ComunicaSul: Conluio mídia-governo ataca Petro às vésperas do 2º turno da eleição colombiana

Tempo de leitura: 5 min
Foto: Reprodução de vídeo divulgado pela “Primeira Linha” de Cali

Conluio mídia-governo ataca Petro às vésperas da eleição colombiana, mas candidato cresce nas pesquisas 

As últimas vítimas são as “Primeiras Linhas”, organizações de jovens que se colocaram à frente da defesa das comunidades contra a repressão do governo de Iván Duque

Por Caio Teixeira, ComunicaSul

 

A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia, que acontecem neste domingo (19), o país assiste a um ataque massivo dos meios de comunicação comerciais, em evidente conluio com o governo, buscando difamar, com fake news, o candidato progressista Gustavo Petro, à frente das principais pesquisas de intenção de voto.

 
 
 
 
 
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Antes de entrarmos no assunto da mídia, se faz necessário um esclarecimento essencial.

As grandes manifestações contra o atual governo de Iván Duque em 2019 — quando anunciou de uma só vez imensos retrocessos por meio das reformas trabalhista, previdenciária e tributária — produziram uma organização da juventude que foi às ruas, denominada “Primeira Linha”.

Essa articulação surgiu com o objetivo de autoproteção dos manifestantes frente à violenta repressão policial-militar que, de acordo com levantamento da Universidade dos Andes, provocou 88 mortes.

A ComunicaSul conversou com uma de suas principais lideranças em Medellin, Sebastian Feria, que assim resumiu o papel da organização: “é simplesmente um grupo de jovens que saíram às ruas para defender o povo contra a repressão dos agentes do Estado. Tais como os agentes da SWAT, policiais que agridem com gás lacrimogêneo, bombas atordoantes, todo o tipo de jatos de água e muitas vezes com pistolas de paintball que disparam diretamente nos olhos dos manifestantes”.

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Sebastian Feria. Foto: Caio Teixeira/ComunicaSul

A agressão era tanta, explica, “que nasceram as Primeiras Linhas em diferentes cidades do país”. Eles se organizaram a partir das três cidades onde ocorreram as principais manifestações em resposta à agressão: Cali, Bogotá e Medellín.

Acusações mentirosas

Pois agora, na semana que antecede o segundo turno, a mídia colombiana resolveu atacar a Primeira Linha, ligando-a à candidatura de Gustavo Petro e acusando a organização de estar preparando protestos violentos, com fechamento de ruas, principalmente em Bogotá, caso o candidato da frente progressista não seja eleito no domingo.

O site de notícias El Expediente, autodenominado “de jornalismo investigativo”, divulgou em tom de denúncia, com base em um suposto “informe reservado da inteligência do governo”, que a Primeira Linha estaria ligada a grupos armados e que o Senador Gustavo Bolívar, da coalizão de Petro, seria o elo de ligação entre a candidatura e a organização acusada de “terrorista”.

O El Expediente é um veículo de mídia 100% engajado na candidatura de direita de Rodolfo Hernandez.

Basta ver as manchetes das notícias em destaque: “Votar em branco é eleger o comunismo”, “Petro e sua horda de bandidos”, “Uribistas, votar em branco é ferir de morte a democracia” — referindo-se ao ultradireitista ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), do tristemente célebre Plano Colômbia — e até “Petróleo ou meio ambiente”, que ataca a proposta de Petro para substituir a dependência do petróleo.

Todas as matérias publicadas pelo veículo enaltecem Rodolfo Hernandez e difamam Gustavo Petro e seus aliados.

Como se não bastasse, El Expediente chega ao ponto de publicar uma lista de nomes de jovens com as respectivas fotos subtraídas das redes sociais, como se fosse um cartaz de criminosos procurados, acusando-os de serem “agentes” mandados de Cali para Bogotá a fim de promoverem as supostas atividades violentas.

Acusam os militantes da Primeira Linha de promoverem ações dentro dos ônibus para ameaçar a população com violência, caso não votem em Petro. A ComunicaSul acompanhou uma dessas ações chamadas de pedagógicas dentro do Transmilenio (similar ao BRT brasileiro) em Bogotá, antes do primeiro turno e testemunhamos que não é nada disso.

