Valter Pomar: Oposição venezuelana põe em prática “acabar com nossa raça”

Tempo de leitura: 7 min

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Oposição Caracas, governo pelicas

Por Valter Pomar, 16.03.2015, via e-mail

O primeiro ponto a ressaltar é: o ocorrido no dia 15 de março não é uma surpresa.

Nos últimos dias, encontrei com várias pessoas que fizeram críticas em relação ao ato do dia 13 de março.

“A direita vai colocar mais gente”.”Devia ser noutra data”.

A pauta é confusa.”Falta direção” etc. etc. Tá bem.

Claro que a direita vai colocar mais gente: os principais meios de comunicação (inclusive televisões e rádios, concessões públicas) estão convocando abertamente o ato de 15 de março, com a pretensão de colocar mais de 100 mil pessoas em São Paulo e pelo menos 1 milhão em todo o Brasil.

Ademais, o lado de lá possui menos contradições do que o lado de cá. O que explica a harmonia das respectivas pautas.

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Finalmente, ao menos neste momento, as direções da direita estão melhores do que as nossas.

Frente a tudo isto, não há como não concordar: se os partidos de esquerda, o governo e os movimentos sociais tivessem um Estado-Maior, talvez outra mobilização fosse possível.

Mas se tivéssemos um Estado-Maior, talvez não estivéssemos na situação que estamos, sem conseguir enfrentar adequadamente uma direita que aprendeu a combinar luta cultural, luta institucional e luta social, na linha de que “a luta faz a lei” (e o impeachment).

Como não dispomos de Estado-Maior, como parte de nossas “direções” parece estar entre abúlica e catatônica, a única atitude decente (a palavra é esta: decente) é estar junto de quem está com disposição de lutar aqui e agora, a começar pelas manifestações desta sexta-feira 13 de março.

Dia 16 de março haverá momento para balanço. Então, estou certo de que muitas coisas inteligentes serão ditas acerca da data, da pauta e de tudo o mais. Nessa hora, sugiro começar o balanço dizendo algo mais ou menos assim:

Aquele que sobreviver esse dia e chegar a velhice, a cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: “Amanhã é São Crispim”. E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: “Recebi estas feridas no dia de São Crispim.”
A vida do rei Henrique V, ato IV, cena III – Shakespeare

Portanto, repetimos: o ocorrido dia 15 de março não é uma surpresa.

O segundo ponto a ressaltar é: o que está ocorrendo aqui não é um fenômeno brasileiro.

As características fundamentais do atual período internacional são: a) ainda estamos numa etapa de defensiva estratégia do socialismo; b) uma hegemonia capitalista como nunca antes na história; c) por isto mesmo, profunda crise do capitalismo; d) que por sua vez aguça uma disputa inter-capitalista que vai adquirindo contornos cada vez mais agressivos; e) o que ajuda a entender a reação defensiva expressa na formação de blocos regionais.

No caso do continente americano, há dois projetos de integração regional: o subordinado aos Estados Unidos e o autônomo, simbolizado respectivamente por Alca e Celac.

A principal base de apoio da Celac é a Unasul. E a principal base de apoio da Unasul está no tripé Argentina, Venezuela e Brasil. Três países que neste momento estão imersos em crises econômicas e políticas.

Há quem diga que esta tripla crise tem raízes numa conspiração organizada pelo Departamento de Estado dos EUA. Acontece que conspirações sempre existem e, portanto, elas sozinhas não podem explicar o que está ocorrendo.

“A” causa de fundo da tripla crise é o esgotamento da estratégia seguida, nestes três países, pelos chamados governos progressistas e de esquerda.

Há várias maneiras de explicar este esgotamento: a) limites do reformismo nos países de capitalismo dependente; b) limites do progressismo num só país; c) limites de quem busca fazer reformas sem mudar as estruturas econômico-sociais fundamentais; d) limites de quem tenta melhorar a vida do povo sem fazer reformas estruturais.

