Pimenta: Perseguição da Lava Jato e massacre da mídia a Lula e ao PT derretem à luz do dia

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Brasilia 05/07/2017 Cerimônia de posse da senadora Gleisi Hoffmann como presidente do PT. Foto Ricardo Stuckert

Posse da senadora Gleisi Hoffmann como presidente do PT, em 5 de julho de 2017. Foto Ricardo Stuckert/Instituto Lula, via Fotos Públicas

Lula lidera e PT é o preferido: o golpe, a perseguição da Lava Jato e o massacre da mídia estão sendo derrotados

por Paulo Pimenta*, via e-mail

A pesquisa Datafolha, divulgada no último domingo, aponta Lula à frente na disputa para presidente em 2018. Lula obtém 35% das intenções de voto, enquanto os adversários que alcançam o segundo e terceiros lugar obtém 16% e 13%, respectivamente.

Ao contrário do que gostaria a direita brasileira, a pesquisa mostra que a aprovação de Lula é maior do qualquer outro candidato e esse fato merece algumas considerações.

Primeiramente, a liderança de Lula desorienta a estratégia da grande mídia que dava como certo descartá-lo eleitoralmente. A narrativa de criminalização do PT deu errado. A intensa pressão midiática pela condenação do ex-presidente não produziu o efeito esperado entre grandes parcelas da população e fica nítido o desgaste dos setores golpistas que se entrelaçaram na aliança jurídico, parlamentar e empresarial do golpe de Estado de 2016.

Segundo, observa-se a forma decadente da grande imprensa que ao divulgar os resultados da pesquisa revelou a manobra contida para contrapor a intenção de voto do povo. A população brasileira que, por quatro vezes referendou o governo democrático popular, pelo que tudo indica, quer seguir esse caminho.

Na tentativa de neutralizar esse resultado e, ao mesmo tempo induzir uma aprovação à condenação de Lula, via pesquisa eleitoral, os entrevistados foram questionados se Lula deveria ser preso.

Como se a prisão de alguém devesse ser resolvida por uma enquete, sem dados processuais, sem direito à defesa, sem conhecimento dos fatos, resultando da pura formulação da imprensa.

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A verdade é que a população avalia positivamente o período Lula e quer que ele volte a ser presidente. O sentimento de combate à corrupção – doa a quem doer – existe, mas isso não significa que a população aceita uma justiça partidarizada usada na tentativa de tirar Lula da disputa eleitoral por meio de uma condenação sem provas.

Um terceiro aspecto importante na leitura dos dados da pesquisa Datafolha é o fato da direita sobrevir alinhada a um caminho fascista.

Lula tem como adversário principal, de acordo com a pesquisa, uma candidatura de extrema direita.

A aliança golpista formada pelo PMDB e PSDB, aglutinado a setores do centro, ao invés de enterrar o PT, como gostariam, foi desmoralizada e viu seus votos migrarem por um caminho reacionário, dos setores que defendem a intervenção militar, a censura na educação e nas artes, o abuso de autoridade que circunscreve a operação Lava Jato e o conjunto de retrocessos representado na retirada de direitos sociais do primeiro ano do golpe.

A candidatura fascista alavancada é o resultado direto do discurso de ódio disseminado e das práticas antidemocráticas que passaram a prevalecer nas instituições do Estado.

Por fim, um grande paradoxo. Passados mais de 30 anos do fim da ditadura, período de venda do patrimônio nacional, de repressão, violência e corrupção absurdas, a ultradireita obtém apoio entre os setores de maior renda e maior escolaridade.

Ou seja, a parcela que saiu às ruas com a suposta bandeira de combate à corrupção, hoje faz parte do eleitorado que tem intenção de votar em quem defende práticas criminosas como tortura e estupro e não deu uma palavra em defesa da Amazônia ou contra a privatização das nossas empresas nacionais.

Identificando-se com os interesses internacionais que impõem ao Brasil a perda da soberania, esse extrato da população mostra que não está interessada na defesa dos interesses nacionais e tampouco na questão democrática.

Esse último aspecto nos remete a pensar a educação. Quem tem educação superior no Brasil? Por que não vencemos o desprezo à população pobre historicamente excluída?

A resposta é que apenas uma pequena parcela da população tem acesso aos níveis mais elevados de ensino e que a democracia como um valor fundamental não foi um objetivo alcançado entre nós.

A população brasileira sabiamente enxerga esse gargalo da educação nos níveis mais elevados e reconhece o esforço dos governos Lula e Dilma na implantação de políticas públicas e expansão de recursos para promover a elevação da escolaridade de toda a população. Uma política educacional que reconhece o papel fundamental da democratização do acesso à educação em todos os níveis para a eliminação das desigualdades.

