Pimenta: Derrubada de Dilma, golpe e crime contra o povo brasileiro
Tempo de leitura: 3 minImpeachment de Dilma: golpe, traição e crime contra o povo brasileiro
Por Paulo Pimenta*
Há exatamente 5 anos, aconteceu o golpe contra o povo brasileiro, com o afastamento da presidenta legítima e honesta Dilma Rousseff.
Naquele dia da traição, com a dignidade de quem se sabia inocente diante da infâmia, Dilma se dirigiu à nação que lhe havia conferido, com o voto livre dos cidadãos e cidadãs, em eleições limpas, um segundo mandato, em 2014.
Ela anunciou a consumação do golpe e o que a imposição da agenda neoliberal reservaria ao País, um conjunto de retrocessos visíveis hoje em todo o território nacional, com a volta da fome e da miséria, concentração de renda, achatamento salarial, ataques à Constituição e aos direitos sociais , trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro, violação da soberania nacional, destruição do meio ambiente.
Retrocesso
A violação da Constituição de 1988 foi para não deixar “pedra sobre pedra” do projeto democrático e popular que permitira ao Brasil, a partir de 2003, com a posse de Lula, projetar-se como nação democrática e soberana e experimentar um impulso de desenvolvimento com inclusão social, combate à fome, respeito ao meio ambiente, até se tornar a sétima economia do mundo e oferecer condições dignas de vida para seu povo e desemprenho e lucro extraordinários para todos os ramos empresariais.
O processo regressivo que o país vive desde então, em todas as dimensões, na economia, na política, nos direitos, na sociedade e na cultura, confirmam e superam de forma ainda mais profunda, a antevisão de Dilma.
O cenário de filme de terror em que o Brasil vive desde 2016 talvez supere os sonhos mais delirantes do traidor Michel Temer, o golpista, quando nos ofereceu a bisonha “Ponte para o futuro”.
Os números mostram como os golpistas têm destruído o Brasil.
Apoie o VIOMUNDO
Com o esforço do povo brasileiro liderado pelos governos populares de Lula e Dilma, o Brasil, em 2014, ocupava o 7º lugar no ranking mundial das maiores economias. Em 2003, quando Lula assumiu, o Pais estava no 14º lugar (Austin Rating). Agora, o Brasil foi remetido de volta para a 13º posição.
Golpe criminoso
A catástrofe refletida pelos números não dá conta do aprofundamento criminoso da miséria em que vivem hoje vastas parcelas da população brasileira, realidade retratada na emblemática e inaceitável “fila dos ossos” como vimos em Cuiabá e em outras cidades Brasil afora, em consequência do desemprego, salários achatados e da escalada dos preços da carne e de outros alimentos.
O poder destrutivo do golpe de Estado judicial, parlamentar e midiático e empresarial de 2016 devolveu o País ao Mapa da Fome, destruiu uma a uma as políticas sociais inclusivas, atentou contra a nossa soberania, liquidou o patrimônio público com as privatizações – destaque para o esquartejamento da Petrobrás, e as privatizações da Eletrobrás e dos Correios – extinguiu o Ministério da Cultura, converteu o MEC num órgão policial e o Ministério da Saúde num balcão onde se venderam as vidas dos brasileiros em troca de propinas.
Nesses dias, antevéspera do 7 de setembro, percebemos que o golpe atacou frontalmente democracia, ancorada pela Constituição de 1988, reduzindo-a a um estado de coma, um corpo mantido por aparelhos.
Pária mundial
Em cinco anos, as elites brasileiras, lideradas inicialmente pela direita e posteriormente pela ultradireita neofascista, destruíram a perspectiva de desenvolvimento soberano e inclusivo e sustentável de uma grande nação que abriu o milênio como uma força promissora de um protagonismo em defesa do diálogo, da integração e da paz, no hemisfério Sul. O Brasil virou um pária mundial.
Cinco anos depois, com o país mergulhado numa conjugação de crises sanitária, econômica, política, social e de valores, a sociedade começa a despertar para uma consciência mais clara da inviabilidade e da falência das propostas neoliberais como saída para o desenvolvimento.
O desastre de hoje é o que a agenda neoliberal sustentada pelas elites financeiras tem a oferecer ao País. Com Bolsonaro ou sem ele.
Para nos certificarmos disso, basta perguntar aos candidatos da chamada “Terceira Via” qual é o núcleo essencial do programa que desejam apresentar ao Brasil para o pós-Bolsonaro.
No próximo dia 7 de setembro devemos manter a mobilização nas ruas e nas redes para manter a visibilidade e a denúncia dos crimes de corrupção revelados pela CPI da Covid e destacar o estrondoso fracasso econômico protagonizado por Bolsonaro e seu governo, que avança para um isolamento social cada vez maior.
Os movimentos sociais e populares têm demonstrado maturidade e capacidade de mobilização.
É necessária, neste momento, uma nítida visão estratégica dos caminhos a cumprir em defesa da vida do nosso povo, da democracia e da Constituição, recusando a violência, o fundamentalismo de todos os tipos apregoados pela ultradireita que, em última análise, deseja mergulhar o país em uma guerra civil.
Em defesa da vida e da democracia, todos ao “Grito dos Excluídos” no 7 de setembro.
Fora, Bolsonaro! Impeachment já!
*Paulo Pimenta é deputado federal (PT/RS) e presidente do partido no Rio Grande do Sul
Comentários
wilson candido ferreira
Excelente e oportuna o relato do deputado Paulo Pimenta, relatando o golpe contra a presidenta Dilma, a canalhada nunca aceitou que os mesmos desfavorecidos, negros, indígenas tivessem seus direitos,. Fora Bozo genocida fasista crápula verme repugnante
Zé Maria
Jornalista Breno Altman
entrevista Dilma Rousseff:
(https://youtu.be/KJcSyYLshvQ)
Zé Maria
Milico de pijama fazendo arruaça
pode ser preso no 7 de setembro,
avisa Superior Tribunal de Justiça.
https://youtu.be/mao-w3Aj29k
Deixe seu comentário