Vídeo-manifesto de espiritualistas, pessoal de ioga, meditação e budismo contra o atual governo

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Vídeo enviado pelos professores Paulo Oliveira (Belém, PA) e Cláudia Wanderley (Campinas, SP)

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Zé Maria

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“Famílias dormindo na rua não é de Deus”,
afirma Benedita em reunião com LULA
Em encontro com evangélicos em São Paulo,
nesta quarta (19), LULA entregou Carta* de
Compromisso com a liberdade religiosa
e reforçou que as igrejas podem contribuir
com ações e programas sociais de combate
à pobreza.

“Nós optamos ficar ao lado da verdade”,
afirmou o pastor Ariovaldo Ramos.
“Somos contra essa onda de fake news,
o uso da nossa fé para espalhar a mentira,
a inverdade e destruir o nosso povo”.

“Tivemos de pedir ao presidente vir aqui
e dizer ao nosso povo que irá continuar
não fazendo o que nunca fez”, disse,

Ele referiu-se às fake news de Bolsonaro
de que Lula iria mandar fechar igrejas.

“O senhor sempre nos tratou com honra e deferência”,
agradeceu o pastor, lembrando ainda que foi Lula
quem atendeu o anseio dos evangélicos, quando
promulgou a lei de liberdade religiosa no país, em 2003.

* CARTA COMPROMISSO DO EX-PRESIDENTE LULA COM OS EVANGÉLICOS

Íntegra:

https://lula.com.br/carta-compromisso-com-os-evangelicos/

https://pt.scribd.com/document/601567974/a4b5748c-Folheto-a5-Evangelicos

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Zé Maria

Eleições 2022
“Perseguição contra cristãos
já começou no Brasil.
Só que dentro da igreja”

Pressão de pastores e irmãos de fé por votos em Bolsonaro
tem levado evangélicos a expulsão ou abandono de igrejas
em diferentes partes do Brasil

Nas palavras dos entrevistados, ela acontece dentro
dos próprios templos, puxada principalmente por
líderes religiosos que ameaçam com castigo divino
ou punição dentro da própria igreja aqueles que
discordam da fusão entre política e religião
que tem marcado estas eleições, por votos
em Jair Bolsonaro.

“A gente se sentiu descartável.”
“É como se nós, cristãos, estivéssemos vivendo
a própria ditadura dentro do templo.”
“Não reconheço mais a Igreja hoje.”
“O pastor abandonou a Bíblia
pra falar de comunismo.”
“É triste ver um lugar sagrado
sendo corrompido.”
“A perseguição contra os cristãos
já começou no Brasil.
Só que dentro da própria igreja.”

[Reportagem: Ricardo Senra | BBC News Br em Londres | 18/10/2022]

A BBC News Brasil pediu esclarecimentos a todas as igrejas citadas nesta reportagem: Igreja Quadrangular, Igreja Batista, Assembleia de Deus e Santuário católico de São Miguel Arcanjo. Nenhuma respondeu às solicitações de comentários.

Enquanto pastores influentes como André Valadão e Silas Malafaia dizem que igrejas devem ter posição política clara e fazem campanha pela reeleição do atual presidente, a BBC News Brasil recebeu mais de 100 relatos de cristãos, principalmente evangélicos, que narram episódios de pressão ou intimidação dentro dos templos na reta final da eleição.

Muitos pediram anonimato, com medo de consequências para si próprios ou suas famílias dentro das igrejas.

Outros já sofreram consequências.

“Minha esposa só chora”
Alisson Santos diz ter sido expulso junto à esposa da igreja evangélica
que frequentava desde 2019 em Aracaju (SE).
Até o início de outubro, ambos trabalhavam como evangelizadores
de jovens no templo.

Em entrevista à BBC News Brasil, ele diz que o apoio de pastores a Bolsonaro
e seus aliados sempre existiu, mas se intensificou no segundo semestre,
quando um dos pastores se candidatou a deputado estadual.

“A partir daí, em todas as reuniões a gente tinha que orar
por esse pré-candidato e fazia reuniões para falar sobre isso”, ele conta.

“Diziam que Bolsonaro é o único candidato que defende a liberdade religiosa,
o único que vai manter igrejas abertas.
E que, se Lula for eleito, ele vai fechar as igrejas, queimar as igrejas”.

Ele conta que viu frequentadores da igreja sendo expostos no altar
por discordarem dos candidatos apoiados pela igreja.

“Ele (o pastor), antes do culto, procurou pessoas para perguntar
em quem elas votariam. Algumas pessoas disseram que votariam
num candidato diferente do dele.
Na hora do culto ele usou essas pessoas como exemplo do que não fazer”,
ele diz.

“Ele fez isso durante a Palavra, duas semanas antes da eleição.”

Para o jovem, o tom violento adotado em alguns cultos
contradiz o propósito dos templos religiosos.

“Teve um culto em que o pastor chegou e falou que se o candidato Lula
fosse eleito e fossem queimar as igrejas, ele ia mandar queimar primeiro
quem votou nele.
Isso não foi fora da igreja, não foi nos corredores, foi na frente da igreja toda”,
ele diz.

Após semanas evitando se posicionar na frente de pastores,
Alisson compartilhou no status do WhatsApp um trecho de
uma entrevista de Bolsonaro à revista IstoÉ Gente, em fevereiro
de 2000.

Questionado na ocasião sobre sua opinião em relação ao aborto,
que hoje condena veementemente, o então deputado respondeu:
“Tem que ser uma decisão do casal”.

Alisson também compartilhou um vídeo gravado em 2017,
quando Bolsonaro discursou dentro de um templo da maçonaria
— entidade criticada por parte dos evangélicos.

Ambas as imagens viralizaram recentemente nas redes sociais
e foram usadas por opositores para ilustrar mudanças
no discurso religioso de Bolsonaro ao longo das últimas
duas décadas.

“Foi justamente por esse vídeo que eles marcaram uma reunião da diretoria”,
conta o jovem.

“Ele (o pastor) disse:
‘Se vocês que não querem seguir o posicionamento da igreja,
procurem outro lugar’.
E isso pra mim foi um absurdo. E não foi nem particularmente,
foi em frente a toda a diretoria.”

Os dois [o Casal Alisson e Esposa] deixaram seus cargos
e não frequentam mais a igreja desde então.

“É muito triste. Minha esposa só chora desde o ocorrido.
Ela só chora porque é o lugar que sempre nos acolheu”, afirma.

“A perseguição contra os cristãos já começou no Brasil.
Só que dentro da própria igreja.”

Íntegra da Reportagem com as Entrevistas à BBC:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63285936

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