Lobby de Bolsonaro por “tratamento precoce” rendeu milhões de reais a empresários e médicos aliados

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Da Redação

O esquema para ganhar dinheiro com a venda de drogas e tratamentos ineficazes contra a covid está aos poucos sendo desvendado.

No topo da cadeia, o presidente Jair Bolsonaro, que promoveu publicamente a cloroquina e a hidroxicloroquina dezenas de vezes.

De acordo com o diário direitista carioca O Globo, Bolsonaro fez lobby especificamente pelos empresários Renato Spallicci e Carlos Sanchez, donos das empresas farmacêuticas Apsen e EMS.

O lobby foi feito numa ligação para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em abril de 2020.

Spallicci é abertamente bolsonarista. Nas redes sociais, anunciou seu voto e fez ataques ao PT.

O Globo reproduziu a fala de Bolsonaro na conversa com o primeiro-ministro da Índia (reprodução parcial abaixo).

Trecho reproduzido por O Globo

Um mês antes da ligação, em março, a farmacêutica Pfizer tinha feito o primeiro contato com o governo brasileiro, que só resultou na compra de vacinas quase um ano depois.

Para promover o pseudo tratamento, a Secretaria de Comunicação do governo torrou R$ 19.370.015,27 até outubro de 2020, mas apenas R$ 1,2 milhão para promover a vacinação, de acordo com documento oficial revelado pelo UOL.

Aliados do presidente Bolsonaro, como a oncologista Nise Yamaguchi, atuaram na ponta da dispensação da cloroquina e outras drogas ineficazes contra a covid, garantindo clientes para dezenas de médicos que se dispuseram a fazer as receitas.

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No vídeo acima, a própria Nise deixa claro como ainda hoje funciona o esquema.

Para aumentar a saída das drogas do chamado “tratamento precoce”, o governo pretendia usar o aplicativo TrateCOV.

Lançado em Manaus, o aplicativo tinha como meta promover a prescrição da cloroquina e outros remédios por médicos do sistema público de Saúde.

No conjunto, o esquema patrocinado por Jair Bolsonaro rendeu milhões de reais em venda de fármacos e consultas médicas.

Um levantamento publicado em abril pela Agência Pública  registrou a venda de 52 milhões de comprimidos do kit covid desde o início da pandemia.

Farmacêuticas, drogarias e médicos lucraram e a população ficou com a falsa sensação de segurança que pode ter contribuído para disseminar ainda mais o vírus.

A clara opção do governo brasileiro por tratamentos ineficazes levou o país a atingir 479.515 mortos pela covid neste 10 de junho.

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Comentários

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José Silva

Vagabundos.

mario

E esta japoneuza nacional, uma picareta sem limites – como tantos outros – saiu livre e leve da CPI. E o presidente do glorioso CFM, outro bozonarista idiota, nada faz, porque é aliado do governo criminoso. Ou seja: temos um cúmplice na presidência do CFM

robertoAP

Se esse corrupto notório e explícito que desgoverna o Brasil não sofrer Impeachment e não for para o xadrez, se criará aqui uma jurisprudência que permitirá os próximos presidentes fazer a mesma coisa, sem medo de qualquer punição e se for ameaçado de Impedimento, bastará comprar abertamente quantos parlamentares forem necessários , do mesmo jeito que foi feito pelo criminoso Bolsonaro.

Zé Maria

Relator da CPI da COVID do Senado
compila 200 Frases Criminosas do
Miliciano-Mor Serial Killer Genocida

https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/renan-compila-200-frases-negacionistas-de-bolsonaro-para-a-cpi-todas-me-assustam/

Zé Maria

CRIMES, CRIMES E CRIMES …

Exército reduziu produção de medicamento para transplantados enquanto fabricava cloroquina
Produção de micofenolato de sódio 360 mg caiu 1/3 em março

(https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2021/05/10/exercito-reduziu-producao-de-medicamento-para-transplantados-enquanto-fabricava-cloroquina.ghtml)

Governo distribuiu 90% do estoque da cloroquina feita pelo Exército
Laboratório militar produziu 3,229 milhões de remédios,
enviados aos 26 Estados e ao DF e a hospitais das Forças Armadas

(https://noticias.r7.com/brasil/governo-distribuiu-90-do-estoque-da-cloroquina-feita-pelo-exercito-14032021)

    Zé Maria

    Sem contestar, Exército paga quase triplo
    por insumo da cloroquina

    Primeiros questionamentos formais
    do laboratório do Exército à empresa
    só aconteceram em julho, depois que
    o certame virou alvo de questionamentos
    do Tribunal de Contas da União (TCU)

    Uma empresa de Minas Gerais vendeu
    ao laboratório do Exército Brasileiro (LQFEx)
    ao menos dois lotes de insumos importados
    para a fabricação de cloroquina por um valor
    167% mais alto do que ela mesma tinha
    cobrado em venda à mesma instituição dois meses antes.
    O custo total desses contratos mais caros
    foi de R$ 782,4 mil aos cofres públicos.

