Saul Leblon: O day after da Standard & Poor’s foi um fiasco

Tempo de leitura: 6 min

Se pensar pequeno, o governo escorrega na goela conservadora

por Saul Leblon, em Carta Maior

Para quem acha que capitalismo é apenas um sistema econômico, não uma relação de poder, o Brasil  se oferece  como um  incentivo à revisão  de conceitos.

Tome-se a luta de chifres entre  os resultados  da economia  e a guerra santa das expectativas.

Estamos  a sete meses das  eleições presidenciais.

A manada  de bisão acantonada nas redações  afia os cascos no chão e recobre o horizonte brasileiro de uma espessa  poeira cinza asfixiante.

É imperioso  ligar o aspirador de pó à passagem do tropel noticioso. A mesa do café da manhã fica  imprestável,  dividida com a edição do dia.

A culpa pelas más notícias nunca é do carteiro.

OK.

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Exceto se ele exorbita  e troca a entrega da correspondência  pela ordem de despejo que lhe confere o mando do imóvel, às expensas dos ocupantes legítimos.

O  pisoteio  dos cascos isentos  faz mais ou menos isso ao reduzir  a partículas ínfimas  qualquer  saliência que desafie  a pauta do Brasil aos cacos.

Não entrega a correspondência. Ou o faz rasurando seu conteúdo –frequentemente alterando-o.

Nenhum vestígio positivo do  passado e do  presente  mas,  sobretudo, os  brotos do  futuro, sobrevivem à passagem diária do tropel.

Repita-se:  isso,  há sete meses do pleito que pode dar um quarto mandato à coalizão  centrista comandada pelo PT.

Há quem ache merecido.

Até sorri ao ouvir o barulho do  Brasil esmigalhando diariamente sob as patas do tropel.

As alianças ‘escolhidas’  pelo PT, afinal, sem falar no próprio,  submeteram a sociedade  a uma camisa de força conservadora, justificam os sorridentes.

‘Contra tudo isso que está aí’, vale tudo.

Até a parceria com autênticos partisans  do novo amanhecer.

Combatentes  da cepa de um Jarbas Vasconcelos, por exemplo;  ou  da estirpe  de Agripino, le rouge, companheiros de caminho dos que pretendem  levar  ao Procurador Geral,  Rodrigo Janot, um pedido de investigação contra a Presidenta Dilma Rousseff pelo caso Pasadena.

A manada ganhou esta semana outro reforço  de notórios compromissos com o país.

A agência  Standart  & Poor’s , de impoluta credibilidade (leia também  ‘A Standard & Poor’s endossa a mídia, que retribui’),  mostrou a que veio  ao rebaixar  a nota do país para deixa-lo  a  um degrau acima dos Estados falidos.

E não ficou nisso: ‘Os sinais enviados pelo governo ainda não são claros’, advertiu a agência em tom imperial. ‘Houve uma piora consistente nos indicadores’, reforçou a senhora Lisa Schineller, analista da ‘S&P’, em teleconferência  à mídia embevecida.

A senhora Schineller  é treinada para tocar a sensibilidade aguçada desse tipo de plateia que tem vínculos de orelhada e holerite com o cuore neoliberal .

Ela foi direto ao  centro do alvo que é para ninguém ter dúvida do que é o principal na vida de uma nação:  ‘(a punição) é um reflexo da política fiscal (a economia para pagar os juros dos rentistas) ,’cuja credibilidade se enfraqueceu de forma sis-te-máti-ca’, escandiu a executiva.

Orgasmos intelectuais na plateia.

Nesse bacanal da isenção com a equidistância a ninguém ocorreu lhe perguntar se a mesma corrosão da credibilidade teria atingido a agência de risco pelo desempenho pregresso.

Em agosto de 2008 a  ‘S&P’ atribuiu ao banco Lehman Brothers  um esférico triple A: a nota máxima do ‘rating’ de credibilidade , da qual  ela afastou  o Brasil um pouco mais agora.

