Nassif: ABIN pode ter levado ministro Fachin a libertar o homem da mala de Temer
Tempo de leitura: 9 minO homem da mala de Temer e Marianna, a filha de Fux: fios desencapados?
Xadrez dos atos estranhos do Ministro Fachin
Nos últimos dias aconteceram vários episódios que, de certo modo, enfraquecem o Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot e dão algum alento à organização que tomou conta do Executivo.
Mas não indicam mudança radical na correlação de forças.
Mesmo porque ainda há um enorme acervo de malfeitos de Michel Temer e seu bando a serem revelados.
O STF (Supremo Tribunal Federal) continua sendo uma incógnita.
Não se sabe para que lado vai e o que motivou a mudança surpreendente de posição do Ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato.
Há algo de podre no ar, mas ainda não há clareza sobre tamanho e consistência.
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Nos últimos dias houve uma confluência de fatores que permitiu algum contra-ataque da turma de Michel Temer.
Passo 1 – críticas gradativas dos jornais aos métodos da Lava Jato, por aplicar o direito penal do inimigo nos amigos.
Passo 2 – o impacto da nomeação da nova Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, marcando simbolicamente o fim da era Janot.
Passo 3 – mudanças no comportamento do STF. Aumentou a intenção de enquadrar a Lava Jato nos limites da lei. Mas não está claro se já começou, em definitivo, a operação pizza.
Passo 4 – movimentos de reação da Lava Jato contra Raquel Dodge, valendo-se de suas parcerias com a mídia. Não duraram meio dia. Foi a verdadeira batalha de Itararé, na qual Dodge venceu sem precisar combater. Dodge se consolida antes de precisar atuar.
Vamos entender em mais detalhes o que se passa.
Peça 1 – a mudança de Luiz Edson Fachin
Fiscaliza-se um juiz pela análise de suas sentenças.
Todo juiz tem direito à liberdade de julgar, de formar suas próprias convicções. Mas não o de usar um critério para cada caso. E quando usa dois critérios distintos para o mesmo caso, tem algo estranho no caminho.
Dr. Fachin era garantista com veleidades sociais. Depois se tornou um vingador impiedoso.
Um pequeno balanço de algumas decisões recentes dele :
No dia 26 de abril de 2017, investiu contra a libertação de presos da Lava Jato.
Mostrou-se indignado com a libertação de João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP, e com a pena alternativa de prisão domiciliar para José Carlos Bumlai, ambos condenados por Sérgio Moro. Os jornalistas perguntaram se as decisões facilitariam outras medidas semelhantes. E Fachin respondeu: “Saí daqui ontem com vontade de reler o Ibsen, ‘Um Inimigo do Povo’ e a história do doutor Stockmann”.
No dia 2 de maio de 2017 foi derrotado na votação que decidiu pela libertação de José Dirceu. Sua justificativa: “Eventual excesso na duração de prisões cautelares não deve ser analisado diante de prazos estanques, não se trata de uma questão aritmética. É indispensável que tal circunstância seja aferida de modo particularizado, à luz das peculiaridades de cada caso (…) Estamos aqui nesse caso a tratar em acusação, digo e repito, a tratar da criminalidade do colarinho branco”. Anote suas palavras.
No dia 4 de maio negou habeas corpus para Antônio Pallocci. Fez mais: para impedir que a 2a turma revogasse sua decisão, decidiu levar a questão para plenário.
No dia 3 de junho de 2017, autorizou a prisão preventiva do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Considerou que Loures, em liberdade, representaria risco às investigações: “o teor dos indícios colhidos demonstra efetivas providências voltadas ao embaraço das investigações, de modo que não é difícil deduzir que a liberdade do representado põe em risco, igualmente, a apuração completa dos fatos”. “Não é difícil deduzir” significa que os fatos não deixam margem a dúvidas.
Ai aparece uma pedra no caminho do nosso templário.
No dia 10 de junho de 2017 a revista Veja informou que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) teria sido acionada por Michel Temer para investigar a vida de Fachin.
No mesmo dia, Fachin prosseguiu em sua sanha penalista, negando habeas corpus ao procurador da República Ângelo Goulart Vilella, acusado de levar propina da JBS, e preso há 45 dias sem sequer ter sido interrogado. “Tratando-se de decisão de natureza cautelar, eventual modificação do panorama fático-processual que autorize a sua revisão deve ser objeto de deliberação pela autoridade judiciária competente que, no caso em análise, não é mais o Supremo Tribunal Federal, mas o Tribunal Regional Federal da 3ª Região”.