Militante do Pacto Histórico durante campanha pedagógica no Transmilênio. Foto: Caio Teixeira/ComunicaSul

A atividade é realizada por uma ou duas pessoas voluntárias, com uma caixa de som portátil alimentada por bateria, que entra na composição e conversa pacificamente com os usuários sobre direitos humanos, direitos das mulheres, da juventude, sobre democracia conclamando a votarem em Gustavo Petro.

Comunicado oficial: “não cair em provocação”

A Primeira Linha divulgou um comunicado oficial declarando que “as primeiras linhas que se congregam em Bogotá deixamos claro que não vamos cair em provocações e que nosso compromisso é com e para a democracia. Por isso deixamos claro que em meio à jornada eleitoral que se aproxima estaremos prontos para cuidar e defender a democracia”.

No vídeo que acompanha a nota oficial, suas principais lideranças assinalam: “apresentamos nossa fraterna e cordial saudação à população da Colômbia. Tendo em conta o momento tão transcendental que vive o país, queremos desmentir os rumores infundados de que, caso o candidato Gustavo Petro não chegue à presidência, coisa improvável, sairemos a manifestar ou bloquear ruas violentamente. Isto é totalmente falso.

Nós, as Primeiras Linhas nacionais, deixamos claro que o nosso trabalho é pela e para a democracia, procurando defender o que está consignado na Constituição de 1991 da Colômbia. Pela democracia da Colômbia, as Primeiras Linhas dizemos que seremos pacíficos em todos os estados do país, pela liberdade, pela vida e pelo amor. O povo não se rende!”

O uso de supostos “informes reservados da inteligência do governo” jamais desmentidos oficialmente para atacar o candidato progressista é comum por parte de toda a mídia comercial do país, como a revista Semana que os utiliza com frequência, inclusive com a mesma grafia, escancarando a cumplicidade com o governo.

Uma passada de olhos nas manchetes dos principais veículos de comunicação comerciais controlados por grandes e poucos grupos econômicos, encontrará cem por cento delas defendendo o candidato da direita e atacando Gustavo Petro.

A tentativa de intimidar a população pela manipulação descarada da opinião pública, no entanto, parece não estar cumprindo seu objetivo.

O que se observa é o crescimento ininterrupto das intenções de voto no candidato do Pacto Histórico nas últimas pesquisas de opinião.

*Recentemente a Agência ComunicaSul esteve presente na Colômbia graças ao apoio das seguintes entidades: Associação dos/das Docentes da Universidade Federal de Lavras-MG, Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário Federal e do MPU (Fenajufe), Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas (CSA), jornal Hora do Povo, Diálogos do Sul, Barão de Itararé, Portal Vermelho, Intersindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Bancários do Piauí; Associação dos Professores do Ensino Oficial do Ceará (APEOC), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-Sul), Sindicato dos Bancários do Amapá, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Sindicato dos Metalúrgicos de Betim-MG, Sindicato dos Correios de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Resíduos e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp Sudeste Centro), Associação dos Professores Universitários da Bahia, Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal do RS (Sintrajufe-RS), Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Sindicato dos Químicos de Campinas, Osasco e Região, Sindicato dos Servidores de São Carlos, Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal de Santa Catarina (Sintrajusc); mandato popular do vereador Werner Rempel (Santa Maria-RS), Agência Sindical, Correio da Cidadania, Agência Saiba Mais, Revista Fórum e centenas de contribuições individuais.

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Zé Maria

Gustavo PETRO, Candidato Presidencial
de Pacto Histórico “Cambio por La Vida”
fez hoje um Chamado ao Povo Colombiano

PetroVídeo: https://twitter.com/i/status/1538172631651868673
“Llamado a las y los Colombianos”
https://twitter.com/PetroGustavo/status/1538172631651868673
.
.
https://pbs.twimg.com/media/FVlghVeXEAAUb1Y?format=jpg
“Estuve en la Sierra Nevada con los Mamos.
Me llené de las Energías Ancestrales.”
GUSTAVO PETRO
https://twitter.com/ColResistiendo/status/1538327878127042560

Zé Maria

A Voz do Candidato Gustavo Petro está Censurada na Mídia.

A Imprensa-Empresa (Mídia Venal) da Colômbia só publica
as Manifestações do Candidato de Uribe Rodolfo Hernández.

Por esse motivo Hernández se recusou a debater com Petro.

No Debate, Petro teria a chance de falar aos eleitores via Mídia.

Aliás, o Candidato da Direita fugiu para Máiâmi para não debater.

