Wanjgarten tem duas mentiras comprovadas em sessão da CPI, mas presidente se nega a prendê-lo; veja as provas

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Azenha · Wanjgarten mentiu na CPI

Da Redação

O ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wanjgarten, tentou defender o governo do qual foi demitido durante depoimento à CPI da Covid.

“A manchete serve para vender a tiragem, a manchete serve para trazer audiência, a manchete serve para chamar a atenção, conforme a gente conhece”, ele afirmou sobre a capa da revista em que acusava o governo de ter sido incompetente na compra de vacinas contra a covid.

Porém, o áudio divulgado pela revista (no topo) demonstra que ele disse duas vezes “incompetência”, ao ser indagado pelo repórter se teria havido incompetência ou negligência do governo no caso.

Ele aduziu que o governo do qual fazia parte tomou de 7 a 1 da Pfizer.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu a prisão de Wajngarten por mentir, mas o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-BA) entendeu que não é o caso.

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), integrante da tropa de choque de Bolsonaro, chamou Renan Calheiros de “justiceiro”. 

Wajngarten também mentiu ao afirmar que em março de 2020, quando a pandemia chegou ao Brasil, não estava trabalhando por ter chegado dos Estados Unidos contaminado pela covid.

Porém, foi desmentido no ato, com a apresentação de um vídeo em que ele diz a Eduardo Bolsonaro que estava “trabalhando normalmente” em casa.

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Zé Maria

CPI da Covid:
7 Momentos do Tenso [SIC] Depoimento de Fabio Wajngarten

[Reportagem: Rafael Barifouse | BBC News BR]
(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57094906)
[…]
Contradições sobre campanhas do governo

O ex-secretário [Wajngarten] entrou em contradição algumas vezes durante seu depoimento.

Inicialmente, por exemplo, afirmou que a Secretaria de Comunicação
não tinha contratado influenciadores bolsonaristas para fazer
campanha sobre “tratamento precoce” — promovendo uso
de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.
No entanto, ao ser apresentada uma reportagem da
Agência Pública mostrando que a “Agência Calia” [*],
contratada pelo governo, pagou R$ 23 mil a influenciadores
digitais para falar sobre os medicamentos, Wajngarten
confirmou o valor e disse que eles foram contratados
por “terem muitos seguidores”.

Em outro momento, o ex-secretário também foi questionado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre a campanha
do governo federal “O Brasil Não Pode Parar”, contrária ao
isolamento social, através de um vídeo que circulou em
março de 2020, no início da pandemia.
O vídeo foi difundido por diversos ministros do governo Bolsonaro.

“Eu não tenho certeza se ele é de autoria da Secom, posso confirmar. O que eu tenho absoluta convicção é que em março (de 2020) o governo fez uma campanha sobre prevenção e sintomas”, disse Wajngarten.

O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que a Secom emitiu um comunicado depois da divulgação da campanha dizendo que a campanha “tinha caráter experimental”. A campanha também foi publicada no Instagram da secretaria.

Wajngarten disse mais tarde que, durante um intervalo da CPI, lembrou-se melhor do episódio e disse que a campanha foi divulgada em grupos de mensagens de ministros, de onde teria vazado ao público. “De fato, as peça foram concebidas e estavam em fase de avaliação”…

*[(https://youtu.be/K98PaNQ8PQI)
https://www.janela.com.br/2020/07/13/governo-federal-tera-mais-30-milhoes-em-campanha-da-pandemia%5D
[…]
Acusação de mentiras
O ex-secretário foi questionado se teria tomado cloroquina quando teve covid-19 e disse que não o fez porque o medicamento não era cogitado em tratamentos contra a doença em março. “Senão ia submeter ao meu médico”, afirmou Wajngarten.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) citou uma série de notícias desmentindo o ex-secretário e que mostravam que já naquela época a Organização Mundial da Saúde alertava para a falta de comprovação de sua eficácia e que, no mesmo mês, Bolsonaro mandou os laboratórios do Exército aumentarem a produção do medicamento.

Em seguida, Carvalho acusou Wajngarten de mentir diversas vezes outras no depoimento. “O senhor disse que nunca negociou nada com a Pfizer. O senhor participou de negociação com a Pfizer. O senhor disse que seus encontros com representantes da Pfizer tinham sido registrados. Não há informações no site do governo.”

O senador acrescentou então que Wajngarten disse que estava afastado da secretaria em março de 2020 e então mostrou um vídeo de uma transmissão ao vivo feita com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em que o ex-secretário dizia que estava trabalhando. “Vossa excelência mentiu nesta oitiva”, disse Carvalho.

Wajngarten tentou se manifestar neste momento, mas o senador disse que não era a vez de ele falar, que ele estava ali na condição de testemunha e que não sendo questionado nada a ele, mas sendo afirmado.

Íntegra em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57094906
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Zé Maria

O Aziz “Azizou”.

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