Roberto Amaral: A reforma necessária — a militar

Tempo de leitura: 7 min
Roberto Amaral: "O ovo, porém, não gorou; a serpente, viva, apenas se recolheu para melhor sobreviver e permanece na espreita de oportunidade para novo ataque, se o antídoto não for aplicado de imediato, como é de regra na república tutelada: a punição dos golpistas e a reforma militar, que só terá sentido se fruto de um grande debate nacional, como este apenas inaugurado pelo prof. Manuel Domingos Neto. Fotos: Ricardo Stuckert/PR e divulgação

A reforma necessária

Por Roberto Amaral*

“O Brasil tem um arremedo de Defesa. Neste domínio, a República fracassou. Para a afirmação da soberania brasileira, precisamos de uma nova Defesa, que revise o papel, a organização e a cultura das Forças Armadas. Chamo essa revisão de reforma militar”. Manuel Domingos Neto – O que fazer com o militar (Editora Gabinete de Leitura)

Graças ao empenho e coragem de alguns poucos cientistas sociais, e dentre eles destaco o prof. Manuel Domingos Neto (veja o PS do Viomundo), abre-se, ainda restrito, ainda tímido e cauteloso, o necessário debate sobre o papel das forças armadas do Estado brasileiro.

Já não era sem tempo, passados quase 60 anos do golpe de 1964 e nada menos de 35 da Constituinte tutelada, restrita, despida de poder originário, costurada sob a vigilância dos generais (um só exemplo é o ameaçador art. 142).

Esta nossa democracia limitada, tanto frágil quanto seguidamente ameaçada pela caserna, é o preço do acordo que a possibilitou.

Não poderia ser diferente, quando o próprio fim da ditadura foi negociado, e, longe do despejo, os militares ditaram as condições do retorno à caserna.

Um dos itens da conciliação foi a impunidade dos torturadores, quando a “correlação de forças”, conceito hoje tão em voga, sugeria o avanço das forças populares.

Mas, como sempre, venceu a conciliação liberal, e o avanço foi substituído pelo recuo.

A pequena história da república é a longa narrativa de insurreições e golpes militares, sempre contra o povo:

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— 1937 (“Estado novo”);

— 1945 (queda de Getúlio Vargas);

— 1954 (deposição de Vargas);

— 1955 (tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubitscheck);

— 1956 (intentona de Jacareacanga);

— 1959 (Aragarças);

— 1961 (tentativa de golpe para impedir a posse de João Goulart);

— culminando com o golpe de 1964, que ainda não seria o fecho da preeminência militar sobre a vida civil.

Nessa crônica de autoritarismo e insurgência, um fio de ligação: a impunidade, que ajuda a compreender a morfologia da intentona do último 8 de janeiro.

Seus custos são consabidos. Ignorá-los é acumpliciamento. Punir os transgressores, um imperativo cívico.

Este é o pano de fundo das reflexões do professor Manuel Domingos: os fatos e suas implicações, vistos a partir do processo social.

Seu laboratório é a caserna, ponto de partida para a indicação de reformas que alterem o presente vivido para construir um futuro imediato distinto.

Sua proposta é a reforma militar, a qual, por sem dúvida (e não o ignora o historiador e cientista social), será a decorrência de uma reforma-mãe, a reforma política, revolvente das estruturas arcaicas, dependente do progresso das forças sociais.

Mas esta não pode ser uma decisão de Estado, de cima para baixo, pois deverá crescer como uma exigência da sociedade civil sufocada.

O bolsonarismo, filho do militarismo golpista, não deve ser visto como “um raio em céu azul”, pois sua insurgência só terá surpreendido aos que desprezam os ensinamentos da história. Quem não os conhece dificilmente cumpre o papel de sujeito.

No dia 17 de março de 1964 o Partido Comunista Brasileiro, em festa de aniversário no auditório da ABI, no Rio de Janeiro, dizia aos seus militantes que as forças armadas brasileiras, “oriundas da classe média”, eram legalistas e democráticas, o que afastava do horizonte qualquer nuvem de golpe militar, temido, nada obstante o “dispositivo militar do Gal. Brasil”.

