VÍDEO: Israel quer emparedar governo brasileiro, age como força de oposição política dentro do Brasil, afirma Rodrigo Vianna

Tempo de leitura: < 1 min
O jornalista Rodrigo Vianna, no ICL Notícias: ‘’É muito grave o que aconteceu. O embaixador foi dentro do Congresso Nacional e se reuniu com Bolsonaro, o deputado Gaya, a linha dura do bolsonarismo. É a turma que promoveu a tentativa de golpe no 8 de janeiro. O embaixador está aqui para representar israel. Ele que vá fazer política partidária e Tel Aviv! Passou de todos os limites". Fotos: Reprodução de vídeo

Da Redação

Enquanto 34 brasileiros continuam impedidos por Israel de sair de Gaza,  o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, promoveu nessa quarta-feira, 08/11, um encontro com a oposição ao governo do presidente Lula.

Foi no Congresso Nacional.

O embaixador diplomata, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foram alguns dos presentes.

‘’É muito grave o que aconteceu’’, atenta o jornalista Rodrigo Vianna, no @ICLNoticias desta quinta-feira (veja vídeo acima).

‘’Ele [o embaixador] foi dentro do Congresso Nacional e se reuniu com Bolsonaro, o deputado Gaya. É a linha dura do bolsonarismo. É a turma que promoveu a tentativa de golpe no 8 de janeiro”, continua.

”O embaixador está aqui para representar israel. Ele que vá fazer política partidária e Tel Aviv! Passou de todos os limites”.

Qual é o sentido de promover um encontro com a oposição no Brasil?

Vianna elenca alguns pontos:

Apoie o VIOMUNDO

— É uma provocação.

— Existe uma guerra a quente, sangrenta, mortal em Gaza. E existe uma outra guerra não declarada, que é guerra política, uma guerra de intimidação e uma guerra de comunicação.

— O Brasil está sob ataque diplomático de Israel.

— Israel está fazendo política dentro do Brasil.

— Israel age como uma força de oposição dentro do Brasil, o que contraria inclusive a Convenção de Viena.

— Israel quer emparedar o governo brasileiro.

— Este embaixador é um cafajeste, além de agir de forma ilegal

Assista à integra da análise de Rodrigo Vianna no vídeo acima.

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

Thread

“A ‘Guerra ao Terror’ e o Caso do Linchamento Moral do Cientista Argelino”

