Thomas Piketty: É tempo de a esquerda voltar a descrever o sistema econômico alternativo a que aspira

Tempo de leitura: 4 min

Humildade, deliberação e trabalho coletivo

É tempo da esquerda voltar a descrever o sistema econômico alternativo a que aspira

Por Thomas Piketty*, em A Terra é Redonda

Apesar da maioria relativa obtida pela Nova Frente Popular (NFP), o panorama político francês continua marcado por divisões e incertezas.

Sejamos claros: os ganhos obtidos pela esquerda em votos e assentos são, na realidade, muito limitados e refletem um trabalho insuficiente tanto em relação ao programa como às estruturas.

Só enfrentando resolutamente estas insuficiências que os partidos de esquerda poderão ultrapassar o período de turbulência e de governos minoritários que se anuncia e obter um dia a maioria absoluta que lhes permitirá governar o país no longo prazo.

O programa adotado pela Nova Frente Popular alguns dias após a dissolução do antigo governo teve certamente o imenso mérito, em comparação com os outros, de indicar onde encontrar os recursos para investir no futuro: saúde, educação, pesquisa, infraestrutura de transportes e de energia, etc.

Estes investimentos essenciais aumentarão fortemente e só há duas formas de financiá-los.

Ou aceitamos o início de um novo ciclo de socialização crescente da riqueza, impulsionado pelo aumento dos impostos sobre os mais ricos, como propõe a Nova Frente Popular, ou rejeitamos por ideologia qualquer alta fiscal, colocando-nos nas mãos do financiamento privado, sinônimo de desigualdade de acesso e de eficácia coletiva mais que duvidosa.

Impelidas por custos privados gigantescos, as despesas de saúde aproximam-se de 20% do PIB nos Estados Unidos, com indicadores desastrosos.

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Entretanto, os montantes mencionados pela Nova Frente Popular podem ter assustado: cerca de 100 bilhões de euros em encargos e novas despesas daqui a três anos, ou seja, 4% do PIB.

No longo prazo, estes montantes não têm nada de excessivo: as receitas fiscais na Europa Ocidental e Nórdica passaram de menos de 10% da renda nacional antes de 1914 para 40-50% depois dos anos 1980-1990, e foi este aumento do poder do Estado de bem-estar social (educação, saúde, serviços públicos, proteção social, etc.) que permitiu um crescimento sem precedentes da produtividade e do nível de vida, independentemente do que os conservadores de qualquer época possam ter dito.

Forte demanda por justiça social

O fato é que há incertezas consideráveis quanto ao calendário e à ordem de prioridades de um governo de esquerda que chega ao poder.

Mesmo sendo forte a demanda por justiça social no país, a mobilização de novos recursos continua sendo um processo frágil, do qual os cidadãos podem retirar seu apoio a qualquer momento.

Concretamente, enquanto não for demonstrado de forma incontestável que os milionários e as multinacionais estão realmente sendo obrigados a contribuir, é impensável pedir a qualquer outra pessoa que faça um esforço suplementar. Ora, o programa da Nova Frente Popular continua muito vago sobre este ponto crucial.

É ainda mais problemático que os governos de esquerda das últimas décadas, na ausência de um programa suficientemente preciso e de uma apropriação coletiva suficientemente forte, estejam sempre cedendo aos lobbies assim que chegam ao poder, por exemplo, isentando do ISF [imposto de solidariedade sobre a fortuna] os chamados ativos profissionais e a quase totalidade das grandes fortunas, o que faz com que as receitas sejam ridiculamente baixas em relação ao que poderiam e deveriam ser.

Para não repetir estes erros, será necessário envolver a sociedade civil e os sindicatos na defesa destas receitas e dos investimentos sociais a elas associados. Nestas questões, como em outras, os slogans não podem substituir o trabalho de fundo e a mobilização coletiva.

Há problemas semelhantes com as aposentadorias. Não faz muito sentido adotar o slogan da aposentadoria para todos aos 62 anos, ou mesmo aos 60 anos, quando todos bem sabem que existe também uma condição de tempo de contribuição para obter uma aposentadoria completa no sistema francês.

Uma palavra de ordem do tipo “quarenta e dois anos de contribuição para todos” seria mais bem compreendido pelo país, e deixaria claro que as pessoas com formação superior não se aposentarão antes dos 65 ou 67 anos, insistindo, ao mesmo tempo, na injustiça inaceitável dos 64 anos da reforma de Emmanuel Macron, que obriga, por exemplo, quem começou a trabalhar aos 20 anos a contribuir durante quarenta e quatro anos.