Poucos dias passados, molhados os pés às margens da revolução social prometida, surpreendemo-nos afogados pela ditadura, que, mesmo naquela altura, não se supunha tão cruenta e longeva.

Era o preço de nossa alienação. Como olhar para além do agora imaginado, se não conhecíamos, sequer, o presente?

Lamentável que seja, o fato é que nossas lideranças mais respeitáveis teimavam e teimam em tentar interpretar a realidade a partir da contemplação das aparências.

Quando a ditadura, superada como necessidade da classe dominante, cedeu o poder à administração direta do grande capital, nos deixamos vencer pela ilusão de que a democracia havia, finalmente, se consolidado em país fraturado por brutal desigualdade social.

Prelibando o poder, renunciámos à revolução, e nos entregamos à disputa pela administração benfazeja da sociedade de classes.

Embalados pelas vitórias do projeto de centro-esquerda, concluímos que as massas populares estavam a poucos passos da consolidação democrática, até que a “surpresa” do golpe de 2016, a prisão de Lula e a eleição do candidato dos militares e da extrema-direita nos mandasse de volta à realidade de uma sociedade conservadora e atrasada.

Em 2018 surpreendemo-nos com o avanço do projeto militar e a emergência da ultradireita.

Em 2022 muitos setores democráticos, todos observadores das aparências, aliviados com a eleição de Lula, deram como salva a democracia.

Em meio às comemorações da posse, o país em festa, fomos surpreendidos pela quase virada de mesa de 8 de janeiro, o 18 brumário que não deu certo. Ao invés da ditadura de Luís Bonaparte, a novidade é um capitão correndo o risco de conhecer a cadeia.

A surpresa de hoje, para o campo da esquerda – a descoberta de uma direita protofascista com base popular –, começou a ser narrada nos indevassados idos de 2013. Mas então a novidade era muito incômoda para ser reconhecida.

Na sequência de três governos progressistas (os dois de Lula e o primeiro de Dilma, pois o segundo não houve), nos convencemos da emergência, final, de uma socialdemocracia progressista.

O atestado eram as vitórias eleitorais do bloco de centro-esquerda liderado pelo PT.

Presentemente nos assustamos convivendo com uma sociedade ainda arraigadamente conservadora.

Quanto mais caminhamos, mais andamos para trás, carregando o passado como destino.

Os que se deixaram surpreender pela insurgência da extrema-direita, fruto histórico impercebido ou negado, dão agora como favas contadas o fim de sua ameaça, como se os apertados números das eleições de 2022 fossem indicadores de uma revolução social, assim nos libertando da autocrítica necessária.

Pode ser boa forma de esquecer nossa responsabilidade na aparente inversão dos polos políticos; jamais uma solução.

O ovo, porém, não gorou; a serpente, viva, apenas se recolheu para melhor sobreviver e permanece na espreita de oportunidade para novo ataque, se o antídoto não for aplicado de imediato, como é de regra na república tutelada: a punição dos golpistas e a reforma militar, que só terá sentido se fruto de um grande debate nacional, como este apenas inaugurado pelo prof. Manuel Domingos, ainda nos modestos auditórios ao seu alcance.

Mas pouco avançaremos se não furarmos os limites presentes, promovendo – os partidos e as instituições democráticas, as entidades de classe, a sociedade civil – um grande debate envolvendo Congresso, universidade, sindicatos, imprensa, movimento estudantil e mesmo a caserna, retirada de seu casulo.

O poder judiciário (sobre o qual não nos é permitido tecer ilusões) ensaia uma reação que precisa ser sustentada, e mesmo a chamada grande imprensa já se dá conta do que recusou ver ao aderir irresponsavelmente ao golpismo.

Eleito como fruto de um projeto de estado-maior, o paraquedista Jair Bolsonaro foi sustentado pelo que hoje se sabe ser a última geração dos porões da ditadura, em conluio com o que há de mais reacionário na soleira da pequena política nacional, de que o “Centrão” é paradigma.

