Ao som de Malandragem, Lira vê investigada Kicis indicada para comandar CCJ; veja o show de horrores
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
“Bolsonaro adquiriu com o Centrão o primeiro estágio do projeto da própria reeleição, além de miudezas do seu passivo judicial. Como, por exemplo, o engavetamento do impeachment e a suspensão das CPIs, a das Fake News e a dos crimes de gestão da pandemia”, escreveu no Estadão a colunista Rosângela Bittar, para quem nada vai acontecer no Congresso nos próximos dois anos a não ser “acúmulo” para garantir reeleição.
Arthur Lira (PP-AL) venceu fácil a disputa e o presidente da República assumiu indiretamente o Congresso.
Lira é reu em duas ações no STF, uma delas ligada à corrupção do PP na Operação Lava Jato e a outra por supostamente ter recebido propina de R$ 106 mil para manter no cargo Francisco Colombo, então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).
Apesar disso, foi festejado por supostos militantes “anticorrupção”.
“Cabra macho, cabra macho”, gritava a deputada federal Bia Kicis, bolsonarista raiz, na festa de comemoração.
Ela vai assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, um dos cargos mais importantes da Casa.
Kicis é uma das investigadas no inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura a máquina de fake news do bolsonarismo.
Ela é negacionista, defensora do Escola Sem Partido e quer reduzir a idade para aposentadoria no STF para entulhar a Corte de extremistas.
Durante aglomeração, que reuniu cerca de 300 pessoas, só os garçons usavam máscaras.
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Tomé Abduch, do movimento Nas Ruas, um dia sustentáculo da Lava Jato, celebrou a vitória de Lira com personagens do Centrão, como Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Desafetos do bolsonarismo, Julian Lemos (PSL-PB) e Joice Hasselmann (PSL-SP) dividiram espaço com o “Golbery” do Planalto, o ministro general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, responsável pela “articulação” com a turma de Lira.
Investigado pelo escândalo das candidatas laranjas, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, estava à vontade na casa de Marcelo e Daniela Perboni, produtor e fornecedor de frutas, anfitrião de Lira.
Marcelo responde a processo movido pelo MPF por embolsar R$ 3,8 milhões que deveria ter pago em impostos.
Um dos pontos altos da festança foi quando a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, ex-deputada federal, cantou Malandragem, de Cássia Eller.
Cristiane responde a processo por participar de suposto esquema que desviou R$ 117 milhões das secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e de Proteção à Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, entre 2013 a 2018, e da Fundação Leão XIII, ligada ao governo estadual, que presta assistência a pessoas pobres.
Isso mesmo, desvio de dinheiro destinado aos miseráveis.
Ela ficou presa entre 11 de setembro e 15 de outubro do ano passado.
Em entrevista na cadeia, disse que é uma pessoa pobre e criticou a Operação Lava Jato, da qual um dia foi grande apoiadora: “Fiquei perplexa com o entendimento do Judiciário de que prender todo mundo é bom, de que precisa prender em massa. Fizeram um espetáculo no meu prédio em Copacabana”.
Diz a letra de Malandragem:
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Comentários
baader
deviam cantar “se gritar pega ladrão, não fica um meu’rmão”
Nelson
Detesto afirmar isto, pois fico parecendo com o PSTU. Seus militantes apostam no “quanto pior, melhor” para que o povo enverede para o caminho da revolução. Mas, já estou acreditando que será preciso piorar muito mais ainda para que as pessoas se disponham a abrir os olhos, enxergando assim o desmantelamento e a destruição do nosso país que vem sendo acelerado desde o golpe de Estado de 2016.
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E, ao abrirem os olhos, se convençam, de uma vez por todas, que será preciso unir esforços, se organizar e se mobilizar para passar a empreender pressão sem tréguas sobre os governantes, para que estes passem a governar em benefício do todo e não de apenas um ínfimo grupo, o grupo do 1% que comporta os único beneficiados pelas medidas governamentais.
André Hinnah
O que há de mais podre na política nacional, de cujos membros salvam-se meia dúzia, emergiu do pântano onde rastejavam para assumir o controle e impor ao povo uma agenda de subtração dos poucos direitos tinham, culminando na ascensão de um dos sujeitos mais indignos da história do Brasil à presidência da república. Tudo com o beneplácito da mídia, da justiça (com letra minúscula mesmo) – incluindo as polícias, do “mercado” (financeiro), que é quem realmente comanda o país” e do legislativo. e Já que a “Brasil” cantou “Malandragem”, lembrei-me da música dos Paralamas cuja letra diz “Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou, são trezentos picaretas com anel de doutor”…pobre de nossos filhos que herdarão uma terra arrasada. Como disse Gil “o Haiti é aqui…”
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