CartaCapital: Manuscritos inéditos de Maurício Grabois no Araguaia
Tempo de leitura: 3 min
de CartaCapital
Durante 605 dias, o Velho Mário, nome verdadeiro Maurício Grabois, dirigente histórico do PCdoB e líder da Guerrilha do Araguaia, registrou em diário a saga dos 68 combatentes que se isolaram na Amazônia com o propósito de tomar o poder dos militares. Entre registros factuais e impressões pessoais, o comandante escreveu mais de 86 mil palavras até ser executado pelos militares em 25 de dezembro de 1973. O diário foi recolhido pelos seus algozes e, posteriormente, copiado em forma de documento digitado e guardado na grande gaveta de papéis secretos do Exército.
O mistério acabou. CartaCapital obteve uma cópia integral do diário. Trata-se de uma visão particular de Grabois, quase sempre sozinho a anotar os momentos de angústia e tensão na mata. Em entrevista, o jornalista Lucas Figueiredo, autor da reportagem de capa da edição que chega às bancas a partir desta quinta-feira 21, fala sobre o diário, cuja íntegra original pode ser lida aqui e uma versão explicativa, aqui.
CartaCapital: O que mais chamou a sua atenção no diário de Grabois?
Lucas Figueiredo: Esse diário é o registro histórico mais aprofundado da Guerrilha do Araguaia. O documento possui mais de 86 mil palavras. Para se ter uma ideia, o texto digitalizado completou 150 páginas de tamanho A4, que cobrem 605 dias de conflito. Além de lançar luzes sobre esse episódio nebuloso da ditadura, o documento é uma peça valiosa por incluir o relato pessoal de Grabois. Toda a sua dor, angústia, solidão, saudades da família estão contempladas no texto, que revela o lado humano do guerrilheiro.
CC: O que esse material acrescenta para a compreensão da guerrilha?
LF: Pela primeira vez temos acesso a um relato mais profundo por parte dos guerrilheiros do período mais sangrento da Guerrilha do Araguaia. Grabois foi executado em 25 de dezembro de 1973. Foi um dos últimos insurgentes a morrer. Na prática, houve três grandes campanhas dos militares contra a guerrilha. Na última, não houve preocupação de efetuar prisões, e sim de eliminar os combatentes. Como o diário vai de abril de 1972 a dezembro de 1973, temos mais informações sobre essa fase final. Os poucos sobreviventes, não mais do que meia dúzia, não deixaram relatos consistentes. Um deles, Ângelo Arroyo, morreria em 1976 na chacina da Lapa, em São Paulo. Os demais eram desertores, não quiseram falar muito sobre o que aconteceu. Esse diário está nos arquivos sigilosos das Forças Armadas desde então. Só foi revelado agora por CartaCapital.
CC: Como você definiria a liderança exercida por Grabois?
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LF: Ele era muito mais rígido com os outros do que com ele mesmo ou com o seu partido, o PCdoB. Grabois tinha sob o seu comando 68 combatentes, em sua maioria jovens na faixa dos 25 anos, estudantes universitários ou profissionais liberais. Gente que nunca pegou em armas antes, que nunca teve treinamento militar. Ele esperava que esses 68 neófitos, como costumava dizer, fossem capazes de enfrentar soldados profissionais das três Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e policiais de três estados diferentes. Exigia rigor absoluto, erro zero. Como se esse pequeno grupo pudesse atuar como rambos no Araguaia. Além disso, Grabois teve graves erros de avaliação. Imaginava que, com o tempo, as massas iriam aderir à guerrilha. Mas a população local oferecia apenas apoio pontual, doava comida e oferecia abrigo para os combatentes pernoitarem em algumas ocasiões. Jamais os campesinos se dispuseram a engrossar as fileiras da insurgência. Grabois também costuma ouvir muito a Rádio Tirana, da Albânia, que pregava propaganda comunista e alardeava um grande movimento insurrecional no Araguaia. Ele passou a acreditar no que escutava. A rádio passava propaganda e ele tomava como verdade. Trata-se de um erro de avaliação indesculpável para um líder revolucionário.
