Leandro Fortes: Banquete “tropicarlista”

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BANQUETE TROPICARLISTA

por Leandro Fortes, em CartaCapital

Vai ser uma festa para jornalistas de verdade essa gestão de ACM Neto na prefeitura de Salvador.

Acabo de ler que a delegada Kátia Alves irá assumir a presidência da Limpurb, a companhia de limpeza pública da capital baiana.

Kátia Alves, para quem não se lembra, foi denunciada pelo Ministério Público Federal, em 2003, por participação ativa no esquema criminoso de grampos montado pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães, do DEM, avô do atual prefeito. A delegada era secretária de Segurança Pública do governo de César Borges, mas era subordinada direta de ACM.

Entre 19 de maio e 21 de agosto de 2002, ACM montou, dentro da Secretaria de Segurança Pública comandada por Kátia Alves, uma central de grampos clandestinos para bisbilhotar a vida de adversários políticos, aliados e até o namorado de uma amante. As informações era analisadas, processadas e serviam, muitas vezes, de base para reportagens caluniosas publicadas no jornal da família Magalhães, o Correio da Bahia.

ACM Neto, embora não tenha tido participação direta naquela diabrura do avô malvadeza, acabou sendo atingido por tabela. Data daquela época o apelido com o qual desafetos e muitos aliados, inclusive alguns que agora compõe os quadros das secretarias municipais, passaram a lhe chamar: Grampinho.

Agora, peço aos amigos da Bahia que me expliquem, por favor, que diabos a delegada Kátia Alves vai fazer na Limpurb? Limpar a própria biografia? Incinerar provas?

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Comentários

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Francisco

A pergunta não é essa.

A pergunta é outra:

Como é que a ARENA ainda consegue eleger gente neste país?

Detalhe: nunca, em tempo algum, a ARENA se sentiu constrangida a repudiar seu passado de torturadora, estrupadora e genocida (de povos indigenas).

O PCB teve de repudiar Stálin com tal veemencia que, um dia, virou PPS.

Já a ARENA…

Pena que Costa e Silva não pariu um “junior”, no Brasil, seria um forte candidato a qualquer coisa, até (e provavelmente) ministro do STF!

Geysa Guimarães

Da arapongagem de ACM avô me lembro muito bem, inclusive da amante “jovinha”.
Não guardei, porém, o nome dessa delega-mandada.
Mas com as (im)pertinentes perguntas do Leandro Fortes (…que diabos a delegada Kátia Alves vai fazer na Limpurb? Limpar a própria biografia? Destruir provas?), não dá mais pra esquecer.

Julio Silveira

Com isso ele pavimenta suas pretenções futuras, dando uma demonstração inequivoca, aos amigos inseguros, de que ele diferente de outros não muito confiaveis, realmente não larga os parceiros da clã feridos na estrada.

    Julio Silveira

    E para não dizer que não falei das flores, que tal o emprestimo de Bilhões aprovado pelo BNDES a FIAT?

Ricardo Oliveira

Imagine a cidade de Salvador com grampinho como prefeito tendo sido apoiado por Caetano Veloso e Carla Perez. É o tropicalismo soteropolitano em alta. Vale lembrar que a famosa revista Bundas trazia sempre o bunda do mês. Em sua primeira edição o escolhido foi Antonio Carlos Magalhães. Agora, a frente da prefeitura, grampinho não tem o apoio do avô, mas terá Caetano e Perez. Ou não ?

Josean Araújo

Acm grampinho e José Ronaldo ambos do DEM, ganharam as eleições Salvador e Feira de Santana respectivamente, tendo o governador como adversários. Ano de eleição(2012) usaram greves professores e policia militar como palanque de campanha. Sem falar, claro, do show pirotécnico que o STF produziu durante a eleição. A família Magalhães, principal opositor do governo Wagner, tem o poder da tv, rádios e jornais aqui no estado. Manipulou, recebeu apoio do prefeito João Henrique, aproveitou a circunstancias e venceu. Nada mais q isso.

