Preso há quase um ano em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (28) João Paulo Rodrigues, dirigente nacional do MST, e Moises Selerges, da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Durante a visita, eles conversaram sobre a conjuntura nacional e sobre o papel fundamental do movimento social e sindical na resistência contra os retrocessos impostos pelo atual governo.
“Encontramos um líder, com o mesmo semblante de estadista. Ele reforçou que esse é o momento para fazermos a luta e discutir com o povo. E ainda fez uma reclamação. Ele disse que não é momento de fazer o embate só WhatsApp e Twitter, que o momento é de discutir olho no olho, nas ruas, com um por um. É assim que nós vamos vencer essa batalha, com trabalho de base”, relatou João Paulo Rodrigues.
A proposta de reforma da Previdência e o fechamento de fábricas no ABC também entraram na pauta do encontro. De acordo com Moises Selerges, Lula também demonstrou preocupação com o tema da soberania nacional, fragilizada com os desmandos do governo Bolsonaro.
“Vim rever um amigo, depois de 356 dias, daquele dia no sindicato. Encontrei um homem inocente e indignado, que demonstra o tempo todo uma preocupação muito grande com a soberania do país. E ele reforçou que a soberania não se trata apenas da questão do petróleo, da água, das florestas, mas também de um país com comida na mesa do trabalhador”, afirmou o metalúrgico. “Saio daqui lembrando do quanto o Brasil precisa do Lula livre”.
Ao final da visita, na Vigília Lula Livre, os dirigentes reforçaram a convocatória para as grandes manifestações do dia 7 de abril, quando se completa um ano da prisão política de Lula.
Comentários
Zé Maria
https://twitter.com/i/status/1111617199985311744
#Lula Livre! Lula #NobelDaPaz!
Salvador 470 Anos
Parabéns, Soteropolitanos!
https://pbs.twimg.com/media/D20_tjHWwAA__pv.jpg
“Salvador da Revolta dos Malês, da luta pela independência,
da Revolta dos Alfaiates, berço de inúmeros movimentos
culturais e artísticos, primeira capital, capital da terra-mãe do Brasil!”
Senador Jaques Wagner (PT=BA)
https://twitter.com/jaqueswagner/status/1111614831369564161
Thiago
OU NÓS VAMOS PARA AS RUAS OU ESTAMOS FODIDOS
E NÃO É SÓ PARA DEFENDER A LIBERDADE DO LULA
Leiam esta excelente matéria de Joaquim Xavier para entender a encruzilhada em que o Brasil (e o Brasil somos todos nós, certo?) se encontra.
Como se livrar de um (des) governo
Xavier: o que está em jogo é a sobrevivência do povo
Joaquim Xavier
Publicado em 29/03/2019, no Conversa Afiada
https://www.conversaafiada.com.br/politica/como-se-livrar-de-um-des-governo
O Conversa Afiada tem o prazer de publicar sereno (sempre!) artigo do colUnista exclusivo Joaquim Xavier:
O governo Bolsonaro já se foi. Parece até notícia velha. Aliás, escrevi há meses um artigo intitulado “o governo acabou antes de começar”. Batata. Os fatos só fizeram confirmar o prognóstico.
Não se trata de discutir como manter de pé um walking dead. O Brasil tem urgências que não suportam uma gestão envolvida em cumplicidade com milicianos assassinos, vendilhona da soberania nacional, produtora incessante de fake news, vassala de um astrólogo desmiolado, incapaz de fazer política com P maiúscula, acusada de roubar dinheiro do povo para financiar cabos eleitorais, idólatra de ditaduras dentro e fora do Brasil, abrigo de ministros, quando não tresloucados, frutos de um latifundiário de laranjais ou filhotes de caixa 4. E o ministro (sic) das relações exteriores que acha que o nazismo era de Esquerda? Precisa desenhar?
A história tem vários exemplos de desabamentos de governos falidos. Há aqueles que mandavam o povo comer brioches e acabaram em caixões. Um outro insistiu na alucinação do Reich de mil anos e seu líder recorreu ao suicídio. Aqui no Brasil, uns foram alvos de golpes de força, como Jango, outros de abuso na roubalheira, como Collor. E um, como o governo Dilma Rousseff, tornou-se vítima de uma tramoia destinada a anular os tímidos, mas reais, avanços sociais da era Lula.
A situação agora pode parecer mais complicada. A quadrilha que tomou o poder de assalto em janeiro com base numa eleição fraudulenta mal completou três meses. Só que o tempo na política não respeita calendários. O país está sendo conduzido à ruína numa velocidade muito maior do que as 24h de cada dia. O Planalto vive à sanha de uma equipe descontrolada que trata o Brasil como mercadoria de alucinados e camelôs da honra nacional.
Se Rodrigo “Botafogo Odebrecht” Maia fosse gente séria, já teria encaminhado o impeachment de Bolsonaro em vez de bate-bocas na mídia gorda. A oposição parlamentar, o mesmo. Por que ainda não entrou com pedido de impeachment de Bolsonaro? Os crimes de responsabilidade deste governo são inúmeros, e todos previstos na Constituição. A apologia de regimes ditatoriais e difusão de pornovídeos já seriam suficientes, para não falar de tantos outros desatinos.