A reportagem completa sobre o diário de Grabois está na edição impressa de CartaCapital que chega às bancas em São Paulo nesta quinta-feira 21 e no resto do País na sexta-feira 22.
Comentários
Marcelo de Matos
Nessa linha de revelações sobre o período militar está lá no blog do Josias: "Foi num volume desse segundo inquérito, mandado ao arquivo em 2000, que os repórteres localizaram a agenda do sargento morto Guilherme Rosário. A peça –um caderninho marrom que cabe na palma da mão— foi recolhida no local da explosão por um tenente, Divany Carvalho Barros. Traz anotados, com a caligrafia de Guilherme Rosário, 107 nomes e seus respectivos telefones. Cruzando dados da época com informações atuais, os repórteres lograram identificar metade dos nomes da agenda. Descobriu-se uma autêntica rede de pessoas envolvidas com tortura e espionagem. Há na agenda membros do “Grupo Secreto”, organização paramilitar de direita que deflagrou uma série de atos terroristas para tentar deter a abertura política. Constam também da lista: militares da chamada comunidade de informações, agentes da Secretaria estadual de Segurança e representantes da sociedade civil."
Vera Pereira
Ainda não entendi qual o objetivo do jornalista em fazer essa matéria da Carta Capital. Tenho dificuldade para acreditar que um diário escrito à mão em condições ultraprecárias e guardado na roupa do morto foi copiado por 3 soldados cujo nível de alfabetização não é declarado, com 86 mil palavras, e que geram 150 páginas de formato A4. O original foi destruído e a "cópia" permaneceu guardada pela corporação militar durante décadas. Por que foi "liberado" justo agora? Será realmente uma cópia fidedigna? Como provar? Os guerrilheiros sobreviventes foram consultados? Isso pra não falar na interpretação do jornalista, mal ou bem, é uma interpretação de relatos às vezes taquigráficos. Como toda interpretação de fatos que ocorreram quando possivelmente o repórter ainda usava fraldas, passível de contrário. Os que morreram, ludibriados ou não, não podem mais falar. Pra que conspurcar a imagem histórica do Grabois? O que vi aqui neste site é que despertou um número significativo de leitores ainda aterrorizados com os embates da Guerra Fria. Pra dizer o mínimo. Francamente não entendi.
thomaz magalhaes
Há leitores questionando a publicação desse diário do Grabois, criticando o ponto de vista do autor da matéria na Carta Capital. Ora, é só um ponto de vista, uma interpretação. De um entre tantos outros documentos agora disponíveis também no Arquivo Nacional, entre outros que aparecerão. O fato é que eles mostrarão realmente o que os comunistas andavam fazendo naquela época. Enquanto a tal "comissão da verdade" parece restringir sua atuação à localização de corpos, esses arquivos vão contar o que a tigrada fazia, vão mostrar que definivamente não lutavam por democracia, nem liberdade, nem contra os militares, lutavam para mudar do regime capitalista para o comunista. Por isso a publicação de documentos autênticos da época vai começar a incomodar a esquerda. Como este, que é bonitinho, mas é uma bandeira, mesmo publicado numa biblia gôche, caso da Carta Capital.
Marcelo de Matos
Vera, você pode não ter entendido, mas, não dá para por em dúvida a autenticidade do diário, assim, sem nenhuma evidência de fraude. Você pergunta se a cópia é fidedigna e como provar. Ora, por que não seria? Para que iriam publicar uma cópia apócrifa? Já não circularam por aí cópias do diário de Lamarca e de Marighela? Sendo autênticas, essas cópias não acrescentam nada. A não ser o drama psicológico do guerrilheiro solitário na selva. Talvez o diário servisse como material para um novo romance como A condição humana, de André Malraux, que trata da solidão e do drama existencial de um guerrilheiro chinês. Li um desses diários. Acho que foi o do Lamarca. Há muita profissão de fé em favor de regimes comunistas da Albânia, da China e de outros países. Histórica ou teoricamente não acrescenta nada.
