Na ONU, Bolsonaro condena passaporte sanitário que o impediria de visitar os Estados Unidos como turista

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Jair Bolsonaro, na ONU.

Da Redação

Mesmo com os filhos enrolados no escândalo das rachadinhas, que Jair Bolsonaro capitaneou para financiar suas campanhas e seu enriquecimento pessoal, o presidente do Brasil fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU contando várias mentiras.

Afirmou, por exemplo, que em seus dois anos e oito meses de governo jamais houve caso de corrupção, deixando de falar sobre o laranjal que envolveu seu ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, sem contar todas as denúncias que estão sendo apuradas agora na CPI da Pandemia.

Foi, basicamente, uma fala voltada à sua própria base.

“Estávamos à beira do socialismo. Estatais davam prejuízos de bilhões de dólares e hoje são lucrativas. Nossos bancos eram usados para financiar obras em países comunistas sem garantias”, disse.

O BNDES, que financiou a construção do Porto de Mariel em Cuba, foi lucrativo nos governos Lula e Dilma e não perdeu dinheiro nos empréstimos feitos a países sob governos de esquerda, apesar das fake news bolsonaristas sugerirem o contrário.

Único líder do G20 que não tomou vacina, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce com drogas ineficazes.

“Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, disse Bolsonaro, que se fosse um cidadão comum não poderia entrar nos Estados Unidos a partir de novembro.

O país reabrirá as fronteiras para turistas brasileiros que apresentarem comprovação de ao menos duas doses e teste negativo de covid feito até três dias antes do embarque.

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O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chegou a pedir ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que proibisse a entrada no prédio de não vacinados, mas Guterres respondeu que não tinha poder para fazer isso.

Bolsonaro chegou à ONU excepcionalmente usando máscara.

Desde que desembarcou em Nova York, o presidente brasileiro comeu pizza na rua e fez refeição do lado de fora de um restaurante brasileiro, protegido por panos pretos, pois para frequentar ambientes fechados teria de apresentar comprovante de vacinação.

No discurso, ele afirmou ter feito tratamento precoce contra a covid e sugeriu que ele está certo e praticamente todo o mundo está errado.

“Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label. Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, afirmou.

A CPI da Pandemia já apurou que Bolsonaro e seu governo agiram diretamente para promover a produção de drogas jamais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, levando laboratórios farmacêuticos de empresários aliados a multiplicar seus lucros no Brasil.

Enquanto Bolsonaro esteve em Nova York, ambientalistas promoveram protestos virtuais contra a presença dele, associando o presidente do Brasil à destruição da Amazônia.

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Comentários

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Zé Maria

“De que borda da terra plana nós vamos pular?” Dããã…

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