Aí se entra o caso Loures.
O que é solicitado pela defesa
Segundo consta da própria decisão de Fachin, os advogados de Loures solicitaram uma das três alternativas: prisão domiciliar, remoção para o 19o Batalhão Militar ou retorno ao presídio da Papuda.
O tempo de julgamento na Câmara
Volte ao argumento de Fachin ao negar a libertação de José Dirceu.
Compare com o argumento utilizado para libertar Rocha Loures:
“A necessidade de se aguardar a autorização pela Câmara dos Deputados implica em alongamento da prestação jurisdicional que, neste momento, não merece ser suportada com a privação da liberdade. O tempo para o cumprimento da regra constitucional que impõe exame dessa autorização prévia não pode se converter em redobrado gravame ao ora denunciado”.
O que Fachin oferece a Loures
Os advogados de Loures tinham requerido transferência para outros presídios ou prisão domiciliar. Fachin oferece mais do que isso, a liberdade:
a) recolhimento domiciliar no período noturno (das 20h às 6h) e nos dias de sábados, domingos e feriados, a ser fiscalizado por monitoração eletrônica;
b) proibição de manter contato com qualquer investigado, réu ou testemunha relacionadas aos feitos a que responde;
c) proibição de ausentar-se do País, devendo entregar seu passaporte em até 48 (quarenta e oito) horas;
d) comparecimento em juízo para informar e justificar atividades sempre que requisitado, devendo manter atualizado o endereço em que poderá ser encontrado.
O álibi da isonomia
Vale-se, para tanto, do uso escandaloso do conceito de isonomia.
Andrea Neves não tem cargo parlamentar, não tem proximidade com o grupo de Temer e foi detida por supostamente ter negociado o apartamento da mãe com a JBS. Do primo de Aécio, a única coisa que se sabe é que se ofereceu para servir de mula e transportar o dinheiro.
Loures é operador de Temer, homem da estrita confiança, foi gravado negociando propinas em troca de facilidades com o setor público.
No entanto, ele apela para a libertação de Andrea como álibi para libertar Loures.
Acompanhe a cronologia abaixo:
· No dia 16 de março de 2017, Loures reuniu-se com Joesley Batista que lhe solicitou resolver negócio no Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico) envolvendo a venda de gás da Petrobras para a Âmbar, empresa do grupo. Na gravação, negocia 5% do lucro da operação para Temer.
· No dia 13 de abril a Petrobras assinou o contrato com a Âmbar.
· No dia 8 de junho o contrato é cancelado.
Tem todos os elementos de convencimento de um ato de corrupção:
1. A indicação, por Temer, do seu homem de confiança para negociar com Joesley.
2. A negociação entre Loures e Joesley Batista em torno dos interesses da JBS na Âmbar.
3. Loures sai do encontro com uma mala de R$ 500 mil.
4. Logo depois, a Petrobrás assina o contrato com a Âmbar.
Havia sinais nítidos de que Loures iria aceitar o acordo de delação.
Mesmo assim, Fachin esqueceu completamente o que escreveu menos de um mês antes.
A governabilidade
Em nenhum momento invocou-se o chamado periculum in mora, o risco da decisão tardia, para segurar o impeachment de Dilma.
O Supremo (ou seria apenas Fachin?) envereda agora, por um garantismo tardio, visando preservar o equilíbrio entre os poderes.
Ora, para se manter a organização criminosa controlando o Executivo, a condição essencial – justamente para evitar o periculum in mora seria manter detido o principal operador de Michel Temer. Enquanto o presidente permanece, pela necessidade de aprovação do julgamento pelo Congresso, se mantém fora do jogo seu operador.
O fato é que Fachin voltou atrás radicalmente sem uma explicação plausível. Não havendo, há três hipóteses:
1. Cedeu às ameaças do grupo de Temer.
2. Foi seduzido por alguma conversa com o velho Rocha Loures, grande ex-presidente da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), conterrâneo de Fachin.
3. Produziu um documento fake pelo fato de Loures ter concordado com a delação.
Não há hipótese benigna para o ato de Fachin.
Peça 2 – a retórica afasta-de-mim este cálice
A Suprema Corte brasileira desenvolveu uma metodologia tupiniquim para não correr riscos desnecessários (para seus autores), embora essenciais (para a garantia constitucional).
O princípio do comigo-não-violão
Um ou outro Ministro assume uma atitude, ainda que pequena, contra a unanimidade. Dada sua contribuição, ele faz mentalmente uma contagem de sacrifícios individuais em defesa da Constituição. E diz para si próprio: comigo não, violão, já cumpri a minha parte.