https://pbs.twimg.com/media/F-mKQcLXkAAqDjg?format=jpg
“Adlène Hicheur, um renomado físico de partículas argelino
que atuou como pesquisador no CERN – o maior laboratório
de física de partículas sub-atômicas do mundo, localizado
em Genebra, na Suíça – veio para o Brasil, em 2013, e passou
a lecionar na UFRJ, até ter sua carreira destruída por uma
matéria da revista Época, da Editora do Grupo Globo”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079088045244543
“Nascido em Sétif, na Argélia, Adlène Hicheur mudou-se ainda jovem
para a França.
Cursou mestrado em física na Escola Normal Superior de Lyon.
Trabalhou no Laboratório de Física de Partículas de Annecy-le-Vieux,
colaborando em pesquisas internacionais sobre o Big Bang.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079092268875862
“Fez seu pós-doutorado no Reino Unido, no Laboratório Rutherford Appleton,
onde trabalhou no detector de partículas ATLAS.
Atuou também como professor da Escola Politécnica de Lausanne e como
pesquisador do CERN (Centre Européen pour la Recherche Nucléaire).”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079097054535733
“Hicheur foi preso na França em outubro de 2009, sob a alegação de que
ele teria trocado e-mails com um ‘recrutador’ da Al-Qaeda.
A identidade desse suposto ‘recrutador’ é desconhecida; e sua conexão
com a Al-Qaeda nunca foi comprovada.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079101806780770
“O diretor da Polícia Nacional francesa acusou Hicheur de ter a ‘intenção’
de realizar um ataque contra um batalhão francês que seria enviado para
ajudar os Estados Unidos na Guerra do Afeganistão.
Os e-mails, entretanto, não fazem qualquer referência ao suposto ‘plano’.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079107905224904
“Hicheur foi indiciado por ‘formação de quadrilha’ junto à Al-Qaeda, mas
seu processo não abarcava nenhuma acusação concreta de ato de ‘terror’
— planejado ou executado.
Também não trazia evidências de que o físico tivesse qualquer ligação
com grupos ‘terroristas’.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079112405704865
A polícia da Suíça, onde Hicheur vivia e trabalhava até ser preso,
não conseguiu encontrar nenhuma evidência contra ele.
Nas palavras de Hicheur, “a única justificativa [para a prisão] foram
minhas visitas aos chamados websites islâmicos” ‘subversivos’.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079116595802361
“As pessoas não entendem o que significa ser muçulmano na França
nestes dias… Eu fui apresentado como como um exemplo de ‘terrorista’
bem-educado, ativo na internet e que se radicalizou.
Eles queriam me punir por minhas opiniões políticas”, afirmou o cientista.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079122736287890
“A prisão de Hicheur ocorreu em um contexto de histeria e pânico moral
de cariz islamofóbico, deliberadamente incentivado para justificar a adesão
dos países europeus às intervenções dos Estados Unidos no Oriente Médio,
rotuladas como uma ‘Guerra ao Terror’.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079126985179536
“O caso de Hicheur imediatamente atraiu comparações com o de Lotfi Raissi
— piloto argelino que foi preso na Inglaterra após os EUA o acusarem de ser
um ‘terrorista’ da Al-Qaeda.
A defesa de Raissi conseguiu comprovar que as provas que o incriminaram
eram todas forjadas.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079131246567891
“Hicheur foi condenado a cinco anos de prisão.
Cientistas do mundo inteiro reagiram organizando um comitê e uma
campanha internacional para denunciar o julgamento enviesado
e pressionar pela libertação do físico argelino.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079135600243197
“Mais de 100 físicos de vários países subscreveram uma carta aberta
direcionada ao presidente da França denunciando a injustiça cometida
contra Hicheur.
O Comitê de Direitos Humanos da Sociedade Francesa de Física também
pressionou por sua libertação.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079141832970436
Entre os signatários da carta estava Jean-Pierre Lees, do Laboratório
de Annecy-le-Vieux, que afirmou que os promotores “sabem muito bem
que ele não fez nada”.
“Segundo Lees, Hicheur foi usado como ‘exemplo’ p/ criminalizar
e desumanizar os muçulmanos de alto nível educacional”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079146274754825
“Hicheur ficou encarcerado por 949 dias na prisão de Fresnes, em Paris,
sendo solto em maio de 2012.
Após ser libertado, o cientista argelino resolveu deixar a Europa.
Mudou-se para o Brasil onde tentou reconstruir sua vida e retomar
sua carreira.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079150590738924
“No Brasil, Hicheur conseguiu emprego como professor visitante
do Instituto de Física da UFRJ e passou se dedicar à pesquisa científica.”
“Tudo caminhava muito bem. Era tudo que eu queria na minha vida
e no Brasil encontrei espaço para fazer isso”, disse o professor argelino.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079154734600358
“A tranquilidade do cientista argelino, entretanto, durou pouco.
Em janeiro de 2016, Hicheur tornou-se alvo de uma reportagem
sensacionalista publicada pela revista Época.
A matéria não escondia o proselitismo antipetista, ao ressaltar no subtítulo
que Hicheur recebia ‘bolsa do governo federal’ [da Presidente Dilma (PT)].
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079158916321729
https://pbs.twimg.com/media/F-mQcRAXcAApkFG?format=jpg
“Além de fomentar ataques ao governo Dilma e às universidades públicas,
a reportagem também serviu para pressionar o congresso e o executivo
a instituírem uma lei antiterrorismo — em consonância com a exigência
de longa data dos Estados Unidos.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079163316154712
https://pbs.twimg.com/media/F-mSDwFW4AAv3Jn?format=jpg
“Diversas organizações passaram a pressionar o governo a ‘tomar
providências’, incluindo a Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Hicheur foi afastado das salas de aula pela UFRJ, passou a ser
investigado pela Polícia Federal e a sofrer assédio e perseguição
da imprensa.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079167514701964
“A comunidade científica saiu em defesa de Hicheur, denunciando
a injustiça e o linchamento moral que o argelino estava sofrendo.”
Ronald Shellard, diretor do CBPF, afirmou que expulsar Hicheur
significaria “a derrota definitiva de tudo por que lutamos
durante a ditadura”.
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079171629273338
“Em julho de 2016, já sob o governo golpista de Michel Temer,
o Ministro da Justiça ordenou que Hicheur fosse expulso do Brasil.
O argelino foi escoltado pela Polícia Federal até o aeroporto internacional
do Galeão e forçado a embarcar para a França.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079183478215162
“Ao desembarcar na França, Hicheur foi posto em prisão domiciliar.
O cientista contestou a medida.
“Não escolhi regressar à França, estou aqui contra a minha vontade”.
Requisitou então a perda da nacionalidade francesa para poder retornar
à Argélia, o que foi aceito.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079202361020863
https://pbs.twimg.com/media/F-mYPffWAAATqlt?format=jpg
“No Brasil, as investigações abertas pela Polícia Federal e pela Abin
não encontraram quaisquer evidências de que Hicheur mantivesse
atividades relacionadas ao ‘terrorismo’ ou contato com grupos
fundamentalistas religiosos.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079215224869350
https://pbs.twimg.com/media/F-mZWvgXIAEsiHr?format=jpg
“O jornal O Globo ‘admitiu’ que após um ano de investigações o resultado
da perícia com o material recolhido na casa de Hicheur [agendas, material
de trabalho, computadores] não apontou nenhum tipo de atividade suspeita
do professor argelino no país.”
https://twitter.com/historia_pensar/status/1723079220639739937