Desconfia-se que já como parte da desesperada tentativa de continuar empurrando títulos do Lehman na goela dos incautos, como forma de mitigar as perdas dos grandes acionistas, diante da quebra inevitável.

Trinta dias depois de receber a faixa de máxima higidez o banco implodia  acionando a espoleta da maior crise do capitalismo desde 1929.

Há um outro recuerdo  ilustrativo do que move a engrenagem por trás da fala assertiva da senhora Schineller.

A  ‘S&P’ foi responsável por rebaixar a nota do Brasil em julho de 2002.

As pesquisas do Datafolha então mostravam o candidato Lula na liderança das intenções de voto, com 38% da preferências dos eleitores, seguido de Ciro Gomes.

Só depois  vinha o delfim da eterna derrota conservadora: José Serra.

O risco da argentinização  sob um governo petista era o mote do jogral conservador, ao qual a S&P adicionou seu grave de tenor.

Como corolário da impoluta trajetória ética e técnica recorde-se que o governo norte-americano encontrou um erro de cálculo de ‘apenas’ US$ 2 trilhões nas contas que orientaram a mesma  Standard & Poor’s  a rebaixar o rating do país em 2012.

Uma desastrada tentativa de se reabilitar após o vexaminoso endosso a práticas e instituições que explodiram a ordem financeira mundial.

Esse é a folha corrida.

Cuja detentora era aguardada  com ansiedade pela manada  e seus  candidatos amigáveis à sucessão.

A bala de prata não negou fogo, como se viu.

Mas o tiro saiu pela culatra.

O day after da apoteose foi  talvez o maior fiasco já enfrentado  pelo jornalismo isento  que se vestiu de gala com  manchetes garrafais à espera de uma  3ª feira negra que não veio.

O  dia de fúria aconteceu ao contrário.

O  dólar caiu ao menor nível em quatro meses; o capital estrangeiro continuou  a desembarcar no país  –uma parte, ressalve-se, apenas para desfrutar dos juros altos–  mas US$ 9,2 bi em investimento efetivos aportaram no 1º bimestre.

A  Bolsa atingiu a maior pontuação desde setembro de 2013.

As ações da Petrobras se mantiveram em  espiral ascendente, com alta de mais 0,90% na 3ª feira.

Para finalizar, o Tesouro anunciou uma arrecadação recorde em fevereiro  –em frontal desacordo com o veredito da ‘inconsistência fiscal’  alegada pela ‘S&P’ para cortar o ‘rating’ do país.

O que aconteceu no day after, na verdade, só reafirmou aquilo que os indicadores têm mostrado neste início de ano, à revelia das manchetes alarmistas.

O Brasil tem problemas  (leia ‘Quem vai mover as turbinas do Brasil?’).

Mas está longe de ser a terra arrasada produzida pelos cascos que esmagam e amesquinham tudo o que se opõe à pauta do Brasil que vai descambar –se não for hoje, de amanhã não passa.

Nesta 2ª feira, por exemplo, o insuspeito jornal Valor reuniu 18 indicadores atualizados para medir a temperatura da economia  neste início de ano.

Treze dos dezoito  apontavam um desempenho positivo.

São eles:  renda, emprego, atividade industrial, vendas do varejo, vendas de serviços, venda de aços planos, crédito, inadimplência, nível de atividade do BC, vendas de automóveis, fluxo de veículos pedagiados e  vendas de papel para embalagem.

Dos cinco indicadores negativos, apenas um  se referia  a  atividade produtiva de fato: vendas de automóveis (influenciada pela antecipação da demanda ao final de 2013 por conta do IPI)

Os demais  dizem respeito à formação das expectativas, diretamente contaminadas pela guerra eleitoral manipulada das redaççoesa  –intenção de consumo, confiança da indústria, confiança do consumidor, indicador antecedente da FGV.