Adnilson Martins
O diário de Maurício Grabois é notícia velha… começou a ser publicado em 2005 pela imprensa. Não vejo problema em uma revista republicar uma história. Só não pode dizer que a informação é exclusiva. A Carta Capital precisa pedir desculpas aos seus leitores.
LuisCPPrudente
O jornalista da Revista Carta Capital deveria ser mais honesto consigo mesmo. Ele nunca se colocou no lugar de quem estava nas condições psicológicas como os valentes Guerrilheiros do Araguaia. Eles que entregaram as suas vidas nas matas do Araguaia para que hoje, um jornalista, como o Lucas Figueiredo pudesse ter a liberdade de falar essa tolices sobre o Maurício Grabois.
Maurício Grabois e outros que morreram de armas em punhos são heróis nacionais hoje.
O que esse jornalista Lucas Figueiredo fez nesta sua reportagem foi diminuir a importância da Guerrilha do Araguaia.
Klaus
Jesua me abana! Para os guerrilheiros o exemplo a ser seguido era a Albânia, China e URSS eram muito de direita. Que jornalista da blogosfera independente vai ter a coragem de fazer uma entrevista honesta sobre a guerrilha e fazer as perguntas que devem ser feitas? A primeira: qual era o objetivo da guerrilha?
FrancoAtirador
.
.
O jornalista e pesquisador da Fundação Maurício Grabois
e editor do portal http://www.grabois.org.br, Osvaldo Bertolino,
que, inclusive, escreveu uma biografia de Grabois,
classificou como "devaneios" as colocações de Lucas Figueiredo
nesta entrevista da CartaCapital.
Leia a íntegra do artigo de Bertolino em:
http://www.outroladodanoticia.com.br/inicial/1277…
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia…
brz
Já ia falar sobre isto.
Gustavo Pamplona
Queridos… deem uma olhada. ;-)
[PT é preferido da nova classe C; classes A e B preferem PSDB]
http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo…
Apesar que é o Datafolha, sabem como é…
thomaz magalhaes
O tal Maurício Grabois morreu achando que era comandante de uma força revolucionária nacional, quando tinha cinco dúzias de aloprados comunistas a se perder pelos matos daquele cafundó no bico de papagaio do Pará. O que escreveu só mostra a sua doidice.
Nelson Menezes
Aqueles jovens guerrilheiro que deram suas vidas na luta contra a ditadura militar vale muito mais que dez ou vinte soldado proficionais,tanto que nas tres inscurções somaram mais de dez mil soldados do exercito incruziveis paraquedistas,e com tudo isto levaram mais de cinco anos para exterminar apenas 68 jovens revolucinários idealistas.
Devemos sentir orgulho deste brasieiros e não derrespeitar,no minimo ficar calado.
priscila presotto
Eles não estavam preparados para enfrentar as vissicitudes da Floresta Amazonica.
O pior inimigo da guerrilha foi a geografia,alimentação e armas adequadas.
Devaneios acontecem qdo o perigo aumenta e a solidão esmaga.Ele era humano ,sujeito a erros ,foi o que a reportagem me fez sentir.
Se devaneios existiram é normal,diante das circunstâncias.
Senti uma tristeza infinita por todos.
Fabio_Passos
Menos de 100 guerrilheiros deixaram a ditadura apavorada…
A ditadura covarde levou 3 anos para derrotar os idealistas que deram a vida por uma causa justa.
Já pensaram se fossem 1.000?
Ou então 5.000 guerrilheiros?
A coragem dos que pegaram em armas para combater a ditadura é um dos exemplos mais positivos da história do Brasil.
Taques
Bem lembrado, camarada.
A quantidade de guerrilheiros, menos de cem, dá uma noção exata do engajamento do povo brasileiro à "tão nobre causa".
Fabio_Passos
Fosse verdade e você não estaria se cagando de medo do belo exemplo… ainda hoje.
A vanguarda sabe dos riscos que corre ao bancar a espoleta.
Fabio_Passos
Ótimo documentário para contextualizar o momento histórico… a atuação criminosa da ditadura e a corajosa e heróica luta dos guerrilheiros:
[youtube yScdS9dQjBY http://www.youtube.com/watch?v=yScdS9dQjBY youtube]
aurélio
Azenha, socorro!!!!!
