Mauro Lopes: Mídia brasileira faz tudo o que o senhor Moro manda

No twitter, a repórter Stephanie Nolen, do GlobeandMail do Canadá, comentou que uma policial federal tentou tomar o telefone dela porque a jornalista teria tentado gravar a palestra do juiz Moro; Jonathan Watts, do Guardian, completou: “Nova era dos juízes no Brasil? Eles podem te gravar privadamente mas você não pode gravá-los publicamente”.

O BRASIL PRECISA URGENTE DE UM PASOLINI! AGORA! JÁ!

por Mauro Lopes, Jornalistas Livres

Essa história merece. O pequeno juiz fascista de Curitiba grava conversas PRIVADAS de todo mundo mas proíbe que gravem uma palestra PÚBLICA dele!

E quer saber mais? A imprensa golpista aceita, não grava e acha tudo normal! É demais!

Pode parecer piada mas É VERDADE. E tem muito mais! Aconteceu ontem (29) em São Paulo.

A cena:

1. Moro viajou a São Paulo para participar de um evento na   Procuradoria Regional da República da 3ª Região. Veio com 12 seguranças (todos da PF, claro). Até para ir ao banheiro foi com os seguranças! (Pasolini, por favor!)

2. Quando foi proferir sua palestra, proibiu gravações. Relata reportagem do UOL: “ele ordenou que gravadores e câmeras de TV fossem desligadas.” Os jornalistas presentes obedeceram, é claro.

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Mas para garantir, o UOL informa a você que “os seguranças se aproximaram dos jornalistas no auditório para que a determinação fosse cumprida.”

3. Segundo reportagem do iG, isso ainda não estava bem para pequeno homem de preto: “O magistrado também proibiu que os jornalistas que acompanhavam o evento digitassem suas falas em tablets e em celulares, além de exigir que o canal de TV online do Ministério Público Federal, que transmitia o evento, interrompesse as filmagens enquanto ele palestrava.” E os jornalistas obedeceram!

4. Tem mais! O cara que invade a vida de qualquer cidadão no dia e hora que quer não quis ser incomodado pelos flashs durante sua palestra. Fotos só foram autorizadas 10 minutos antes do evento.

5. Não acabou! Relata o iG: “Moro também foi o único convidado do congresso – que incluía ainda a participação do magistrado italiano Piercamillo Davigo, integrante da força tarefa Mãos Limpas (realizada nos anos 1990, na Itália) – que não autorizou a realização de perguntas por parte da plateia, formada majoritariamente por membros do Ministério Público e do Poder Judiciário.”

Dá pra acreditar? E a imprensa golpista aceitou tudo gostosamente. Nenhuma crítica, nenhum protesto, nada. Tudo porque “il duce” mandou. Pasolini, revive!

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