Marcelo Zero: Frente ao novo ataque bolsonarista ao STF, é vital reação firme e imediata das forças democráticas

Tempo de leitura: 5 min
Foto: Jane de Araújo /Agência Senado

O Império Contra-Ataca

Por Marcelo Zero*

Após um período na defensiva, a armada bolsonarista contra-ataca. Bolsonaro retomou a iniciativa política e ataca em todas as frentes.

Retomou o controle mais rígido e amplo do Congresso graças à uma farta distribuição de benesses propiciadas, entre outros instrumentos, pelo “orçamento secreto”.

Desde o início do ano, avança paulatinamente nas pesquisas eleitorais, graças também a iniciativas como o Auxílio Brasil, empréstimos facilitados, distribuição do FGTS, antecipação do 13º salário, aumento, ainda que muito modesto dos salários do funcionalismo público, distribuição de dinheiro para governadores e prefeitos aliados etc.

O alívio na pandemia, propiciado pela CPI do Senado e pela reação de governadores e da sociedade, contribui, da mesma forma, para um clima mais propício ao governo.

O chamado “partido militar”, base importante do governo, foi rearticulado e fortalecido e ameaça avançar até mesmo sobre o Itamaraty, com o intuito de retomar uma política externa mais alinhada à extrema-direita mundial.

Foi também rearticulada a relação entre o bolsonarismo e o “PIB”, já que agronegócio e setores do capital financeiro voltaram a apostar em Bolsonaro como uma opção racional, face à suposta “ameaça” da candidatura Lula, a qual quer, na realidade, salvar o capitalismo brasileiro da ruína em que se meteu.

Estimulado por esses avanços, e buscando motivar sua base de fanáticos neofascistas, Bolsonaro voltou a atacar o STF, com um decreto que viola frontalmente, descaradamente, a impessoalidade e a finalidade inerentes aos atos administrativos governamentais.

Agiu como se o artigo 84, inciso XII, da Constituição Federal lhe conferisse poderes absolutos e discricionaridade total e incontestável. Considera-se, talvez, um novo monarca, Bolsonaro I.

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Alguns tentaram comparar o decreto de Bolsonaro I, um indulto à ditadura, ao indulto de Trump a Bannon.

Ora, Bannon era processado na justiça comum não por atentados à democracia, mas por suposta fraude na coleta de contribuições para a construção do famigerado muro na fronteira com o México. Nenhum presidente norte-americano jamais se atreveu a desafiar, muito menos afrontar, qualquer decisão da Suprema Corte dos EUA. Sofreria impeachment expedito.

Saliente-se que no caso em que Lula decidiu sobre a não extradição de Cesare Battisti, que já gozava de status de refugiado político no Brasil, tal decisão deu-se com base no entendimento, sustentado pelo próprio STF, de que a concessão de refúgio é um ato de soberania do Estado e que tal ato, nos termos do artigo 84, inciso VII, da CF, é prerrogativa constitucional exclusiva do Presidente da República.

Mesmo assim, a decisão do presidente foi submetida posteriormente ao STF, que, em rumoroso julgamento, a manteve, contra os votos de três ministros da Corte.

Curiosamente, na época ninguém (ou quase ninguém) alegou que, por ter se dado ao abrigo de comando constitucional de prerrogativa exclusiva do Presidente da República, tal decisão era insuscetível de questionamento, como se faz levianamente agora.

Observe-se que naquele caso, o beneficiado não era amigo ou aliado do presidente. Ademais, o status de refugiado fora decidido após amplo debate e votação no CONARE, órgão colegiado vinculado ao Ministério da Justiça, levando em consideração fundadas razões humanitárias e os compromissos internacionais do Brasil relativos à concessão de asilo e refúgio.

Assim, naquele caso, ao contrário do que acontece agora, não houve desvio de finalidade e violação do princípio da impessoalidade.

Lula, diga-se de passagem, jamais afrontou ou desobedeceu a qualquer decisão judicial. Claramente submetido a uma lawfare brutal, optou por lutar na justiça para limpar seu nome. Conseguiu.

Mas o que importa aqui destacar é que a afronta de Bolsonaro I à democracia e ao STF é um grave sinal de alerta.

Não é segredo nenhum que Bolsonaro é um saudoso da ditadura e um admirador de torturadores. Também não é segredo que Bolsonaro ensaia, há tempos, um assalto ao STF e uma escusa para não reconhecer o resultado das eleições, caso saia perdedor do pleito de 2022.