Lá dos EUA, Hernández envia os Comunicados que são publicados,
na íntegra, pela Imprensa-Empresa Colombiana. Posição Confortável.

Zé Maria

Uribistas – Fascistas Colombianos – Pró-Hernández
pretendem impedir que os Eleitores de Petro votem.

Estratégia da Extrema-Direita da Colômbia é obstar
que Colombianos se desloquem no dia da Votação.

A Abstenção favorece o Candidato Bandido da Direita.

    Zé Maria

    “Hernández, un Candidato ‘anticorrupción’ [sic] Acusado de Corrupción”

    “Caso Vitalogic”

    Fiscalía General de la Nación

    Fiscalía acusó al exalcalde de Bucaramanga
    Rodolfo Hernández por irregularidades de
    contratación

    Otros cinco exfuncionarios y un contratista también fueron
    acusados y deberán ir a juicio por delitos como falsedad
    ideológica, contrato sin cumplimiento de requisitos legales
    e interés indebido en la celebración de contratos.

    La Fiscalía General de la Nación acusó formalmente
    al exalcalde de Bucaramanga, Rodolfo Hernández Suárez,
    a otros cinco excolaboradores de su administración
    y a un contratista, por presuntas irregularidades detectadas
    en la celebración de un contrato de consultoría para
    implementar nuevas tecnologías para el manejo de
    basuras en el Relleno Sanitario de El Carrasco.

    En audiencia virtual ante el juez 10° Penal del Circuito
    de Bucaramanga, un fiscal de la Seccional Santander
    señaló que el exmandatario, quien ejerció el cargo en
    el período 2016-2019, habría intervenido para direccionar
    el contrato de consultoría 096 de 2016, suscrito entre
    la Empresa de Aseo de Bucaramanga (EMAB) y el
    ingeniero Jorge Hernán Alarcón Ayala, quien de acuerdo
    al material probatorio recaudado tendría relación con la “empresa Vitalogic”.

    Por las supuestas anomalías identificadas en el citado
    contrato, cuyo valor ascendió a 336 millones de pesos,
    el exalcalde deberá comparecer en juicio oral como
    presunto responsable del delito de interés indebido en
    la celebración de contratos.

    La Fiscalía también acusó por estos mismos hechos a los
    ex funcionarios de EMAB:
    José Manuel Barrera, ex gerente;
    Rubén Enrique Amaya, jefe de disposición final;
    César Fontecha, ex director jurídico;
    Abelardo Durán Leiva, ex subgerente técnico y operativo;
    Abigail León, ex subdirectora administrativa y financiera; y
    al contratista Jorge Hernán Alarcón Ayala.

    Estas personas están vinculadas por delitos como:
    falsedad ideológica, contrato sin cumplimiento
    de requisitos legales e interés indebido en la celebración
    de contratos.

    DAO/MG/JARG/JV/MCR

    Íntegra:

    https://www.fiscalia.gov.co/colombia/seccionales/fiscalia-acuso-al-exalcalde-de-bucaramanga-rodolfo-hernandez-por-presuntas-irregularidades-de-contratacion/

    Zé Maria

    “Caso Vitalogica”

    Hernández, quien fue acusado por la Fiscalía en 2020 por el delito de
    interés indebido en la celebración de contrato, iría a juicio el próximo
    21 de julio [2022] por el caso conocido como “Vitalogic”.

    Dicha contratación, por la que es investigado el candidato por el movimiento

    Liga de Gobernantes Anticorrupción [SIC], fue por un valor de 336 millones de pesos.

    En el mismo caso están siendo investigados José Manuel Barrera, exgerente de la EMAB, Enrique Amaya; su exdirector jurídico, César Fontecha; el exsubgerente
    técnico y operativo, Abelardo Durán Leiva y al contratista Jorge Hernán Alarcón Ayala.

    Además, en el proceso también estaría vinculado el hijo de Hernández [!!!],
    Luis Carlos Hernández Oliveros, quien habría servido de intermediario
    entre la empresa contratista “Vitalogic” y la Empresa Municipal de Aseo
    de Bucaramanga (EMAB).