Mais Detalhes em:
https://pbs.twimg.com/media/F-mVw4kXQAAwN_7?format=jpg
Adlène Hicheur:
“Estou sendo caçado pela mídia
por um crime que não cometi”
https://t.co/FACQlL5scX
https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/42948/adlene-hicheur-estou-sendo-cacado-pela-midia-por-um-crime-que-nao-cometi
https://www.vermelho.org.br/2016/01/18/fui-cacado-pela-midia-por-um-crime-que-nao-cometi-diz-adlene-hicheur/
https://t.co/XlycoRgIYN
https://outraspalavras.net/entrevistas/ouvimos-o-fisico-nuclear-que-epoca-acusa-de-terror/
https://pbs.twimg.com/media/F-mTxxGXEAEnidT?format=jpg
“Se Adlène Hicheurfor embora
ou, pior, se for expulso do Brasil,
será a ‘derrota definitiva’ de ‘todos
os princípios de respeito humano’.”
Ronald Cintra Shellard
Diretor do CBPF
https://t.co/Gj3GGCKW04
https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/42930/fisicos-criticam-pressao-para-cientista-franco-argelino-deixar-ufrj
https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/46037/adlene-hicheur-fisico-deportado-do-brasil-volta-a-argelia-apos-cinco-meses-de-prisao-domiciliar-na-franca
o caso do físico argelino adlène hicheur.
um depoimento exclusivo para o ‘foicebook’
(perfil do escritor e jornalista Fernando Morais).
sobre a perseguição de que está sendo vítima o físico argelino
adlène hicheur – perseguição encabeçada pelas organizações globo –
pedi ao físico ronald shellard, diretor do centro brasileiro de pesquisas
físicas, um depoimento sobre o caso. meu amigo há cinquenta anos,
shellard foi um dos responsáveis pela vinda de hicheur para o brasil.
a seguir o depoimento dele, exclusivo para o ‘foicebook’:
https://www.facebook.com/fernando.morais.1612/posts/1213307352019866
“Sobrevivemos Como Condenados”, diz Adlène Hicheur
sobre Vida de Muçulmanos na França
Físico e professor da UFRJ deportado do Brasil em julho [de 2017]
conta o cotidiano muçulmano no estado de emergência da França
https://brasildefatorj.com.br/2016/09/12/sobrevivemos-como-condenados-diz-adlene-hicheur-sobre-vida-de-muculmanos-na-franca
.
.
Entrevista: ADLÈNE HICHEUR

Quando um Cientista é Usado como um Peão no Jogo do Terror

“Fui caçado pela mídia por um crime que não cometi”
“Eu sou cientista, mas me carimbaram como ‘terrorista’
ao reciclar de forma vergonhosa uma história velha”

Ele já não devia mais nada à Justiça francesa quando chegou no Brasil,
onde reconstruía sua carreira, viajando sempre para a Europa para ver
a família, que vive na França.
Mas aqui, alvo de uma campanha midiática desencadeada pela revista
Época [Globo], que seus colegas (inclusive europeus) afirmam
ser difamatória, Hicheur decidiu que vai deixar o país.