O Brasil viu que é possível mudar trajetórias de vida investindo em programas que reduzam a evasão escolar, que promovam a inclusão, que beneficiem os estudantes da creche ao ensino médio e que o acesso à educação superior seja de fato um direito de todos.

Esse Brasil quer Lula presidente! Esse Brasil quer o projeto político do PT – de crescimento com inclusão social, e que deu certo – como apontou também a pesquisa DataFolha ao revelar que o Partido dos Trabalhadores é o partido de maior preferência entre a população brasileira, com 19%, quatro vezes mais do que o segundo lugar, que possui apenas 5% da preferência dos brasileiros.

O golpe, a perseguição da Lava Jato e o massacre da mídia a Lula e ao PT derretem à luz do dia e estão sendo derrotados e, finalmente, serão sepultados em 2018, para o bem da classe trabalhadora, da nossa democracia e do sistema de Justiça do nosso país.

Paulo Pimenta é jornalista e deputado federal pelo PT-RS.

PS do Viomundo:  Segundo a pesquisa do Datafolha, o PT é é mencionado como preferido por 19% dos entrevistados, ficando bem acima do segundo e terceiro colocados, PMDB e PSDB respectivamente, que estão tecnicamente empatados com 5% e 4%. A pesquisa confirmou ainda o crescimento do PT na preferência dos brasileiros. Em abril, a taxa foi de 15%. Em junho, 18%.

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Olaria

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Um ato de absolvição pública marcado na Câmara Municipal de Irati nesta sexta-feira (6) reparará, simbolicamente, três agricultores da cidade que foram presos preventivamente por 48 dias em 2013 por decisão do juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro. Os trabalhadores rurais acusados de desvios no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram inocentados e soltos no fim de dezembro do ano passado.

As prisões foram realizadas dentro da Operação Agro-Fantasma, da Policia Federal, iniciada em 2011. (…) Uma das pessoas criminalizadas em Irati, o agricultor familiar Gelson Luiz de Paula, acredita que a ação foi pensada para prejudicar os produtores rurais. Ele integra a Associação dos Grupos de Agricultura Ecológica São Francisco de Assis, que fazia entregas ao PAA. O trabalhador rural conta que a prisão infundada trouxe dificuldades financeiras para as famílias e para as entidades investigadas, além de outros prejuízos. “Isso prejudicou muito nossas vidas, nossa auto-estima e nossa moral”, lamenta.

(…) Na decisão que inocentou os produtores rurais de Irati, a juíza Gabriela Hardt afastou as alegações de que não haveria justa causa, e absolveu os réus. (…)

Jonas

A lava jato nunca sequer investigou um psdbista, por isso caiu no descrédito total perante a maioria da população.
Agora, Inês é morta, nao adianta retroceder e investigar os psdbista ou mal feitos da petrobras no governo FHC.
O Juiz Sergio Moro se negou a pedir ao supremo para investigar o Aécio Neves, simplesmente fez como Poncio Pilatos. Lavou as maos.
Esse juiz é o maior culpado pela falencia do PSDB juntamente com o megadelatato Aécio pó das Neves.
Ainda bem que a direita tem gente bem burra igual esse juiz. O Erro dele que faliu a lava jato frente a opiniao publica foi nao investigar a petrobras no governo FHC e também nao investigar nada do governo do PR de Beto Richa. Ou seja, só cego nao percebe a seletividade desse magistrado.
“Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo e todas as pessoas por algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.”

Tauro

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publicado 06/10/2017

Tacla Duran se torna colaborador da justiça de Andorra

Uma notícia publicada hoje em La República, diário peruano, coloca uma dúvida a mais nos métodos da Lava Jato.

A notícia “Jueza de Andorra, uma valiosa aliada” fala sobre a colaboração entre o Ministério Público local e o de Andorra, que permitiu mapear os subornos da Odebrecht no país.

A reportagem cita o advogado Rodrigo Tacla Durán, apresentando-o como “colaborador” da justiça de Andorra.

Segundo o diário, Tacla Durán se converteu em um dos principais informante da juíza de instrução Canólic Mingorance. Ao diário, ele declarou que a Odebrecht subornou mais de mil pessoas na América Latina, de todos os partidos, de esquerda e direita, do governo e da oposição. E não apenas políticos.

A partir das informações de Duran, a reportagem narra o modo de operação do grupo. Havia um sistema de comunicação para não deixar nenhum rastro na movimentação do dinheiro, nem obrigar os funcionários beneficiados a se locomover até Andorra. Os encontros eram na Espanha, França e mesmo em Lima.

O BPA cobrava comissão e registrava as transações em uma contabilidade paralela, através da offshore panamenha Landstreet.

As informações de Duran ajudaram a rastrear as atividades do BPA no Panamá e no Uruguai.

Tacla e a Lava Jato
Nenhuma dessas informações interessou à Lava Jato.

