Parlamentares do Psol pedem impeachment de Bolsonaro, mas executiva do partido diz que foi “voluntarismo”

Tempo de leitura: 2 min
Foto Paola Rodrigues/Psol

Da Redação

Os deputados federais Sâmia Bomfim, Fernanda Melchionna e David Miranda, do Psol, formalizaram pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, mas a executiva do partido afirma que foi pega de surpresa.

“Jair Bolsonaro não pode seguir na presidência do Brasil. Seu governo é um desastre e sua conduta irresponsável coloca o povo brasileiro em risco. Basta!”, escreveu Sâmia no twitter.

“Bolsonaro tem sido criminoso em sua conduta e a irresponsabilidade dele pode trazer sérios riscos à vida das pessoas e à saúde nacional, aprofundando a crise em vez de resolvê-la. Frente a isso, nós chegamos a uma medida limite que é o pedido de impeachment. Ele não pode mais seguir governando sob risco de seguirmos inoperantes diante da atual crise econômica e de saúde que o Brasil está vivendo”, disse Melchionna.

Ela publicou uma petição para coletar assinaturas.

Porém, a direção do partido diz em nota que foi pega de surpresa:

Nota do PSOL sobre pedido de impeachment de Jair Bolsonaro

A Executiva Nacional do PSOL foi surpreendida, nesta quarta-feira, com a participação de membros de sua bancada na Câmara dos Deputados no pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro protocolado hoje.

O partido está, nas suas instâncias e bancada, debatendo a melhor tática para enfrentar a irresponsabilidade do governo Bolsonaro.

Por essa razão, a iniciativa causa indignação porque atropela o debate interno do PSOL e do conjunto da oposição.

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Consideramos que o momento é gravíssimo e a prioridade deve ser a defesa de medidas que salvem vidas, como aquelas apresentadas pela bancada justamente hoje.

O presidente Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade. Há, portanto, base jurídica para o impeachment.

No entanto, o impeachment é também um processo político que precisa ganhar os corações e mentes do povo brasileiro.

Além disso, não pode ser construído de forma individual.

Se queremos derrubar Bolsonaro, essa deve ser uma proposta construída coletivamente.

Nesse momento, portanto, a tarefa da oposição é ampliar o crescente repúdio ao governo Bolsonaro e mobilizando amplas forças sociais para a assegurar a proteção dos mais vulneráveis ao coronavírus.

Por essa razão, o foco do PSOL e da oposição deve ser a defesa de ações enérgicas do Estado para a proteção dos mais pobres, a economia e o emprego, salvar vidas e superar a epidemia. Iniciativas individuais, isoladas e voluntaristas, não ajudam na luta contra Bolsonaro.

Não reconhecemos, em nome do PSOL, esta medida unilateral. Seguiremos debatendo, nas instâncias partidárias e na bancada, as medidas adequadas para enfrentar a crise.

Executiva Nacional do PSOL

Impeachment de Luiz Carlos Azenha

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Comentários

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Zé Maria

Como Cidadãs as Parlamentares do PSoL
– ou de qualquer outro Partido – podem
exercer o Direito de Petição sem ofender
as Instâncias Partidárias.
Se, no aspecto formal, foi correto ou não
o pedido de impeachment d@s Psolistas,
quem deve decidir é o PSol internamente.

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