Adlène Hicheur ainda consegue abrir um sorriso atrás da barba escura
e bem desenhada que cobre suas bochechas afundadas.
Com uma mochila verde pendurada em seu ombro esquerdo, ele caminha
calmamente na sala e senta na beira do sofá.

Então, ele começa a falar… No meio de uma frase sobre islamofobia,
ele desliza a mão para dentro da bolsa e saca dois livros.

Um deles, em francês, é o clássico “As Veias Abertas da América Latina”,
do uruguaio Eduardo Galeano.

“As pessoas não podem esquecer a sua história.
Eu li este livro quando estava na prisão e estou lendo de novo”, diz.

“Nós precisamos conhecer as alternativas, outras formas de vida”, diz ele,
tirando da bolsa outro livro, este em português:
“Por Uma Outra Globalização”, do renomado geógrafo brasileiro
Milton Santos.

“Eu adoro suas ideias.
Ele faz uma nova interpretação do mundo contemporâneo”, comenta,
enquanto bebe chá branco em pleno calor carioca.
“Eu gosto de chá. Não preciso de café. Já sou muito agitado”, conta.

Ele coloca a mão dentro da mochila novamente e desta vez surgem
mais dois livros sobre ecologia e desenvolvimento sustentável.

Hicheur, 39, não precisa de gatilho para começar uma conversa.
Parece que dezenas de ideias borbulham na sua mente ao mesmo tempo.
Ele salta, em questão de minutos, de física de partículas, para geopolítica,
história da Argélia, repressão aos muçulmanos na Europa, álgebra, culinária,
cinema. Há espaço até mesmo para Batman em sua conversa.

As frases saem de sua boca em várias línguas: inglês, francês, português,
de vez em quando com pitadas de árabe.
Ele faz uma pausa apenas para enxugar o suor de sua testa ou para ajustar
os óculos que pousam em seu nariz.

Então, a conversa amena começa a ganhar um tom mais sério: a sua atual
situação.
Ele se afunda no sofá e fica em silêncio – por alguns segundos.

“Sinto que tem uma bola no meu estômago – sinto um vazio”, franzindo suas
fartas sobrancelhas.
“Eu decidi deixar o Brasil. Não sei ainda para onde vou e quando, mas vou
embora”, contou.

Adlène Hicheur não está deixando o Brasil por sua própria vontade.
O cientista, tido por todos que o conhecem como brilhante, e seus colegas
dizem que ele está sendo ‘empurrado porta a fora’.

Hicheur foi taxado no Brasil como uma ameaça ‘terrorista’ real devido
às acusações do passado.

Ele protege firmemente a sua privacidade, não deixando que se fotografe
seu rosto, até para não sofrer agressões na rua.

Durante o julgamento na França, não se conseguiu apresentar
nenhuma prova ou indício de que ele teria tomado qualquer ação
para concretizar seus comentários.
Sua resposta às acusações é bem conhecida também:
ele alega que as conversas online incluíam numerosos tópicos
internacionais, que ele nunca planejou nenhum ataque ‘terrorista’
com ninguém.
Há até uma página na Internet sobre Hicheur que compara seu caso
com o de Lotfi Raissi, acusado de ser o principal mentor do ataque
‘terrorista’ de 11 de setembro de 2001 nos EUA, mas depois foi libertado
sem qualquer acusação.

Também não é segredo que após a pena de 949 dias na notória prisão
de Fresnes, em Paris, Adlène Hicheur foi liberado em maio de 2012.

Ele deixou o país um ano depois, com o caso encerrado.

Desde então, já no Rio, ele procurava colocar sua vida nos trilhos novamente
– como professor e pesquisador.
Aqui ele estava feliz porque se sentia bem acolhido.
Ele já havia se convencido de que conseguiria apagar a marca de ‘terrorista’
que havia sido carimbada em seu rosto na Europa e que o assombrou
de 2009, quando foi preso, a 2013, quando chegou aqui.

“Fui capaz de ensinar física na UFRJ e me dediquei totalmente às minhas
pesquisas, além de escrever artigos acadêmicos.
Tudo caminhava muito bem.
Isso era tudo o que eu queria na minha vida e aqui no Brasil eu encontrei
espaço para fazer isso”, lembrou Hicheur.