    Documentos obtidos com exclusividade
    pela CNN revelam que o laboratório do
    Exército não contestou formalmente esse
    aumento no preço e só cobrou explicações
    por escrito à empresa depois de a compra, já
    finalizada, ter virado alvo de uma investigação
    no Tribunal de Contas da União (TCU).

    Na semana passada, a Procuradoria-Geral da
    República também recebeu uma denúncia
    sobre a compra e analisa se vai instaurar
    inquérito.
    Para especialistas, a falta de justificativa para
    o aumento de preço dentro de um processo
    de compra pública pode configurar
    improbidade administrativa.

    O Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército já fabrica a cloroquina há anos para tratamento de malária, mas entrou em evidência em 2020 ao ampliar a produção para atender às demandas de distribuição do Ministério da Saúde de tratamento para a Covid-19. O remédio não tem eficácia comprovada contra a doença.

    O grupo Sul Minas, representado pelas empresas
    Sul Minas Suplementos e Nutrição e Sul de
    Minas Ingredientes, forneceu ao Exército
    300 kg de difosfato de cloroquina, a base
    do remédio, por R$ 488/kg no mês de março de 2020, mesmo preço de um registro licitado em 2019. Dois meses depois, em maio, a mesma empresa vendeu 600 kg do produto ao governo por R$ 1.304/kg, sob a alegação
    de que os custos internacionais subiram,
    já que ela não fabrica o insumo, mas somente
    o importa da Índia.
    Mas a própria Sul Minas admitiu, tanto
    na carta enviada após a venda quanto em
    e-mails trocados com o Exército durante
    as negociações, que ela tinha estoque
    do material desde março, mesmo mês
    em que aceitou negociar o produto
    pelo valor mais barato. A informação
    era de conhecimento do governo e
    estava nos orçamentos.
    Além disso, uma parte dos insumos (100kg)
    não foi importada, mas sim comprada
    pela Sul Minas no mercado interno
    em data e valores não divulgados,
    segundo informação fornecida pela
    própria empresa.

    Todos os documentos foram obtidos pela
    reportagem por meio da Lei de Acesso à
    Informação (LAI).

    https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/09/15/exclusivo-sem-contestar-exercito-paga-quase-triplo-por-insumo-da-cloroquina

    Zé Maria

    GOVERNO PAGA 500% A MAIS
    PELO INSUMO DA CLOROQUINA

    O Governo Federal pagou neste ano seis vezes mais
    pela matéria-prima importada da Índia
    para produzir cloroquina nos laboratórios
    das Forças Armadas do que desembolsou
    pela substância em maio de 2019.

    De acordo com levantamento da Folha de S. Paulo,
    a mesma empresa, sediada em Campanha (MG),
    vendeu o produto para o Comando do Exército
    e para o Ministério da Saúde, no intervalo
    de um ano, com uma diferença de 500%.

    O preço do quilo saiu agora por R$ 1.304, quase seis vezes aquele pago pelo Ministério da Saúde em contrato assinado em maio de 2019, quando o Governo Federal desembolsou R$ 219,98 por quilo.

    Nos dois casos, o sal difosfato, insumo da
    cloroquina, foi importado de um mesmo
    fabricante da Índia, o Laboratório IPCA.
    O Laboratório Químico e Farmacêutico do
    Exército (LQFEx) comprou 500 quilos da
    matéria-prima, totalizando R$ 652 mil.

    O Exército adquiriu o produto sem licitação,
    e a compra faz parte das ações de enfrentamento
    à pandemia.

    https://www.ictq.com.br/politica-farmaceutica/1554-covid-19-governo-paga-500-a-mais-pelo-insumo-da-cloroquina

Francisco

Monstros liderados por um monstro.

JOSÉ GILSON SOARES

Podridão humana. Essa é a definição para essa gente toda, a começar pelo abominável homem do Planalto.

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