Laura Carvalho: Propostas de Temer para tirar o Brasil da crise estão na origem da crise

Tempo de leitura: 3 min

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 Foto: Lula Marques, Agência PT, via Fotos Públicas

Para enfrentar a crise, Temer aumenta gastos com publicidade

por Laura Carvalho, na Folha de S. Paulo

“Essa foi a situação encontrada pelo governo”, grita a dispendiosa campanha veiculada nos principais jornais do país na quarta-feira (5). A longa peça publicitária estampa um retrato detalhado das consequências da crise econômica que vivemos e do ajuste fiscal iniciado em 2015.

Tentando esconder a participação de Temer e de parte de seus ministros no governo eleito e derrubado, o anúncio enumera despesas federais não pagas; transferências atrasadas a Estados, municípios e organismos internacionais; obras públicas inacabadas por falta de recursos, e até prejuízos de empresas estatais.

“Vamos tirar o Brasil do vermelho para voltar a crescer”, convoca a frase-título que manda o país de volta aos tempos da Guerra Fria. Mais fácil que pescar o trocadilho é perceber que as propostas que o governo coloca na mesa estão na origem do desastre e não vão levar à retomada do crescimento. Menos ainda ao saneamento das contas públicas.

A receita defendida e adotada desde o ano passado para nos tirar de um quadro fiscal deteriorado pela crise econômica –e a consequente queda de arrecadação tributária– está justamente na origem de boa parte dos problemas elencados. A aprovação de um deficit maior (de R$ 170 bilhões para 2016 e R$ 139 bilhões para 2017) pode até servir para quitar pagamentos atrasados, que são em grande medida o resultado do contingenciamento recorde em 2015 de gastos e do corte de despesas efetivas de cerca de 3% em termos reais –sendo mais de 30% nos investimentos.

Mas não é essa a mensagem dos publicitários do governo, que parecem querer vender a ideia de que farão um ajuste fiscal ainda mais rigoroso. As contradições são muitas.

Primeiro, se o corte de gastos nos próximos anos fosse ainda mais drástico do que o realizado pelo governo Dilma no ano passado, as obras mencionadas como inacabadas jamais seriam concluídas. No entanto, a PEC do “teto” de gastos, que a propaganda quer ajudar a aprovar, em nada garante esse caminho. O limite previsto pela PEC 241 para o crescimento das despesas é dado pela taxa de inflação do ano anterior, o que permite um aumento real de gastos enquanto a inflação cair.

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Segundo, obras inacabadas só existem quando há obras iniciadas, o que passa longe dos planos do governo Temer para o futuro. Um congelamento no total das despesas de cada Poder forçaria uma redução ainda maior nos investimentos públicos em proporção do PIB.

Terceiro, não há ajuste fiscal possível sem o crescimento das receitas do governo, o que por sua vez depende da eliminação das desonerações fiscais e da própria retomada do crescimento econômico. Note-se que, ao contrário do que se costuma propagar, as despesas desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff cresceram menos do que nos governos anteriores. O problema é que as receitas também.

Mas como retomar o crescimento desligando de vez o motor dos investimentos públicos, se o resto do mundo ainda patina e a massa de desempregados não contribuirá em nada para uma retomada do consumo e das vendas? Qual empresário vai investir em novas máquinas se a capacidade ociosa da indústria continua aumentando e mal há dinheiro para pagar dívidas anteriores?

A propaganda de governos autoritários costuma combater seus adversários canalizando os temores com a crise para bodes expiatórios, mas preocupam-se em entregar alguma coisa: emprego, renda, crescimento econômico. Concentrar os investimentos públicos em publicidade pode ser pouco para galvanizar algum apoio popular.

Laura Carvalho é professora do Departamento de Economia da FEA-USP com doutorado na New School for Social Research (NYC). 

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Messias Franca de Macedo

Filho de FHC nem sabia o que era termelétrica, mas foi contratado pela Petrobras, diz Cerveró
QUI, 06/10/2016 – 17:54

Por eminente e impávida jornalista Cíntia Alves

(…)

FONTE [LÍMPIDA!]: http://jornalggn.com.br/noticia/filho-de-fhc-nem-sabia-o-que-era-termeletrica-mas-foi-contratado-pela-petrobras-diz-cervero

FrancoAtirador

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A Expressão ‘Crescimento Econômico’ é Outro Engodo do Marketing NeoLiberal.

Porque póde haver Aumento do PIB, Sem Necessariamente Aumentar a Renda
da Maioria dos Trabalhadores e, portanto, Não Gerar Crescimento do Consumo.

O Investimento Estatal na Área Social e em Redes Produtivas da Indústria de Base
é o que move a Micro-Economia e Proporciona um Círculo Virtuoso de Empregos.

O Governo Impopular e Ilegítimo de PMDB/PSDB faz Exatamente o Contrário Disso,
pois os Tais ‘Cortes de Gastos’ – que são repetidos até a Exaustão em Rádios e TVs –

significam na realidade um Desinvestimento Brutal que provoca um Efeito Inverso,
vez que reduz a Quantidade de Dinheiro em Circulação, diminuindo o Consumo.

Portanto Desestimula as Atividades Micro-Econômicas, causando Desemprego.
Por conseguinte, a Massa Salarial cai e a Renda Média do Trabalho é Rebaixada.

No Capitalismo, a Depreciação do Salário sinaliza para a Concentração do Capital
em Poder de Poucos e, pior, Cada Vez Mais Acumulado no Mercado Financeiro.

Somem-se a isso a Desregulamentação da economia e a Redução da Tributação,
como têm Insistido em Propor os Donos do Cartel das Empresas de Comunicação,

e se Acentuará a Queda na Arrecadação de Receitas e o Aumento da Dívida Pública,
até que a Recessão se torna de tal forma Insuportável, que o País entra em Colapso.
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