Vivaldo Barbosa: Não atrapalhem a provável vitória de Freixo no Rio de Janeiro
Tempo de leitura: 2 minNão atrapalhem a vitória no Rio
Por Vivaldo Barbosa*, especial para o Viomundo
Eleger um governo de Estado é tarefa importante para a luta política, em especial para a vida de qualquer partido ou corrente política. Para uma corrente ou partido mais à esquerda, mais fundamental ainda.
Em se tratando do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Rio de Janeiro, salta aos olhos o valor que representa eleger o próximo governador do Estado.
PSB é um dos partidos mais relevantes da política brasileira, desde a redemocratização de 1946 e a partir da Constituição de 1988.
Teve entre seus integrantes e dirigentes figuras importantes, como o ex-deputado federal e ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Sem dúvida alguma uma das personalidades mais grandiosas da política nacional.
Agora, o PSB tem a possibilidade de eleger o governador do Rio na pessoa do deputado federal Marcelo Freixo, em aliança com o PT e outros forças.
Marcelo Freixo é uma das figuras mais expressivas na política popular e de esquerda do Rio. Teve grandes votações para a prefeitura da cidade e para deputado estadual e federal.
Conta com o entusiástico apoio de Lula, tornando sua candidatura ainda mais forte.
A possibilidade da vitória do Freixo será marcante para o nosso Estado.
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Representará a derrota das piores coisas que aconteceram ao Rio em matéria de fisiologismo, conservadorismo, práticas políticas deletérias e adoção de extrema violência na segurança pública, que tem causado tantas vítimas na população pobre.
Isso é agravado pela condição de Jair Bolsonaro, que, no mínimo, almeja manter prestígio e força política no Rio, face à sua derrota que se anuncia.
Derrotar tudo isso e toda essa gente não é pouca coisa.
Só que o recente lançamento da candidatura ao Senado de Alessandro Molon, também do PSB, gerou crise na campanha de Freixo.
O PT reivindica lançar ao Senado em aliança com o PSB o deputado estadual André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio.
Molon é grande figura da política brasileira, importante na política do Rio, daqueles poucos que se salvam do que se transformou a política do Rio. Molon é um grande valor que deve ser cultivado e prestigiado.
Mas, o que menos se espera dele, é que atrapalhe a possível e provável eleição do Freixo.
Não cabe nem é hora de avaliar quem é mais ou menos popular no momento.
A hora é de não atrapalhar a vitória do governo do Rio e a própria solidez da votação do Lula aqui, onde Bolsonaro também é forte.
Enfrentar a máquina do governo do Estado em uma eleição polarizada não é tarefa fácil.
Para sair vitoriosa, é preciso unidade, solidez na mensagem e firmeza nos propósitos do grupo.
É o que acaba de provar a extraordinária obra de costura política do Lula.
Aliança política ampla sob sua liderança e sem crise. Uma crise agora dá força ao adversário, poderá nos destroçar e tornar, no mínimo, duvidosa, uma vitória que se anunciava como provável. Lamentável.
Reflexão, responsabilidade, grandiosidade política. É o tudo o que este momento requer de todos nós.
*Vivaldo Barbosa é do Movimento O Trabalhismo. Integra o Comitê BrizoLula, no Rio de Janeiro. Foi deputado federal Constituinte e secretário da Justiça do governo Leonel Brizola, no RJ. É advogado e professor aposentado da UNIRIO
Comentários
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FYrER5sWQAMqu9L?format=jpg
Com o Lançamento da Candidatura de Olívio Dutra pelo PT/RS ao Senado
e com o Apoio de LULA a Edegar Preto (PT/RS) para o Governo Gaúcho,
a Mídia Fascista tá desesperada e já começou a espalhar Notícias Falsas.
https://twitter.com/EdegarPretto/status/1552268839043350530
Zé Maria
No Estado do Rio de Janeiro, independentemente do(s) candidato(s) ao Senado,
LULA subirá no Palanque de Marcelo Freixo na Campanha para Governador.
André Ceciliano (PT/RJ) e Alessandro Molon (PSB/RJ) ou se acertam ou perdem.
José de Souza
Numa eleição tão difícil, a mais importante da história da republica, há que se fazer concessões, sem purismos. Mas algumas coisas não podem ser esquecidas.
O PSB não é essa maravilha toda não. Boa parte da PSB votou pelo impeachment, pela reforma trabalhista e previdenciária e em muitas pautas do Bolsonaro. Daí a dificuldade de composição em alguns estados (Pernambuco e Rio Grande do Sul, principalmente).
Ceciliano tem uma resistência imensa entre a militância de esquerda, por razões que são de amplo conhecimento. Se fosse candidato a deputado Federal, não haveria resistências. Até seria mais útil nas articulações na câmara, devido a sua habilidade camaleônica. Mas o senado deve fazer parte de um projeto pessoal dele. Molon tem qualidades, mas também teve seus escorregões num passado recente, com posturas dúbias diante do lavajatismo.
E, cá entre nós, o PT do Rio tem seus problemas, desde a estúpida internvenção do diretório nacional (que se lembra do Jorge Babu?)
Não vejo saída pacífica para este impasse, infelizmente. Qualquer decisão deixará sequelas, que podem comprometer a eleição do Freixo (que não será fácil). Pobre Rio de Janeiro.
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