Renan Calheiros elogia Bolsonaro e bolsonaristas-raiz entram de novo em curto circuito; vídeo

Da Redação

O senador Renan Calheiros elogiou o presidente Jair Bolsonaro por medidas que podem resultar no fim do “estado policialesco” que foi presidido pelo ex-juiz federal Sergio Moro, através da Operação Lava Jato.

As declarações foram feitas à CNN Brasil.

O elogio de Calheiros a Bolsonaro fez subir nas redes sociais a tag #JairCalheirosBolsonaro, dias depois de #BolsonaroPetista ter feito sucesso depois que repercutiu o vídeo de um abraço entre o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o presidente da República.

Ambos se encontraram na noite de sábado passado, com a presença também do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do desembargador Kassio Marques, que Bolsonaro indicou para preencher a vaga de Celso de Mello no STF.

Alcolumbre tenta uma manobra para se reeleger presidente do Senado, que já conta com o apoio do Partido dos Trabalhadores.

As tags contra Bolsonaro são impulsionados principalmente por apoiadores do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Moro estaria de mudança para os Estados Unidos, de acordo com o diário conservador Valor. Na decisão teria pesado o fato de que o ex-juiz fica sem escolta da Polícia Federal a partir do fim de sua quarentena.

A esposa de Moro, Rosângela, que chegou a publicar em suas redes sociais que Bolsonaro e o marido eram um só, agora está ressentida com o presidente da República por supostamente ter “usado” Moro politicamente para se eleger em 2018.

De acordo com o Valor, Moro descarta disputar cargo público. A empresa de palestras que Rosângela montou com o parceiro do juiz, Carlos Zucollotto, não conseguiu clientela.

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A guinada explícita de Bolsonaro em direção ao Centrão, ao STF e a lideranças tradicionais do Congresso também causou ressentimento entre bolsonaristas-raiz.

O presidente recebeu críticas do pastor Silas Malafaia, do guru Olavo de Carvalho e de jornalistas apoiadores de seu governo, como Rodrigo Constantino.

Até a militante Sara Giromini anda se queixando.

Em entrevista, ela se disse abandonada por Bolsonaro e pela ministra da Mulher, Damares Alves.

“Eu me sinto abandonada institucionalmente. Ministério da Justiça, nada. Ministério dos Direitos Humanos, nada. O próprio presidente da República, nada, não fez sequer uma ligação”, afirmou ao site Brasil Sem Medo.

Ela também publicou vídeo em que chora, se queixando do abandono.

No domingo, Sara fez postagem no Facebook criticando o  chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI):

Vocês sabiam que General Heleno me convocou ao Planalto pra comer meu cu, dizendo que jornalistas da Época, da Folha, do UOL, estavam mandando e-mails se queixando de que nós, os 300 do Brasil éramos hostis com eles? Isso mesmo, queridos: general Heleno me proibiu de gritar com a imprensa, de mandá-los embora, de gritar ‘Globo lixo’. Coitadinhos dos jornalistas que fodem a vida do Bolsonaro todo dia. Eles precisam trabalhar, dona Sara! Não os incomode mais.

O general confirmou o encontro, mas deu outra versão.

Muitos bolsonaristas-raiz mantém apoio ao presidente argumentando que, com as recentes manobras, ele derrotou seus adversários no STF e no Congresso.

Porém, também há um grande ranger de dentes entre aqueles que, de maneira maldosa, a esquerda definiu como “gado”.

Afinal, eles foram às ruas pedir intervenção militar e combater o establishment, no qual enquadravam o Congresso e o STF.

Alguns, como Sara, acabaram processados e correm o risco de ir parar na cadeia.