Os exemplos poderiam ser multiplicados. É bom que se anuncie a supressão da plataforma Parcoursup, mas teria sido ainda melhor descrever precisamente o sistema alternativo, mais justo e mais transparente, que o substituirá. É bom que se denuncie o grupo de mídia Bolloré, mas seria melhor comprometer-se com uma lei ambiciosa para democratizar os meios de comunicação e desafiar os acionistas todo-poderosos.

Por etapas

Lembremos também da proposta que visa atribuir um terço dos assentos nos conselhos de administração das empresas aos representantes dos trabalhadores. Esta é a reforma mais profunda e autenticamente social-democrata do programa da Nova Frente Popular, mas seria melhor que fosse colocada num quadro mais amplo.

Para permitir a redistribuição do poder econômico, seria necessário aumentar o número de assentos nas grandes empresas para 50%, limitando simultaneamente os direitos de voto dos maiores acionistas e comprometendo-se com uma verdadeira redistribuição do patrimônio.

Em vez de condescender com uma radicalidade retórica de fachada, é tempo da esquerda voltar a descrever o sistema econômico alternativo a que aspira, reconhecendo ao mesmo tempo que as coisas ocorrerão por fases.

Em todas estas questões, só o trabalho coletivo nos permitirá progredir, o que exige a criação de uma verdadeira federação democrática de esquerda, capaz de organizar a deliberação e resolver as divergências.

Estamos muito longe disso: nestes últimos anos, A França Insubmissa não parou de tentar impor sua hegemonia autoritária à esquerda, à maneira do Partido Socialista de outrora, só que pior, dada a recusa de qualquer processo de votação por parte dos dirigentes “insubmissos”.

Mas o eleitorado de esquerda não se deixa enganar: sabe muito bem que o exercício do poder exige, acima de tudo, humildade, deliberação e trabalho coletivo. Já é tempo de responder a esta aspiração.

*Thomas Piketty é diretor de pesquisas na École des Hautes Études en Sciences Sociales e professor na Paris School of Economics. Autor, entre outros livros, de O capital no século XXI (Intrinseca). [https://amzn.to/3YAgR1q]

Tradução: Fernando Lima das Neves.

Publicado originalmente no jornal Le Monde.

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

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Canalhas! Canalhas! Canalhas!

A Inacreditável ‘Proposta’ de O Globo
para o ‘Ajuste das Contas Públicas’

Jornalão da Família Marinho defende, como sempre,
que na hora dos ‘Ajustes’ os Pobres ‘apertem os cintos’;
desta vez com o fim da Vinculação do BPC
aos ganhos do Salário Mínimo

Por Antonio Mello, na Revista Fórum

Pra variar, o jornal da família Marinho, está “do lado de lá”, o lado dos contra,
quando se trata de defender os brasileiros mais pobres.

O jornal e a família que foram contra a criação do salário mínimo,
trabalharam o quanto puderam até destruir de vez o projeto dos CIEPS
de Brizola e Darcy Ribeiro, agora voltam suas baterias contra a correção
do BPC, benefício do governo destinado aos idosos de mais de 65 anos
e deficientes de baixa renda.

Aqui, quem tem direito ao benefício, segundo o próprio governo:

“Pessoa idosa que:
– tiver 65 anos ou mais;
– for brasileiro nato ou naturalizado;
– tiver nacionalidade portuguesa;
– tiver renda familiar de até ¼ do salário mínimo por pessoa,
calculada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico)
e dos sistemas do INSS.”

O Cadastro Único, que é administrado pelos CRAS, deve estar atualizado
há menos de dois anos e conter o CPF de todas as pessoas da família.

Como se vê, é gente que, se perder parte do benefício,
não vai sentir falta, pois está ‘nadando’ (de nada) em dinheiro…
[Aviso: contém ironia]

Em editorial publicado no último dia 7, O Globo defende que o máximo
que os beneficiários do BPC podem receber é o salário mínimo corrigido
pela inflação (por enquanto, diga-se).

Deve ser cortada a possibilidade de correção acima da inflação
que é vinculada ao crescimento do PIB.

A mídia hereditária já conseguiu do governo que fizesse o ajuste fiscal
em cima dos pobres realizando um pente-fino no BPC, no Bolsa Família,
Auxílio-Doença, Farmácia Popular etc.

Conseguiram também que a desoneração da folha das empresas
de comunicação (Globo, Folha, Estadão, etc) continuasse, sem que
o governo faça o mesmo pente-fino para ver se estão gerando empregos
(objetivo da desoneração), quando o que se tem notícia é de jornalistas
e artistas demitidos em pencas.