As forças armadas, diante do desafio levantado pelo capitão, dividiram-se em tarefas igualmente comprometedoras, da omissão na defesa da legalidade democrática à ação direta visando à desestabilização institucional.

A Marinha, comandada por um almirante que precisa ser levado às barras dos tribunais, chegou ao cúmulo do abuso de poder com o jocoso desfile de tanques reumáticos e fumacentos na Esplanada dos Ministérios, no intuito de pressionar o Congresso no dia em que apreciava o tosco projeto do voto imprenso, jogo que interessava ao capitão para desestabilizar o processo eleitoral.

Logo após a derrota nas urnas, o capitão reuniu-se com os comandantes militares para maquinar o golpe derradeiro.

Enfrentou resistência do comandante do exército, silêncio cúmplice do comandante da aeronáutica e apoio entusiástico do comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, que permanece impune.

Incapazes de cumprir com suas atribuições constitutivas, nossas forças se formaram no cruento combate às insurreições populares.

Desde a colônia seu ofício é combater o “inimigo interno” – e inimigo é quem quer ameace a ordem dominante.

O indígena arredio, o escravo rebelde e seus defensores, condenados como inimigos da ordem, a imagem sagrada no altar-mor do civismo castrense. Inimigo é quem ameace o mando.

Na colônia, inimigo era quem se atrevesse a pôr em risco a Coroa; no Império, os adversários do latifúndio.

A República sem povo consolida o poder militar em defesa da ordem reacionária. Instala-se a curatela político-ideológica sobre a sociedade, sob o comando de militares sem autonomia ideológica. Produto do processo histórico, são igualmente o instrumento de construção e sustentação de uma sociedade fundada na desigualdade social, e de um Estado dependente da ordem internacional hegemônica. Na colônia, no Império e na República.

Desapartados da defesa nacional, fazem-se instrumento dos interesses das grandes potências.

Após a segunda guerra mundial se transformam em soldados da Guerra Fria e se dedicam ao combate ao seu irmão interno, os amantes da paz, correntes nacionalistas e progressistas, os trabalhadores e os camponeses sem terra, os comunistas e as esquerdas, armadas ou não.

Sem saber por que, são contra a reforma agrária e os trabalhadores de modo geral. Em compensação, não têm a mínima condição de enfrentar a ameaça de um inimigo externo.

Se ainda almejam merecer o crédito público, os militares não devem perder esta oportunidade de autocrítica, e pedir desculpas ao contribuinte.

Se o governo tem ciência da bomba de retardo sobre a qual se senta, não pode perder esta oportunidade, de fragilidade momentânea do militarismo, para tentar pôr a casa em ordem. E para isso não dispõe de muito tempo.

***

Perseguição a um soldado legalista – No momento, apenas um oficial brasileiro está, de fato, ameaçado de expulsão da caserna, e não é o valete do paraquedista. Trata-se do digno e combatente coronel Marcelo Pimentel que responde a quatro processos disciplinares e um IPM, este aberto em nosso governo pelo qual lutou, como lutou sempre pela dignidade das instituições militares.

A perseguição começa sob o comando dos asseclas de Bolsonaro, e prossegue agora, em nosso governo. O ministro José Mucio Monteiro Filho, faz ouvidos de mercador. Alguém, com acesso ao Alvorada, precisa levar essa ignominia ao conhecimento do presidente Lula.

Antirracismo na mira – A pistolagem jornalística segue sendo um serviço que as grandes empresas de comunicação oferecem à classe dominante, de que são porta-vozes, e aos grupelhos beligerantes que travam batalhas intestinas pelo micropoder, na seara da pequena política.

O alvo do momento é Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial (que uma articulista reacionária chegou a acusar de deslumbramento).

Fará mal o alto comando do Governo Lula se não tratar de defender da fritura em curso a ministra e o recém-criado Ministério, os quais, em meio a políticas de austericídio, privatização de presídios e cooperação com fundações empresariais suspeitas, entre outros opróbrios, ainda mantêm vivo um pouco daquela esperança equilibrista que se renovou com a belíssima subida da rampa, em 1º de janeiro passado.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. Atualmente, é professor, cientista político e jornalista.