Qualquer que seja a maneira adotada para explicar o que está ocorrendo, é evidente que:

a) a crise internacional de 2007-2008 acelerou o esgotamento da estratégia. Algo que o Foro de São Paulo alertou desde o primeiro momento;

b) o Brasil tornou-se o “elo mais fraco da cadeia”, para espanto daqueles setores da esquerda brasileira que — do alto da sua soberba — criticavam a esquerda venezuelana e argentina, como se a conflitividade destes países fosse responsabilidade principal e exclusiva das forças progressistas.

O Brasil tornou-e o “elo mais fraco da cadeia” por diversos motivos:

a) melhoramos a vida das classes trabalhadoras, sem elevar de maneira correspondente seus níveis de politização e organização (diferente da Argentina e Venezuela);

b) mantivemos intacto o oligopólio da mídia (diferente da Argentina e Venezuela);

c) desde 2002 elegemos um presidente do PT e um Congresso onde as forças progressistas são minoritárias (diferente da Venezuela e, em menor escala, da Argentina);

e) a maior parte da esquerda brasileira é adepta de uma estratégia conciliatória (diferente da Argentina e da Venezuela). Conciliatória tanto com o grande capital (inclusive financeiro: por isto a política econômica levítica) quanto com a centro-direita (por isto o ministério com que iniciou este segundo mandato Dilma e por isto a relação cada vez mais subalterna que alguns exibem frente ao PMDB);

f) a maior parte da esquerda brasileira adotou uma estratégia principal ou exclusivamente institucional (diferente da Venezuela e incusive da Argentina, onde a hegemonia do progressismo não é socialista). O institucionalismo explica boa parte da postura recuada de setores do PT frente ao dia 13 de março, postura recuada que aliás contrasta com a postura subalterna de ministros frente aos atos do dia 15 de março.

Resumo da ópera: no Brasil temos um governo que enfrenta com luvas de pelicas uma oposição de direita que adota táticas cada vez mais parecidas com as da direita venezuelana.

O terceiro ponto a ressaltar diz respeito às razões pelas quais está predominando, na oposição de direita, uma tática venezuelana.

A situação brasileira é marcada por dois impasses estratégicos:

a) por um lado, há um impasse econômico de fundo, que só poderá ser resolvido adotando um de dois caminhos distintos: ou voltando a um desenvolvimentismo conservador de viés neoliberal, ou avançando em direção a um desenvolvimentismo democrático-popular;

b) por outro lado, há um impasse político de fundo: a institucionalidade não agrada à oposição de direita nem agrada a esquerda. À oposição de direita incomoda que as atuais regras do jogo permitiram (ou não impediram) ao PT vencer por quatro vezes a presidência da República. À esquerda incomoda que nestas quatro vezes não conseguimos maioria congressual, muito antes pelo contrário.

A esquerda tenta resolver o impasse político via participação popular, reforma política democratizante e Assembléia Constituinte.

A direita tenta resolver o impasse via repressão à participação popular, reforma política conservadora, judicialização da política e combinando formas de luta contra a presidência petista.

A combinação inclui: tentar nos derrotar eleitoralmente, praticar sabotagem a partir da oposição e do PIG, estimular a sabotagem a partir da oposição de direita, empurrar o governo a implementar o programa derrotado nas urnas e mobilização de massas.

É um erro caracterizar a mobilização de massas da direita como “republicana”, “legítima” e “pacífica”. A mobilização da direita não visa apenas manifestar descontentamento, nem visa apenas defender o impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar o PT e o conjunto da esquerda: nas palavras de um general de pijamas que deveria estar na cadeia, trata-se de nos excluir da vida pública.

A ameaça contra João Pedro Stédile, o ataque contra a sede do PT na cidade de Jundiaí (SP) e os dois bonecos (simulando petistas) enforcados num viaduto servem de alerta que pode não haver muita distância entre “excluir da vida pública” e “excluir da vida”.