Mesmo grandes e históricos atores, dramaturgos, diretores da Rede Globo
foram mandados pra rua e agora só trabalham “por empreitada”.

A luta do jornalão pela desvinculação dos ganhos do BPC é tanta
que chegam a dar um duplo twist carpado na lógica para defendê-lo:
‘Diante dos números, é imperioso atacar o problema de forma realista. Corrigir o BPC e outros benefícios como auxílio-doença somente pela inflação não provocaria dano social, por manter intacta a capacidade de consumo da população de baixa renda com idade igual ou superior a 65 anos ou portadora de alguma deficiência. De quebra, poderia render uma economia anual de R$ 20 bilhões aos cofres públicos.’ [O Globo]

O Globo só não explicou como é que perdendo parte do benefício a população vai manter intacta a capacidade de consumo.
Quiçá, se usar a mesma lógica deles, que dizem que com a desoneração
estão gerando empregos, quando na realidade estão demitindo
artistas e jornalistas todos os dias.

No final, o editorial mostra sua ‘preocupação’ com os pobres:

‘Romper de vez a transferência geracional da miséria e da pobreza deve ser ‘um dos principais objetivos desse e de todos os futuros governos.
Mas [!], para atingir essa meta, é preciso ter um setor público com as
contas em ordem. Por inibir a geração de renda, a falta de responsabilidade
fiscal pune de forma mais drástica os mais pobres.’ [O Globo]

Em outras palavras:
para manter benefícios para os mais pobres ‘do futuro’
é preciso cortar deles ‘hoje’.

Porque um imposto progressivo em cima da riqueza, a taxação dos lucros
e dividendos hoje isentos, dos aviões, iates, o fim da desoneração das empresas de comunicação… Ah, não, aí os pobres devem entender
que é pedir ‘sacrifício demais’…

https://revistaforum.com.br/politica/2024/8/10/inacreditavel-proposta-de-globo-para-ajuste-das-contas-publicas-163693.html

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Zé Maria

https://x.com/PostaliFernando/status/1822363889801073027

Campos Neto Cada Vez Mais Salafrário
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https://pbs.twimg.com/media/GUpSw5qWEAA2w0U?format=jpg

“Como é que pode ser presidente do Banco Central do Brasil
e esconder negócios com especulação no exterior e no País?

O Banco Central autônomo, além de garantir independência
política de seu comando, está assegurando também liberdade
para seus negócios?

Se não devia nada, por que entrou na Justiça para se livrar
da Comissão de Ética?”

https://x.com/PTbrasil/status/1821523285412106631
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“Ata do Copom divulgada hoje é um tapa na cara do Brasil.

Todos os indicadores do país melhoram, a inflação segue abaixo
do que o BC previa, o governo faz um esforço notável para cumprir
as metas; e o que faz o Copom?

Aferra-se à maior taxa de juros do planeta e ainda ameaça aumentar mais
quando lhe der na telha, mesmo com a possibilidade dos EUA baixarem
os juros.

A arrogância extrema para sabotar o país.”

GLEISI HOFFMANN
Deputada Federal (PT/PR).
Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores.

https://x.com/Gleisi/status/1820834451540123897
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Zé Maria

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“A Direita Leu Mais Gramsci que a Esquerda”

ANDREA CALDAS
Professora da Universidade Federal do Paraná,
Pesquisadora de Políticas Educacionais (UFPR)
Mestre, Doutora e Militante em Educação
https://www.escavador.com/sobre/5268901/andrea-caldas

“Gramsci entendeu que, no caso da Rússia, a tomada de poder
de forma insurrecional correspondia a um tipo de sociedade
– que ele qualificou como do tipo oriental – em que o poder
do governo estrito era quase absoluto.
Derrubar o governo era sinônimo de conquistar o poder.

Na Itália dos anos 30, ao contrário, já havia uma sociedade civil
mais complexa – imprensa, partidos, organizações sindicais
e empresariais – que ombreavam o poder ideológico de Estado.

Derrubar o governo era apenas uma tarefa na conquista do poder
mais amplo.

Eis que, nas sociedades de tipo ocidental, era preciso empreender
a guerra de posição e disputar muitos espaços de poder, além dos
postos de governo, no sentido estrito.

O Brasil se aproxima da qualificação definida por Gramsci para a Itália.

E esta análise é partilhada pela esquerda aqui, há muito tempo.
Desde, especialmente, as traduções e interpretações de Carlos Nelson
Coutinho. Nos debates internos do PT estas análises eram recorrentes.
Ocorre que o governo petista parece ter cedido à tentação de substituir
a análise das forças políticas e hegemônicas pelo poder do carisma político.