* Com a colaboração de Pedro Amaral

PS do Viomundo:  O livro “O que fazer com o militar”, do professor Manuel Domingos , destina-se aos leitores não familiarizados com a temática, explica a Editora Gabinete de Leitura na apresentação.

E prossegue:

Aspectos complexos são abordados em texto de fácil leitura. O livro aponta a necessidade de uma reforma militar profunda em uma nova concepção de Defesa Nacional.

O Estado precisa definir o papel das corporações militares, hoje envolvidos em múltiplas tarefas em prejuízo do preparo para enfrentar agressores estrangeiros.

Sem uma reforma militar, seriam vãos novos investimentos em Defesa.

O livro pode ser adquirido na própria editora. É só clicar aqui.

Leia também:

Manuel Domingos Neto: Por uma reforma militar; 42 apontamentos mostram por quê

Jeferson Miola: A reforma militar necessária; professor Manuel Domingos oferece um roteiro em livro recém-lançado

Manuel Domingos Neto: Por que é indispensável uma reforma militar no Brasil

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Comentários

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Zé Maria

https://www.congressonacional.leg.br/sessoes/agenda-do-congresso-nacional/-/pauta/25845

04/10/2023: 20ª Sessão Conjunta do Congresso Nacional

Votação Global de PLNs.

(Para discutir. Sem revisão do orador.)

14:20
Vídeo1: https://escriba.camara.leg.br/escriba-servicosweb/jsonVideo?urlJson=auditorio2_2023-10-04-14-20-00-000_240000

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT – MG)

– Presidente, nós temos na pauta vários PLNs, vários projetos de lei,
que são muito importantes de serem aprovados hoje para poder
dar garantia de continuidade às políticas públicas no Brasil.

O PLN 22, por exemplo, tem uma suplementação orçamentária de
1,3 bilhão, sendo que no Ministério da Saúde, para a saúde pública
nos Municípios são 500 milhões.
Os Prefeitos estão aqui hoje. Uma das pautas dos Prefeitos é a liberação
destes 500 milhões da área de saúde que precisa de suplementação
orçamentária.

Também os Prefeitos estão pedindo suplementação na área de educação.
São 277 milhões.
Só esse PLN já justificaria que nós fizéssemos uma aprovação rápida do processo.

Acho estranha, portanto, a obstrução do Partido Novo, que aqui está
fazendo obstrução contra o povo, porque são PLNs fundamentais.

Engraçado que os políticos do NOVO são contra a greve em São Paulo.

Trabalhador não pode fazer greve, porque, segundo eles, é greve política,
mas os Deputados do NOVO podem fazer greve contra o povo, fazendo
com que bilhões e bilhões não sejam repassados aos Municípios.

Isso é do Partido Novo mesmo.

Em Minas Gerais, eles têm um Governador que se chama Zema.
Zema fez campanha dizendo que era contra imposto.
Agora, aumentou vários impostos.
Se dependesse do Zema, até ração de cachorro teria o imposto aumentado,
imposto de cerveja, imposto de celular.
O Governador Zema é o Governador dos impostos e é do Partido Novo.

E aqui, hoje o NOVO, que estava contra a greve dos trabalhadores – que são
contra evidentemente privatizar, entregar as empresas públicas [a preço ]
de banana aos grandes empresários, – o NOVO é contra.

Trabalhador não pode ter aumento de salário, mas o NOVO pode vir aqui
fazer e deixar a pauta parada – se depender dele – para não haver dinheiro
para a saúde, para não haver dinheiro para educação.

E mais, para o Ministério da Integração, 812 milhões, estradas.
Há um aqui lá de Goiás, é importante o pessoal de Goiás também saber
que o NOVO não quer que sejam aprovados 39,7 milhões para que o
Exército construa obra na rodovia GO-213.

Há o PLN 19, suplementação de 483 milhões em 12 Ministérios,
com destaque para o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, 40 milhões.
CONAB, pessoal, para o programa de aquisição de alimentos de pequenos
produtores e agricultores, 34 milhões.
Ministério do Desenvolvimento Social, 32 milhões.