Em resumo,  os mercados ,  ao contrário do jornalismo colegial, sabem que as candidaturas conservadoras não emplacam.

Enquanto cuidam de faturar, usam as redações  isentas, a exemplo dos serviços pagos da  ‘Standard & Poor’s   para chantagear o final do governo Dilma.

Tira uma lasca –mais uma alta da Selic, por exemplo.

Mas, sobretudo, engessá-la no palanque de outubro.

E  assim desossar sua eventual reeleição, circunscrevendo-a  num círculo de ferro de mesmice  e mediocridade.

Nenhuma  surpresa.

Estamos diante do capitalismo, que antes de ser economia –e uma relação de forças.

Uma luta política aberta, a luta dos interesses dominantes para abortar qualquer alteração de rumo que possa atingir sua prerrogativa  na divisão do excedente econômico.

A transição de ciclo de desenvolvimento vivida pelo Brasil adiciona desafios  e  dificuldades a esse embate histórico.

Mas não é a determinação dos dias que correm.

A determinação é o mutirão da plutocracia local e além-mar  para engessar o governo e impedir que ele seja de fato o portador  do  desejo mudancista do eleitorado  brasileiro, majoritariamente associado à condução do processo pela própria Presidenta-candidata.

Trata-se de tanger Dilma e o PT a pensarem pequeno.

Pensarem um futuro governo menor que o país.

Menor que as suas possibilidades e urgências.

Menor que o pré-sal.

Menor que a ponte necessária para transformar a prostração democrática cevada  pelo neoliberalismo urbi et orbi em uma repactuação consistente do futuro com a sociedade, feita  de prazos e metas críveis  para a construção da cidadania plena.

Carta Maior insiste porque está convicta disso: o programa de governo da reeleição pode e deve ser tratado como essa ponte.

A ser erguida em debate aberto com a sociedade através da rede já existente de sites e blogs progressistas.

O casamento da democracia com o desenvolvimento não acontecerá à margem do poder.

E não há nada mais poderoso do que uma plataforma de governo sedimentada em debate amplo, convergindo para círculos  e conferencias  presenciais da militância progressista.

Ilusão não é erguer linhas de passagem rumo a uma democracia social.

Ilusão é achar que ela pode ser construída sem essas pontes.

Se pensar pequeno, o governo que finda e o seu novo mandato correm o risco de ficar do tamanho da goela conservadora.

Que não terá dúvida em mastigá-los até a última lasca.

Se preciso for, há uma legião de ‘Cunhas’ dispostos a facilitar um pouco a deglutição.

Razão pela qual o futuro não pode ficar circunscrito ao diálogo com esses sinônimos de pé-de-cabra  da política brasileira.

Leia também:

Paulo Nogueira: Se S&P rebaixou Brasil, Dilma deve estar fazendo algo de bom

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Comentários

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Anja

Em 1591, sob o comando do corsário inglês Thomas Cavendish, ingleses saquearam, invadiram e ocuparam, por quase três meses, as cidades de São Vicente e Santos.

José Ricardo Romero

Se não me engano foi o Barão de Itararé que disse: de onde não se espera nada é que não sai nada mesmo. Lula e Dilma são pequenos. Fizeram o mínimo do mínimo, sempre preocupados em não contrariar o mercado. Sempre adulando de forma vergonhosa a imprensa velha. O que se pode esperar da Dilma agora? Ela que ensinou a fazer omelete na Globo, que puxou o saco do FHC, que festejou o aniversário da Folha, que responde, sem que tenha sido inquirida, ao Estadão na forma de uma pataquada, só para citar algumas das rastejadas deste governo? E os ministros venais e traidores, incompetentes, que ela mantem com teimoso carinho no seu governo? Esperar que ela dê um salto de qualidade? Vai ser o mesmo feijão-com-arroz da mediocridade política porque o PT não consegue ser melhor que isto. Terá o meu voto, no entanto, só porque o resto é… o resto; não dá nem para levar a sério.