O Estado é tudo foi alterado por o ‘presidente é tudo’.
E sim, Lula e seu carisma e genialidade conseguiram muito
em uma sociedade quase estamental e profundamente desigual.

Mas, se o carisma e a personalidade foram o norte, também foram
a limitação.
Em quase 14 anos de governo progressista – um recorde histórico
para o Brasil – com 80 por cento de popularidade, com maioria
no Congresso e maioria absoluta das indicações no STF,
nenhuma reforma estrutural (além da Reforma da Previdência)
foi sequer proposta.
Nenhuma, absolutamente nenhuma.

Sequer a assinatura de convênio com a rede Telesur foi feita.

Quatorze anos de um governo progressista…
E não houve nem guerra de movimento, nem de posição.

Gramsci, o tão combatido pela direita, foi ignorado
pelo governo progressista de plantão sazonal.

A disputa [político-Ideológica]foi substituída pela conciliação.”

Íntegra em:

https://revistaforum.com.br/opiniao/2019/2/10/direita-leu-mais-gramsci-que-esquerda-52697.html

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Zé Maria

CAMPOS NETO INVESTIGADO

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
pode ter se beneficiado da taxa básica de juros
a partir das suas empresas e aplicações financeiras,
incluindo uma offshore.

“A primeira denúncia é sobre os Pandora Papers.
Contas secretas, offshores fora do país.

A segunda denúncia foi feita por mim:

Fiz uma denúncia em cima de algumas empresas
de que a propriedade é de Roberto Campos Neto,
e pasmem, senhores: as informações que foram
apresentadas é que essas empresas têm
remuneração pela taxa Selic.

Já imaginou isso?
Como se ele ganhasse dinheiro
quando aumentasse a taxa Selic.

Agora isso tudo volta com força
para o Conselho de Ética da
Presidência da República.

Isso é muito importante.
Ele estava querendo fugir
de uma investigação séria”,
disse o Deputado Federal
Lindbergh Farias (PT/RJ).

“É um absurdo um presidente do Banco
Central ter offshore, recursos escondidos
em paraísos fiscais.

Mais ainda é, se ele lucra com a decisão
tomada por ele e pelo próprio Banco Central.

Eu sempre falei que essa questão da política
monetária, da atuação do Banco Central,
era um ‘Caso de Polícia’.

Agora,vai ter investigação do Conselho de Ética
da Presidência da República”,
prosseguiu o Parlamentar.

https://x.com/LindberghFarias/status/1821356158994547118
https://x.com/LindberghFarias/status/1821686398048481391

[ Reportagem: Ivan Longo | Revista Fórum | Edição Nº 123 ]

A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1)
da quarta-feira (7) de revogar, por unanimidade, a liminar
que impedia a investigação do presidente do Banco Central (BC),
Roberto Campos Neto, permite que a Comissão de Ética da
Presidência da República retome a apuração sobre as denúncias
de que ele teria mantido uma offshore no exterior e se beneficiado
financeiramente da taxa Selic por meio de suas empresas e aplicações.

As investigações foram inicialmente motivadas pela série jornalística
Pandora Papers, que revelou dados sobre contas em paraísos fiscais
de diversas personalidades e agentes do mercado financeiro, incluindo
Campos Neto e o ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes.

A Comissão de Ética havia iniciado a apuração em 2019, mas o processo
foi suspenso em 2023 por uma liminar obtida por Campos Neto.

Ele alegava que a investigação violava a autonomia administrativa do
Banco Central, conforme a lei complementar de 2021.

A Advocacia-Geral da União (AGU) argumentou contra a liminar, afirmando
que a Comissão de Ética tem a prerrogativa de investigar possíveis conflitos
de interesse e desvios éticos de servidores públicos, e que a lei não confere
imunidade absoluta ao presidente do BC.

Segundo revelações do Pandora Papers, Roberto Campos Neto teria aberto
uma offshore em 2004 nas Ilhas Virgens com US$ 1 milhão aplicado,
supostamente buscando vantagens tributárias.

Além disso, Campos Neto é alvo de outra denúncia apresentada à Comissão
de Ética pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).
Ele acusa o presidente do BC de possuir empresas e aplicações que seriam
remuneradas de acordo com a Selic.

Ou seja, quanto mais alta a taxa de juros, maiores seriam os lucros dessas
empresas e aplicações.

Dessa maneira, as investigações da Comissão de Ética contra Campos Neto
serão retomadas e o presidente do Banco Central pode, em última instância,
perder o cargo e ser alvo até mesmo de ações criminais.