14:24
Vídeo2: https://escriba.camara.leg.br/escriba-servicosweb/jsonVideo?urlJson=auditorio2_2023-10-04-14-24-00-000_240000

– Então, o NOVO está em greve contra o povo, mas não quer que os trabalhadores
de São Paulo possam ter as suas reivindicações e fazer greve,
que na Constituição lhe é permitido, fortalecendo o sindicato.

Eu pediria aos Deputados do NOVO que pudesse deixar a votação caminhar.

Todos fizeram acordo [para votação do sProjetos], até o PL do Bolsonaro
fez acordo, e o NOVO, infelizmente, não quer fazer acordo.

Deputados e Deputadas do NOVO, peçam ao Governador Zema para ter um
pouquinho de coerência, porque ele arrocha o serviço público, não paga as
professoras, lá não tem piso salarial, não faz acordo, a educação caindo aos
pedaços, as escolas caindo aos pedaços e eles aumentando impostos.

NOVO, cadê a plataforma do Governador Zema que não ia cobrar imposto
no Brasil?

E nós aqui fazendo reforma tributária, arcabouço fiscal.

Realmente, ao NOVO está faltando coerência.

Um abraço, Presidente.

Vamos votar.

https://www.camara.leg.br/internet/escriba/escriba.asp?codSileg=70332

Áudios:
https://imagem.camara.leg.br/internet/audio/mp3/TAudio_564414_20231004171109_R8UCJXW0-MJO1-MRNO-8GBG-VVDQNUMQLE1A.mp3
https://imagem.camara.leg.br/internet/audio/mp3/TAudio_564414_20231004171250_A6LHYVDO-5HE7-5ODU-QE2M-DS4W3R4EABC9.mp3

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/F7lurfvXkAAxJCO?format=jpg

“Tarcísio de Freitas disse que privatizações do Metrô, da CPTM
e da Sabesp foi ‘aprovada nas urnas’.
Esta informação [falsa] foi repetida o dia todo.”

Bem, o plano de governo de Tarcísio é público: a palavra
“privatização” só aparece uma vez [sobre portos];
Sabesp [CBTM/Metrô SP] não aparece nenhuma.”

https://twitter.com/deLucca/status/1709520079702929888

“Ao contrário do que comentaram na @GloboNews,
Tarcísio ñ debateu pra valer o tema privatização
na campanha. Na reta final (vocês lembram?)
até fugiu da pauta Sabesp, pois começou a pegar
mal essa historinha de vender a água de São Paulo
na maior crise climática da história. Nesse momento
lembrava-se o desastre na Cedae/Rio.
Valeu, @delucca”
https://twitter.com/XicoSa/status/1709537004902310219

Zé Maria

Região Metropolitana de São Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa-RMSP.svg

Zé Maria

“Governador [Bolsonarista Tarcisio] que perdeu votos
na Capital e Região Metropolitana está acabando com
a Capital e Região Metropolitana.
Ele jamais vai mexer no interior, onde ele venceu as
eleições e tem o agro paulista.
Pessoal do interior não usa trem nem metrô, e a Sabesp
atende poucos municípios lá”

https://twitter.com/Li_Pimentel/status/1709525482721386928

Zé Maria

.
.
Prefeito Bolsonarista de Porto Alegre
privatizou hoje por uma Bagatela a Empresa Pública de Transporte Coletivo Urbano da Capital Gaúcha.

Além da aquisição do patrimônio, como a frota de ônibus e os imóveis da Carris , a empresa compradora garantiu da Prefeitura a concessão por 20 anos e a operação de 20 linhas – que representa 22,4% do sistema de transporte coletivo dao Município.

A Carris tem uma frota de 347 veículos , dos quais 315 estão em operação e 32 são da reserva.
Do total de coletivos, 89% têm acessibilidade e 82% são dotados de ar condicionado.

http://www.carris.com.br/default.php?p_secao=59
..
.
Melo é um Crápula Privata Bolsonarista
..