Procurará emular Trump, caso estejam reunidas as condições para tanto. Tem o sonho distópico de um novo regime autoritário e repressivo. Gostaria de mandar todos os que dele discordam para a “ponta da praia” ou para o exílio.

Pois bem, essas condições estão se cristalizando.

1.Todo o mundo ou quase todo o mundo que tem armas no Brasil está alinhado com Bolsonaro. Militares, polícias, milícias e civis articulados em clubes de tiro fazem parte da base bolsonarista. Trata-se de uma força avassaladora, que pode ser mobilizada rápida e decisivamente, como ocorreu no caso da Bolívia, por exemplo.

2. O chamado “partido militar”, em particular, poderá hesitar em entregar o poder a civis. Não se trata apenas de manter as 8 mil “boquinhas”, mas sobretudo de manter o controle supervisionado do poder civil e uma política de defesa consentânea à ideologia hoje predominante nas forças armadas.

As forças armadas brasileiras estão agora inseridas no Comando Sul dos EUA e o Brasil torna-se aliado extrarregional da Otan. Foram firmados, além disso, diversos acordos bilaterais com os EUA, que solidificam o alinhamento da política de defesa do Brasil aos ditames estratégicos dos EUA.

A mentalidade de uma nova Guerra Fria instalou-se em nossas forças. Dificilmente os militares aceitarão uma revisão dessa nova política.

3. As novas circunstâncias geopolíticas criadas pela guerra na Ucrânia intensificarão os esforços dos EUA para manter a América Latina como sua zona de influência exclusiva, livre da influência da China, Rússia e outros países considerados inimigos ou adversários, conforme apregoa explicitamente sua doutrina de segurança nacional.

Da mesma forma, é muito provável que os EUA não vejam com bons olhos novos investimentos na integração regional soberana.

Portanto, muito embora Biden desconfie de Bolsonaro e afirme que não apoiaria uma aventura autoritária no Brasil, a depender das circunstâncias, poderia fazer “vista grossa” a um golpe com as devidas aparências de “legalidade”.

4. Bolsonaro tem o domínio do Congresso, como ficou evidente, agora, no caso do indulto ao fascismo. O presidente do Congresso Nacional correu para avalizar o decreto. Esse domínio seria estratégico, caso se decida por questionar um resultado eleitoral negativo e acusar o TSE e as urnas eletrônicas de fraude.

5. A rearticulação do governo Bolsonaro com os grandes interesses econômicos, e a ausência de viabilidade dos candidatos da chamada “terceira via”, torna sua reeleição não apenas palatável, mas, aos olhos de muitos grandes grupos econômicos, nacionais e estrangeiros, necessária aos seus interesses maiores.

A possibilidade de revisão das políticas relativas a empresas estratégicas, com a Petrobras e Eletrobras e da reforma trabalhista, bem como a perspectiva de uma reforma tributária que taxe os mais ricos, gera grandes resistências em nossas oligarquias atrasadas e reacionárias, que ainda apostam obtusamente nas desigualdades e no Estado mínimo.

6. A armada bolsonarista usa muito bem as redes sociais para difundir fake news, que podem ter grande influência na geração de um clima propício ao questionamento das eleições e a agressões às instituições democráticas. A rearticulação da extrema-direita mundial poderá “turbinar” essa vertente.

7. A base fanática e nitidamente neofascista de Bolsonaro está bastante ativa e mobilizada, pronta para atuar, caso o líder assim o solicite. Forças fascistas, uma vez articuladas, são de difícil controle.

Na Alemanha da República de Weimar, as classes dominantes acharam que podiam controlar Hitler e mantê-lo sob o controle das instituições. Foram varridas.

Não se brinca com fascismo. Fascismo é algo que tem de ser combatido no nascedouro.

Isto posto, é relevante frisar que as probabilidades de êxito de uma nova aventura autoritária, ainda que com aparência de legalidade, são pequenas. Mas não são desprezíveis ou negligenciáveis.

Tudo dependerá da reação das instituições e das forças democráticas. Bolsonaro vem, há muito, testando os limites da nossa democracia. Quando vê espaço, avança contra as instituições.

Mas, ao encontrar reação firme e pronta, recua e se desgasta, como se viu após as manifestações de setembro contra o STF e o TSE, quando estivemos à beira de uma ruptura institucional.