Íntegra em:
https://semanal.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Revista-Forum-123-9.8.2024-1.pdf

𝐏𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐬𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐄𝐜𝐨𝐧𝐨𝐦𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐒𝐏 𝐝𝐢𝐯𝐮𝐥𝐠𝐚 𝐧𝐨𝐭𝐚
𝐞 𝐝𝐢𝐳 𝐪𝐮𝐞 𝐑𝐨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐨𝐬 𝐍𝐞𝐭𝐨 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞́ 𝐞𝐜𝐨𝐧𝐨𝐦𝐢𝐬𝐭𝐚.
https://pbs.twimg.com/media/GUn9DpgWIAEGtge?format=jpg
https://pbs.twimg.com/media/GUn9DpgWIAAUUj4?format=jpg
https://pbs.twimg.com/media/GUn9DpbXsAA9d81?format=jpg
https://x.com/_RodrigodosReis/status/1822265776948015144
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Zé Maria

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A Solidariedade é o Melhor da Humanidade.
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https://x.com/i/status/1821476263783006338
“O lenço sai da cabeça da atleta muçulmana
e as adversárias fazem um círculo para evitar
sua ‘vergonha’.
O nome disso é empatia e alteridade.”
https://x.com/FalaChupetinha/status/1821476263783006338
https://x.com/MarcioPecego/status/1821532045279154539
https://x.com/Alikara53681208/status/1820738904749727748

Zé Maria

Para o Tamanho da Petrobras
prejuízo de 2,6 bi é troco.

Resultado negativo foi causado
por impactos tributários e cambiais,
dois eventos não-recorrentes

“Acreditamos que o prejuízo apresentado no trimestre vá estar na capa
dos jornais ao longo do dia.

Entretanto, pedimos para que os acionistas da empresa não se preocupem
tendo em vista a natureza desse prejuízo”,
avalia a Genial Investimentos em relatório.

Isso porque a empresa teve dois eventos não-recorrentes
que acabaram por trazer impactos em seus resultados.

O primeiro foi o reconhecimento de um custo de R$10,6 bilhões
na despesa financeira [em tributos] referente ao acordo com
o CARF anunciado no último dia 18 de junho.
No “frigir dos ovos”, a decisão foi vista como positiva por eliminar
um risco maior (que poderiam chegar até R$ 44 bilhões) e
preservar os futuros pagamentos de dividendos da empresa.

O segundo ponto a ser mencionado diz respeito a marcação
a mercado da dívida da empresa (que é parcialmente dolarizada)
devido a expressiva desvalorização do real [variação média de 5,5%]
ao longo do trimestre, que acabou por impactar o resultado
negativamente em R$ 18,7 bilhões.

“Nessa caso, é importante entender que esse evento não tem efeito caixa
de imediato (o valor de toda a dívida dolarizada é atualizada em reais de
uma única vez) e a Petrobras é uma empresa que tem o seu principal produto dolarizado.

Sendo assim, eventuais desvalorizações no real são compensadas
na receita da empresa, trazendo conforto ao seu fluxo de caixa
em relação ao dispêndio financeiro com a dívida dolarizada”,
analisa a consultoria.

A Genial avalia, ainda, que a geração de caixa livre da empresa foi bem
razoável mesmo em um trimestre com margens de refino sob pressão
e que com a normalização da paridade de preços ao longo do trimestre
passado – ainda que alguma preocupação pode ser levantada daqui
por diante com a recente desvalorização do dólar.

Por último, a redução do investimento esperado para 2024 de US$ 16 bilhões
para US$ 13,5-14,5 bilhões deve trazer algum conforto quanto fluxo de caixa da empresa para o segundo semestre de 2024 (2S24).

A XP Investimentos aponta que ajustando para os itens não recorrentes,
o lucro líquido teria sido de US$ 5,4 bilhões.

O FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista) ficou em US$ 3,7 bilhões,
exatamente em linha com a expectativa dos analistas.

https://pbs.twimg.com/media/GUgDAVMWwAAE0eS?format=jpg

[Com informações de Infomoney]

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Zé Maria

Veio Keynes afirmando ser possível ‘remediar’ o Capitalismo.
Aí vem o Neoliberalismo, tal qual o Fascismo, dizendo que
Social-Democracia é Comunismo.
E a Esquerda esqueceu Marx e acreditou em tudo isso.

Maria Madalena

E para não ficar fora do ar, também é tempo de democratizar e descentralizar a grande mídia aberta chamada de PIG pelo saudoso PHA. Já imaginou se a justiça tirasse do ar os grandes jornalões como fez com vocês? A grande mídia com suas “afilhadas” está destruindo o Brasil e toda a mãe latina! Sem acabar com esse instrumento do sionismo o mundo não terá paz.

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