Tática bolsonarista fracassou: 58% aprovam ação dos governadores na pandemia, enquanto rejeição a presidente chega a 63%
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Como aconteceu com Donald Trump nos Estados Unidos, o avanço do número de mortos pela pandemia de covid-19 parece ter aumentado o desgaste do presidente Jair Bolsonaro.
Curiosamente, Trump também tentou transferir a culpa por seu comportamento negacionista, que se mostrou criminoso, aos governadores de estados democratas.
Um indício da repetição do que aconteceu nos Estados Unidos aqui no Brasil está na pesquisa CNT/MDA realizada entre 01 e 03 de julho (íntegra abaixo).
A desaprovação do presidente da República bateu o recorde do mandato, com 63%, contra apenas 34% de aprovação.
Foi um crescimento de 12 pontos desde fevereiro deste ano.
Entre outubro do ano passado e julho deste ano, a desaprovação do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia saltou de 39% para 57%.
Ou seja, cresceu 18 pontos.
Em 10 de outubro de 2020, o Brasil atingiu a marca de 150 mil mortos pela covid. Hoje, chegou a 525.112, segundo o painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Neste ínterim, uma CPI foi instalada no Senado e está apontando que, além de negligência e negacionismo, há fortes indícios de corrupção no governo federal, especialmente na compra de vacinas.
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Apesar da tática bolsonarista de culpar os governadores, a aprovação à atuação deles contra a pandemia se mantém alta, em 58,8%, contra 59,6% em fevereiro.
De acordo com a pesquisa, 49% culpam Jair Bolsonaro pela demora na vacinação, enquanto 24% distribuem a culpa entre presidente, governadores e prefeitos.
Aqui, a oposição tem espaço para esclarecer: o Programa Nacional de Imunização (PNI) é de responsabilidade do governo federal.
A carestia também está afetando a imagem do governo, com mais de 92% das pessoas dizendo que os preços “estão aumentando muito”.
Na questão eleitoral, o ex-presidente Lula tem vantagem sólida sobre Jair Bolsonaro. Na pesquisa espontânea, Lula tem 27,8 contra 21,6% de Bolsonaro e 1,7% de Ciro Gomes.
Na estimulada de primeiro turno, Lula aparece com 41,3% contra 26,6% de Bolsonaro e 5,9% de Ciro Gomes.
A rejeição de Lula está em 44,5%, contra 61,8% de Bolsonaro. A rejeição de Ciro Gomes é de 52,4% e a do governador Doria bate em 57,9%.
Em eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 52,6% a 33,3%.
Ciro, neste caso, venceria Bolsonaro por 43,2% a 33,7%.
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