Jornal britânico diz que Equador dará asilo a Assange

Tempo de leitura: 2 min

Equador concede asilo político a Assange, afirma jornal

O criador do site Wikileaks está refugiado desde 19 de junho desse ano na embaixada equatoriana em Londres

Fillipe Mauro, do Opera Mundi, em 14.08.2012

Atualizada às 18h

O presidente do Equador, Rafael Correa, concordou em conceder asilo político ao criador do Wikileaks, Julian Assange, noticiou nesta terça-feira (14/08) o jornal britânico The Guardian . O jornalista aguardava o resultado da decisão desde o dia 19 de junho, quando fugiu de sua prisão domiciliar e ingressou na embaixada do Equador em Londres.

“O Equador vai conceder asilo a Julian Assange”, revelou um oficial do governo equatoriano ao diário. Na última segunda-feira, Correa apareceu na ECTV e declarou que tomaria uma decisão sobre o assunto ainda esta semana. Nesse período de espera, Correa assegurou que analisou uma enorme quantidade de material sobre legislação internacional para adotar um posicionamento responsável.

O Ministério das Relações Exteriores do Equador, contudo, alegou à agência holandesa de notícias BNO que ainda não tomou uma decisão sobre o pedido de Assange.

“A perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que comprometem os poderosos, de publicar a verdade e, com isso, desmascarar corrupção e graves abusos aos direitos humanos ao redor do mundo”, diz Assange na carta lida pelo chanceler equatoriano.

No documento que entregou à época às autoridades diplomáticas equatorianas, Assange diz que considera “impossível” seu retorno a seu país de origem após a “lamentável declaração efetiva de abandono” recebida pelo governo da Austrália.

Decisão britânica

A Suprema Corte britânica anunciou em junho que o recurso feito por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de então não restavam mais possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.

Com a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo.

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“A Corte Suprema do Reino Unido desestimou o pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do Sr. Julian Assange, que buscava reabrir sua apelação”, declarou a máxima instancia judicial do país na ocasião.

Os magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.

O fundador do Wikileaks, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma  ordem de extradição movida pelas autoridades da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.

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