Líder dos liberais que sustentam agenda econômica de Bolsonaro, Maia “demite” Weintraub
Tempo de leitura: 2 min“Como faz para um investidor olhar para um ministro da Educação desse?
Nosso país não tem futuro, né? Não tem futuro. Parece um passado ruim, porque conseguiu fazer de um cara desse o ministro da Educação… que construção que nós tivemos”. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, em evento do Credit Suisse
Da Redação
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, “derrubou” o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Fez isso ao disparar críticas abertas ao gestor do Enem e do Sisu, que enquanto o exame ainda estava em andamento afirmou que havia promovido o melhor Enem “de todos os tempos”.
Diante de uma sequência de problemas que irritaram os 3,9 milhões de participantes da seleção, deixando muitos deles desconfiados com as notas finais, Weintraub é forte candidato a ser sacado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro em reforma ministerial.
Funcionários do Ministério da Educação, citados pela Folha de S. Paulo, disseram que os resultados do Enem que basearam o Sisu não são 100% confiáveis — mesmo depois de uma temporada de atribulações para quem deu duro na disputa por uma vaga.
Quando o ex-secretário de Cultura Roberto Alvim publicou seu vídeo com inspiração nazista, foi Maia quem fulminou, no twitter: “O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo.”
Horas depois, Alvim foi defenestrado.
São os liberais que dão sustentação à agenda econômica de Jair Bolsonaro na Câmara, como demonstrou levantamento do diário conservador Valor Econômico.
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São os liberais que tem exercido o freio de arrumação no governo de extrema-direita, pelo qual se tornaram responsáveis quando promoveram o golpe contra Dilma Rousseff em 2016.
Depois da declaração, bolsonaristas ocuparam as redes sociais com o tradicional #ForaMaia.
“Tem o caráter de Lula, os contatos de Temer e a inteligência de Dilma”, diz um meme que está circulando.
Bolsonaristas também lembraram o codinome Botafogo, atribuído a Maia na lista de propinas da Odebrecht.
O debate pegou fogo depois que a manchete da Folha de S. Paulo com as declarações de Maia passou a circular.
“E agora José? Pergunta lá nas lojas Havan kkkNão só Weintraub. Todos os ministros desse governo não transmitem confiança a nenhum investidor. Não se entendem, só fazem cagada e não têm preparo pra exercerem as funções. Porém sempre há um gado fanático pra elogiar essa corja”, escreveu um internauta.
Maia também criticou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a quem acusou de ter perdido a capacidade de interlocução com os investidores:
“Quando visitam o Brasil é a primeira pergunta que é feita. Não sei como vai fazer com o ministro do Meio Ambiente. Eu acho que, de alguma forma, ele perdeu as condições de ser o interlocutor. Ele radicalizou demais”, disse o presidente da Câmara.
Rodrigo Maia parece nutrir a expectativa de que Weintraub será demitido. Torpedeou:
O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. Cada ano que se perde com a ineficiência, com um discurso ideológico de péssima qualidade na administração, acaba prejudicando os anos seguintes. Mas quem demite e quem nomeia ministro é o presidente.
Comentários
Zé Maria
Discurso Ensaiado para ser divulgado na Globo.
Construído conforme as enquetes de popularidade.
Substituem uma peça para manter o conjunto.
Nelson
Para o Maia, o problema real, do Weintraub, da Damares, do Salles e de outros ministros da Bozolândia, que era o mesmo problema o colombiano e do Alvim, é que eles escancaram em demasia o que vai por suas cabeças e a completa inaptidão para as funções que ocupam ou ocuparam.
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Roubar os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro em geral não é problema para o Maia. Roubar ao povo a possibilidade de uma aposentadoria minimamente digna também não. Doar, via privatizações, nossas riquezas e patrimônio continua não sendo problema para Maia. Demolir, desmantelar, aniquilar por completo com o nosso aparato estatal e o nosso serviço público, idem.
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Vai que, uma hora dessas, o povo resolve acordar da letargia em que se encontra, passa a enxergar a furada em que se meteu ao eleger Bolsonaro, o próprio Maia e 80%, 85%, do Congresso Nacional. E, acordado, esse povo passe à mobilização e à reação contra tanta destruição.
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Aí, amigo, “entra água no chopp” dessa tropa de vende-pátrias, tropa de canalhas, e eles não mais poderão completar o serviço sujo que se comprometeram [com as grandes corporações e países ricos] a fazer.
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É somente este o temor do Maia. Ou alguém acredita que um podre desses tenha preocupação real com o futuro da nação?
a
tão safado qto. todos e os faltantes na foto”histórica” na matéria e, sim, tb. sustenta essa corja de milicianos aboletada nos poderes…
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