Janio de Freitas: Disputa submetida ao “kit Serra”

Tempo de leitura: 2 min

por Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo, sugestão de Gerson Carneiro

Os incidentes entre José Serra e repórteres multiplicam-se. O repórter brasileiro está entre os mais mansos. Mesmo quando suscita tema delicado, mantém-se distante, muito distante, dos modos incisivos dos repórteres americanos e europeus, que não admitem a função profissional condicionada a cuidados com ares hierárquicos, muito menos a ares intimidatórios.

José Serra conviveu bastante em jornal, no grupo de formulação de editoriais da Folha. Como político, pôde ver a maneira quase dócil do repórter brasileiro na abordagem e na relação funcional com políticos, empresários de porte e ocupantes de cargos de relevo em governo. Como frequentador de redação, José Serra pôde ver que a transposição do trabalho dos repórteres no jornal depende do trabalho interno de edição. Este, sim, definidor dos realces, do tom, das localizações, do uso de fotos (e das legendas do tipo “Fulano segura um copo”, para a foto do fulano segurando um copo).

Apesar daquelas oportunidades de aprendizado e compreensão, José Serra mantém um clima hostil e intimidatório na proximidade de repórteres. Daí seguem-se agressões verbais em direção errada e às quais não falta um componente de covardia, dada a improbabilidade da resposta adequada.

Mas é indispensável reconhecer que os jornalistas não são alvos exclusivos da agressividade verbal de Serra. Sua prometida campanha na base de paz e amor é mensurável pela sucessão de artigos que cobram menos ataques pessoais e alguma abordagem de temas paulistanos. Nessa deformação da campanha Fernando Haddad tem sua cota de responsabilidade.

Se Haddad tem ideais a propor a São Paulo, não se justifica que adira à troca de agressões alheia à razão de ser de eleições. Não falta matéria-prima –na campanha, na política, na vida– para uns dois tarugos que deem resposta a Serra, e pronto. A partir disso, é olhar para o que interessa ao eleitor.

A tentativa de homicídio verbal é própria de campanhas eleitorais. Mas desde que seja em torno de posições quanto aos problemas preocupantes do eleitorado, desde que se dê motivada pelo confronto conservadorismo administrativo (predominante em São Paulo) ou de buscas inovadoras. Chega de jogo sujo nas campanhas. Rebaixá-las assim é trapaça.

Não tenho capacidade de imaginar como é a cabeça de um prefeito e a de governador que esbanjam fortunas em festividades, obras de engodo, dia disso e daquilo, futebol, tudo onde “a espera por atendimento de um endocrinologista é de dez meses”, “pacientes reclamam que exames mais específicos, como densitometria, chegam a demorar até dois anos”, revelação do jornalista Nilson Camargo sobre medicina em certas áreas da capital (Folha, pág. A2, 13/10/12).

A meu ver, não menos doentes do que tais necessitados são o prefeito e o governo de sua rica São Paulo. Mas doentes de outros males. Cabeças razoavelmente sensatas, ou medianamente sadias, não tolerariam desperdiçar nem um minuto e nem um centavo dos seus poderes enquanto não exterminassem realidades revoltantes como a da perversidade exposta por Nilson Camargo.

Diante disso, a disputa eleitoral em São Paulo-capital volta a ser submetida ao “kit Serra”, composto de insultos, desdizer-se, agressões verbais e mania de perseguição.

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Comentários

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denis dias ferreira

O sr. Jânio de Freitas, ao afirmar que os principais responsáveis pelas ocorrências de agressões e baixarias durante as campanhas são apenas os candidatos,esquece-se de apontar a corresponsabilidade da grande imprensa no incremento da agressividade dos candidatos em disputa e no acirramento do clima de hostilidade irracional preponderante na campanha. Portanto,deveria dar um puxão de orelhas não só naqueles que estão competindo pelo cargo de prefeito da maior e mais rica cidade do Brasil, mas também no próprio patrão e em muitos colgas de profissão.

anac

Ou seja, os reporteres brasileiros são cordeirinhos que têm dono.

    anac

    “Chega de jogo sujo nas campanhas. Rebaixá-las assim é trapaça.”
    Perdão, diga isso ao PiG – Globo, Folha, Estadão, STF, Veja, etc.
    Caixa de ressonancia da direita covarde e desonesta. O ideal seria que em epoca de eleições se discutisse apenas os problemas do pais, da cidade, do estado. Entretanto, o PiG insiste em publicar em letras garrafais e na primeira pagina fichas falsas,mentiras, ofensas vindas da direita inconformada com as sucessivas derrotas eleitorais. Jogo sujo e trapaças do PiG e seus politicos da direita. Lei doe médios Já!