    Se conoció que Rodolfo Hernández también es investigado por la supuesta
    modificación del Manual de funciones para los empleos en la Alcaldía y
    nombrar sin los requisitos legales necesarios a la gerente de Metrolínea.
    [El Heraldo (May 30, 2022)]

    Zé Maria

    Documento en el que Luis Carlos Hernández,
    hijo de Rodolfo Hernández espera una comisión
    por la celebración del contrato de basuras:

    https://imagenes.elpais.com/resizer/2PSH0QFoqQGzhduITMF8JKdkUzU=/828×0/cloudfront-eu-central-1.images.arcpublishing.com/prisa/NEVKWEUEEFBDLAE3CXF5CRTYNY.jpeg

    “Caso Vitalogic”

    Rodolfo Hernández está a las puertas de un juicio por un caso de corrupción,
    cuya historia empezó a finales de junio y principios de julio de 2016
    en su apartamento, un penthouse en el barrio Cabecera de Bucaramanga,
    que suele usar como despacho.

    Hasta el edificio verde y rojo, que ahora es custodiado por la Policía
    porque Hernández dice estar en peligro, llegó el gerente de la
    Empresa de Aseo de Bucaramanga, José Manuel Barrera, según el
    escrito de acusación de la Fiscalía, en poder de este diario.

    Aunque la EMAB es una entidad descentralizada de la Administración
    municipal, el alcalde tiene asiento de poder en la junta directiva.

    En su vivienda, según la Fiscalía que acusa a Rodolfo Hernández
    como determinador, el entonces alcalde “sembró la idea criminal
    en el gerente de la EMAB”. La “idea criminal” a la que se refiere
    la institución era que le entregaran un contrato de consultoría
    por 344 millones de pesos [!!!] al ingeniero químico, Jorge Hernán
    Alarcón.

    Esta investigación es solo un apartado del caso conocido en los
    medios como “Vitalogic”.

    Hernández propuso construir una planta para transformar los residuos
    sólidos en energía. Bucaramanga no tiene un espacio adecuado para la
    disposición de desechos y la amenaza de una crisis sanitaria es
    recurrente.

    Allí llega la basura de 16 municipios. Rodolfo Hernández tomó el tema
    como eje central de su agenda y aseguró que convertiría a la ciudad
    en la primera de Latinoamérica que le sacaría provecho a su basura
    porque la vendería.

    Pero no solo no cumplió su promesa, sino que habría intentado usar
    el proyecto para favorecer a Luis Carlos Hernández Oliveros, uno de
    sus hijos.

    Según la investigación, Luis Carlos habría pactado una millonaria
    comisión si el contrato era adjudicado a “Vitalogic”.

    Para lograrlo debía ser el ingeniero Jorge Hernán Alarcón la persona
    encargada de elaborar, a la medida, los estudios y pliegos para abrir
    la licitación.

    El mismo Hernández, en una entrevista al diario Vanguardia, admitió
    que hospedó en su apartamento a Alarcón para elaborar los pliegos
    de licitación.

    “Lo recibí, porque me parecía que con todas las retenciones y con
    todo ese trabajo que tenía que hacer el equipo, era muy poquita plata
    y yo quería ahorrarle el hotel”, dijo el alcalde.

    El testigo estrella
    “El hijo de Hernández pedía una comisión millonaria
    por direccionar el contrato de las basuras hacia Vitalogic”

    En simultáneo con la investigación de la Fiscalía; el caso lo asumió
    también la Procuraduría, que investiga disciplinariamente a los
    funcionarios públicos.
    A esta última instancia llegó en diciembre de 2017 la declaración de
    Luis Andelfo Trujillo, quien aportó un documento que probaría que
    el hijo de Hernández pedía una comisión millonaria por direccionar
    el contrato de las basuras hacia Vitalogic.

    Trujillo era amigo y socio del hijo del alcalde, y buscando beneficios
    judiciales, decidió contar a las autoridades lo que sabía.

    Trujillo anexó un documento de corretaje (comisión) por gestión
    y acercamiento para la celebración de contrato firmado en notaría,
    entre otros por él y por el hijo del alcalde. El papel fechado el 17 de
    junio de 2016 muestra que Hernández Oliveros se llevaría una comisión
    de 666.000 dólares [!!!] y estaba sujeto a la “celebración definitiva del
    contrato”.

    Rodolfo Hernández ha dicho que su hijo fue ingenuo y le tendieron
    una trampa.

    El mismo Luis Carlos admitió haber firmado el documento,
    pero, según él, sin entender la dimensión del mismo.
    “Soy tan bobo, ingenuo o estúpido como me quieran llamar
    que no se me hizo malo haberlo firmado y haberlo entregado”,
    dijo ante la Procuraduría.