Não sei se foi erro de digitação ou desinformação mesmo, mas a "Chacina da Lapa", em dezembro de 1976, não foi no Rio de Janeiro, foi na Lapa em São Paulo, mais especificamente na Rua Pio XI, costumeiramente chamada de "City Lapa", onde a cupula do PCdoB se reuiniu para uma avaliação sobre a atuação no Araguaia, foi cercada e executada (até hoje não se sabe quem entregou, e em minha opinião é um dos grandes segredos da esquerda deleirante tupiniquim). Corrija, por favor.
aurélio
Os arquivos da ditadura dizem que o informante foi o quadro dirigente do PCdoB/RJ, o poeta catarinense, já falecido, Manoel Jover Telles, que teria sido "subornado".
Será que é verdade?
alberto santos
concordo com vc…mistério…..
e outros misterios como as súbitas mortes de
Diógenes Arruda e Rogerio Lustosa…..
mistérios!!!!!!!
ZePovinho
INTELECTUAIS ISRAELENSES VÃO ÀS RUAS
EM DEFESA DE UM ESTADO PALESTINO
Hanna Maron, atriz israelense de 87 anos, que perdeu uma perna num ataque palestino, leu nesta 5º feira uma declaração assinada por intelectuais israelenses que apoiam a criação de um Estado palestino. A manifestação ocorreu diante do Hall da Independência em Tel Aviv, onde foi proclamada a independência de Israel, em 1948. Subscrito por dezenas de intelectuais, acadêmicos e personalidades israelenses, o documento defende a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967. A Faixa de Gaza está incluída. Entre os signatários estão 20 ganhadores do Prêmio Israel, a mais importante honraria do país.
(Carta Maior; 6º feira, 22/04/2011
Mário SF Alves
A melhor notícia da semana, que, aí, sim, semana santa.
Fabio_Passos
No diário tem o Hino das Forças Guerrilheiras: "Canção do Guerrilheiro do Araguaia"
"
Nas selvas sem fim da Amazônia
Vive e combate o guerrilheiro sem par
Valente e destemido
Sua bandeira fulgente é lutar
Tudo enfrenta com denodo
Para livrar da exploração
O povo pobre, a Terra amada
E construir nova Nação
Não dá trégua aos soldados
P’ra derrotar os generais
Emboscar, fustigar dia após dia
Atacar, sempre mais, sempre mais!
Sob o manto verde da floresta
Para as massas anseia paz e pão
Bem estar para os trabalhadores
Alegria para os jovens e instrução
Nada teme, jamais se abate
Afronta a bala a servir
Ama a vida, despreza a morte
E vai ao encontro do porvir
Está pronto p’ro combate
Em dia claro ou noite escura
Acabar, esmagar o imperialismo
Derrubar, liquidar a ditadura!
Da liberdade heróico defensor
Inimigo do regime militar
Quer terra p’ra todo lavrador
Feliz, viver e trabalhar
Lutador audaz do Araguaia
Rebelado no Sul do Pará
Junto ao povo, unido e armado
Na certa um dia vencerá
Sua tarefa gloriosa
Realiza com ardor
Avançar, empunhar todas as armas
Contra o inimigo opressor!
"
Pedro
"Derrubar, liquidar a ditadura!"
Engano: Trocar de ditadura cairia melhor.
Taques
Nunca antes na história deste país um autor de um hino conseguiu reunir tanta mentira em tão poucas estrofes.
Asqueroso !!!
Mário SF Alves
"Ama a vida, despreza a morte", e por amar tanto a vida, não teme a morte.
Não teme a morte assumida;
A morte passaporte para sair humanamente da vida;
A morte como fim de honrar a vida em vida;
Vida e morte, duas faces de mesma moeda;
Morte = não vida;
E a pior morte é a morte em vida;
Morte em vida por vida nenhuma, por distração ou ilusão consumista;
Morte em vida por medo e/ou fascínio por ideologias divisionistas.
