz-se necessária a realização de grandes jornadas de lutas que deverão ir para além do 14 de março, devem avançar para a Rio + 20, que acontece em junho no Rio de Janeiro, e para combater todas as estruturas injustas desta sociedade. Em se tratando do modelo energético, a crise nas atividades econômicas abrem a possibilidade de discutir uma reestruturação profunda, que parta das necessidades reais de superação das contradições do atual modelo e que carregue os princípios da soberania energética a partir de um projeto popular.
Cada vez mais nosso compromisso é de nos organizarmos e de nos inserirmos nas lutas contra as transnacionais, pelos direitos dos trabalhadores, na defesa dos rios, da água e da vida. As manifestações da semana do 14 de março serão realizadas para pedir solução para a enorme dívida social e ambiental deixada pelas usinas já construídas e para fortalecer a luta por um outro modelo energético. Portanto, essa luta não é apenas da população atingida pelos lagos, pois todo o povo é atingido pelas altas tarifas da energia, pela privatização da água e da energia, pelo dinheiro público investido em obras privadas. Cabe a nós fazermos a luta de resistência e construirmos um novo modelo energético e de sociedade!
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Comentários
JOSE DANTAS
Vamos aderir maciçamente a essa luta, partindo do princípio que se novas barragens não devem ser construídas, é preciso que as existentes também sejam "esvaziadas", devolvendo-se aos ribeirinhos aquilo que lhes pertencia. A medida poderia ser iniciada por Itaipu e, a partir dali, as demais. Afinal não seria justo que somente a população das áreas onde existe a produção do alumínio permanecesse no escuro, enquanto "alguns" privilegiados se dão ao luxo até de manter acesa aquela lâmpada durante o dia, por pura preguiça de apagá-la. Claro que alguns inconvenientes virão, inclusive para os inimigos das barragens, porém nada que não se possa suportar por uma boa causa, até porque temos no mínimo 12 horas por dia com iluminação natural e, sem o funcionamento dessas empresas que poluem o meio ambiente, também poderemos cultivar o hábito de aproveitar o período noturno para aquela "soneca", tão prejudicada hoje em dia por essa tortura que alguns denominam de trabalho, em troca de um emprego mal remunerado.
yasser
Não quis publicar meu comentario,como o PIG.Parabéns
yasser hassan
A direita levava eletricidade somente para os seus iguais(elite nasceu pra ser feliz,povão nasceu pra servir ,ralar);A esquerda entra no poder à refazer e fazer os desmandos de 5 seculos,entre outras coisas: eletricidade.Os trabalhistas só não vão levar pra certos indivíduos- inteligencia- porque têm que nascer de novo…tá no DNA! Vê se acorda!!!
beattrice
E lá vêm os dilmistas desqualificando o MAB, é só esperar pra ver.
ed nelson
como vamos ter energia elétrica, no sopro??????
JOSE DANTAS
Na verdade esse pessoal da extrema esquerda reclama de barriga cheia, porque imaginava um governo que se fechasse em torno de suas reivindicações minoritárias num país democrático onde a maioria é que elege. Eles estão com saudades de um passado recente, onde além de não encontrarem espaço para expor suas idéias, eram tratados na base da bala de borracha e os do interior conviviam com o dilema de ter que acender a lamparina todos os dias na hora que o "motor da luz" apagava. Vale ressaltar, que a coisa não era tão drástica assim: cinco minutos antes de desligar, o operador do sistema dava uma piscada na luz para anunciar mais um apagão.
EUNAOSABIA
O PT rasgou todas as suas bandeiras de quando foi criado, uma das mais importantes é a bandeira da defesa do meio ambiente, rasgada pelo PT em nome das grandes empresas e da elite econômica.
Fora todas as outras, mas esta é uma das mais importantes, não tem como ser contra o meio ambiente, o PT no poder é.
MAB, recebam o meu humilde apoio moral.
Porco Rosso
Infelizmente nossa presidenta deixou claro no Fórum Social Mundial que, pra ela, desenvolvimento sustentável não tem nada a ver com crescer minimizando os danos socioambientis do crescimento, e sim crescer o máximo possível pra distribuir a riqueza.
JOSE DANTAS
Vocês torcem por apagões, para poder jogar a culpa no governo e fazer a campanha dos seus adversários, porque ainda não se deram conta de que a única maneira que uma minoria tem para assumir o poder em uma democracia é fazendo acordos políticos com quem tem votos, do contrário quem dita as regras é o PIG. Agora, é muita ingenuidade esperar que partidos como o PMDB ofereçam o seu decisivo apoio para eleger um presidente de graça.
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