Maringoni: Como o Conselho Federal de Medicina lavou as mãos

Tempo de leitura: 3 min
Foto Araquém Alcântara

Maringoni

CFM AVISA: NÃO TOPAMOS O QUE OFERECERAM AOS CUBANOS

por Gilberto Maringoni, no Facebook

O Conselho Federal de Medicina, entidade que ataca com baixeza os médicos cubanos desde 2013, lançou nota sobre o tema em seu portal.

Num tom desinteressado-esperto, a entidade começa afirmando que:
“O Brasil conta com médicos formados no País em número suficiente para atender às demandas da população”.

Então tá. Mas, quando se pensa que os discípulos de Esculápio se oferecerão de forma cívica e desassombrada para cumprirem a sagrada missão de salvar vidas nos confins do Brasil — aquele que está “acima de tudo” — eis que as exigências aparecem:

“Cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves;

Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada”.

Leiam novamente: “Infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves” e “a criação de uma carreira de Estado para o médico”.

Em português claro, os brasileiros avisam que não irão tratar de pobre, ainda mais longe de casa, tão cedo. Nem mortas topamos o que vocês ofereceram à mulambada!

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Diante da emenda de teto de gastos em vigor e com a tara de Paulo Guedes por cortes, a agência de lobby dos médicos acaba de lavar as mãos sobre a saúde de milhões de brasileiros.

Com desinfetante.

NOTA À SOCIEDADE BRASILEIRA

Brasília, 14 de novembro de 2018

Diante do anúncio feito pelo Governo de Cuba de retirada de seus intercambistas dos quadros do Programa Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público reiterar que:

1. O Brasil conta com médicos formados no País em número suficiente para atender às demandas da população;

2. Historicamente, os médicos brasileiros têm atuado, mesmo sob condições adversas, sempre em respeito ao seu compromisso com a sociedade;

3. Cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves;

4. Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada.

5. Esses pontos constam do Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde, encaminhado a todos os candidatos nas Eleições Gerais de 2018, ainda no primeiro turno.

Comprometido com a Nação, a ser construída com base na ética e na justiça, o CFM se coloca a disposição do Governo para contribuir com a construção de soluções para os problemas que afetam o sistema de saúde brasileiro.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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Comentários

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Jardel

Os médicos brasileiros se recusam a trabalhar em lugares onde se suja os pés com o barro das ruas. Recusam até as periferias das grandes cidades.
Não fosse isso verdade o Programa Mais Médicos sequer existiria, pois foi esse o motivo de sua criação.
Preferem os grandes centros onde dá pra conciliar até três locais de trabalho. Dormem em seus respectivos locais de trabalho, como é muito comum de se verificar. Muitos batem o cartão de ponto no serviço público e se dirigem aos seus consultórios particulares e clínicas privadas.
Os que já não são ricos querem enriquecer a qualquer custo.
Para se formarem não gastaram menos de 500 mil reais. Já os cubanos se formam pela universidade PÚBLICA. Tudo custeado pelo governo.
Daí a diferença, até no trato com os pacientes…

Julio Silveira

Quando temos um dirigente regional desta instituição cujos filhos tiveram formação em medicina feita em Cuba e que, de forma hipocrita quando se fez a parceria para trazer os médicos Cubanos, começou a desqualificá-los, dá pra gente perceber o nivel de hipocrisia quando falam em interesse publico. O CFM orgão que defende os interesses de sua classe burguesa, hoje mercenaria, sempre foram contra a chegada dos medicos cubanos por unica e exclusiva defesa de reserva de mercado. Já que a chegada de tais profissionais, abririam um flanco na sua capacidade de chantagem pelo exclusivismo alcançado, expondo as contradições de uma atividade altamente humanista, mas que atualmente voltada para a politicagem e o mercenarismo.

Zé Maria

Não à toa, os médicos foram os primeiros
a aderir ao Nazismo na Alemanha de Hitler…
Depois dos Juízes, claro…

Zé Maria

A Joicinha 171 não perde o hábito de praticar um Estelionato…

https://twitter.com/luckitto/status/1067062926115246082

NELSON KALINOVSKI FILHO

E dever de todo e qualquer profissional, em qualquer área de atuação, zelar pelos bons serviços prestados, garantindo ao seu cliente o resultado esperado. Portanto, e corretíssima a atitude do CFM, em exigir condições mínimas de trabalho aos seus profissionais. O profissional que atua sem denunciar as más condições de trabalho, corre o risco de ser denunciado por negligência e imprudência. Vale ressaltar que os cubanos fizeram inúmeras barbaridades e não responderam por isso, à revelia da lei

    Jardel

    Desde antes do começo do Programa Mais Médicos esses crápulas do CFM se colocaram contra a ideia. Na chegada dos cubanos ao Brasil foram ao aeroporto chamá-los de escravos. Ora! Por que ofenderam os cubanos se estes estavam dispostos a trabalhar onde os brasileiros se recusavam a ir?
    O que eles querem é RESERVA DE MERCADO na medicina.
    Com raríssimas exceções os médicos brasileiros são MERCENÁRIOS, EGOÍSTAS E FILHINHOS DE PAPAI.
    Gastam mais de 500 mil reais para se formarem e depois é óbvio que não querem sujar os pés de barro no meio dos pobres.

Allan Malheiros Stoltemberg

Só sendo muito cretino pra escrever tanta cretinice…

    Jardel

    Oh! Sr. Stoltemberg, quanto conteúdo em seu comentário, hein?
    Parabéns!
    É de comentaristas como o senhor que estamos precisando.

Elena

E os médicos cubanos, mesmo sem toda essa “infraestrutura de trabalho exigida pelos médicos brasileiros, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves, foram para os confins do Brasil e deram conta do recado, proporcionando um ótimo atendimento, conforme avaliação dos atendidos. Então só podemos concluir o seguinte: os médicos brasileiros são cheios de mi mi mi e não gostam de atender os pobres. Verdade seja dita!

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