Fabio_Passos
time is coming
rising like the dawn of a red sun
if you fear dying then you're already dead
[youtube NyXKeGZfw78 http://www.youtube.com/watch?v=NyXKeGZfw78 youtube]
Fabio_Passos
Muito interessante…
"
Ao povo de Marabá, S. Domingos. S. João do Araguaia, Apinagés e Brejo Grande:
A todos os lavradores!
O 1º Destacamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia – Destacamento Helenira–, no dia 24 de setembro realizou com pleno êxito uma operação militar contra o posto policial da rodovia Transamazônica, localizado no entroncamento da estrada que liga a S. Domingos e Apinagés.
Os militares que guarneciam aquele posto, sob o pretexto de identificar os viajantes, extorquiam dinheiro dos lavradores, apreendiam qualquer arma de uso pessoal, e até mesmo facas, facões e canivetes; humilhavam pais de famílias, desrespeitavam moças e mulheres, cometiam toda espécie de abusos e arbitrariedades contra os moradores da região. Diante disso, o 1º Destacamento decidiu punir os soldados da ditadura que cometiam tais crimes conta o povo.
Um grupo de combate do Destacamento, no amanhecer daquele dia, cercou o posto policial e intimou os ocupantes a se renderem. Não obtendo resposta, abriu fogo e incendiou a casa. Então, os soldados se entregaram sem oferecer resistência. Os prisioneiros tiveram um tratamento humano. Não sofreram maus tratos e nem humilhações. Foram libertados depois de aconselhados a abandonar a Polícia Militar do Pará, a não servir de instrumentos de um governo de bandidos, inimigo da liberdade, que prende, tortura e assassina patriotas, oprime trabalhadores, protege os tubarões e os poderosos.
Realizada a operação militar, os guerrilheiros retiraram-se em ordem, levando, como presas de guerra, fuzis, revólveres, fardas e outros objetos de utilidade. Assim, o 1º Destacamento aumentou seu poderio de fogo à custa do inimigo.
Com a operação contra o posto policial da Transamazônica, o povo foi vingado.
O Destacamento Helenira concita a todos os lavradores e moradores da região a apoiar as Forças Guerrilheiras do Araguaia e a ajudá-las a levar adiante a luta pelos direitos do povo, contra o Exército e a Polícia, contra o INCRA e os grileiros, pela derrubada da ditadura militar e por um governo efetivamente democrático e popular.
O povo unido e armado vencerá!
O povo unido e armado vencerá!
Terra para o povo viver e trabalhar!
Abaixo a odiosa ditadura militar!
Viva o Brasil livre e independente!
Viva as Forças Guerrilheiras do Araguaia!
Em um ponto qualquer das matas do Araguaia, 25 de setembro de 1973.
José Carlos, comandante do 1º Destacamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia – Destacamento Helenira
Lino Piauí – Vice-Comandante.
"
BETINHO DUARTE
PARTICIPE DA CONSTITUIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MEMORIAL DA ANISTIA POLÍTICA . Dia 14/05, sábado , de 10 as 14 horas, antigo prédio da FAFICH, Rua Carangola 288 , Bairro Santo Antonio, Belo Horizonte
Sua assinatura na ata de fundação da Associação é de fundamental importância. Além de reforçar a construção do Memorial da Anistia Política ela possibilitará o resgate da VERDADE sobre a ditadura militar. Aos que moram e amam BH será a projeção da nossa cidade para o Brasil e o mundo como a capital da JUSTIÇA , PAZ e DEMOCRACIA. Enfim sua assinatura manterá viva a chama da LIBERDADE acessa pelos(as) companheiros(as) assassinados(as)
BETINHO DUARTE
Fabio_Passos
Documento histórico fascinante.
O diário tem relatos até o dia em que foi morto pela repressão.
Também tem o relato (de 30/10/73) da morte do filho André Grabois.