O álibi da referência jurídica
Primeiro, desenvolve-se a tese que atenda aos interesses pessoais, políticos ou ideológicos da corte. Depois, busca-se uma referência jurídica para avalizá-la.
No caso do mensalão, o Ministro (e ex-procurador) Joaquim Barbosa adotou a “Teoria do Fato”, do alemão Claus Roxin para condenar acusados, pelo simples fato de estarem no comando de partidos ou do governo, sem a necessidade da busca de provas maiores.
A interpretação foi criticada pelo próprio Roxin em entrevista à Tribuna do Advogado.
Agora, para bater em retirada, o bravo STF recorreu ao jurista português José Joaquim Gomes Canotilho. Durante duas semanas Canotilho foi servido ao molho pardo nas discussões do Supremo, para fortalecer a tese de que a casa deve exercer poder moderador, para evitar instabilidade política e confronto entre poderes.
E, depois de deglutir Canotilho com quiabo, decidiram – na competente descrição do jornalista José Casado – “reafirmar seu poder até o limite (…) em nome da confiança do Estado e da segurança jurídica”. Alvíssaras!
E chamam a debandada de “reafirmação de poder”.
A tilápia e a piranha
Para embasar uma decisão esdrúxula, encontre um caso anterior qualquer e o trate como precedente para uma decisão de isonomia, mesmo que não tenha nada a ver com o caso presente. Tipo, posso liberar uma piranha para nadar no rio, porque há um precedente liberando a tilápia e, sendo ambos peixes, há que se garantir a isonomia de tratamento.
As interpretações a posteriori
A Constituição escolheu o modelo presidencialista. Por ele, não há maneira de tirar o presidente por problemas administrativos. Isso só ocorre no parlamentarismo, com o voto de desconfiança.
Depois de consumado o impeachment de Dilma, em entrevista à Globonews o Ministro Luís Roberto Barroso resolve “olhar retrospectivamente” para admitir o ataque à Constituição: “Olhando pelo retrovisor, eu penso que se utilizou um instrumento parlamentarista para a destituição de um chefe de governo no modelo presidencial, e, portanto, houve um abalo institucional”.
Pela manipulação política constante da interpretação jurídica, fica-se sem saber para onde sopra o vento do STF.
Peça 3 – o fim do estrelismo da Lava Jato
São promissores os primeiros sinais da futura gestão da nova PGR Raquel Dodge.
Mal foi indicada, já sofreu o primeiro ataque de procuradores da Lava Jato lotados na força tarefa da PGR.
O recado foi curto e grosso – mais grosso do que curto. Esses procuradores não gostam de Raquel Dodge, acreditam que não terão a mesma liberdade que tiveram com a falta de comando de Rodrigo Janot e, se não receberem atenção especial dela, pedirão demissão.
Valeram-se dos canais habituais que consolidaram na imprensa.
Na parte da tarde, soltaram uma nota oficial de apoio a Raquel.
De Brasília, provavelmente não restará ninguém da Lava Jato. No novo grupo que assumirá a PGR a opinião é que o grupo de Brasília foi montado às pressas, sem colocar especialistas. Os que entraram primeiro convidavam conhecidos. Em alguns casos, um procurador entrou porque a cônjuge foi convocada para um trabalho em Brasília.
O estilo Raquel Dodge
Em reportagem do Valor Econômico, antes de ser indicada, Raquel Dodge resumiu o estilo que pretende implantar na PGR:
· Mecanismos que permitam um controle maior sobre os inquéritos e dificultem os vazamentos.
· Cooperação entre órgãos da administração pública para agilizar os acordos de leniência.
· Diagnóstico das ações civis públicas, para impedir que a paralisação de uma obra, ainda que seja por questão de corrupção, não acabe sendo mais onerosa para o país do que o próprio custo da corrupção. “A obra foi paralisada, mas resolveu-se o problema do asfalto esburacado?” pergunta.
· Criação de grupo de trabalho para monitorar o cumprimento, pelos delatores, do que foi acertado no acordo de delação.
· Manter o sigilo das investigações para garantir a dignidade das pessoas envolvidas, já que vazamentos podem induzir a erros, como o de tratar uma testemunha como suspeito.
Foi um discurso não apenas para o pessoal de dentro, mas uma promessa de trazer o MPF de volta ao leito institucional e aios princípios que devem nortear a ação de um procurador – isenção, discrição, respeito aos direitos individuais, não-exibicionismo.