Zé Maria

https://t.co/tgXsWzDmYo

O Governo Lula aproveitou o ‘timing’ perfeito com as discussões
em torno da greve dos trabalhadores do metrô, trens metropolitanos
e da Sabesp, contra as privatizações em São Paulo, para anunciar
o financiamento já aprovado pelo BNDES, na ordem de R$ 10 bilhões,
a dois projetos que pretendem trazer melhorias ao transporte público
na capital paulista.

O anúncio, feito nesta terça-feira (3) nas redes sociais oficiais do
governo, escancara toda a mesquinhez da gestão de Tarcísio de
Freitas (Republicanos) e de Ricardo Nunes (MDB) à frente do Estado
de São Paulo e sua capital [bem como da Mídia Venal Fasci-Paulista].

Enquanto os governantes paulistas buscam formas de sancionar
os trabalhadores que se levantam contra as privatizações e se recusam
a dialogar com o movimento grevista, o Governo Lula apresenta melhoras
concretas e mostra, na prática, que a extrema direita não tem projeto para
o Brasil, a não ser o de se locupletar com o patrimônio dos trabalhadores.

https://twitter.com/RevistaForum/status/1709322447680360542

Saiba Mais: https://shre.ink/no8J

https://revistaforum.com.br/brasil/sudeste/2023/10/3/governo-lula-desnuda-mesquinhez-de-tarcisio-durante-greve-nos-trens-metr-de-so-paulo-145188.html

Heitor

Dobra o salário dos militares e se resolve o problema.

Ou seja, mande-os para a guerra de verdade.

Zé Maria

Greve em SP

“Presidente do Sindicato dos Metroviários
cobra imparcialidade da GloboNews”

https://t.co/aaYjjBZoyP
https://twitter.com/RevistaForum/status/1709311230974824618

“Ricardo Nunes e Tarcísio entraram ao vivo na @GloboNews!
Faço novamente o apelo para que os representantes dos
trabalhadores também possam entrar ao vivo para apresentar
nossos pontos de vista do dia de hoje.” #NaoPrivatizaSP

Metroviária CAMILA LISBOA
Socióloga e Doutoranda do PPGS/USP.
Presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

https://twitter.com/CamilaRDLisboa/status/1709297833365426299
https://twitter.com/CamilaRDLisboa/status/1709220206990508172

Leia Mais: https://shre.ink/nPLc
https://revistaforum.com.br/brasil/sudeste/2023/10/3/greve-em-sp-presidente-do-sindicato-dos-metroviarios-cobra-imparcialidade-da-globonews-145185.html

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/F7hqTZkWgAAebmI?format=jpg

“Se [a proposta de Privatizações] for ‘confusão’
do governador Tarcísio, tá fácil de resolver:
é só retirar os editais dos leilões, já publicados.

Se for mentira, melhor começar a falar a verdade.

O povo não pode ficar de joelhos, nem refém das
mentiras do governador de São Paulo.”

#NaoPrivatizaSP

https://twitter.com/CamilaRDLisboa/status/1709232946798883143

.

Zé Maria

“Fortalecer o Papel dos Sindicatos na Luta pela Reconstrução Nacional”

“O Enfraquecimento da Capacidade de Mobilização e Resistência dos Sindicatos tem Impacto Direto na Perda de Direitos, Precarização e
Piora na Qualidade de Vida dos Trabalhadores”

Segundo estimativas oficiais, já no primeiro ano de vigência
da famigerada Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) os
sindicatos perderam mais 90% de suas receitas, um abismo
de R$ 3,6 bilhões (2017) para R$ 500 milhões (2018), com perda
de arrecadação de R$ 2,24 bilhões para R$ 207,6 milhões.

O resultado não poderia ser mais desastroso.

Inúmeras entidades sindicais se viram obrigadas a fechar as portas
ou a se fundirem, deixando muitas categorias desassistidas e
até mesmo num limbo de representação jurídica, sem contar os
diversos serviços que sindicatos e centrais prestavam a seus sócios
e tiveram que deixar de oferecer.

Um dos reflexos é que, segundo a PNAD Contínua / IBGE, na última década,
os sindicatos brasileiros perderam 5,2 milhões de sindicalizados, sendo
1,3 milhão nos últimos 3 anos.