Jeovane Bezerra
Esse período da história brasileira precisa ser revelado. Os historiadores, inclusive precisam rever muito da narrativa desses longos anos. Os registros históricos, por serem marcadamente positivistas, narram os fatos pela perspectiva dos detentores do poder. Sou professor de história e tenho, dentro de minhas possibilidades, tentado mostrar aos meu alunos do ensino médio, que ocorreu uma espécie de apagão durante tal período. Recordo-me de um professor que tive em 1976, quando cursava o antigo ginasial, ao se referir aqueles que lutavam contra a ditadura. Dizia ele, com medo e falando sem qualquer domínio de contexto: são os "comunistas", pessoas más,.. e outras besteiras espalhadas pelos inocentes úteis e pelos assassinos que governavam o país. Grabois foi dos grandes! E pequenos são aqueles que, por não entenderem os sentimentos de liberdade e de patriotismo que guiam os socialistas, ficam a proliferar termos preconceituosos como escontramos ainda hoje! . Blogdoprofessorjeovaneesquerdopata.blogspot.com
Roberto Locatelli
Eram 68 guerrilheiros que queriam derrotar a ditadura. Felizmente hoje temos consciência de que só a sociedade civil organizada tem força para proteger a democracia.
Mas, na época, só havia a ditadura assassina e esquerdistas sonhadores.
ZePovinho
Ainda bem que Getúlio jogou uma chuva de bombas sobre os bandeirantes que queriam dar um golpe de Estado em 1932.Do contrário,teríamos uma ditadura oligárquica até hoje no Brasil.
Pedro
Nossa, que milagre! Algumas palavras de crítica a um dos "heróis"… É preciso desmistificar urgentemente essa imagem que muitos tentam construir, de que os militantes do Araguaia foram "heróis" lutando pela liberdade. Só pelo trecho do último parágrafo, qualquer um pode perceber que não se tratava de luta pela democracia, mas sim para instaurar um regime comunista, à semelhança de URSS, China e Cuba, onde, aliás, muitos militantes da esquerda fizeram cursos militares.
brz
Não entendeu a História ainda…
Pedro
E vc poderia explicar, então?
Mario
Pedro,
se eu fosse você, mas felizmente não sou, procurava estudar um período da história do Brasil que você “parece” conhecer muito pouco.
Uma coisa somente: “… qualquer um pode perceber que não se tratava de luta pela democracia, mas sim para instaurar um regime comunista, à semelhança de URSS, China e Cuba, onde, aliás, muitos militantes da esquerda fizeram cursos militares.”
Você comete um erro enorme! O PC do B não tinha nenhuma ligação com a URSS (foi por isso que o Partido Comunista de 1922 se dividiu em PCB, aceitou completamente a resolução do XX Congresso do PCUS, e PC do B, que coragiosamente condanou as calúnias de Nikita Chruscev); nem mesmo com Cuba, criticando o foquismo cubano de Fidel e Che; e com a China, foi somente uma aproximação que durou muito pouco até constatar os verdadeiros interesses dos chineses. A ruptura con a Chima, ou melhor, o afastamento aconteceu próprio em 1972. A causa a visita de um certo Nixon.
SILOÉ
Que bom que estão tirando os esqueletos da ditadura, dos armários do porão.
Taques
Triste figura.
Dotado de pouca inteligência (acreditar nos relatos da rádio albanesa seria cômico se não fosse trágico), levou dezenas de jovens à morte.
Tudo isso devido a um delírio: transformar o Brasil numa ditadura maoísta.
Menos mal que perdeu pois se alcançasse o seu objetivo com certeza o número de mortos facilmente passaria de milhões.
Cuba, Cambodja, Albânia e China, entre outros, estão aí pra provar o que digo.
Saudações bandeirantes.
Gerson Carneiro
Perigoso mesmo é acreditar nas propagandas do PSDB. E essas matam.
As cidades de Franco da Rocha e São Paulo (bem mais próximo do que Cuba, Cambodja, Albânia e China) estão aqui pra provar o que digo.
Em tempo: os bandeirantes também massacraram índios.
Silvio I
Taques:
Tenho a impressão que você não avalia bem a coisa. Eles não queriam uma ditadura de nenhuma índole. Eles queriam libertar o , da ditadura milita, que estava ao serviço de os EUA e de uma elite brasileira, da pior espécie.Entre essa elite se encontram, entreguistas ao capital americano,como muitos empresários ,que provablemente, dentro de pouco tempo teremos seus nomes publicados, uma vez que se liberem todos os documentos ,da época.