FrancoAtirador

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QUANTO MAIS O GOVERNO ACEITA AS CHANTAGENS DO MERCADO,

MAIS AFUNDA A POPULARIDADE DO PT E DE DILMA ROUSSEFF.

O POVO QUER MUDANÇAS ECONÔMICAS EM DIREÇÃO À ESQUERDA,

E NÃO À DIREITA COMO QUER A MÍDIA EMPRESARIAL FINANCISTA.
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27.MAR 10:21
IstoÉ

CNI/Ibope: avaliação positiva do governo Dilma cai a 36%
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27.MAR 10:46
IstoÉ

CNI/Ibope: 73% desaprovam política de juros do governo
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27.Mar – 11:12
IstoÉ

CNI/Ibope: cresce noticiário desfavorável ao governo
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    Julio Silveira

    Concordo com você, e tem sido incompreensível para mim tanta reverencia ao tal deus mercado, que os grupos midiáticos corporativos alimentam como se fosse um ente vivo, quando não passam de um grande cartel de manipulação com articulações mundiais para gerar tendencias com o intuito de fazer gerar lucros especulativos para alguns experts, espertos.

    Luis Carlos Britto

    “O POVO QUER MUDANÇAS ECONÔMICAS EM DIREÇÃO À ESQUERDA…”

    Poderia dar a fonte da informação?

    Quem disse?

    Vc fala em nome do “povo”?

    Lula só conseguiu ser eleito quando escreveu a “carta ao povo brasileiro”, quando jurou de “pé junto” q não iria fazer as loucuras q havia dito durante anos na oposição e dando alguns passos à direita!

    Seu discurso é fraco e completamente fora da realidade.

    abolicionista

    Qual realidade cara-pálida? A sua realidade? Segundo pesquisa do Ibope de 1998, 80% dos brasileiros são favoráveis à reforma agrária.

    (Fonte: http://www.ibope.com/pt-br/noticias/Paginas/Reforma%20agrária%20conta%20com%20a%20simpatia%20dos%20brasileiros.aspx)

    Segundo pesquisa do Ibope de 2013, 85% da população é a favor da reforma política.
    (http://www.ibope.com/pt-br/noticias/Paginas/85-da-populacao-e-a-favor-da-reforma-politica.aspx)

    Será que você não ficou preso numa realidade paralela, meu caro? Talvez naquela realidade artificialmente criada pelo nosso oligopólio midiático…

Waldir

Leblon, devo confessar que o invejo. Como eu gostaria de escrever assim, tão preciso e tão elegante, indo fundo nos problemas e soluções. Mas tudo bem. Pelo menos tenho seus textos para mostrar àqueles, do meu círculo de relações, pautados pela grande imprensa e que, por isso, se recusam a ver a realidade.
Alguns, ao contrário de suas fontes, até de boa fé. Apenas mal informados, iludidos. Seus textos, meu caro Leblon, são uma luz que agito diante deles, dos meus amigos cegos. Quem sabe ao menos os bem intencionados possam vê-la.

FrancoAtirador

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August 16, 2008
The Sidney Morning Herald

100 agencies facing $2b black hole

Michael West

The CDOs [Collateralised Debt Obligations] were created by investment banks,
which bundled up thousands of US subprime home mortgages into complicated “derivative” securities.

They were marketed as a safe investment, akin to a bond.

The mix of the underlying home-mortgage assets – “bricks and mortar” – was designed to minimise the risk to the investor.

In most cases the banks were able to acquire AA and AAA credit ratings for them from Standard & Poor’s or Moody’s Investors Service by paying a fee [!!!].

