Padilha: Bolsonaro violou três artigos do Código Penal ao colocar em risco a saúde de terceiros; saiba quais

Tempo de leitura: 3 min
José Cruz/Agência Brasil

Padilha entra com representação contra Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República

Deputado requer à Procuradoria Geral da República instauração de inquéritos civil e criminal contra presidente por estímulo e participação nas manifestações do dia 15

Por Cláudia Motta – da RBA

São Paulo – O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) ingressou com representação junto à Procuradoria-Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro.

Entre as razões estão o estímulo por parte de Bolsonaro aos atos realizados no domingo, 15 de março, contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

O presidente da República chegou a participar do ato realizado em Brasília contra os demais poderes.

Além disso, ressalta a representação de Alexandre Padilha, ao participar do ato, Bolsonaro feriu a lei federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que trata das medidas para “enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019”.

Treze de integrantes da comitiva que viajou com Bolsonaro para os Estados Unidos já tiveram resultado positivo para teste de coronavírus.

Em função disso, o presidente deveria estar em isolamento, mas participou dos atos, falou ao microfone e apertou mãos expondo dezenas de pessoas – ou talvez centenas se for levado em conta a propagação do vírus – ao adoecimento.

Por essas razões, Padilha requer à PGR a instauração de inquéritos civil e criminal para apurar as condutas descritas.

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“Bem como que sejam tomadas as medidas necessárias para que cesse a conduta irresponsável do mandatário da República em relação a pandemia de covid-19 declarada pela Organização Mundial de Sáude”, diz na representação.

Fora da lei

“Veja que não apenas lei federal tratou do tema, como foram determinadas medidas para todo o Distrito Federal que deveriam ser acatadas por todos, ainda mais no caso do Representando, a maior autoridade pública do país”, afirma a representação.

“O Representando não apenas contrariou os dispositivos da Lei da Quarenta, expondo a risco centenas de pessoas e a si mesmo no último domingo, como afrontou Decreto do Governador do Distrito Federal com ordens expressas em todo aquele território.”

O documento cita a gravidade da convocação feita por Bolsonaro às ruas, mesmo diante do risco à saúde dos cidadãos.

“Inobstante isso, o Representado utilizou sua conta da rede social twitter para estimular que outras pessoas fizessem o mesmo. Ou seja, o Representando não apenas praticou atos contra o cuidado sanitário, lei federal e Decreto do Governador do DF, como estimulou que todos fizessem o mesmo não apenas no DF como em todo território nacional. As inúmeras postagens do Representando em rede social de amplo alcance foram disparadas ininterruptamente durante todo o dia ontem, 15 de março.”

Para Alexandre Padilha, a conduta de Bolsonaro fere, ainda diversos dispositivos do Código Penal, elencados na representação.

“Código Penal no capítulo Da Periclitação da vida e da saúde dispõe que: Perigo de contágio de moléstia grave

Art. 131 – Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. Perigo para a vida ou saúde de outrem

Art. 132 – Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. E dispõe ainda: Infração de medida sanitária preventiva

Art. 268 – Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa. Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.”

Irresponsável de Luiz Carlos Azenha

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Marys

Se uma figura abjeta e criminosa como Bolsonaro pode governar o Brasil com apoio de médicos, juristas, políticos, jornalistas, militares, incluindo generais, pondo toda a soberania de uma nação de joelhos perante os Estados Unidos e o povo à mercê da miséria e disparidade social provocadas pelo capital neoliberal e de uma pandemia, quem a isso se submete, também o apoia e assume os riscos das consequências geradas por sua ação ou omissão, mas, de duas uma, ou é suicida ou é fratricida!

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1239900849582850050

“Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL)
é uma doença mental grave, que se caracteriza
por uma instabilidade prevalente do humor,
dos relacionamentos interpessoais, da imagem
que a pessoa tem de si mesma e do comportamento,
afetando o modo como a pessoa pensa, percebe
e se relaciona com os demais.”

https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1239933571332222976

Zé Maria

Ainda que o PGR atue como funcionário do Jair Bolsonaro
desta vez, o Mito imbecil não escapa do Afastamento.

https://twitter.com/i/status/1239767169052938241
#BolsonaroAcabou #VocêNãoéMaisPresidente
Mantra haitiano para repertórios até virar realidade.
https://twitter.com/elikatakimoto/status/1239767169052938241

PDT Ajuizou Ação Civil Pública no Foro do Distrito Federal

Na semana passada, quando pediu que seus seguidores não comparecessem às manifestações por causa do coronavírus, Bolsonaro citou o risco de contágio em ambientes com muitas pessoas.

Em resposta à participação de Jair Bolsonaro no ato favorável ao seu governo – havia no local várias pessoas
idosas, consideradas grupo de risco da nova doença
e com taxa de mortalidade maior.
o PDT (Partido Democrático Trabalhista) entrou na Justiça
com pedido de medida cautelar de urgência contra
o presidente da República.

A ação civil pública, protocolada nesta segunda-feira (16)
na Seção Judiciária do Distrito Federal, acusa Bolsonaro
de colocar a saúde dos cidadãos em risco ao desrespeitar recomendações do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde (OMS) para combate contra o novo
coronavírus.

O partido pediu que Bolsonaro seja obrigado a entrar
em quarentena e fique proibido de manter contato,
incitar ou organizar manifestações populares até a volta
da normalidade das questões de saúde pública.

“[O presidente] tem dever de zelar pela saúde pública,
pela redução dos danos da pandemia que já apresenta
quadro de epidemia no Brasil.
Não se trata do cuidado com a sua saúde individual,
mas com a responsabilidade compartilhada de estar
inserido em uma comunidade”, segundo trecho do documento.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou
orientações dadas por ele mesmo na semana passada.

Incentivou os atos desde as primeiras horas do domingo
em suas redes sociais —foram 38 postagens sobre o tema até as 18h30.
Sem máscara, participou das manifestações em Brasília,
tocando simpatizantes e manuseando o celular de alguns
apoiadores para fazer selfies.
“Isso não tem preço”, disse, durante transmissão ao vivo
em suas redes sociais.

Neste domingo, ocorreram manifestações em diferentes
pontos do país com gritos de guerra e faixas em defesa do
governo federal e com uma série de ataques ao Congresso
e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada no final da manhã
e, de carro, percorreu diferentes pontos de Brasília até
entrar no Palácio do Planalto, de onde, do alto da rampa
e sob os gritos de ‘mito’, acenou aos manifestantes.

Desceu a rampa em seguida e passou a esticar o braço
para tocar nos manifestantes, separados por uma grade.

Bolsonaro permaneceu por cerca de uma hora interagindo
com apoiadores.

https://t.co/T4uYx3mmpi

abelardo

Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou, Bolsonaro acabou…

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