Por isso, é vital que essa nova agressão ao STF e à democracia encontre reação firme e articulada das forças democráticas. Ignorá-la, negligenciá-la ou procrastinar a reação para depois das eleições não parecem ser opções inteligentes.

Reagir, de modo ponderado, mas firme, não significa “fazer o jogo de Bolsonaro” e cair numa “armadilha”. Significa, ao contrário, fazer o jogo da democracia e desarmar a armadilha autoritária.

Como bem disse Foucault: o adversário estratégico é o fascismo… o fascismo em todos nós, em nossas cabeças e em nosso comportamento cotidiano, o fascismo que nos faz amar o poder, desejar aquilo que nos domina e nos explora.

Essa é a grande armadilha que temos de desarmar.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

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Comentários

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Zé Maria

“1)Não cabe ao ministro da Defesa opinar sobre o processo eleitoral.
Não cabe aos comandantes militares tutelar o processo político,
muito menos ameaçar as instituições, como fez Vilas-Boas
para prender Lula em 2018 e repete agora o general Paulo Sérgio”
2)Garantir a realização de eleições livres e limpas passou a ser
a prioridade no país, desde que Bolsonaro voltou a mostrar
suas garras golpistas.
Comandantes que se envolvem nessa aventura estão
destruindo por dentro a hierarquia e a credibilidade
das Forças Armadas”

https://twitter.com/Gleisi/status/1518574265087533059
https://twitter.com/Gleisi/status/1518574266622619649

Zé Maria

https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/04/52019782751_fd1584ce96_h-1024×787.jpg

“Brasil Nunca Teve um Presidente tão Desqualificado Moralmente”
diz Lula à Juventude da Comunidade de Heliópolis em SP

“O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado moralmente.
Um cara que não fala em emprego, em educação, em cultura, em ciência e tecnologia, em escola técnica.
Ele não fala nada.
Ele se alimenta do ódio que ele e a família dele transmitem
todos os dias por fake news“, afirmou Lula, para quem
Bolsonaro “não tem qualquer compromisso com a Verdade”.

LULA visitou Grupos da Juventude da Comunidade de Heliópolis,
a maior da Periferia da Cidade de São Paulo (Capital).

O líder das pesquisas de intenção de voto também
pediu que os jovens paulistanos entre 16 e 18 anos
tirem o Título de Eleitor e participem das Eleições.

Íntegra:

https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/lula-o-brasil-nunca-teve-um-presidente-tao-desqualificado-moralmente-quanto-bolsonaro

Zé Maria

Justiça Estadual de São Paulo Condena Vereador Bolsonarista
por Violência Política de Gênero contra Vereadora do PT

Professora Juliana moveu ação por danos morais,
com pedido de liminar para remoção de vídeo com as ofensas,
que foi publicado pelo Vereador Bolsonarista em julho de 2021.

Assessoria do Mandato Professora Juliana

A Justiça de Americana (SP) condenou o Vereador Bolsonarista de Santa Bárbara d’Oeste (SP), Felipe Corá (Patr),
a se retratar publicamente pelas ofensas proferidas em vídeo
publicado nas redes sociais contra a Vereadora de Americana, Professora Juliana (PT).

Ele também foi condenado a indenizar a Vereadora em
R$ 8 mil
pelos danos morais causados pelos ataques.

Professora Juliana moveu ação por danos morais, com pedido de liminar
para remoção dos vídeos publicados pelo Vereador Bolsonarista,
diante das ofensas proferidas por ele em vídeo publicado em julho de 2021.

Em tom agressivo, no vídeo, o vereador mandava a Vereadora “lavar a boca com ácido sulfúrico antes de criticar Bolsonaro” e a acusou de “defender bandido”.

Os vídeos com as ofensas foram retirados do ar em
agosto do ano passado também após decisão judicial.

Na decisão publicada em 19 de abril, o juiz estadual paulista
Fábio D’Urso escreve que o vereador Felipe Corá (Patr)
“se excedeu ao proferir ofensas”, expondo a Vereadora Professora Juliana (PT) à “execração pública”.

O magistrado escreve que “há um abismo entre criticar
as atitudes políticas da vereadora e publicar dizeres
injuriosos em seu desfavor” e que as falas do vereador
tiveram o objetivo de “macular a imagem e a honra”
da vereadora, “extrapolando os limites da liberdade
de expressão, sendo indiscutível a humilhação”.

