Vivaldo Barbosa: Trabalhismo e lulismo nos conduzirão ao grande encontro nacional nas eleições de 2022
Tempo de leitura: 2 minO TRABALHISMO, LULA.
Por Vivaldo Barbosa*
Há um líder político no Brasil.
O pronunciamento de Lula no dia 7 de Setembro o reafirmou.
Amplos comentários que se seguiram confirmam.
Um líder de corpo inteiro, portador de mensagem. Para seus seguidores e admiradores e para seus adversários.
Três questões representam temas novos na luta política de Lula e do PT:
— a luta pela soberania;
— o reconhecimento do papel dos Estados Unidos na política brasileira, já presentes em acontecimentos graves como a deposição de Getúlio em 1945, a trama que o levou ao suicídio em 1954 e o golpe contra Jango em 1964, sem mencionar os fatos mais recentes da Lava Jato, prisão do Lula e deposição da Dilma;
— o papel deletério dos meios de comunicação, em especial da TV Globo, na condução política nacional.
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Embora Lula e o PT já venham tocando nessas questões nos últimos tempos.
O trabalhismo foi o movimento político que mais levantou e enfrentou essas questões no Brasil a partir da Revolução de 1930.
As outras questões colocadas pelo trabalhismo, a legislação trabalhista e a Previdência Social, já foram assimiladas por Lula e o PT.
As estatais estratégicas criadas pelo trabalhismo são amplamente defendidas por Lula e o PT.
A estruturação do Estado Nacional a partir de 1930 são hoje reafirmados por Lula como o centro da defesa da nossa soberania, capaz de enfrentar os grupos econômicos e de adotar políticas sociais de amparo ao nosso povo.
A ideia do desenvolvimentismo, que injeta no nosso povo a consciência de que é capaz de superar o atraso e que tem competência suficiente para dominar e transformar nossas riquezas, já há muito é invocada por Lula e praticada em seu governo e de Dilma.
A prioridade em educação, bandeira incorporada por Brizola ao trabalhismo, foram adotadas nos governos Lula e Dilma.
Lula e Dilma, e o PT, incorporaram aos ideais trabalhistas as políticas sociais de superação da miséria e da pobreza.
O trabalhismo é movimento político tipicamente nacional, tem raízes nas lutas iniciais do republicanismo no Brasil e inspirações nas lutas sociais europeias dos séculos XIX e XX; no socialismo europeu em suas diversas variantes; nas concepções de comunidade das nossas tradições indígenas como local do bom viver; e do reconhecimento e identificação no outro, lições dos nossos irmãos que vieram da África.
O trabalhismo é a compreensão do Estado-nação, dos direitos, da cidadania e das identidades individuais, vindos da Europa.
É teko porã recolhida das repúblicas guaranis, que fortalece em nós a ideia de coletividade.
É ubuntu dos nossos irmãos de origem africana, que dá fundamento para valorizar e respeitar o ser humano.
A presença de um líder da consciência e da dimensão de Lula e de um partido enraizado na vida brasileira atual e da magnitude do PT são componentes indispensáveis na luta política de agora.
Com as bandeiras e a mensagem do trabalhismo, tão compreensíveis para o povo brasileiro e já incorporadas em sua vida, será possível mobilizar nossa gente pela busca do seu destino.
Com essa definição mais nítida e clara pelo trabalhismo, poderemos ter juntos numerosos trabalhistas e brizolistas de diversos pontos do país, figuras que despontam na vida brasileira com dimensão grandiosa, como o Governador Flávio Dino, e lutadores nacionalistas, como Roberto Requião.
Trabalhismo e lulismo, os caminhos mais lúcidos e mais sólidos da luta política no Brasil de hoje, que nos conduzirão ao nosso grande encontro nacional nas eleições de 2022.
* Vivaldo Barbosa é advogado e professor. Brizolista e trabalhista histórico, foi deputado federal pelo PDT.
Comentários
Zé Maria
Renda braZil: um baita Conto do Vigário
do desgoverno Bolsonaro/Guedes/Mourão.
a.ali
oxalá, oxalá…
Zé Maria
Há Séculos, Tâmo Junto Nesta Luta, Professor Vivaldo.
CANTO DAS TRÊS RAÇAS
De Paulo César Francisco Pinheiro & Mauro Duarte de Oliveira
Por Clara Francisca Nunes Gonçalves: https://youtu.be/dcVKb2ht6BE
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Marco Vitis
Vivaldo apresenta o trabalhismo como uma concepção superior, que aos poucos Lula foi compreendendo e assimilando. E como fiel depositário, Vivaldo entende que chegou o momento de subordinar o trabalhismo à hegemonia de Lula – o grande timoneiro.
Então já podemos ensaiar nosso grito retumbante: O que Lula é ? Mito ! Mito ! Mito !
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