Gerson Carneiro

ACM Neto estreia com queima de arquivo:

Incêndio destrói sede da Secretaria Municipal de Educação

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/incendio-atinge-sede-da-secretaria-municipal-de-educacao/

Helder

De sujeira esse pessoal entende. PhD em podridão.

uirapuru

para entender o reverterio em salvador,ou como governar para os adversarios ou governando nas nuvens:

Absurdos de Fim de Ano

Vitor Hugo Soares

Pode parecer óbvio ou repetitivo, mas diante de “Sua Excelência, o Fato” (sábia expressão cunhada por Ulysses Guimarães), não custa repetir: sei por experiência própria, pessoal e profissionalmente em décadas de jornalismo, que a Bahia é a terra dos absurdos mais inimagináveis, como dizia o antigo ex-governador e filósofo da política e da administração pública no Brasil, Octávio Mangabeira. Os anos passam e esta verdade não envelhece. Ao contrário, fica mais nítida a cada dia.

Um exemplo tão atual quanto emblemático: Nesta última semana de 2012, a Folha de S. Paulo publicou reportagem na qual se revela que o prédio do Arquivo Público do Estado da Bahia, um dos mais importantes locais de pesquisa de documentos históricos sobre fatos e pessoas do Brasil, Portugal, África e América Latina (frequentado por estudiosos do mundo inteiro), está sem luz elétrica há quase três anos. Os pesquisadores disputam mesas próximas às janelas para aproveitar a luz natural e assim realizar suas pesquisas.

O texto é assinado pelo jovem correspondente Nelson Barros Neto, que em boa hora o diário paulista incumbiu de fazer a cobertura jornalística dos fatos relevantes na terra de Mangabeira. A reportagem da Folha é destas de causar estarrecimento se originária de outro lugar (foi tema de enorme interesse e causa de estupefação nas redes sociais, no Twitter principalmente).

Na terra do Descobrimento, no entanto, o mostrado na reportagem tem sido encarado como coisa rotineira. Sem importância ou motivo para preocupação. Isso a julgar pelo silêncio da “mídia baiana” diante do fato, e pela omissão e desinteresse das autoridades do governo do Estado e da prefeitura de Salvador, comandados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Henrique de Barradas Carneiro. Este último, nos derradeiros dias de uma das administrações mais predatórias e desastrosas (contas reprovadas, denúncias e suspeitas de toda parte) na história da mais antiga capital do País.

Nos dias finais de 2012, vale transcrever, neste artigo semanal informativo e de opinião, um trecho expressivo da reportagem. Isso para que leitores e sociedade (e as autoridades federais responsáveis pela administração pública nas áreas de cultura e memória, igualmente omissas até aqui) possam romper a escuridão e enxergar mais de perto o tamanho do absurdo e do desdém, diante da situação atual do Arquivo Público da Bahia, patrimônio valioso do Brasil:

“Hoje só há energia na sala de consulta – reduzida a nove mesas – e na direção. O arquivo ainda convive com goteiras, infiltrações e forro comprometido pela umidade, entre outros problemas constatados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em novembro.”

“Construído no século 16, para ser morada de jesuítas, o espaço é tombado desde 1949. Guarda a memória da primeira capital brasileira, com o equivalente a 23 quilômetros de papéis e documentos raros, contemplados com o Diploma de Memória do Mundo pela Unesco (braço da ONU para a educação).”

“O arquivo, diz o historiador norte-americano Richard Graham, usuário do acervo, contém a ‘base fundamental’ da economia, da política e da sociedade brasileira nos últimos séculos.
De acordo com o historiador João José Reis, o arquivo que serve de referência até para especialistas em história da África ‘está morrendo de morte lenta, com perigo de morte súbita’”.

“As condições são as piores possíveis, até constrangedoras para a própria direção e pesquisadores estrangeiros, em lugares como o toalete”, diz Consuelo Sampaio (historiadora baiana), chefe do Centro de Memória da Bahia de 2003 a 2011. Segundo Sampaio, as inadequações já causaram perda de material, tanto que a instituição precisou recorrer à Universidade de Chicago (EUA) para obter cópia de documento do século 19 de seu próprio acervo”.