Não apenas isso.
A indicação de Raquel Dodge renovou as esperanças do Ministério Público suíço, de montar uma colaboração com o Brasil. 15 meses depois de anunciada a criação de uma força-tarefa conjunta, para investigar casos de corrupção, a proposta não andou, bloqueada pelo Ministério da Justiça do Brasil.
Talvez, aí, destrave as investigações sobre as relações de Ricardo Teixeira com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que jamais avançaram no período Rodrigo Janot.
Vamos aguardar mais desdobramentos dos últimos capítulos antes de arriscar os desdobramentos desses dias imprevisíveis.
PS: Como o Ministro Marco Aurélio de Mello não é de panelinhas, preferi ter mais informações antes de analisar sua atitude em relação a Aécio Neves.
PS do Viomundo: Já o ministro Luiz Fux, aquele que prometeu a José Dirceu “matar no peito”, primeiro deu o voto decisivo para manter Andrea Neves presa, depois tirou a irmã e o primo de Aécio Neves da cadeia.
Por que? Um leitor arriscou um palpite: algum fio desencapado que sobrou da indicação da filha dele, Marianna Fux, para desembargadora do TJ carioca. Ela assumiu em março de 2016, aos 35 anos de idade, depois de um ano e oito meses de tentativas de impugnação.
A indicação foi sustentada nos bastidores pelo advogado Sergio Bermudes, dono do escritório para o qual Marianna trabalhou. As batalhas foram travadas dentro da OAB e do TJ, até que a lista com o nome de Marianna foi levada ao governador Luiz Fernando Pezão, que “fez a escolha” em apenas duas horas.
Bermudes é íntimo de Gilmar Mendes, uma amizade que definiu assim em entrevista à revista Piaui: “O Gilmar e eu somos irmãos, nos falamos duas vezes por dia. A gente brinca, ri, sou advogado dele em algumas questões. Somos dois homens de boa-fé e de caráter que podem suplantar uma eventual divergência”. Guiomar Feitosa, a mulher de Gilmar, trabalha no escritório de Sergio Bermudes. Tudo em casa, né?
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Comentários
Mineiro
Que me desculpe ,mas dizer que o maldito ,desgraçado, golpista é pau mandado elite o stf é uma incógnita ,ou é muita idiotice ou tá nos fazendo de bobo. Desde quando o braço do diabo o STF é uma incógnita, ele tem lado e sempre foi ex elite branca facista. Isso é fato e outra coisa ,esperar que o desgraçado elitizado vai fazer alguma coisa contra a turma dele ,pode tirar o cavalinho da chuva. O braço do diabo sempre esteve junto com eles desde o começo e vai continuar até o fim. Nisso não a menor dúvida disso.
Emanuel Cancella
Na Venezuela, político corrupto, traficante e ladrão vão presos; no Brasil eles vão para a Petrobrás e para o governo golpista.
Temos que não só prender políticos corruptos,
mas também os juízes da mesma estirpe!
A mídia brasileira golpista adora criticar a Venezuela, lógico que é para fazer média com os EUA. Até porque, tanto na Venezuela como no Brasil, o mentor de golpes é o mesmo, os EUA, e pelo mesmo motivo: querem usurpar o petróleo alheio.
E a cobiça americana é porque a Venezuela detém a maior reserva de petróleo do planeta, superando até a Arábia Saudita; no Brasil, os petroleiros e a Petrobrás desenvolveram tecnologia inédita no mundo, permitindo a descoberta do pré-sal. É muita coisa, pois o pré-sal garante nossa autossuficiência em petróleo no mínimo nos próximos 50 anos.
Infelizmente, no Brasil, o golpe está dado e agora estão fazendo só a pilhagem, levando nossas maiores riquezas, como o petróleo, a água, nossas terras e o nióbio.
Na Venezuela, o golpe contra Hugo Chavez, o grande comandante, em 11/04/2002, durou apenas 47 horas(1). Chavez voltou nos braços do povo e os golpistas, como ratos que são, fugiram para Miami e de lá agora conspiram contra o atual presidente, Nicolás Maduro.
A Petrobrás agora está sendo entregue aos gringos, através de seu gestor corrupto, o tucano Pedro Parente, e com a conivência da Lava Jato.
Os comandantes da Lava Jato, Moro e Dallagnol, já declararam publicamente que não investigam, e não prendem tucano, pelo menos fazem isso abertamente , justiça seja feita, não enganam ninguém (7,8)!