Pedro
Não é possível que você acredite realemente nisso, meu amigo… Você já se perguntou o porquê de as principais figuras das guerrilhas (Osvaldão, e também Dirceu) terem feito cursos paramilitares nas ditaduras comunistas da época? Seria para "combater os imperialistas"?? Rapaz, abra os olhos: tanto americanos quanto comunistas diversos faziam a mesma coisa e tinham os mesmos objetivos. Não se iluda.
Taques
"Eles não queriam uma ditadura de nenhuma índole"
Quanta ingenuidade, Sílvio I !!!
marco
Saudações bandeirantes ??? , Sei , é aqueles que caçavam e matavam indios no periodo colonial , não é mesmo ,aparentemente , Taques prefere as ditaduras do Tio Sam , ( que não foram poucas no periodo ) tristes figuras , foram ., Costa e Silva , Medici , Geisel , Figueiredo , Fleury e derivados … de triste memoria , eles sim levaram centenas a morte no periodo da ditadura dos comprades do Taques ….
Davi Lemos
Milico, covardia é o teu nome. Vergonha.
altamir
…triste comentário!
El Cid
… o nível dos comentários dos trolls aqui no blog ultimamente, parece uma barriga de cobra: arrastando no chão !
Taques e Leporace: tudo a ver !!
Alessandro
Meu caro…
A "revolução" que tu defende matou milhares… no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai…
E tudo isso para quê? Para sangrar estes povos entregando suas riquezas à empresas multinacionais, para fazer os recursos destes povos se transformarem em capital norte-americano…
Mas claro… "ditabranda" que mata, mente, entrega os bens do povo à meia-dúzia, que transforma o Brasil no país com a pior concentração de renda no mundo… isso pode e faz bem.
Tal como a propaganda de certo partido que fala "Tem muita coisa errada por aí…" mas que abriga senador bebum dirigindo…
Tsc, tsc… triste figura a tua, meu caro. Querer justificar tal crime…
Mas esperar o quê de gente que até hoje não admite a chegada de outro projeto ao poder?
João
Morro e não vejo tudo.
Tem ainda troll (pago?) fazendo propaganda subliminar aqui no viomundo.
Jisuis, acode! Só falta o tal do "Taques" (será que ele "vai de táxi" com o Huck em uma eleição?) dizer que aqui houve uma "ditabranda".
O tal Taques deveria se lembrar que com o AI-5 as coisas recrudesceram no Brasil. Não havia possibilidade nenhuma de embates políticos, pois a milicaiada de 64 estava "prendendo e matando" qualquer um que se opusesse ao pensamento único do "Brasil, ame-o ou deixe-o".
E, para demonstrar sua arrogância acaba a mensagem com "saudações bandeirantes"!!!!! Bandeirante, caso você não saiba, era aqueles jagunços do mato que saiam atrás de riquezas e prendiam índios para o trabalho escravo, pois São Paulo era uma província pobre que não podia comprar escravos de angola ou moçambique. Bandeirantes como Raposo Tavares deveriam cair no esgoto da história, e não ser nome de estrada.
Pobres bandeirantes.
Jorge
São Paulo as vezes me dá nojo!
Taques
Se trocasse a palavra "São Paulo" da frase do Jorge por qualquer estado nordestino, certamente seria acusado de racista.
Certos comentários as vezes me dão nojo!
Taques
Gozado.
Os comentaristas abaixo postam todos os seus recalques mas não dão um pio ao cerne do meu comentário que afirma que os lunáticos do Araguaia queriam transformar o Brasil numa ditadura maoísta.
Exceção, diga-se, ao Sílvio I que com certeza deve acreditar em coelhinho da páscoa.
Quanto a "saudações bandeirantes" deve-se ao fato de eu ser um paulista com muito orgulho. Não sabia que essa condição era ofensiva a determinadas pessoas.
Paciência.
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