“O réu (Corá) excedeu o direito que lhe é conferido
constitucionalmente no claro intuito de ofender a autora,
transcendendo do exame crítico para a pura injúria.
Destarte, como o requerido adotou conduta antijurídica,
expondo a requerente a situação vexatória, insultando-a e
constrangendo-a diante de incontável número de pessoas
(internet), é notório que a situação fática vivenciada
excedeu o mero aborrecimento cotidiano, gerando dor e
sofrimento, sendo manifesta a configuração de dano moral
passível de indenização”, traz trecho da sentença.

Violência Política de Gênero
Para a Vereadora Professora Juliana, a decisão judicial,
assim como a liminar que obrigou a remoção do vídeo,
comprova que trata-se de um caso de violência política
de gênero.

“Na época dos ataques, ouvimos de várias pessoas
que se tratava de mera divergência política, mas a
decisão judicial comprova o que a gente já vinha dizendo
ano passado, não era liberdade de expressão, era discurso
de ódio.
Foi um ataque violento, um caso nítido de violência política
de gênero, situação que vem se repetindo contra mulheres
na política e que precisa ser combatida.
Não se pode aceitar e normalizar ataques como este
em um estado democrático de direito”, disse a Parlamentar.

Juliana citou ainda que espera que a retratação seja feita
com o devido entendimento e reconhecimento da
violência causada, e adiantou que parte do valor da
indenização será utilizado em ações de defesa dos direitos
das mulheres.

https://pt.org.br/bolsonarista-e-condenado-a-indenizar-vereadora-do-pt-apos-violencia-politica-de-genero/

abelardo

Diante desta e de muitas matérias jornalística, desde o golpe contra Dilma Rousseff, eu concordo que temos de sim que ajudar na reação das forças democráticas contra o ataque ao TSE e o endosso das FFAA ao incompetente Bolsonaro.

Agiu como se o artigo 84, inciso XII, da Constituição Federal lhe conferisse poderes absolutos e discricionaridade total e incontestável. Considera-se, talvez, um novo monarca, Bolsonaro I.
• A FFAA parece aplaudir e apoiar esse candidato a novo ídolo.

Como bem disse Foucault: o adversário estratégico é o fascismo… o fascismo em todos nós, em nossas cabeças e em nosso comportamento cotidiano, o fascismo que nos faz amar o poder, desejar aquilo que nos domina e nos explora.
• Porém, parece que para as FFAA, isso não tem a mínima importância.

Desde o início do ano, avança paulatinamente nas pesquisas eleitorais, graças também a iniciativas como o Auxílio Brasil, empréstimos facilitados, distribuição do FGTS, antecipação do 13º salário, aumento, ainda que muito modesto dos salários do funcionalismo público, distribuição de dinheiro para governadores e prefeitos aliados etc.
• Êpa! Será que tem boquinhas novas usufruindo das benesses?

Então, imagino que além de tudo isso, os apijamados dos Clubes Militares resolveram botar lenha na fogueira que incendeia o Brasil, quando usam as Togas de ministro do STF como referência. Aliás, Togas que devem ser respeitadas, da mesma forma que os Ministros do STF respeitam a farda militar dos militares.
Vale lembrar que todo o funcionalismo público é tão funcionário e subalterno do povo, como na relação empregado e patrão, no trabalho privado.
Lembro também que quando interferem indevidamente, para defender o lado onde não está o povo e por outro lado agridem o lado que o povo defende e confia, neste combate contra o fascismo, contra a ditadura e contra o totalitarismo é porque, eu penso, já chegou o momento de se criar leis e normas que freie essas atitudes e esses pronunciamentos injustificáveis, inadequados e indignos da autoridade que a patente confere e exige de quem a veste, que a honre e respeite.
Se a revolta foi pela critica que o ministro do TSE fez sobre as interferências dos militares em assuntos partidários e eleitorais, ou seja, se o ministro Barroso fez a crítica em defesa de um sistema de votação transparente, sério e qualificado, como realmente e recentemente foi testado e aprovado e provado, como um sistema de total confiança, qual o sentido de alguns militares comprarem essa briga que Bolsonaro cria e replica a todo instante, com as justificativas mais absurdas, sem pé e sem cabeça, contra as urnas eletrônicas?
Observo que as FFAA não estão nem aí para questões como:
Bolsonaro diz que não vai obedecer ao STF sobre a questão das terras indígenas;
Políticos simpatizantes do governo criam projeto de anistia a delinquentes envolvidos em atos antidemocráticos;
Ramos diz que militares estão prontos;
Paulo Chagas quer ver Barroso preso;
Mourão diz que FFAA não são crianças; entre outras.