    Pero los chats, que son pruebas en el proceso, demuestran lo contrario.

    En su declaración, asegura que en una de las primeras reuniones entre
    los representantes de Vitalogic y el alcalde, su padre les dio “las pautas
    para que acondicionaran la oferta”.

    “Yo puse a la gente a hablar directamente con mi papá. Hice que
    contrataran al viejo (que adjudica en referencia a Jorge Alarcón).
    Yo no estoy para ponerle plata a nada”, escribió Luis Carlos en un chat
    enviado a Trujillo y que está en poder de la Procuraduría.

    Según el mismo testigo, el alcalde y su hijo incurrieron en
    “irregularidades de naturaleza contractual”.

    Trujillo los señala responsables de “conductas que rayan con el código
    disciplinario y otras normatividades para lograr DESANGRAR el
    municipio de Bucaramanga”.

    Las evidencias en poder de las autoridades indican que él [Hernández]
    tenía información y ejerció presión indebida para que Alarcón se
    quedara con el contrato de consultoría y para que “Vitalogic” pudiera
    participar en la licitación, incluso sin cumplir con un documento que
    exigía el pliego de contratación.

    En una de las grabaciones que tiene la Procuraduría, durante una
    Junta de la Empresa de Aseo Municipal de Bucaramanga, EMAB,
    el alcalde defiende que haya sido Alarcón el encargado de la licitación
    e insiste ante un funcionario para que acepte una fianza en lugar de
    una póliza para cerrar el negocio.
    “Usted es un malparido, usted es un hijueputa, yo gané, yo soy el rey.
    ¿Usted por qué no acepta esa fianza”, le grita Hernández a César
    Fontecha, funcionario del área jurídica de la EMAB.

    Según el relato de este último ante la Procuraduría, el entonces alcalde
    le amenazó. “Hijueputa, esa risa se la hago tragar malparido”, ha dicho
    Fontecha sobre las palabras que recibió del alcalde.

    El tema de la póliza es central en el caso. “Vitalogic” no cumplía con ese
    documento y, en cambio, proponía entregar una fianza.

    En otro audio recopilado por el ente de control se escucha al alcalde
    presionar a Fontecha para que acepte ese papel:

    (https://vdmedia.elpais.com/elpaistopaudio/multimedia/20226/18/20220618013029_audio_128.mp3)

    Rodolfo Hernández insiste en que no existen pruebas en su contra.
    Pero la Procuraduría dice que está demostrado que, además de la
    reunión en su apartamento de Bucaramanga, el alcalde también tuvo
    un encuentro con representantes de Vitalogic en el hotel Marriot de
    Bogotá.
    En la primera, dice la Procuraduría, le presentaron una propuesta para
    solucionar el problema de las basuras; en la segunda, según el
    testimonio de Trujillo es “donde dejan convencido a Hernández de la
    propuesta y es quien dice: pongan a la calavera para hacer los pliegos;
    sostiene además que, la calavera era Jorge Alarcón”.

    De acuerdo con los chats de Luis Carlos Hernández y sus amigos, este
    no era el único negocio que pensaban hacer durante la Alcaldía de su
    papá.
    “Acuérdese que nos quedan 3 años más para hacer cosas buenas con
    responsabilidad.
    No es solo hacer este negocio y ya. Podemos hacer más si estamos
    unidos”, dice en una conversación de chat.
    En otra, cuando las cosas no están bien entre ellos, escribe para
    demostrar su poder:
    “Yo ya me estoy moviendo para hacer otros proyectos en los que me
    buscan y hasta me ofrecen y lo único que tengo que hacer es que el
    alcalde [su papá] les dé un espacio para proponer el proyecto.
    Esa es labor mía”.

    Hernández ha asegurado que se reunió con 14 empresas de Israel,
    Brasil, entre otros, y se entrevistó con más de 100 personas que se
    presentaron en su oficina, en su casa, en hoteles en Bogotá; pero que
    era la EMAB la que hacía la “minucia técnica del proyecto”.

    Ahora el candidato tendrá que demostrar ante la Fiscalía que no
    direccionó el contrato para que lo obtuviera el consultor o la calavera,
    como él mismo le llamaba al hombre que debía hacer los pliegos para
    una negocio a su medida. [EL PAÍS, 17 JUN 2022 ]

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