Ele estava no lugar certo, mas provavelmente no momento errado.

No último dia 9, em meio à intensa disputa entre partidos políticos sobre
a “necessidade” de o país adotar uma lei anti-terrorismo, Hicheur apareceu
na capa da revista Época.Globo, com uma reportagem intitulada
“Um terrorista no Brasil”.
A matéria afirmava que havia “um segredo” na biografia do cientista,
que estava sendo investigado pela Polícia Federal.
Dizia ainda que ele havia recebido “uma bolsa do governo e que ensina
em uma universidade pública”.
A reportagem citou alguns e-mails que falavam em atentados terroristas,
trocados entre ele e e um interlocutor chamado Phenix Shadow, que
segundo o governo francês seria um membro da Al Qaeda.

Mas Hicheur e seus colegas reagiram afirmando que a matéria remoeu detalhes velhos do caso já amplamente noticiados na mídia europeia
há seis anos.
A foto de um Hicheur barbeado foi estampada com um título em vermelho:
“terrorista”.
A reportagem parecia trazer a mensagem de que o Brasil está sob uma ameaça ‘terrorista’.

“Não há segredo em meu currículo.
Eu cheguei ao Brasil com um visto válido,
convidado por um centro de pesquisas.
Meu caso é muito conhecido, é passado.
Eu sou cientista, mas eles me carimbaram
como terrorista ao reciclar de forma vergonhosa
uma história velha”, protestou Hicheur,
com um misto de tristeza e raiva.

Isso foi apenas o início de seu pesadelo brasileiro, com toda a grande mídia
atrás dele.

Sua foto, retirada do website do Ministério da Ciência e Tecnologia, ilustrou
jornais e revistas, além de reportagens de televisão.

Adlène Hicheur, um cientista que ainda trabalha, a partir do Brasil,
em parceria com o CERN, foi apresentado como um ‘perigo iminente’
ao Brasil.

“Seu julgamento e condenação foram muito questionados.
Os juízes sabiam disso, senão não o teriam liberado após três anos”,
afirmou Patrick Baudouin, seu advogado, ao jornal Le Monde,
na última quinta-feira.

O Le Monde publicou uma matéria sobre o escândalo em torno de Hicheur
a partir da reportagem da revista.
Mas o próprio jornal francês, que fala de uma “máquina midiática-política”,
coloca a palavra “terrorista” entre aspas.
“Em todo o caso ele cumpriu sua sentença”, acrescentou Baudouin,
que é também diretor da Federação Internacional dos Direitos Humanos.

Mas o estrago já tinha sido feito.

Fatos cruciais foram ignorados no bombardeio contra Hicheur, como
o de que ele foi condenado no dia 5 de maio de 2012 e liberado 10 dias
depois.

A longa detenção de Hicheur foi criticada por mais de 600 cientistas,
incluindo o prêmio Nobel de Física Jack Steinberger, além de organizações
de defesa dos Direitos Humanos na Europa.

Hicheur acredita que está sendo julgado novamente no Brasil, quando
já cumpriu a pena, e por um crime que, segundo ele, nunca cometeu.

“Nem a mídia francesa mostrou uma
hostilidade tão exacerbada contra mim”,
disse o físico, que recusou-se a falar com
os jornalistas que invadiram sua sala na UFRJ
e bateram na porta de seu apartamento,
na Tijuca no Rio de Janeiro.

Os repórteres, após entrarem no prédio, que não tem porteiro,
fizeram plantão no corredor de seu andar, até que um colega
de Hicheur chamou a Polícia Federal para retirá-los de lá.

Quatro dias após ele ter se transformado em manchete no país,
Hicheur concordou em nos dar uma entrevista para contar
seu lado na história.

“Sem gravadores escondidos e sem fotos”, foi a única condição
que ele apresentou.
Ele avisou que poderíamos perguntar qualquer coisa.

Por Florência Costa e Shobhan Saxena, no OperaMundi, via Vermelho.Org

Íntegra:
https://www.vermelho.org.br/2016/01/18/fui-cacado-pela-midia-por-um-crime-que-nao-cometi-diz-adlene-hicheur/
.
.

Zé Maria

.

Em Depoimento ‘Sigiloso’ à Polícia Federal,
Trobadinha Preso diz que “soube pela Internet”
[depois de uma consulta ao Google Search]
que as 2 pessoas com quem manteve contato
em outro País “poderiam ser do Hezbollah”.