A mídia endinheirada, em desespero, tenta agora vender a imagem de que os de cima resolveram fumar o “cachimbo da paz”. A verdade é que o cheiro de queimado começa a asfixiar o grande capital, fiador maior da camarilha no poder. (Ler “os banqueiros mandaram o bate boca acabar – e acabou…”) A turma do “deixa disso” entrou em campo para juntar o saco de gatos que tomou conta do Brasil. Tudo a mesma sopa, como diria Mino Carta.
Não cabe desprezar este movimento. No frigir dos ovos, toda esta gente tem um objetivo em comum: escravizar o povo em favor dos abutres que saqueiam o Brasil. Pensar que Rodrigo “Botafogo Odebrecht” Maia resista de verdade aos ataques à democracia e aos interesses do país é como acreditar em Papai Noel.
“Botafogo” é um dos maiores entusiastas da liquidação da aposentadoria. Acusa Bolsonaro de abandonar a missão. Parece coisa de doido, mas é disso que se trata: Maia representa os interesses do grande capital, e cobra do militar usurpador empenho nesta empreitada.
Já Bolsonaro está mais interessado em defender seus quinze minutos de fama e o patrimônio inchado à custa de dinheiro público.
Infeliz o país em que as opções aparentemente seriam estas: um tenente que virou capitão ao ser praticamente expulso do Exército, um vice-presidente lobo fantasiado de cordeiro, um presidente da Câmara lubrificado por afagos de empreiteiras, um Judiciário subserviente e desmoralizado.
Ainda bem que existe povo. Esse é o elemento-chave da situação. Sua sobrevivência é que está em jogo. Querelas ideológicas com um bando de destrambelhados reacionários podem render manchetes de jornais impressos (enquanto existirem). Só não resolvem o principal. Famílias inteiras de trabalhadores e trabalhadoras vêm sendo destruídas, lançadas à miséria e à desesperança. Mas só elas podem garantir um futuro digno para o Brasil. Organizá-las para derrubar este governo é o dever imediato de todo democrata e oposicionista sincero.
Joaquim Xavier
Sandra
Nao pude ir ao julgamento do presidente Lula no TRF4, mas dia 7 de abril estarei em Curitiba e levarei comigo todo carinho e respeito que tenho por ele. Luto e anseio incansavelmente por sua liberdade.
Cláudio
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: * * * * 04:13 * * * * * : Ouvindo A(s) Voz(es) do BraSil e postando : Poema “Z”
Para Dilma, Lula e o PT e todos/as os/as progressistas do mundo inteiro. Sinta-se homenageado/a, também.
Penso
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ReXisto
:.:
Zé Maria
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ARBÍTRIO OCULTO POR BIOMBOS
“O governo não tem condições morais, éticas e políticas
de julgar idoneamente pedidos de reparação
de quem foi vítima da ditadura militar”
Por Dilma Vana Rousseff, Sempre Presidente do Brasil
É inesgotável a capacidade da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos de chocar o país com posições míopes e reacionárias.
Notória por ações bizarras, que seriam cômicas se não fossem trágicas, a ministra decide agora mudar a composição da Comissão da Anistia.
Trata-se de uma tentativa hipócrita, mas simplória, de dourar a pílula da arbitrariedade do governo Bolsonaro.
Como para eles não houve golpe nem ditadura militar a partir de 1964, não reconhecem, consequentemente, fundamento histórico, sentido civilizatório e dever moral e democrático na atuação legal da Comissão de Anistia.
Daí ser mera consequência negar o direito às legítimas reparações que são devidas às vítimas atingidas pelo braço repressivo do terrorismo de Estado.
A pose de moralista da ministra e do governo não passa de um mal ajambrado biombo, cujo objetivo é ocultar sua adesão ao autoritarismo e ao desrespeito aos direitos humanos, que feriram o País por mais de 20 anos. A negativa quanto ao direito de indenização e a ridícula ameaça de uma auditoria são apenas mais um ato de quem renega a memória, a verdade e a história do Brasil.
Ao assim proceder, perde todas as condições morais, éticas e políticas de julgar idoneamente pedidos de reparação de quem foi vítima da ação ditatorial praticada pela ditadura.
Pedi reparação da União por ter sido presa e torturada pela ditadura. Suspendi a ação quando era presidenta, por razões éticas, e a reapresentei ao ser destituída por um golpe.
Não abro mão desta luta.
O que é meu por direito não pode ser negado pela história e pela Justiça.
As indenizações por abusos cometidos contra mim em dependências de órgãos policiais estaduais eu as doei ao movimento ‘Tortura Nunca Mais’.
A ministra finge ignorar que a Comissão da Anistia da União, por ser posterior àquelas dos Estados, ao conceder reparação deduziu as indenizações já pagas.
Aceitar a existência de atos violentos e arbitrários a serem reparados significa confessar que o Brasil viveu sob uma ditadura, confessar que o regime exilou, prendeu, torturou e matou milhares de pessoas.
Mais do que nunca, devemos continuar lutando para que não se repitam ditaduras, abertas ou ocultas por biombos.
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http://dilma.com.br/arbitrio-oculto-por-biombos/
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