Como já foi dito por um líder da direita, trata-se de “acabar com a nossa raça”.

É neste contexto que deve ser interpretada a onda de violência policial-militar contra a juventude pobre e negra da periferia das grandes cidades: consciente ou inconscientemente, trata-se de um “esquenta”, de uma espécie de “treino de guerra”.

Noutras palavras, a direita mostrando qual é a sua versão para a famosa frase segundo a qual “a luta faz a lei”.

Frente a isto, quais os cenários postos?

a) se prevalecer a facção venezuelana da direita, teremos uma escalada de agressões, uma pressão pela renúncia e uma chantagem sobre os líderes do PMDB no congresso: em troca de um impeachment, ganhariam uma “absolvição premiada”;

b) a depender da nossa reação e da disputa existente na própria direita, a disputa será parcialmente canalizada para as eleições de 2016. E a depender dos resultados eleitorais, particularmente em capitais como São Paulo, a facção venezuelana pode voltar ao “plano A” acima descrito;

c) caso nossa reação nas ruas agora e nosso desempenho eleitoral em 2016 inviabilizem o “plano A” da facção venezuelana da direita, a disputa será canalizada para as eleições de 2018. Uma vitória da direita em 2018, entretanto, só será possível no quadro de uma mobilização político-social extremamente reacionária. O que significa dizer que a facção venezuelana continuará influente em caso de vitória eleitoral da direita;

d) o quarto cenário depende de derrotarmos a direita nas ruas e nas urnas, agora, em 2016 e em 2018. Neste cenário, vencemos as eleições 2018. Mas isto supõe que a esquerda brasileira mude de estratégia e de conduta.

Portanto, o predomínio na oposição de direita de uma tática venezuelana decorre dos impasses estratégicos em que o Brasil está posto e das decorrências táticas derivadas. Assim como 1954 e 1964 não foram por acaso, o que está ocorrendo agora também não é por acaso.

Frente a isto, o que fazer?

1) Fogo contra fogo: a direita controla parte importante do judiciário, do Congresso e mesmo do governo. Se também controlar as ruas, game over. Por isto, é fundamental ampliar a mobilização, seja no dia 1 de abril, seja no dia 21 de abril, seja no dia 1 de maio;

2) Mudar a linha do governo: é possível derrotar a direita com a ajuda do governo e até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível derrotar a direita se o governo trabalha contra isto. E a verdade é que a linha adotada pelo governo, tanto na economia quanto na política, divide a esquerda e alimenta a direita. É preciso recuar das MPs, propor que os ricos paguem o ajuste, incluir no ministério gente disposta e que saiba enfrentar a direita e dar protagonismo à presidenta da República;

3) Criar um centro político: o PT deve procurar as forças que elegeram Dilma no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a elas que se constitua um frente nacional em defesa da democracia e das reformas. Uma frente deste tipo tem um papel defensivo, mas também ofensivo: lutar pelas reformas estruturais. E é no âmbito desta frente que precisa ser resolvida nosso déficit comunicacional, o que inclui sair da defensiva no debate da corrupção;

4) Fazer a boa e velha luta de classes: recuperar o apoio ativo da maioria da classe trabalhadora, ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição e dividir o grande capital. Nosso inimigo principal é a “fração venezuelana” (golpista) da direita, o oligopólio da mídia e o capital financeiro;

5) Mudar a estratégia: melhorar a vida do povo através da combinação entre políticas públicas e reformas estruturais. Política de alianças estratégica com a esquerda política e social, com as forças democrático-populares. Combinar luta institucional, social e cultural. Abandonar a conciliação.

Num resumo: usar outro tipo de luvas.