Press Release da PF obtido ‘com exclusividade’
por ‘todos’ os Grupos de Imprensa do braZil.
.
.
Viu, Ministro Dino?
Não foi Vazamento
de Informação, nos
Moldes da Lava-Jato,
Talquei?
.
.

Zé Maria

.
.
“Israel iniciará pausas de quatro horas no norte de Gaza
para permitir que as pessoas fujam das hostilidades,
anunciou a Casa Branca, no que chamou de um passo
na direção certa.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA,
John Kirby, disse que a primeira ‘pausa humanitária’ seria
anunciada na quinta-feira, acrescentando que Israel se
comprometeu a anunciar cada janela de quatro horas
com pelo menos três horas de antecedência.”

https://www.aljazeera.com/news/2023/11/9/breaking-israel-to-begin-four-hour-pauses-in-gaza-says-white-house
.
.
Fora dos Locais e Horários Pré-Determinados pelos Sionistas Genocidas,
é Bomba e Bomba! Em Mulher, Criança, Gato, Cachorro, Ferido em Hospital …
.
.
“Sionista é Tão Bonzinho!”

Diria a Personagem Estadunidense da Atriz

AbraZileirada pelos Cafajestes no braZil.
.
.

Zé Maria

.
.
Depois dos fatos ocorridos ontem*, qualquer Atitude do Governo Brasileiro,

que não seja mandar o Embaixador Sionista ‘diplomaticamente’ passear

Pelado pelas ruas do Irã, será Insuficiente para demonstrar Ato Soberano.

* https://t.co/FbPyJctEAB
https://twitter.com/RevistaForum/status/1722420206985744575
(https://revistaforum.com.br/global/2023/11/8/embaixador-de-israel-ataca-brasil-insinua-que-governo-ajuda-hezbollah-147407.html)

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/F-btaoyXgAA69rp?format=png

“Não surpreenderia se, como na Operação Lava Jato,
essas prisões da PF fossem dirigidas diretamente pelos
Estados Unidos, principal aliado do terrorismo sionista”
[DCO]
.
.
Ministro da Justiça, Flavio Dino, se manifestou em Nota no X
esclarecendo dúvidas sobre Operação da Polícia Federal (PF)
deflagrada ontem (8).

Críticas à ‘operação trapiche’ da PF se deram principalmente
por ter sido supostamente desencadeada a partir de alertas
de países estrangeiros, emitidos pelo Mossad, agência de
inteligência do governo sionista de Israel, e por órgãos de
investigação dos EUA.

Reportagem na Revista Fórum: https://bit.ly/466bEOW
https://twitter.com/RevistaForum/status/1722579823418015851

A Manifestação de Dino, em 8 Tópicos, na íntegra, foi a seguinte:

“1.O Brasil é um país soberano.
A cooperação jurídica e policial existe de modo amplo,
com países de diferentes matizes ideológicos, tendo
por base os acordos internacionais.

2.Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal
do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro
pode pretender antecipar resultado de investigação
conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento;

3.Quem faz análise da plausibilidade de indícios que
constam de relatórios internacionais são os delegados
da Polícia Federal, que submetem pedidos ao nosso
Poder Judiciário;

4.Os mandados cumpridos ontem, sobre possível caso
de terrorismo, derivaram de decisões do Poder Judiciário
do Brasil.
Se indícios existem, é DEVER da Polícia Federal investigar,
para CONFIRMAR OU NÃO as hipóteses investigativas;

5.A conduta da Polícia Federal decorre exclusivamente
das leis brasileiras, e nada tem a ver com conflitos
internacionais.
Não cabe à Polícia Federal analisar temas de política externa;

6.As investigações da Polícia Federal começaram ANTES [!!!]
da deflagração das tragédias em curso na cena internacional;

7.Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos
que qualquer autoridade estrangeira cogite dirigir os órgãos policiais
brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de
propaganda de seus interesses políticos;

8.Quando legalmente oportuno, a Polícia Federal apresentará
ao Poder Judiciário do Brasil os resultados da investigação
técnica, isenta e com apoio em provas analisadas
EXCLUSIVAMENTE pelas autoridades brasileiras.”

https://twitter.com/FlavioDino/status/1722567020938448976
.
.

Deixe seu comentário

Leia também