por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense
Enquanto o meio político concentra sua atenção na CPI do Cachoeira e no julgamento do mensalão, as eleições municipais avançam. Em alguns lugares mais, outros menos, já estão em pleno andamento.
Tudo acontece, por enquanto, longe dos olhos da opinião pública. O momento é de estruturação das campanhas e de negociações entre os partidos.
Nas cidades médias e grandes, as pessoas demoram a se interessar pela eleição de prefeitos e vereadores. Ela motiva menos que a escolha de presidente e governador. Nas menores, o inverso tende a ser verdadeiro. Os eleitores se envolvem e participam, conhecem os candidatos e sabem de que lado estão, quem são suas famílias, o que fazem na vida. As campanhas são parte do cotidiano, começam cedo e são feitas olho no olho.
Nas capitais, o engajamento costuma ser pequeno e tardio, o que leva ao fato de que, até perto do dia da votação, a indecisão permaneça elevada. A informação a respeito dos candidatos só aumenta no final, depois que começa a propaganda eleitoral na televisão e no rádio.
Isso se reflete nas pesquisas. Como as que estão sendo feitas para as eleições deste ano. De norte a sul, quem lidera são, tipicamente, políticos conhecidos: ex-governadores, ex-prefeitos (e alguns dos atuais que buscam a reeleição), radialistas, comunicadores.
Desses, há os que são apenas “bons de largada” — candidatos que despontam nas primeiras pesquisas, mas que não conseguem se consolidar à medida que o processo eleitoral avança. Falta-lhes condição “de chegada”.
Estar na frente, agora, nem sempre significa favoritismo efetivo.
Em São Paulo, o palco onde será travado o confronto que mais atenção suscita, os comitês de campanha dos principais candidatos estão a mil. Oficialmente, negociam com outros partidos em busca de apoio. Na prática, no entanto, o que está em jogo é — quase unicamente — o tempo de televisão de cada um.
A quem interessa, por exemplo, o “apoio” do PR — partido que poucas pessoas sequer sabem que existe? Será que alguém deseja exibir na propaganda o rosto do senador Alfredo Nascimento, eleito pelo Amazonas e presidente da legenda? Será que seu endosso traz qualquer benefício? E o do campeão de votos do PR, o deputado Tiririca?
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Mas Serra estava, outro dia, comemorando o “apoio” do PR — sem se importar com o fato de Alfredo Nascimento ter sido demitido por Dilma em meio a denúncias de irregularidades no ministério dos Transportes.
O que queria era o minuto e pouco do PR. Nem tanto para aumentar a duração de seu “programa eleitoral” — o que será veiculado, a partir de 21 de agosto, em horário certo, de manhã e à noite, às segundas, quartas e sextas — e que pouca gente vê. Mas para ter mais tempo de inserções — a mídia que realmente conta, pois atinge o universo do eleitorado.
Fernando Haddad e Gabriel Chalita também procuram “apoios”. Na verdade, eles é que mais têm a ganhar se seu tempo de televisão aumentar: ambos podem crescer, pois ainda são pouco conhecidos — ou desconhecidos — por parcela importante do eleitorado da cidade.
Não é o caso de Serra, com seus quase 100% de conhecimento e mínimo espaço de crescimento.
O que o tucano busca com os “apoios” que conquista não é, portanto, mais tempo para si mesmo. Sua meta é evitar que os adversários o obtenham.
Como se vê, tudo gira em torno da televisão – e do que se dá em troca de mais tempo.
Propostas, projetos, ideologias, lealdades, trajetórias, coerência, coisas assim, nem entram nessas negociações. São detalhes.
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
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Comentários
Gerson Carneiro
O candidato trapalhão.
Serra faz campanha antecipada nos EUA.
Parece que lá ele tem muitos eleitores.
Aproveitou a viagem para NY, aonde certamente foi buscar dinheiro para a campanha e visitar o escritório da offshare da Privataria Tucana naquela cidade, colocou uma camisa azul e foi ao estádio ver o jogo Brasil x Argentina, ficando do lado da torcida da Argentina aonde foi saudado por ela, ou está fingindo ser reconhecido.
Roberto Locatelli
O PT abandonou sua militância no movimento social. Com isso fica refém do PIG.
Felizmente, parece que há um movimento interno de renovação do partido, propondo que ele volte a ser um partido de militância. A ver.
Fabio Passos
Fabio Passos
Quantos tempo vai ter o serra na TV?
Será que é tempo suficiente para explicar os documentos da privataria tucana… que mostram que ele é um larápio?
Nesta eleição há um grande perigo.
No passado haviam malufistas que tinham vergonha de declarar voto.
A mesma situação deve acontecer agora com serra.
Sagarana
Hummm, será que a Marta esta esperando acabar a novela para entrar na campanha?
Avelino Batista – Carangola MG – MG
O Aecin Baladeiro tem todo jeito que quer ver o Çerra encerrar sua carreira política agora em 2012. O Aecin sabe que enterrando o Padin o caminho estará livre para ele em 2014.
Hélio Pereira
Serra “empacou” em 30% do eleitorado e eu acho que sua tendência é de queda,não importando quanto tempo de Tv ele obtenha.
Eu acho dificil Zé Bolinha ou Zé empacadão chegar no segundo turno,tudo indica que quando a campanha “equentar” Xuxu vai puxar o tapete do Zé e passar a apoiar Gabriel Chalita seu fiel aliado.
Quem conhece Xuxu sabe que ele jamais perdoa uma Traição como a de Serra em 2008 e alem do mais Xuxu sabe que uma derrota vai acabar com a carreira Politica de Serra.
A candidatura de Serra era tudo que Xuxu pediu a Deus,pra lhe dar o troco com juros e correção.
Fabio Passos
O PIG vai participar com um desespero além do normal nesta campanha de serra a prefeitura de SP.
PIG e serra em campanha é baixaria na certa… jogo sujo do começo ao fim.
Vlad
Por que? O PIG tá com medo do Russomanno?
º,..,º
Fabio Passos
lulipe
Vão perder novamente em SP!!!!
abolicionista
Se o PSDB não ganhar em sampa, vai acabar. São Paulo é a UTI do PSDB, de lá, é pro Araçá…
João
é lamentável ver o PSDB se comportando como o PT!
shame on you, PSDB!
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