Que se dane que o governo tucano de FHC na Petrobrás tenha sido delatado na operação Lava Jato trocentas vezes e em muitas delas envolvendo o próprio filho de FHC (2,3);
É bom lembrar que, apesar poli delações contra Aécio Neves, a Lava Jato nada fez contra ele, e se foi desmascarado foi por ação de outro juízo.
Também não adianta denunciar a gestão de Pedro Parente na Petrobrás como fiz formalmente, como sindicalista e petroleiro, em novembro de 2016. Para intimidar possíveis e futuros denunciadores, o MPF, em dezembro do mesmo ano a pedido do juiz Sergio Moro, ainda me intimou acusando-me por possível crime contra a honra do funcionário público, no caso o Moro (9,10).
Todos sabem, inclusive a Lava Jato, que Pedro Parente foi nomeado por Temer para entregar a Petrobrás, já que Parente é réu em ação por venda criminosa de ativos da Petrobrás, desde quando ministro do apagão de FHC e membro do Conselho de Administração da Petrobrás (11).
E de volta à Petrobrás e com a cumplicidade da Lava Jato, Pedro Parente realiza uma verdadeira liquidação na Empresa:
Vende sem licitação áreas do pré-sal, petroquímicas, a malha de dutos do sul, a mais valiosa da Petrobrás e muito mais. Pedro Parente ainda contratou a Total, a petroleira mais corrupta do mundo, para operar na Petrobrás as áreas de exploração e produção (4,5,6). Ele vende e contrata ativos preciosíssimos e estratégicos para quem ele quer e pelo valor que ele mesmo determina.
Mesmo constituindo crime a venda desses ativos sem licitação, a Lava Jato nada faz, mesmo sendo responsável pela CPI da Petrobrás. Aliás essa CPI fez vazamentos seletivos diários para desmoralizar a empresa, com certeza preparando o terreno para agora vir um bandido qualquer e entregar nosso maior patrimônio.
Diante do pacote da bandidagem promovido pelo STF, devolvendo o mandato de senador Aécio Neves, sete vezes delatado na Lava Jato e flagrado em gravações inconfessáveis; como também liberando o homem da mala, às vésperas de sua delação, que com certeza incluiria o temeroso só há uma conclusão:
Temos que não só prender políticos corruptos, mas também os procuradores e juízes da mesma estirpe dos políticos safados!
Fonte: 1 – http://causaoperaria.org.br/blog/2017/04/16/ha-15-anos-o-povo-nas-ruas-derrotou-um-golpe-de-estado/
2 – https://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/09/delator-cita-filho-fhc-esquema-corrupcao-petrobras.html
3 – https://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/10/cervero-filho-fhc-sabia-termeletrica-contratado-petrobras.html
4 – http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/127/escandalo-da-petroquimica-de-suape-a-pasadena-de-temer
5 – http://www.vermelho.org.br/noticia/285181-1
6 – http://fnpetroleiros.org.br/brasil-sob-ameaca-pedro-parente-escolhe-a-maior-empresa-corrupta-para-explorar-o-pais/
7 – http://www.ocafezinho.com/2016/08/03/nos-eua-sergio-moro-explica-por-que-nao-julga-politicos-do-psdb/
8 – https://www.brasil247.com/pt/247/parana247/286335/Dallagnol-diz-a-Boechat-que-PSDB-est%C3%A1-fora-da-Lava-Jato.htm
9 – http://www.apn.org.br/w3/index.php/nacional/8685-petroleiro-protocola-denuncia-contra-operacao-lava-jato
10 – http://www.apn.org.br/w3/index.php/nacional/8740-por-crime-de-opiniao-petroleiro-depoe-no-mpf-intimado-por-sergio-moro
11 – http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2016/06/presidentes-da-petrobras-e-do-bndes-sao-reus-em-acao-por-rombo-bilionario-9872.html
Rio de Janeiro, 03 de julho de 2017.
Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”
OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
(Esse relato pode ser reproduzido livremente)
Meus endereços eletrônicos:
http://emanuelcancella.blogspot.com.
https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella
Nikola
O Min. Luis Fux CONFESSOU um crime, ao dizer ter assegurado ao PT que “mataria no peito” o caso de José Dirceu.
lulipe
Qual foi o crime, ô “jurista”?? É cada um que aparece por aqui….
Carlos
Eleições 2018 toda comprometida pelo TSE que arrebentou a lei 13.165 da mini reforma eleitoral.
Ao aceitar as trapaças da chapa Dilma/Temer ninguém mais vai conseguir moralizar as coisas públicas
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