Duran começou a trabalhar com a Odebrecht em 2007. Quando estourou a Lava Jato, foi trabalhar na defesa da companhia, tendo acesso a documentos que não poderiam ser informados para qualquer advogado. Fez parte de uma equipe da casa, incumbida de uma triagem prévia dos documentos.

Nesse trabalho, aprendeu o modo de operação do marqueteiro João Santana.

Segundo sua versão, Santana era marqueteiro da Odebrecht, não de Lula ou de outros presidentes latino-americanos.

A Odebrecht vendia pacote: financio sua campanha, obras são importantes para plano de governo e vamos buscar recursos em bancos de desenvolvimento. E forneço o marqueteiro e os recursos de campanha.

O depoimento de Duran não interessou à Lava Jato, por fugir da narrativa criada, de colocar Lula no centro do esquema.

Ele chegou a ser procurado pelo procurador Roberto Pozzobon. Em uma reunião a dois, Pozzobon o teria informado sobre o teor do depoimento que seria aceito em um acordo de delação premiada, assim como a punição. Tacla não aceitou.

Ele se pretendia apresentar apenas como um colaborador que prestava serviços à Odebrecht. A Lava Jato pretendia enquadrá-lo no centro de um esquema em que transitava dinheiro de várias empreiteiras.

As relações com a Lava Jato azedaram de vez e, para não ser preso, Tacla fugiu para a Espanha, onde estava protegido pela dupla cidadania.

No dia 11 de abril de 2017 foi denunciado por práticas na Petrobras.

A guerra de informações
Desde então, Tacla resolveu encarar a Lava Jato. Alegou estar sendo perseguido por não aceitar a narrativa que tentavam lhe impor.

Da Espanha, vazou um projeto de livro, onde denunciava o advogado Carlos Zucoloto Junior de lhe propor facilidades junto à força-tarefa, redução das multas impostas, mediante o pagamento de R$ 5 milhões por fora.

Para surpresa geral, antes que Zucoloto se pronunciasse, o amigo Sérgio Moro saiu em sua defesa, sustentando que não se poderia confiar na palavra de um réu – como se toda a Lava Jato não tivesse sido montada em cima de delações de réus confessos.

Logo depois, foi divulgado pela revista Veja documento da Receita Federal na qual se vê que o escritório de Tacla tinha como correspondente em Curitiba o escritório do qual são sócios Carlos Zucoloto Junior e Rosângela Moro, respectivamente primeiro amigo e esposa de Sérgio Moro.

Pelo que consta, o escritório tornou-se correspondente de Tacla há tempos, para tratar de temas de interesse em Curitiba, terra de sua mãe, onde havia alguns conflitos por herança.

A guerra das informações prosseguiu com matérias do Estadão tentando desqualifica-lo, algumas delas baseadas em artigos publicados pelo site Altaveu.com, de Andorra, do proprietário do banco BPA, denunciado por ele.

No dia 18 de setembro passado, Sergio Moro solicitou ao Ministério Público Federal, no âmbito do tratado de cooperação com a Espanha, a intimação par Tacla responder a uma ação penal:

Expeça a Secretaria pedido de cooperação jurídica internacional tendo por base o Acordo de Cooperação e Auxílio Mútuo em Matéria Penal entre a República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha celebrado em 22/05/2006 e promulgado no Brasil pelo Decreto no 6.681, de 08/12/2008.

Por meio dele solicite-se a citação de Rodrigo Tacla Duran para responder à ação penal com prazo de dez dias para apresentar resposta.

Solicite-se ainda a intimação para comparecimento em audiência no prazo de 10 dias úteis perante este Juízo para viabilizar a continuidade da ação penal, sob pena de revelia.

A intenção de Moro seria manter o caso sob seu controle absoluto. O pedido foi indeferido pelo Tribunal de Audiencia Nacional da Espanha. Tacla poderia ser processado pelas autoridades espanholas, “desde que sejam enviados os meios de prova necessários para que seja dado início à persecução penal naquele país”, conforme ofício endereçado ao procurador Deltan Dallagnol pelo procurador Douglas Fischer, Secretário de Cooperação Internacional da PGR.

Para alcançar o intento, Moro teria que apresentar mais do que delações contra Tacla. Sem provas, a justiça espanhola não atenderá a Moro.

Aliás, pela clara impossibilidade do pedido ser acatado, a impressão que ficou é que Moro pretendeu apenas atrasar os acordos de cooperação e Tacla com a justiça de outros países.

Agora, com a Justiça de Andorra aceitando-o como colaborador, fica fortalecida a versão de Tacla, de que sua delação não foi aceita por não atender aos objetivos políticos da Lava Jato.

OBS. DO TAURO: Tacla, querido, eu estou ansioso pela sua delação.

lulipe

Estão agora confiando em pesquisa do Datafalha????

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