Leia também:

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Comentários

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Wendel

“O Brasil tornou-e o “elo mais fraco da cadeia” por diversos motivos:

a) melhoramos a vida das classes trabalhadoras, sem elevar de maneira correspondente seus níveis de politização e organização (diferente da Argentina e Venezuela);

b) mantivemos intacto o oligopólio da mídia (diferente da Argentina e Venezuela);”
Dentre as várias opções que foram dadas pelo autor, destaco as acima pinçadas e as declaro como principais.
Prioritariamente a reforma dos meios, pois sem ela, todos nós estaremos enxugando gelo, nada mais!
Sobre à analise, também acrescentaria o interesse externo, aliado aos apátridas, ongs, etc, que a soldo destes segmentos, não darão trégua aos governos progressistas.
Incapacidade, esgotamento, limites, enfim são retóricas de quem se mostra, mesmo de posse da máquina publica, incompetente para ganhar os corações e mentes do povo.
Este povo manipulado e expoliado por seus algozes, tendo à frente esta midia prostituta.
Já deram até nome a eles. São os midiotas !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Leonardo

Que artigo absurdo em todos os sentidos

clodoaldo

Esses são os seguidores de uma oposição medíocre (não possue nenhuma proposta real para o Brasil), bem informados e cultos, como disse o saudoso privatista FHC.

clodoaldo

Houve, ano passado, o assassinato de um jovem deputado “chavista” que denunciava várias ações contra o governo, inclusive graves, mas a mídia golpista não divulgou tanto quanto a prisão de opositores corruptos e golpistas, porém ricos venezuelanos.

Fausto

O cenário piora pelo fato daquilo que Paulo Freire disse estar se concretizando de maneira clara por aqui: “quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.
É por isso que essa estória de “elite branca”, “revolta de classe-média” – que nós sabemos ser verdade – não está mais emplacando (se é que alguma vez chegou a emplacar).
Há uma reportagem no próprio Viomundo avisando que as ideias da direita estão se espalhando pela periferia paulista.

Costa

Como é que numa manifestação para defender o governo as pessoas vestem vermelho? Não defendiam na verdade o comunismo?

    FrancoAtirador

    .
    .
    1) A Manifestação Popular do Dia 13 não foi para defender o Governo,
    mas a Petrobrás, a Democracia, a Constituição e o Estado de Direito.
    .
    2) Houve Protesto de todas as Centrais Sindicais que estiveram no Ato
    contra as Medidas que cortam Direitos Sociais anunciadas pelo Governo.
    .
    3) Se a Cor Vermelha, por si só, fosse Símbolo de Comunismo/Bolivarianismo,
    então, o Partido Republicano, aos quais pertencem os militantes do Tea Party,
    nos United States, seria a maior Facção Comunista Bolivariana da América.
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
    .
    GOP: Grand Old Party [Partido Republicano dos U.S.A.]
    .
    cdn.someecards.com/tldrs/republican-party-v7G.jpg
    .
    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Republicano_(Estados_Unidos)#Alas_e_fac.C3.A7.C3.B5es)
    .
    .

Gilberto

Eu acredito que há uma conjuntura dificil internacional que tem reflexo internamente. Mas na minha avaliação o cenário interno brasileiro além de ser influenciado pela conjuntura internacional possui aspectos que tem muito das especificidades da formação histórica brasileira. Na minha avaliação com todos os erros que possa ter cometido o PT nos 12 anos de governo mexeu pela primeira vez na historia de formação de nosso país na estrutura desigual na qual se acentou por mais de 500 anos. Digo isso para enfatizar que um dos elementos que movem uma grande maioria que estava no movimento do dia 15 de março de 2015 é racial. Esse movimento é em primeiro lugar racista, porque se para a Alemanhã nazista existia o ideal da raça superior, os arianos, para o Brasil existe o ideal de branqueamento. Portanto o problema são os acerto do governo do PT e não seus erros. Mecher nesta estrutura é mecher literalmente em um ninho de cobra, é trazer a possibilidade concreta que a filha de um pai e mãe branco e rico se apaixone por um negro da perifiria que por causa do prouni fez a faculdade de medicina. Não há manipulação o que há é estimulo na maioria absoluta quem foi para rua no dia 15 de março de 2015 mostrou aquilo são. E na sua caminhada, como uma espécie de delírio coletivo, evocaram a ameaça comunista tratava-se na verdade de um manto que tinha como obetivo encobrir seu fundamentalismo que se não for contrabalançado já deixa um cheiro de morte no ar. Filme semelhantes a esse muitos de nós já participaram como atores, figurante ou como espectadores. É urgente que o PT e o Governo acordem. Para encerrar no real nada é absoluto, portanto o jogo esta aberto a novas jogadas, mas é priciso jogar se não se perde por VO.