Maria Libia

Eliminemos o Serra de vez, acessando, assinando e mandando para os amigos: http://www.peticaopublica.com.,br/?pi=privata. É sobre a PRIVATARIA TUCANA.

FrancoAtirador

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A FALTA DE ESCRÚPULOS DOS ‘DIRIGENTES’ DO PSDemB

OS ENTERRARÁ, UM A UM, E OS CONDENARÁ AO OPRÓBRIO.
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NA TENTATIVA DE TIRAR O “SEUS” DA RETA,

ISOLAM SERRA E O AFUNDAM NA OBSCURIDADE

FHC critica a campanha de Serra e lamenta flerte com conservadores (SIC)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem criticado duramente a campanha do tucano José Serra à prefeitura, especialmente o flerte do candidato com o que chama de “setores conservadores” (SIC).

Segundo tucanos, FHC lamenta, por exemplo, a aliança de Serra com os opositores da cartilha anti-homofobia produzida na gestão de Fernando Haddad à frente do Ministério da Educação.

Presidente de honra do PSDB, FHC alerta os aliados para o risco de Serra sair desta eleição com o rótulo de conservador após a exploração de temas como o kit contra a homofobia e o aborto – questão que abordou na sua campanha à Presidência em 2010.

FHC também se queixa da resistência de Serra a conselhos, como o de levar o senador Aécio Neves à propaganda eleitoral já no primeiro turno numa tentativa de afastar os rumores de que, se eleito, deixaria a prefeitura para concorrer à Presidência.

FHC não é o único contrariado com os rumos da campanha. Amigo de Serra, de quem foi vice na chapa para o Palácio dos Bandeirantes em 2006, o ex-governador Alberto Goldman diz que não alimentaria o debate sobre o assim chamado “kit gay”.

“Não foi Serra quem abordou. Mas, se fosse ele, não responderia. Diria que não tem nada a ver com a eleição para a prefeitura”, disse.

Ministro da Justiça no governo FHC, José Gregori também demonstra desconforto com o tema.
Segundo ele, a opinião de apoiadores de Serra, como o do pastor Silas Malafaia, não retrata a do próprio candidato.
Mas, numa campanha eleitoral, diz, essas discussões afloram.
“O velho Serra, nesta altura da vida, não mudou”, diz.

Catia Seabra | Mario Cesar Carvalho

Na Folha, via Com Texto Livre

(http://contextolivre.blogspot.com.br/2012/10/fhc-critica-campanha-de-serra-e-lamenta.html)
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DataFrias
18/10/2012

Votos Válidos

HADDAD = 60,5%

Serra = 39,5%
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Globope
17/10/2012

Votos Válidos

HADDAD = 60%

Serra = 40%
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Alex Gonçalves

Putzgrila não tem jeito. Serra só fez M*rda nas últimas 2 semanas e os ‘colonistas’ sempre arranjam um jeito de arrastar o Haddad pro meio. Não conseguem escrever 1, UMA, UMAZINHA coluna contra o PSDB sem misturar o PT no meio.

FrancoAtirador

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Esse kit proposto pelo Janio Freitas é o “Kit Coiso Ruim”.

‘KIT SERRA’ MESMO É

RICARDO SERGIO, GREGÓRIO PRECIADO E PAULO PRETO.
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Gerson Carneiro

Pastor Malafaia: Vitória em Cristo; Derrota em Serra.

Fabio Passos

Com a derrota iminente e acachapante de serra vamos acompanhar duríssimos acertos de conta dentro do PiG.

Ainda nem começou.
Anunciada a derrota do PiG em seu principal reduto, vai ter estocada profunda em quem for identificado como responsável pela derrota.

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