Read more: http://www.smh.com.au/business/100-agencies-facing-2b-black-hole-20080815-3wc1.html#ixzz2xAG3p5pX
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Luís Carlos

A S&P fez papel ridículo, novamente, para atender interesses políticos de grupo que ela apoia aqui no país. Especuladores não levaram em conta manifestação da desacreditada agência, mesmo porque eles conhecem esse jogo de símbolos políticos e desconsideram enecenações feitas com o objetivos políticos. De fato se beneficiarão de mais uma alta na SELIC, que deve estar por vir, para nosso desgosto, emabalada pela pantomima da S&P.

    Rodrigo Leme

    Realmente, uma agência sem credibilidade. Depende do momento, claro.

    http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL449770-9356,00-BRASIL+FOI+CONSIDERADO+PAIS+SERIO+DIZ+LULA.html

    O duplipensar governista que este site e outros ncampam está quase no estado da arte.

    Luís Carlos

    Rodrigo
    De minha parte sem credibilidade antes e agora. Sabemos todos, que agências como essas fazem apenas um jogo, dos mega especuladores. Se eles ganham, ok para elas. Se eles perdem, tudo é caos. Ficaram caladas na super crise de 2008 nos EUA. Calaram de novo quando EUA, ano passado fechou serviços públicos em todo país por aprox 1 mês. Nem um piu! Não tem credibilidade alguma, só para especuladores (amigos” da quadrilha que sabem ler as mensagens enviadas por essas ageências.

    abolicionista

    Rodrigo Lemes, descobrindo que os políticos fazem política, que bonitinho.

    Como eu não consigo argumentar no nível de quem tem retardamento mental, permita-me responder de forma clara a sua questão:

    As agências de crédito não tinham credibilidade nem antes e nem agora.

    Você notou de onde veio o link que você colocou? Deixe de ser ingênuo, todo mundo sabe que o Lula abriu as pernas para o mercado financeiro, como todo político após o Collor faria. O PT decidiu que adotaria uma gestão econômica neoliberal na Carta aos brasileiros. Por isso as taxas de juros se mantiveram acima de 10% durante o governo Lula, o que lhe valeu elogios de setores da direita, principalmente dos financistas. Contudo, o governo Lula também elevou os gastos sociais (confira os números de gastos sociais no Ipem, baseados na porcentagem do PIB, e verá a diferença gritante em relação ao governo FHC) e acertou ao fomentar os programas ditos de “distribuição de renda”. Programas como o bolsa-família não distribuem “renda”, sejamos francos, mas eles não apenas diminuem o sofrimento social, eles também são economicamente lucrativos, aquecem o mercado interno e aumentam o PIB.

    O grande desespero que se apossa de vocês tucanos é ver que o PT fez uma gestão capitalista mais eficiente do que o PSDB jamais conseguiria fazer, porque estava preso na cartilha Caminho Suave do neoliberalismo: privatizacões, corte de gastos sociais, estado enxuto, os austríacos são deuses e o resto são comunistas-burocratas-gastadores-vagabundos-gayzistas-marxistas-keynesianos de merda! Esse tipo de política econômica é algo que os próprios EUA nunca fizeram, nunca adotaram, uma idiotice fanática que só conquistaria a cabeça de meia-dúzia de intelectuais subdesenvolvidos como FHC e companhia.

    Essa é a diferença, Lula foi neoliberal como Metrópole e FHC foi neoliberal como Colônia. Isso não quer dizer que ele imaginou que estava num país riquíssimo, ele engendrou uma política econômica própria, ele aproveitou a conjuntura internacional favorável, a alta no preço das commodities provocada pelo aumento da demanda chinesa etc., para colocar o Brasil no grupo dos BRICs. No fundo, o governo Lula deu no Brasil um choque de capitalismo, não teve absolutamente nada de comunista, ela apenas colocou o país numa situação favorável dentro do cenário de economia mundializada. E eu digo isso porque sou comunista e acho que o capitalismo está colocando o mundo em risco.

Francisco

Dilma fará alguma “Caravana” pelo Brasil? Precisa. Muito! Como o peixe precisa da água…

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