Seria bom que a presidente Dilma Rousseff, que ontem (28) desembarcou na Base Naval de Aratu para descanso de fim de ano na magnífica e privativa praia baiana de Inema, tomasse conhecimento de mais este inqualificável e demorado “apagão”.

Quer mais?

Quarta-Feira, 26, na última sessão do ano da Assembleia Legislativa da Bahia, Mesa Diretora e Plenário completos de parlamentares de todos os partidos – igualmente silenciosos ou cúmplices diante do descaso e escárnio sem tamanhos neste caso do Arquivo Público – resolveram contribuir com destaque digno de nota para a galeria de absurdos baianos em 2012.

Os deputados da ALBA votaram sonolenta e docilmente, durante a noite, um empréstimo de mais de R$ 1 bilhão para o governo petista de Jaques Wagner. Em seguida, aprovaram uma enxurrada de concessão de títulos de Cidadão Baiano, homenageando entre outros o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) – de méritos contestáveis e pouco menos que um ilustre desconhecido da maioria da gente da terrinha, como diria Malvina, contestadora e digna personagem do romance Gabriela, de Jorge Amado, recentemente teledramatizado com sucesso pela TV Globo, com sucesso nacional.

Finalmente (há sempre um finalmente), os parlamentares, em inusitado “rasgo de coragem e independência”, votaram em maioria avassaladora contra uma proposta do deputado Luciano Simões (PMDB): a concessão de honra da cidadania baiana “por serviços prestados ao estado e ao País”, ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, relator do processo do Mensalão, negro como a maioria dos habitantes da capital da Bahia.
Durma-se com absurdos como estes, capazes de revirar na tumba os restos mortais de Octávio Mangabeira.

Ainda assim, votos de Feliz Ano Novo para todos.

Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail: [email protected]

Nelson

Até agora não consegui entender essa eleição, como ele ganhou???
Talvez não entenda por não ser baiano, acho que não…
Sou Paulista e não entendo porque o PSDB ganha a mais de vinte anos…
Uma coisa é certa, cada povo tem o governo que merece, nós paulista o Alkimin e eles baianos o ACM, tamos bonito na fita, kkkk

    Lafaiete de Souza Spínola

    Quem poderia responder isso?

    O Sr Jaques Wagner.

    O governador que só pensa nos grandes projetos das construtoras.

    Que não soube lidar com a greve dos policiais.

    Que deu pouca atenção à EDUCAÇÃO e maltratou o professorado.

    Que não deu a mínima atenção aos micros e pequenos empresários. Só se relaciona com os grandes.

    Que não teve um bom candidato.

    O resto ele pode explicar!

airton

A política e os políticos brasileiros vão de mal a pior.

Luiz Vieira

Leandro. Tenho uma pergunta para você, a quem reputo ser um imprescindível defensor da soberania brasileira. A eleição de grampinho é sinal ou sintoma de que doença? É resposta para que pergunta? Venceu a política feita com ódio do adversário, que ele estimulou entre nós soteropolitanos.

Feliz Ano Novo – para vocÊ vai ser mais fácil, não mora aqui

Gerson Carneiro

A Bahia andando de ré.

Mineirim

Teriam sido os baianos que “repassaram a tecnologia” ao governo Alkmin?

Yacov

NO caso do ACMInho, ou grampinho, pode-se dizer com certeza que “é de pequenino que se torce o pepino…”Ô, tristeza, essa família rapaz!! Pior, acho que só a famiglia Cerra.

NO PASSARÁN!! VIVA GENOÍNO!! VIVA ZÈ DIRCEU!! VIVA A LIBERDADE, A DEMOCRACIA E A LEGALIDADE!! VIVA LULA!! VIVA DILMA!! VIVA O PT!! VIVA O BRASIL!! ABAIXO A DITADURA DO STF E MÍDIA LACAIOS & SEUS ASSECLAS!! CPI DA PRIVATARIA TUCANA, JÁ!! LEI DE MÍDIAS, JÁ!! “O BRASIL PARA TODOS não passa na gLOBo – O que passa na gloBO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

Urbano

O acm neto é aquele acarajé que dá a impressão de que pode ser até novo, mas o azeite de dendê é velho pra burro.

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