A taxa de sindicalização caiu abaixo dos 10%, com pouco mais de 9 milhões
de associados frente a 99,6 milhões de população ocupada.

O projeto de reconstrução nacional liderado por Lula não pode prescindir
de um sindicalismo fortalecido, atuante, politizado e ligado aos desafios
contemporâneos do mundo do trabalho.

Para cumprir sua função social e a missão histórica de garantir direitos
e dignidade à classe trabalhadora, elevar sua consciência crítica e de
participação política, os sindicatos precisam ter meios adequados para
manter suas atividades.

A contribuição assistencial é, portanto, justa e fundamental para tal objetivo.

ORLANDO SILVA
Deputado Federal (PCdoB/SP).
Em Artigo na CartaCapital.

Íntegra:
https://www.cartacapital.com.br/opiniao/frente-ampla/fortalecer-o-papel-dos-sindicatos-na-luta-pela-reconstrucao-nacional/

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/F7Zw81SWgAAdziD?format=jpg

O Pessoal não entendeu e a Imprensa Venal Neoliberal
redundantemente Privatista e Impatriótica não informa
nem esclarece que as Bacias da Margem Equatorial
são de Petróleo em águas profundas no Mar, não em Rios
na Costa Brasileira.

A Petrobras nomeou 4 Bacias de Petróleo a serem
exploradas na Margem Equatorial com Previsão de
Perfuração de 16 Blocos Exploratórios nos Próximos
5 Anos:

POT (Potiguar): 3 Blocos
BAR (Barreirinhas): 5 Blocos;
PAMA (Pará-Maranhão): 1 Bloco;
FZA (Foz do Amazonas): 6 Blocos.

https://twitter.com/jeanpaulprates/status/1708677306288402818
.
.

Zé Maria

https://www.redebrasilatual.com.br/wp-content/uploads/2023/05/petro-margem-equatorial-768×483.jpg

“Ibama Renova Licença da Petrobras para
Perfuração na Margem Equatorial”

“Localizada no Oceano Atlântico, do Norte
ao Nordeste do País, entre os Estados do
Amapá e Rio Grande do Norte, a Margem
Equatorial apresenta um importante
Potencial Petrolífero.”

“Processo de Licenciamento Ambiental inclui
o Bloco FZA-M-59 que situa-se no Mar a mais
de 500 Km da Foz do Rio Amazonas.”

“Trata-se da 21ª autorização concedida
para exploração na região.”

“Desde 2004, a Petrobras já perfurou mais de
700 poços na Margem Equatorial”

O Plano Estratégico (2023-2027) da Companhia´
Petrolífera Brasileira prevê um investimento de
US$ 2,9 Bilhões na Região, nos Próximos 5 Anos,
para Perfuração de 16 Poços em Águas Profundas.”

https://petrobras.com.br/quem-somos/novas-fronteiras
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-10/ibama-renova-licenca-da-petrobras-para-perfuracao-na-margem-equatorial

Zé Maria

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“A pauta da ‘greve’ unificada de 24h é:

1) pelo cancelamento dos processos de privatização e terceirização
do Metrô, CPTM e Sabesp

2) por um plebiscito oficial para que a população possa democraticamente
decidir.

As privatizações pioram os serviços e aumentam as tarifas.”

Metroviária CAMILA LISBOA
Socióloga e Doutoranda do PPGS/USP.
Presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
https://twitter.com/CamilaRDLisboa/status/1709037317304861170

Zé Maria

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Entrevista: Professor MANUEL DOMINGOS NETO

“O QUE FAZER COM OS MILITARES?”

No Canal Opera Mundi:
https://youtu.be/WQlHRaLTHCc?t=14

.

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1709027595721818236

Coitadinha da Jornalista Serviçal da Ideologia do Patrão …

https://twitter.com/JeanPaulPrates/status/1709027595721818236

Zé Maria

.
.
“Olá @AndreiaSadi
vi que o governador Tarcísio [de SP]
será ouvido no seu programa @estudioi
na @globonews sobre a greve.

