Moro protegeu FHC para não “melindrar” apoiador — mas agora inventa que queria proteger Lula de “acusações levianas” do MPF
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, foi ao STF tentar impedir a divulgação da íntegra das mensagens trocadas entre ele e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, agora extinta.
Antes de extinguir a Lava Jato na capital paranaense, o PGR Augusto Aras deixou engatilhada uma granada: a apuração das denúncias do advogado Rodrigo Tacla Duran, que mora na Espanha.
Tacla Duran diz que recebeu uma proposta: U$ 5 milhões para escapar de qualquer acusação em Curitiba. O intermediário teria sido o compadre de Moro, advogado Carlos Zucolloto.
Se eventualmente estas investigações avançarem, o que é bem pouco provável, Aras teria Zucolotto, Moro e até a esposa de Moro, Rosangela, para fazer tanta espuma quanto a Lava Jato fez com acusações e vazamentos infundados ou frágeis.
Na ação no STF, Moro afirma que o ministro Ricardo Lewandowski usurpou as decisões sobre as mensagens da Operação Spoofing e pede que o caso volte ao relator da Lava Jato na Corte, Edson Fachin.
As mensagens que a Operação da PF apreendeu com o hacker foram primeiro vazadas para o Intercept Brasil, no que ficou conhecido como a Vaza Jato.
Os advogados do ex-juiz Moro alegam que as mensagens podem ter sido adulteradas antes da apreensão — da mesma forma que a defesa de Lula alega que os arquivos da Odebrecht podem ter sido adulterados antes de serem apresentados no tribunal, pois os advogados de Lula não tiveram acesso aos originais.
O ponto alto da ação de Moro diz respeito à troca de mensagens entre ele e o procurador-chefe, Deltan Dallagnol, em que o juiz pergunta se a acusação contra Lula é consistente.
Dallagnol, então, antecipa ao juiz as provas de que supostamente dispõe.
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Agora, Moro afirma que só fez isso para evitar que o ex-presidente Lula fosse prejudicado:
“Ora, o juiz perguntar ao procurador se ele tem elementos para denunciar é meramente um cuidado retórico para advertir ao Ministério Público de que não deve oferecer acusações levianas, isso para proteger o acusado e não para prejudicá-lo”, escreveram os advogados.
Na Justiça “normal” do planeta Terra, um juiz recebe a denúncia e, se a considerar inepta, manda para o arquivo.
Mas Moro, obviamente, queria ter certeza de que existiam elementos para aceitar a denúncia, abrindo caminho para a condenação de Lula.
Os diálogos conhecidos até agora revelam, inclusive, que Moro deu dicas investigatórias para a promotoria.
A única preocupação com um possível acusado demonstrada por Moro ao longo da Lava Jato foi com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele trocou mensagens com Deltan sobre reportagem na TV que falava em vaixa 2 de FHC na campanha eleitoral de 1996.
Deltan informou que o caso tinha sido enviado a São Paulo.
“Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante”, respondeu Moro.
Isso sim é se preocupar com um acusado.
Comentários
Zé Maria
A Desfaçatez e a Mentira estão arraigadas no Moro.
Jamais se viu no Brasil um juiz tão Mau Caráter.
Jotage
Será que agora vamos saber quem era o delator que sugeriu a perseguição ao filho do Lula, nas vésperas da prisão deste, e cujo nome foi tarjado pelo Intercept?
Nelson
Quando a gente crê que essa turma de desprezíveis já chegou ao fundo do poço em termos de podridão, eis que somos surpreendidos. Não satisfeitos com o nível de putrefação, eles se dispõem a cavar para afundarem ainda mais.
Cintia Fabres
Adoram o Moro, pois ele é muito esperto como todo malandro. Brasileiro se julga esperto, mas nada aqui é super a não ser a gatunagem.
Vai levar uma bica das galáxias como disse o Queiroz outro salafrário.
Dá para tentar a prefeitura da cidade dele.
Tá aí a esperteza do povo brasileiro: acreditar na Globo. Receberam seu diploma de idiota, pois a Globo mentiu.
Um “fera da tv” como o Boni transforma o Beira mar em papa e o Papa em beira-mar, pois ele sabe fazer isso. Fez isso a vida inteira.
Se o povo quiser continuar acreditando no Moro que acredite. Azar seu.
As vezes, a gente tem que ter a humildade de reconhecer o erro da gente.
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