Janio de Freitas: Brumadinho e Bolsonaro, tragédias permitidas por falta de fiscalizações rigorosas do Judiciário e Forças Armadas
Tempo de leitura: 2 minAs tragédias permitidas
Faltaram providências para que administradoras de barragens fizessem inspeções
por Janio de Freitas,na Folha de S. Paulo
A par das causas físicas e empresariais, a Procuradoria-Geral da República, os Ministérios Públicos federal e de Minas e o Judiciário destacam-se entre os responsáveis pela segunda tragédia causada por ruptura de barragem.
Sentenças rigorosas, e em tempo admissível, para os culpados pela tragédia em Mariana levariam os administradores de barragens a fiscalizações sérias e permanentes.
E à prevenção devida aos habitantes, seus bens e áreas produtivas atingíveis por possível ruptura –caso óbvio de Brumadinho.
Faltaram ainda àqueles poderes providências, por exemplo, para que todas as empresas administradoras de barragens fizessem, em seguida ao desastre de Mariana, inspeções e laudos formais em prazo determinado.
Talvez evitassem em Brumadinho o desaparecimento de tantas pessoas, colhidas na ingenuidade perversa do perigo. E por certo o fariam em outras barragens também deixadas ao seu potencial ameaçador.
Já sabemos como aqueles poderes procederão outra vez.
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Excluído do Exército, sob ponderações no Superior Tribunal Militar que puseram em dúvida até seu equilíbrio mental, Bolsonaro ficou à distância de sua classe por muito tempo. Embora refletindo-a nas opiniões e, proveito também eleitoral, nas reivindicações.
A perspectiva da candidatura à Presidência mudou sua relação com o passado.
Por utilitarismo, sem dúvida, Bolsonaro empenhou-se em ser dado como capitão, representante legítimo de todas as idiossincrasias e da radicalidade conservadora, anticultural e patrioteira da caserna. O candidato identificado com as Forças Armadas.
Os comandos do Exército aceitaram o risco dessa identificação, apesar da preocupação até revelada. Os da reserva, categoria em que as pretensões de superioridade e os sectarismos podem se mostrar mais, regozijaram-se com a atitude de Bolsonaro.
O então comandante do Exército, general Villas Bôas, que se reconhecera como um dos preocupados, formalizou a aceitação do risco, aparentando dá-lo por extinto.
Em duas semanas após a posse, a preocupação voltou a muitos. Pelo avesso, porém.
Como preocupação com a possibilidade de identificação, aos olhares internos e sobretudo externos, dos militares e seus generais com Bolsonaro, suas ideias irrealistas e o círculo familiar-religioso insustentável.
Desde a terceira semana, o lento desenrolar do caso Flávio Bolsonaro e seus tentáculos até o próprio Bolsonaro tiveram a contribuição do vexame no Fórum Econômico Mundial para agravar o estado de coisas.
Se cá fora, sem comprometimento com a situação, seus possíveis desdobramentos causam inquietações, é fácil imaginar o que se passa com a maioria dos generais, inclusive como contribuintes da identificação militar com o novo e caótico poder.
Nos últimos dias, as interpretações, análises, deduções, dos mais diversos calibres, povoaram as mentes e conversas dos próximos e dos mais atentos às várias movimentações no poder e arredores.
Admitidas exceções, entre os generais do governo militarizado e Jair Bolsonaro o ar já não é o mesmo.
Apesar do esforço, a poluição é perceptível.
Ainda não se conhece poluição que não deixe consequências.
Comentários
Zé Maria
Jair Bolsonaro Presidente é a Maior Tragédia da História Recente do Brasil
Hudson
Dever-se-ia dinamitar todas as barragens recém-construídas antes de serem usadas, obrigar a drenagem de todas as existentes, proibir a construção de novas, e punir com pena de prisão em flagrante os gestores em casos de crimes como esse.
Zé Maria
“Os 54 milhões não são fascistas.
Mas se apenas 1 em cada 10 eleitores dele forem fascistas,
seriam 5 milhões, número maior que o de nazistas nos 40,
ou de fascistas italianos nos anos 20.
O Brasil é o país com o maior número de fascistas
na história da humanidade. Força J. Wyllys”
Jurista Wilson Ramos Filho (Xixo)
Professor de Direito do Trabalho (UFPR/UFRJ)
Autor do Livro:
“DIREITO CAPITALISTA DO TRABALHO:
História, Mitos e Perspectivas no Brasil”
https://twitter.com/WilsonRamosFil3/status/1088565366731739136
Virgilio Vieira Neto
Este Janio de Freitas é ridículo
Venâncio Lima
O importante é investigar o instituto Lula.
Não tem nenhuma grande empresa que faz maracutaia no Brasil. Só o poderosíssimo instituto lula que emprega uns 15 mil trabalhadores em condições de trabalho análogas à escravidão. Pô, francamente, o instituto funciona no mesmo lugar desde sempre e o Moro tá caçando pelo em ovo e ocupando gente e recurso público para investigar essa tremenda bobagem. MAs ele aparece e aparecer é o que importa para o Moro. Não ha nenhum indício de crime nessa estória, dinheiro público pelo ralo desperdiçado pela justiça.
As multas são irrisórias para a Vale, é dinheiro de pinga para essa mineradora.
Deveria ser multada e pagar a multa de pelo menos 1 bilhão. Mas não, aqui no Brasil a justiça é condescendente com os crimes praticados por ricos. Nem MP e nem judiciário se empenham muito em punir crimes cometidos por ricos e suas grandes empresas.
Os generais só querem uma coisa: um super salario para os oficiais das FFAA, principalmente para os generais. Um ou outro é patriota, mas a grande maioria faz o jogo, finge um patriotismo. O que todo mundo quer mesmo é um salário bem maior.
E ainda tem o senão do ministério do trabalho ter sido instinto e os fiscais do trabalho estarem a deriva, ou seja, vai se afrouxar mais e mais a fiscalização.
Bolsonaro disse em Davos que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente, mas é tb o que menos pune os crimes ambientais, isso elê esqueceu de lembraer. As multas são pequenas em comparação com o estrago provocado no meio ambiente. Se fosse nos EUA a Vale perderia as calças para pagar a multa, fora outras punições. Aqui não, aqui é tudo Light.
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