Gostaria de ter a oportunidade de também
apresentar o nosso ponto [de vista].

Metroviária CAMILA LISBOA
Socióloga e Doutoranda do PPGS/USP.
Presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
https://twitter.com/CamilaRDLisboa/status/1709220206990508172
.
.
“Espaço aí só para o Chacina de Freitas né”
https://twitter.com/WanderPalmas/status/1709248190338179554
.
.

Zé Maria

Dos 463 itens presenteados à Presidência da República
recebidos pelo cão raivoso no 1º ano de seu [des]governo,
Bolsonaro ficou com 88%, i.é, 411 presentes.

“Os auditores do TCU cogitam visita para inspecionar ‘in loco’
os presentes de Bolsonaro.

Isso quer dizer q Nelson Piquet ainda poderá ser indiciado
como receptador?”

https://twitter.com/hilde_angel/status/1708931912146784569

Zé Maria

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Zé Maria

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José de Souza

KIDS PRETOS: QUANDO O TERRORISMO VESTE FARDA

No dia seguinte à intentona fascista do 8 de janeiro já estava mais do que evidente a participação das operações especiais do exército na condução dos acontecimentos. Porém, diante das incertezas do que ainda poderia vir a acontecer – torres de transmissão estavam sendo sabotadas – o governo optou pela prudência.

Relendo as notícias que circularam nos dias seguintes, percebe-se que, para quem estava no centro dos acontecimentos, era claro que havia uma tentativa de golpe dissimulada em curso. Como havia alguns comandantes militares reticentes em aderir, aguardando o desenrolar dos acontecimentos, era melhor não atiçar os ânimos. O Ministro da Defesa encabeçou a operação “desarma a bomba e finge que nada aconteceu”. Como tentou argumentar recentemente, chegando as raias do ridículo, teria sido quase uma excursão turística de exaltados que fugiu ao controle.

Os militares sabiam que, no mundo atual, eles não poderiam dar uma quartelada grotesca tal como sempre fizeram no passado. Enviados do Departamento de Estado dos EUA tiveram que vir ao Brasil para alertá-los de que isso não seria mais aceitável. O “Brother Sam” os deixaria na mão dessa vez. Parece que não foi fácil convencê-los, pelo relato dos norte-americanos. Tiveram que ameaçá-los de que os deixariam sem as viagens de intercâmbio, treinamentos conjuntos, cursos de capacitação, acesso aos brinquedinhos moderninhos de guerra e sem verbas de cooperação.

Foi um banho de água fria.

Só lhes restou tramar um golpe clandestino, dissimulado, em que as suas digitais ficassem ocultas. Se desse errado, sairiam ilesos e, principalmente, impunes. Aí entraram em cena os Kids Pretos, os Destacamentos Operacionais de Forças Especiais (DOFEsp), cuja atuação se dá em “ambientes hostis de conflitos políticos e internos”. São preparados para “guerras irregulares que têm objetivos relevantes políticos, militares, econômicos ou psicossociais”, ” sensíveis de sigilo”. Até atualizaram a própria doutrina após a intentona do 8 de janeiro ( Portaria – COTER/C Ex Nº 273, de 19 de maio de 2023).

A não convocação da GLO – dada como certa por eles – não estava nos planos. Temerosos de um desfecho completamente incerto, nenhum general da ativa teve a coragem de tomar a liderança e colocar a sua carreira em risco.

Aos poucos, a história vai sendo revelada. Desde a tentativa primeira de explodir o aeroporto de Brasília e outros locais (mais bombas foram preparadas) até o 8 de janeiro, presumivelmente muitas outras ações terroristas foram cogitadas.

A história se repete. Das ações do “grupo secreto” nos anos 60, dos planos do PAra-Sar ao atentado do Riocentro. O terrorismo sempre fez parte do DNA das Forças Armadas brasileiras E, enquanto reinar a impunidade, assim continuará a ser.

Pra sorte da nossa frágil democracia, mais uma vez o terrorismo dos fardados falhou.
Só resta torcer pra quem continuem fracassando, já que tudo indica que a impunidade vencerá outra vez.

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