Wadih Damous: Bolsonaro age como delinquente ao apoiar invasão da embaixada da Venezuela
Tempo de leitura: 2 minInvadir uma embaixada e como invadir o território de outro país. É crime, a luz do direito internacional. Os invasores são delinquentes perigosos e como tal devem ser tratados. Da mesma forma, Bolsonaro age como delinquente internacional ao apoiar a invasão. Wadih Damous, ex-deputado federal do PT-RJ, no twitter.
Embaixada venezuelana é invadida
São Paulo – A Embaixada da Venezuela no Brasil foi invadida na manhã desta quarta-feira (13) por apoiadores de Juan Guaidó, o autoproclamado presidente do país.
O encarregado de negócios da Venezuela, Freddy Meregote, divulgou áudio em que pede ajuda dos movimentos sociais e dos partidos políticos.
“Companheiros, informo que pessoas estranhas às nossas instalações estão violentando o território venezuelano. Necessitamos ajuda e uma ativação imediata de todos os movimentos sociais e partidos políticos”, disse.
Pelas redes sociais, parlamentares de partidos de esquerda se dirigiram ao local, solicitando a presença de todos que pudessem conter a invasão.
Em outro áudio distribuído pelo Whatsapp, Ana Prestes, colaboradora da revista Fórum e que estava na embaixada, afirmou que a invasão foi seguida de violência. “Tá tendo luta corporal lá dentro”.
Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação, que ocorre durante a reunião do BRICs em Brasília.
Por conta do evento vários acessos da cidade estão fechados, o que dificulta a chegada de outros funcionários e militantes à embaixada.
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O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conseguiu entrar.
“A embaixada foi sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos, houve confronto violento. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que parte deles é de lutadores de academia contratados. É uma clara violação do direito internacional. Há indícios de participação do governo brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”
O golpista Juan Guaidó é reconhecido pelo governo brasileiro como presidente da Venezuela após ele se autoproclamar e tentar um golpe no país vizinho.
Segundo reportagem do Valor, um grupo de funcionários da embaixada da Venezuela em Brasília “desertou” do governo Nicolás Maduro e permitiu, pela primeira vez, a entrada de Tomás Alejandro Silva, ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó.
Silva teve o acesso liberado de forma inédita. Outros funcionários leais a Maduro, como o atual adido militar, Manuel António Barroso, se dirigiram imediatamente à embaixada.
Relatos afirmam que o controle do local foi recuperado por volta das 8h30, mas o clima seguia tenso.
Tomás Alejandro Silva é apoiador de Maria Teresa Belandria, indicada por Guaidó a assumir a embaixada brasileira como representante do governo golpista.
Desde que Jair Bolsonaro recebeu a indicação de Belandria, sua equipe tenta entrar na embaixada, sendo sempre impedida por funcionários venezuelanos nomeados pelo presidente Nicolás Maduro.
Pelo Twitter, a deputada federal Erika Kokay alertou para o ato fascista: “Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília em ato criminoso que fere a soberania e a democracia. Exigimos investigações e responsabilização dos culpados!”
Trata-se de um incidente diplomático internacional, desrespeitando o Tratado de Viena, e deve ser denunciado à ONU.
A invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil repete o que ocorreu no dia 10 de novembro na Bolívia, quando o território venezuelano também foi invadido.
PS do Viomundo: Em maio de 2019, violando leis internacionais, a polícia de Washington invadiu a embaixada da Venezuela em Washington e prendeu quatro militantes pró-Maduro que estavam impedindo a posse do representante de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, que tem reconhecimento de Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Comentários
David
Não existe outra solução.
Tem que juntar uma galera e dar um pau nesses invasores vagabundos.
Agora, apoio oficial do governo brasileiro é uma bizarrice total além de crime.
Noemi Maria Alves Da Silva
O presidente do Brasil não tem noção do que faz e trai toda uma politica de pacificação internacional com total delinquência.
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