Porém, eu entendo que ultimamente as FFAA produziram tantos escândalos em compras absurdas e imperdoáveis, que nos permite sim pensar que fazem uma péssima versão sobre o uso das verbas públicas que recebem, graças ao trabalho e o suor do povo brasileiro. Deveria ter uma resposta convincente para o público e não respostas infantis que não nos convenceram e ainda ofenderam a nossa inteligência. Deixa a entender que não foi falta grave e que se as compras passassem sem serem percebidas, não teriam a menor importância para as FFAA.
Sei que não foi assim que pensaram, mas não sobra opção melhor para pensar, tal foi o desprezo que deram aos fatos graves e ridículos, em se tratando de compras feitas em nome da Instituição.
Porém, para aqueles militares que insistem em dar peruadas na seara da política, que renunciem as suas carreiras, aos benefícios que ela fartamente lhes oferece e se candidatem a um cargo político. Seria até mais dignificante debater de igual para igual, do que se garantir na farda e no da Instituição.
Avalio que os alguns militares têm muito mais dificuldades para respeitar, do que tem para exigir respeito. Alguns tentam a imposição por grito, soco na mesa ou ameaças gratuitas, como se não estivessem ameaçando todo o povo que está contra Bolsonaro e a todos que são contra as arbitrariedades e provocações que ele, como chefe da nação, jamais poderia fazê-las.
Avalio que os militares deram mais uma bola fora e o pior é que já está fazendo aquele papel de chata, ridícula e serviçal da incompetência e do pior governo que o Brasil já experimentou, após a desastrosa e macabra ditadura militar, pós 1964.

abelardo

Os incompetentes estão desesperados. Até o tal heleno, que percebe sua ida para o lixo da história, além do choro e do desespero mostra também sinais de alucinações, fato comum naqueles que insistem em não procurar um psiquiatra.

Zé Maria

https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2020/08/1538614271340.jpg

O Delinquente Predileto do Autocrata
que se diz Presidente de Brasil
pegou ao todo 26 dias de prisão
e mais 54 de detenção no período
em que esteve na Polícia Militar
do Rio de Janeiro (PM-RJ).

Daniel Silveira recebeu, ainda na corporação, 14 repreensões e duas advertências, “ficando cristalina sua inadequação ao serviço Policial Militar”, conforme consta da ficha policial do meliante.
Também segundo o documento, “em breve tempo de efetivo serviço policial militar” ele demonstrou “ausência de compromisso e incompatibilidade ao serviço policial militar”.

O processo administrativo foi arquivado quando Daniel Silveira se licenciou da PM para concorrer a deputado federal em 2018, quando foi eleito pelo estado do Rio de Janeiro,, assumindo o cargo na Câmara Federal em 2019.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro chegou a reprovar, em 2010, a entrada de Daniel Silveira na corporação após a pesquisa social realizada sobre o então candidato a soldado.

https://theintercept.imgix.net/wp-uploads/sites/1/2020/08/doc.jpg

De acordo com o documento, Silveira descumpriu requisitos como ter boa conduta social e não haver praticado atos considerados incompatíveis com a honra do policial militar.

À época, Daniel Silveira era investigado pela Polícia Civil pela suspeita de furto do carimbo de uma médica para fraudar atestados quando era cobrador de uma empresa de ônibus em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

Daniel só conseguiu ingressar na corporação, porque obteve uma decisão judicial, em 2013, que garantiu seu engajamento na PM-RJ.

g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/02/17/como-pm-daniel-silveira-teve-60-sancoes-disciplinares-diz-documento-da-corporacao.ghtml

https://www.brasildefato.com.br/2021/02/17/quem-e-daniel-silveira-o-deputado-bolsonarista-preso-apos-ameacas-ao-stf

https://theintercept.com/2020/08/12/daniel-silveira-deputado-pm-licenca-medica-expulsao/

Cláudio

Excelente artigo. Nada mais a acrescentar, senão parabenizar o autor, Marcelo Zero, pela lucidez das ideias expostas num texto muito bem articulado, e ao Viomundo, agradecendo por nos disponibilizar tão valiosas apreciações da realidade atual, brasileira e mundial, como esta preciosíssima análise conjuntural. Grato e muito bom sucesso Para Todas e Para Todos. E PT saudações.

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