Roberto de Souza

É grave. Uma coisa eu sei, se Dilma cair, todos cairemos com ela, pois o Brasil estará boicotando seu melhor projeto nação desde os anos 50 e não sei quando teremos disposição e espaço para criarmos outro. Se a elite se apossar do poder, fará bem mais que a Ditadura para mantê-lo.

Liberal

Pessoal, na boa, podiam parar por favor de dizer que todos aqueles que não rezam a cartilha ou que não são de esquerda são analfabetos políticos? Será possível que ainda continuarão no erro? Quer maior politização da sociedade que o pós-eleições 2014?

    Eunice

    Há na direita uma cúpula que pensa e os enchedores de ruas. Inclusive os que votaram na bancada conservadora da Assembléia. Muitos destes eleitores não tem teoria alguma. A absoluta maioria não vai até o ensino médio. Mas praticam política.

    Um exemplo é o curral de Eduardo Cunha. A mesma clientela.

    Análise, portanto, não é simples.

    abolicionista

    Não são analfabetos políticos, são apenas fascistas e, racistas, homofóbicos e fundamentalistas de direita. Obrigado pela correção.

    Plutarco

    Liberal, essa turminha é assim mesmo: não tendo argumento contra a mensagem, pau no mensageiro.

    No fim de abril vamos encher as ruas novamente, só que com o triplo de gente. Quem sabe se isso, aliado à pesquisa do IBOPE que sai semana que vem não convence essa galera que o Dilma 2.0 já era?

Luiza

Pois é….
Concordo com o diagnóstico, apesar de achar que tudo isso já deveria ter sido digerido e posto em prática como estratégia do governo há um saco de tempo, afinal, nada do que o texto atribuiu a direita e/ou a oposiçao é fato novo.
Sempre soubemos que Dilma nao tem o “perfil político” para o cargo de Presidente, ao contrário, ela é um exemplo da “nao-política”, entao, como as medidas propostas na análise do artigo poderiam ser colocadas em prática diante dos rumos que ela mesma deu no seu governo e que vao na direçao oposta? Abandonar a conciliaçao implicaria, sim, numa ruptura e Dilma nao dá sinais de que ela vai para a luta, nao.
Vale a pena estre trecho do artigo do Breno Altman -http://www.conversaafiada.com.br/pig/2015/03/16/ze-e-rossetto-pouparam-a-globo/
“O governo correrá o risco de repetir cenário provocado por Neville Chamberlain, então primeiro-ministro inglês, quando cedeu a Tchecoslováquia para os alemães, em 1938, tentando apaziguar Hitler. “Entre a guerra e a desonra, escolheu a desonra, e terá a guerra”, afirmou Winston Churchill, seu clarividente conterrâneo e sucessor.”
A ver…

Véio Zuza

Ou chegaremos àquele ponto em que Trotski disse para Buckárin ou Kamenev (ou o inverso… sei lá): “o camarado acha que estamos lutando pela nossa sobrevivência política. É um erro. Estamos lutando pela nossa sobrevivência física…”

FrancoAtirador

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Como diria Mané Garrincha:
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Só falta combinar com o Lula,
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com a Dilma e com o Falcão.
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